Na manhã deste sábado (20), dezesseis presos apontados como
suspeitos de comandar a onda de rebeliões que atingiu 14, das 33 unidades
prisionais do estado do Rio Grande do Norte. Eles foram transferidos para o
Presídio Federal de Mossoró, na Região Oeste do estado.
O juiz da vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar, confirmou
a informação. Segundo o juiz, os presos estavam em três unidades prisionais
localizadas nos municípios de Nísia Floresta, na Grande Natal, e Nova Cruz, na
região Agreste.
"Os presos são apontados pelo Ministério Público
Estadual como líderes dos motins. A transferência foi necessária para diminuir
a interferência deles no sitema penitenciário estadual. Um local em que não
tenham acesso celular e com segurança reforçada. É algo que ameniza a situação
do sistema prisional, mas não é suficiente", comentou o juiz.
Segundo Baltazar, a permanência dos presos em Mossoró é
temporária. Eles só ficarão na penitenciária até que se definam quais os
presídios vão recebê-los.
As rebeliões que começaram no último dia 11, e se estendeu
até o dia 18 de março, geraram uma crise que culminou na exoneração do
secretário estadual de Justiça e Cidadania, Zaidem Heronildes da Silva Filho.
Nesse mesmo período, diversos ônibus foram incendiados nas ruas do estado. As
autoridades suspeitam que a ordem partiu de dentro dos presídios. As aula foram
suspensas e a Força Nacional foi enviada ao estado para apoiar a segurança da
população.
As rebeliões fizeram com que o governo do Rio Grande do
Norte decretasse estado de calamidade no sistema prisional.
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