quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Diretor da ANS renuncia após denúncias de ligação com planos de saúde

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou à presidente Dilma Rousseff que demitisse o diretor de gestão da Agência Nacional de Saúde (ANS), Elano Rodrigues de Figueiredo, por ter omitido que advogava em prol de planos de saúde contra a própria agência. Após o presidente do colegiado comunicar a decisão ao gabinete presidencial, Figueiredo se antecipou e entregou o cargo.
Elano Rodrigues de Figueiredo omitiu as informações docurrículo ao ser sabatinado no Senado Federal para ocupar o cargo. Na avaliação da Comissão de Ética, o então diretor “podendo apresentar currículo detalhado (...) optou por omitir a atuação em favor de entidades reguladas pelo órgão que passaria a compor”.
“Não há como negar que a omissão impediu o pleno acesso do público, em especial dos parlamentares responsáveis por aprovar ou recusar sua indicação, às informações necessárias para que fosse traçado seu perfil profissional, a probidade de sua conduta e a integridade dos seus posicionamentos”, alega um trecho do voto de 33 páginas do relator doprocedimento, Mauro Menezes.
Na interpretação do relator, com a omissão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “foi ludibriado” pelo então diretor da ANS. Ao final, Menezes recomenda, “diante da gravidade da conduta verificada”, que Dilma o destituísse do cargo. O voto foi seguido por todos os membros da Comissão de Ética. Segundo o presidente do colegiado, Américo Lacombe, disse que o que levou à recomendação de exoneração foi a omissão e não o fato de Figueiredo ter advogado contra a ANS.

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