sábado, 28 de dezembro de 2013

Apoiantes da Irmandade Muçulmana incendeiam edifícios da universidade Al-Azhar

Vaga de repressão intensificou-se nos últimos dias no Egito.
Depois da nova vaga de repressão aos apoiantes da Irmandade Muçulmanas no Egipto, estudantes ligados ao movimento islamista incendiaram na manhã deste sábado dois edifícios do campus da Universidade Al-Azhar, no Cairo.
O incidente surge na sequência de uma onda de detenções de apoiantes da Irmandade, declarada oficialmente como “organização terrorista” pelas autoridades de facto no Egipto.
Os estudantes entraram na Faculdade de Comércio e deitaram fogo ao bloco, assim como ao edifício da Faculdade de Agricultura. Um estudante de 19 anos foi atingido por uma bala e morreu no meio dos confrontos entre a polícia e os apoiantes da Irmandade, confirmou um responsável hospitalar à AFP.
O jornal estatal Al-Ahram, que a agência de notícias cita, refere que os confrontos começaram quando as forças de segurança lançaram gás lacrimogéneo para dispersar do local os apoiantes da Irmandade que tentavam entrar nos edifícios para boicotar a realização dos exames.
vaga de repressão intensificou-se nos últimos dias, depois de o general Abdel Fattah al-Sisi, comandante do Exército, avisar que os militares “eliminarão” quem desestabilizar o país. Os confrontos entre apoiantes e opositores a resultarem na morte de, pelo menos, cinco pessoas na sexta-feira, segundo referiu à AFP uma fonte médica.
As detenções começaram depois de uma explosão de um autocarro na capital ter provocado, na quinta-feira, cinco feridos. O atentado foi o primeiro a visar propositadamente civis desde o golpe militar que em Julho derrubou Mohamed Morsi, dirigente da Irmandade e o primeiro Presidente democraticamente eleito do Egipto. Dois dias antes, um atentado suicida reivindicado por uma organização jihadista contra uma esquadra da cidade de Mansoura provocou 15 mortos.

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