Os Estados Unidos condenaram nesta sexta-feira o assassinato de um bebê
palestino em um ataque de supostos colonos judeus extremistas no norte
da Cisjordânia e pediram a israelenses e palestinos para manterem a
calma e evitar uma escalada de tensão após o "trágico" fato.
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis o
impiedoso ataque terrorista da noite passada na cidade palestina de
Duma", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner,
em comunicado.
No incêndio, provocado após o lançamento de coquetéis molotov a dois
imóveis de Duma, o bebê Ali Dawabsheh, de 18 meses, morreu e seu pai,
Saad, de 32 anos, sua mãe, Reham, de 27, e seu irmão Ahmad, de 4,
ficaram gravemente feridos.
"Expressamos nossas mais profundas condolências à família Dawabsheh e
também dedicamos nossas orações para uma recuperação rápida dos feridos.
Os Estados Unidos comemoram a ordem do primeiro-ministro (israelense,
Benjamin) Netanyahu para que as forças de segurança israelenses usem
todos os meios a sua disposição para prender os assassinos e levá-los à
Justiça", disse Toner.
Em uma ação pouco habitual, Netanyahu pediu ao presidente palestino,
Mahmoud Abbas, para transmitir suas condolências e começar a "lutar
juntos contra o terrorismo".
Horas antes, Abbas denunciou a impunidade dos crimes israelenses contra
seu povo e disse que o assassinato do bebê é um "crime de guerra" e
será levado, junto a outros ataques, à Justiça internacional.
"Falando com franqueza, este crime foi cometido pelo governo
israelense, porque impulsiona a colonização e a expande em todas as
partes da Cisjordânia e de Jerusalém. Isto, claramente, encoraja esses
colonos criminosos a fazer o que estão fazendo", acusou Abbas.
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