O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira, pelo placar de 13 a 0, o relatório
do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) recomendando a cassação do mandato de Natan Donadon (sem partido-RO). As informações são da Agência Câmara.
Para Araújo, é inconcebível que uma pessoa condenada e
cumprindo pena continue com seu mandato parlamentar. "Nós não podemos
ter um colega deputado cumprindo pena de 13 anos e seis meses. É um
absurdo e nós não podíamos concordar com isso. Esse erro tinha que ser
corrigido”, disse.
O líder do PSB na
Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou que a manutenção do
mandato de Natan Donadon foi decorrente de diversos erros que
antecederam a sessão de 28 de agosto, quando o deputado teve seu mandato
mantido por seus colegas de Casa.
Albuquerque lembrou que a decisão de realizar a sessão
para cassar o mandato de Donadon foi tomada na reunião de líderes
realizada na véspera. "Acabou que a ausência de uns, a falta de outros
que estavam na Casa, que acabaram não votando já tarde da noite,
confirmou a manutenção do título de deputado a um homem que não tem
direitos políticos, a um homem que está preso em regime fechado, a um
homem que foi condenado com sentença transitada em julgado."
Desgaste desnecessário
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que a Câmara está passando por esse desgaste desnecessariamente. Ele lembrou que, na Constituição, uma das formas previstas para a perda do mandato parlamentar é o não comparecimento a um terço das sessões.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que a Câmara está passando por esse desgaste desnecessariamente. Ele lembrou que, na Constituição, uma das formas previstas para a perda do mandato parlamentar é o não comparecimento a um terço das sessões.
Como Donadon está preso desde junho, lembrou Júlio Delgado, ele já deveria ter sido desligado da Câmara por ato da Mesa.
Decisão do Plenário
A decisão do Conselho de Ética vai agora ser analisada no Plenário da Câmara com voto aberto. A defesa de Donadon, porém, afirmou que vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se for preciso, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão da Câmara.
A decisão do Conselho de Ética vai agora ser analisada no Plenário da Câmara com voto aberto. A defesa de Donadon, porém, afirmou que vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se for preciso, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão da Câmara.
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