domingo, 1 de dezembro de 2013

Escalada de protestos na Ucrânia obriga governo a discutir com a oposição

Protesto em Kiev (reuters)
Polícia usou bombas de gás para tentar conter a multidão
Após mais de uma semana de manifestações reunindo cada vez mais gente, um megaprotesto tomou conta neste domingo da praça central de Kiev, capital da Ucrânia.
Os manifestantes estão nas ruas desde que o presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar um acordo que aproximaria o país da União Europeia (UE).
Diante das marchas, o representante do Parlamento ucraniano, Vlodymyr Rybak, disse que as negociações entre o governo e a oposição vão ter início nesta segunda-feira. Ele prometeu que todos os lados terão a oportunidade de expressar suas opiniões.
Os protestos deste domingo ficaram mais violentos e dezenas de pessoas ficaram feridas após manifestantes e forças de segurança entrarem em choque. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que avançava lançando pedras e tijolos.
Segundo estimativas, havia entre 100 mil e 350 mil pessoas da Praça da Independência neste domingo. Elas foram às ruas mesmo após o governo banir a realização de manifestações.
Um dos organizadores do protesto, o campeão de boxe Vitaly Klitschko, culpou vândalos infiltrados pelas depredações e fez um apelo para que os manifestantes mantivessem o protesto pacífico.

Negociações

Protesto em Kiev (reuters)
Protestos começaram quando o governo desistiu de acordo com a União Europeia
Os protestos são os maiores desde a chamada Revolução Laranja, que em 2004 depôs o mesmo Viktor Yanukovich do cargo de presidente após eleições consideradas fraudulentas.
Os manifestantes pedem a saída do presidente Yanukovich, além da antecipação das eleições.
Na semana passada, Yanykovych anunciou que estava suspendendo os preparativos para assinar o acordo comercial com a UE, que seria um primeiro passo para abrir as fronteiras para produtos.
Ele disse que a pressão da Rússia o levou a tomar essa decisão e alegou que a Ucrânia não poderia colocar em risco suas negociações e negócios com os russos. Moscou é contra a entrada da Ucrânia no bloco.
O presidento do Conselho da UE, Herman Van Rompuy, disse que eles estavam "muito perto" de assinar o acordo com o governo ucraniano, e acrescentou: "Precisamos superar as pressões externas."

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