Secretário de Estado norte-americano tentará uma solução para a intervenção militar da Rússia na região da Crimeia.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, viajará a Kiev, capital da Ucrânia, na terça-feira (4) para encontrar representantes do governo e buscar uma solução para a intervenção militar da Rússia na região da Crimeia, segundo um alto funcionário norte-americano. Kerry, neste domingo (2), levantou a possibilidade de sanções econômicas, como suspender investimentos no país, proibir vistos de viagem e congelar ativos, se o presidente russo, Vladimir Putin, não recuar suas tropas e também cogitou que o país pode perder o seu lugar no G8, que reúne as principais economias mundiais.As forças russas já tomaram controle sobre a Crimeia, uma península isolada no Mar Negro onde Moscou mantém uma base naval.
Leia mais: Chefe da Marinha ucraniana adere a tropas pró-Rússia e é alvo de processo
Mais
cedo, Kerry classificou de “incrível ato de agressão” a decisão do
parlamento russo em autorizar "um recurso às forças armadas” e a
mobilização de tropas para a região autónoma da Crimeia. Ele afirmou
ainda que as nações do G8 e outros países "estão preparados para isolar a
Rússia" e que eles têm uma "ampla gama de opções" disponível.
Manifestantes vão às ruas de Nova York protestar contra a invasão russa na Ucrânia
Os
EUA e os outros governos ocidentais têm poucas opções para conter as
movimentações militares da Rússia. O secretário-geral da Otan
(Organização do Tratado do Atlântico Norte), Fogh Rasmussen, disse que a
Rússia violou a Carta da ONU com sua ação militar na Ucrânia e exigiu
que Moscou "recue na escalada de tensões". Ele fez suas declarações em
Bruxelas antes de abrir uma reunião para discutir a crise do órgão de
tomada de decisão política da aliança militar.
A
Ucrânia não é um membro da Otan, significando que os EUA e a Europa não
estão obrigados a sair em sua defesa. Mas a Ucrânia participou de
alguns exercícios da aliança militar e enviou tropas para sua força de
resposta. Os EUA também disseram que suspenderão a participação nos
"encontros preparatórios" para a cúpula econômica do G8, planejados para
junho no resort de Sochi, local das recentes Olimpíadas de Inverno de
2014.
O ministro de Relações Exteriores da França,
Laurent Fabius, concordou, dizendo na rádio francesa Europa que o
planejamento do cúpula deveria ser suspenso. A França "condena a escala
militar russa" na Ucrânia e Moscou deve "perceber que ações têm custos",
afirmou neste domingo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário