O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou nesta
segunda-feira que está pessoalmente convencido de que o regime sírio foi
o responsável pelo ataque químico que matou centenas de pessoas no dia
21 de agosto.
"Pessoalmente, estou convencido de que não só o ataque químico
aconteceu, mas também que o regime sírio é o responsável", disse
Rasmussen a jornalistas, indicando ter tido acesso a informações
concretas fornecidas por países membros da Otan.
Durante uma coletiva de imprensa, ele reiterou que não comentará
publicamente informações fornecidas à Otan pelos serviços de
inteligência dos 28 países-membros, em primeiro lugar os Estados Unidos.
"Não há dúvida de que a comunidade internacional deve responder com
força para impedir novos ataques químicos no futuro", disse Rasmussen.
"Se não respondermos, seria como enviar uma mensagem muito perigosa para
todos os ditadores do mundo".
Mas, acrescentou, "não acredito que a Otan possa desempenhar um papel
na crise. Neste ponto, os aliados realizam consultas e cabe a cada
Estado decidir como responder" ao ataque.
Além disso, se a intervenção armada for, como tem sido planejada,
"breve, com alvos específicos", "não seria necessário" recorrer a
estruturas militares da Otan, que devem ser utilizadas para
supervisionar operações complexas de longo prazo.
Segundo ele, a Otan "já está cumprindo seu papel", servindo como
"fórum de consulta entre os Aliados" e decidindo instalar mísseis
Patriot no sul da Turquia para proteger este país, um dos seus membros,
de um possível ataque da Síria.
"Eu posso garantir que temos todos os planos em vigor para garantir a
defesa e a proteção da Turquia. Neste ponto, não vejo a necessidade de
novas medidas", indicou Rasmussen.
"Um ataque contra um aliado é um ataque contra todos", alertou ,
referindo-se ao princípio fundamental da Aliança Atlântica, criada em
1949.
O chefe da Otan também reiterou que apenas um "processo político" permitirá resolver a crise na Síria.
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