Brasília – No mesmo dia em que 200 mil pessoas reuniram-se em protesto na Praça da Independência, em Kiev, capital ucraniana, a União Europeia (UE) anunciou que as negociações
com a Ucrânia estão suspensas até que o país demonstre claro
compromisso para firmar um acordo de cooperação comercial. A Ucrânia tem
sido sacudida desde o final de novembro por manifestações contrárias ao
presidente Viktor Yanukovich, que decidiu privilegiar uma aproximação
com a Rússia em detrimento da integração europeia.
Apesar das promessas do governo ucraniano, nos últimos dias, de retomar as negociações e de firmar o acordo comercial com a UE, o comissário
europeu para a Ampliação da Política de Vizinhança da União Europeia,
Stefan Füle, disse hoje (15) que os trabalhos “estão suspensos”. “As
palavras e as ações do presidente [Viktor Yanukovich] e do governo estão
cada vez mais distantes do acordo de cooperação”, acrescentou.
A
oposição ucraniana acusa Yanukovich de ceder à pressão do seu principal
aliado, o presidente russo Vladimir Putin. Descontentes com a aliança
com Moscou, centenas de milhares de manifestantes têm ocupado a Praça da
Independência pedindo a renúncia do presidente Yanukovich.
O
senador republicano e ex-candidato à Presidência dos Estados Unidos John
McCain afirmou neste domingo, em Kiev, perante os manifestantes, que o
governo americano os apoia. “A América está com vocês”, disse McCain, na
Praça da Independência. Além do republicano, esteve no local o senador
democrata Chris Murphy, também aclamado pela multidão de manifestantes.
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