O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou hoje (3) que
as advertências feitas pelo secretário de Estado norte-americano, John
Kerry, quanto à atuação na Ucrânia são inaceitáveis.
“Consideramos que as ameaças feitas à Rússia
em uma série de declarações públicas do secretário de Estado
norte-americano sobre os últimos acontecimentos na Ucrânia e na Crimeia
são inaceitáveis”, destacou o ministério em declaração divulgada em sua
página na internet.
Moscou acusou Kerry de recorrer a
“clichês da Guerra Fria”, sem se preocupar em compreender os processos
complexos que ocorrem na sociedade ucraniana. Kerry não conseguiu
“avaliar objetivamente a situação, que continua a deteriorar-se depois
da tomada do poder em Kiev por extremistas radicais”, acrescenta a nota.
Moscou
acusa os Estados Unidos e seus aliados de fecharem os olhos à
“russofobia e ao antissemitismo evidentes” dos manifestantes da oposição
que tomaram o poder em Kiev. “Os aliados do Ocidente neste momento são
abertamente neonazistas que atacaram igrejas ortodoxas e sinagogas”, diz
o ministério na declaração.
Kerry, que deve ir a Kiev amanhã (4), advertiu a Rússia no sábado (1º) de que o envio
de tropas para a Crimeia, no Sul da Ucrânia, podia implicar sua
exclusão do G-8 (grupo formado pelos Estados Unidos, o Canadá, a
Alemanha, França, Itália, o Reino Unido e Japão, mais a Rússia) e a
aplicação de sanções internacionais.
Os outros membros
do G-8 divulgaram declaração nesse domingo, lembrando que a sua
participação na cúpula prevista para junho, em Sochi, não está
assegurada.
John Kerry acusou a Rússia de “violação da “soberania” e da “integridade territorial” da Ucrânia, assim como das “convenções internacionais”, ao decidir enviar tropas para a Crimeia.
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