Ao menos quatro pessoas morreram hoje durante combates entre as
forças especiais ucranianas e as milícias pró-russas do aeroporto de
Kramatorsk, na região de Donetsk (Leste da Ucrânia). Após a conclusão da
operação, o presidente ucraniano interino, Olexandre Tourtchinov,
anunciou que “forças especiais tinham libertado o aeroporto dos
terroristas”.
“Sim, há mortos”, assegurou em declarações à agência
ucraniana UNN um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, que tinha
anteriormente divulgado uma “operação especial” para libertar o local
do controle dos grupos pró-russos. Entretanto, a comunicação social
russa, que cita fontes das milícias pró-russas de Kramatorsk, informaram
que os combates fizeram de quatro a 11 mortos entre os ativistas
separatistas.
“Há quatro mortos e dois feridos entre as milícias
[pró-russas]. Os combates terminaram. As milícias recuaram. A parte
ucraniana assumiu o controle do aeroporto”, afirmou um porta-voz dos
ativistas, citado pela agência russa estatal Ria Novosti.
O chefe
da operação antiterrorista lançada no domingo pelas autoridades
ucranianas, general Valeri Krutov, advertiu hoje as milícias pró-russas
de que “não vão existir mais ultimatos” e que o Exército ucraniano “irá
combater os invasores estrangeiros”.
Uma grande parte do Leste da
Ucrânia, de maioria russófona, na fronteira com a Rússia, enfrenta há
vários dias uma insurreição armada pró-russa. O primeiro-ministro russo,
Dmitri Medvedev, afirmou hoje que a Ucrânia está à beira de uma guerra
civil. “Serei breve: a Ucrânia está à beira da guerra civil, é
assustador”, disse o primeiro-ministro e ex-presidente da Rússia, citado
pelas agências russas.
Medvedev acrescentou ter esperança de que
“as autoridades de fato’” da Ucrânia não permitam “esse tipo de terrível
perturbação”. A Rússia não reconhece o governo de Kiev, apoiado pelos
países ocidentais, que assumiu o poder durante a crise que levou à
destituição do presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, considerado
pró-russo.
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