O papa Francisco anunciou nesta quinta-feira a
criação de uma comissão no Vaticano para lutar contra o abuso de
crianças na Igreja Católica e para oferecer ajuda às vítimas.
O anúncio, feito pelo arcebispo de Boston Sean
O'Malley, ocorreu após um encontro entre o papa e seus oito cardeais
conselheiros.Uma das principais associações de vítimas na Itália disse que tem "pouca confiança" no Vaticano.
O papa Francisco já chegou a dizer que é vital para a credibilidade da Igreja lutar contra o abuso sexual. No começo da semana, o pontífice expressou solidariedade a vítimas de abuso sexual por padres.
Escândalo
Segundo o cardeal de Boston, a comissão será composta por especialistas e deve fornecer códigos de conduta a membros do clero. O grupo também terá de dar instruções a autoridades da Igreja e cuidar para que a seleção dos seminaristas seja mais acurada.Abusos sexuais
Alemanha - O padre Andreas L. admitiu na Justiça em 2012 que cometeu até 280 crimes sexuais contra vários menores.
Estados Unidos - Revelações de abusos cometidos por dois padres da diocese de Boston, Paul Shanley e John Geoghan, no anos 1990, causaram uma grande crise na igreja americana.
Bélgica - O bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunciou em 2010 após admitir que havia abusado sexualmente de um garoto por anos.
Itália - A igreja italiana admitiu em 2010 que cerca de 100 casos de pedofilia foram notificados ao longo de uma década.
Irlanda - Um relatório em 2009 concluiu que o abuso sexual e psicológio foi "endêmico" em colégios e orfanatos dirigidos pela Igreja Católica no século 20.
Estados Unidos - Revelações de abusos cometidos por dois padres da diocese de Boston, Paul Shanley e John Geoghan, no anos 1990, causaram uma grande crise na igreja americana.
Bélgica - O bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunciou em 2010 após admitir que havia abusado sexualmente de um garoto por anos.
Itália - A igreja italiana admitiu em 2010 que cerca de 100 casos de pedofilia foram notificados ao longo de uma década.
Irlanda - Um relatório em 2009 concluiu que o abuso sexual e psicológio foi "endêmico" em colégios e orfanatos dirigidos pela Igreja Católica no século 20.
O cardeal disse que a comissão é parte da política do papa emérito Bento 16. O ex-pontífice é fequentemente acusado de ter feito muito pouco pelo caso.
A comissão vai manter o papa informado sobre programas de proteção a crianças e vai formular sugestões para novas iniciativas, segundo o comunicado do Vaticano.
A Igreja Católica se viu nos últimos anos em meio a inúmeros escândalos de abuso sexual por parte de sacerdotes. No começo deste ano, o Vaticano reforçou suas normas contra abuso.
O Comitê da ONU para os Direitos da Criança apresentou à Santa Sé (que é um Estado independente) um amplo questionário, pedindo detalhes de casos particulares de abuso sexual notificados ao Vaticano desde 1995.
O Vaticano se recusou a responder, alegando que os casos são de responsabilidade de Justiça dos países onde os crimes foram cometidos.
Ainda assim, espera-se que autoridades do Vaticano sejam questionadas pelo tema por parte do Comitê da ONU em janeiro.
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