A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva,
encontrou-se, na tarde de hoje (24), na Casa de Portugal, no centro da
capital paulista, com líderes sindicais de diversas categorias,
principalmente de entidades filiadas à União Geral dos Trabalhadores
(UGT), à Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e à Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Os líderes
sindicais entregaram a Marina cópia de um documento assinado por
dirigentes de várias confederações de trabalhadores, com uma lista de
reivindicações. O documento já tinha sido entregue em dezembro ao
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, então candidato do PSB à
Presidência, que morreu em agosto deste ano, em acidente aéreo. No
texto, os sindicalistas reclamam da inflação alta e da falta de diálogo
com o governo e pedem o fortalecimento do Ministério do Trabalho, a
continuidade da política da valorização do salário mínimo, a redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais sem diminuição do salário, o
fim do fator previdenciário, a erradicação do trabalho escravo e
infantil e a reforma agrária.
Durante o evento, o candidato a vice
na chapa de Marina, Beto Albuquerque, disse aos sindicalistas que o
fator previdenciário, cálculo que leva em consideração o tempo de
contribuição à Previdência, a idade e a expectativa de vida do
trabalhador, será revisado, caso a ex-senadora acriana seja eleita.
“Vamos revisar, sim, o fator previdenciário, que é injusto. Essa revisão
não será feita por mim ou Marina. Vamos chamar os trabalhadores para
encontrar um caminho que não puna o trabalhador”, disse Beto, em
discurso.
Marina comprometeu-se com os sindicalistas a não
“retroceder um milímetro nas conquistas dos trabalhadores” e a discutir
com eles o fator previdenciário, embora isso não esteja previsto em seu
programa de governo. “Vamos manter e aperfeiçoar as conquistas. É
preciso aperfeiçoar e revisitar o fator previdenciário. Queremos
revisitar para encontrar uma forma correta, que não penalize o
aposentado, nem o trabalhador.” Marina disse também que vai dialogar com
eles e que este foi apenas um dos encontros que pretende manter com os
sindicalistas.
Durante o encontro, Marina também fez críticas à
maneira como estão sendo conduzidas as empresas estatais ou ligadas ao
governo federal. “Vamos corrigir os erros. Não vamos ser complacentes
com os erros, como aqueles que estão acabando com a Petrobras, a
Eletrobras e que agora estão desmoralizando, além das agências
reguladoras, uma instituição tão respeitada quanto o IBGE Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Até o IBGE, com técnicos
respeitados, agora tem que passar por vexame”, disse ela. Marina
prometeu que, em seu governo, as instituições “serão do Estado, e não estarão a serviço de partido ou de governo”.
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