O ex-prefeito da cidade de Piên (RMC), Gilberto Dranka, foi preso nesta
terça-feira (31) durante uma operação deflagrada pelo Centro de
Operações Policiais Especiais (Cope), unidade de elite da Polícia Civil
do Paraná. Ele é suspeito de encomendar a morte do prefeito eleito da
cidade, Loir Dreveck, de 52 anos, assassinado no dia 17 de dezembro de
2016, antes de tomar posse no cargo.
Dranka foi detido em casa. Os policiais o encontraram no forro
da residência, onde ele estava escondido. Além dele, foram presos
Amilton Padilha, 29 anos, e Orvandir Arias Pedrini, 44. Padilha é
suspeito de ter atirado e matado o prefeito eleito, tendo fugido em
seguida para a cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Já
Pedrini teria sido o intermediário entre o executor e o mandante. A
prisão é temporária por 30 dias.
O Cope também cumpriu oito mandados de busca e apreensão e
outros três de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para
prestar depoimento na delegacia.
Entre
os conduzidos está o atual presidente da Câmara de Piên, o vereador
Leonides Maahs, e o ex-presidente Dirceu João Stoeckly. Maahs acabou
sendo preso em flagrante durante a operação por posse ilegal de munição e
material para recarga de munição de arma de fogo. Além deles, a
companheira de Pedrini também foi conduzida.
"Em depoimento, o intermediário afirmou que quem encomendou a
morte do prefeito eleito foi Gilberto Dranka e o presidente da Câmara
Leonides Maahs. Os dois, segundo o depoimento, têm participação direta
no crime", explicou o delegado-chefe do Cope, Rodrigo Brown. "Com o
depoimento, vamos pedir a prisão preventiva de Maahs ao Poder
Judiciário", completou.
Os policiais chegaram primeiramente ao homem que teria executado
Dreveck. A moto utilizada no crime foi encontrada num barranco, ao lado
de um capacete preto, que foi encaminhado para perícia no Instituto de
Identificação do Paraná. Através da placa da moto, os policiais do Cope
chegaram até a pessoa que a negociou com Padilha.
O vendedor disse que durante a venda a Padilha, um outro homem
com um carro modelo Gol de cor vermelha estava junto. Após diligências, a
investigação comprovou, por meio de imagens de câmeras de segurança,
que o veículo pertence a Orvandir Pedrini.
Com a descrição física de Padilha, repassada pelo vendedor da
moto, ele foi localizado pelos investigadores do Cope na cidade de
Itajaí, em Santa Catarina, e detido no dia 26 de dezembro, após cometer
um roubo na cidade catarinense.
O Instituto de Identificação confrontou as digitais de Padilha
com as encontradas no capacete e confirmou ter sido ele o autor dos
disparos. A partir daí, a investigação se concentrou nos mandantes do
crime, já que estava descartada a possibilidade de assalto, chegando até
Orvandir Pedrini e no ex-prefeito da cidade Gilberto Dranka.
Os policiais descobriram que na mesma semana da morte do
prefeito eleito de Piên, Amilton Padilha matou um outro homem muito
parecido com Dreveck e que dirigia um veículo de modelo também utilizado
pela prefeitura de Piên.
"As duas mortes são muitos semelhantes e acreditamos que o
primeiro homicídio foi por engano. A intenção do executor era matar o
prefeito eleito, mas acabaram se confundindo", explicou o delegado
Marcelo Magalhães, que coordenou a investigação. Padilha, Gilberto
Dranka, Leonides Maahs e Orvandir Pedrini responderão também pela morte
deste homem.
Cerca de 40 policiais do Cope participaram da operação, que
contou com o apoio da Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro. "Além
disso, é importante ressaltar o trabalho do Ministério Público e da
Justiça de Rio Negro", completou Magalhães.
Crime
Dreveck morreu no dia 17 de dezembro, três dias depois de ser
baleado na cabeça. Ele foi alvejado quando viajava para Santa Catarina,
pela PR-420. Dreveck estava em um carro da prefeitura, com a família,
quando foi surpreendido por um motociclista que disparou contra ele.
O prefeito eleito foi atingido na cabeça e encaminhado em estado
grave ao Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul,
Santa Catarina, mas não resistiu aos ferimentos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, começou hoje (30) a
analisar quais serão os próximos passos da investigação sobre a
empreiteira Odebrecht no Supremo Tribunal Federal (STF) após a homologação das delações
de executivos. A partir de agora, Janot começará a trabalhar nos
pedidos de investigação contra os políticos e empresários que foram
citados nos depoimentos de colaboração. Não há prazo para que eventuais
pedidos de investigação ou arquivamento cheguem na Corte. O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, começará a trabalhar nos
pedidos de investigação contra os políticos e empresários que foram
citados nos depoimentos da OdebrechtArquivo/José Cruz/Agência Brasil No
início da tarde, Janot foi ao Supremo e se reuniu com a presidente do
STF, Cármen Lúcia. O procurador foi receber pessoalmente as decisões da
ministra, que homologou as delações dos 77 envolvidos ligados à
Odebrecht.
Os
pedidos de investigação devem chegar ao Supremo somente após a
definição sobre o novo relator da Lava Jato, que deverá ocupar a vaga
deixada após a morte do ministro Teori Zavascki, ex-relator dos processos envolvendo a operação na Corte.
A
decisão deve ser anunciada pelo Supremo na quarta-feira (1º), quando a
Corte retorna aos trabalhos após o período de recesso. A presidente do
STF, Cármen Lúcia, ainda trabalha nos bastidores para encontrar uma
solução consensual para substituir Teori.
A alternativa mais
cogitada em conversas informais dos ministros é o sorteio da relatoria
da Lava Jato entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado que era
integrado por Teori e que já julgou recursos da Lava Jato. Fazem parte
do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo
Lewandowski e Celso de Mello.
Outra medida que pode ser tomada é a
transferência de um integrante da Primeira Turma para a segunda. O nome
defendido nos bastidores é o do ministro Edson Fachin, com perfil
reservado, semelhante ao de Zavascki.
No sábado (28), a juíza federal Ann Donnelly assinou a suspensão parcial do decreto.
Apesar da decisão de uma juíza em suspender parcialmente o veto do
presidente Donald Trump à entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete
países de maioria muçulmana, muitos estrangeiros continuam em um limbo
ou tiveram seus planos cancelados.
Na noite de sábado, a juíza federal Ann Donnelly, de Nova York, assinou a suspensão parcial do decreto, proibindo a deportação dos que chegaram ao país com um visto válido e estavam sendo detidos em vários aeroportos.
A medida é válida para pessoas cuja solicitação de refúgio foi aprovada e
"outras pessoas legalmente autorizadas a entrar nos Estados Unidos",
mas não faz referêcia sobre a constitucionalidade da decisão
presidencial.
A ordem executiva de Trump suspende a entrada nos EUA de cidadãos do
Iraque, Síria, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen e prevê a interrupção por
120 dias do processo de refúgio para esses países - exceto para a Síria,
em relação à qual a proibição é por tempo indeterminado.
'Pessoas vulneráveis'
Entre os principais casos de estrangeiros presos em solo americano, está
o de dois iraquianos que foram detidas no Aeroporto JFK, em Nova York.
Um deles, Haneed Khalid Darweesh, trabalhou como intérprete para o
Exército americano em seu país, o que lhe deixou em uma situação
perigosa. Casa Branca volta atrás e informa que imigrantes legais não serão afetados por veto de Donald Trump
Ele ficou detido no aeroporto durante quase 24 horas. "É uma vergonha
que demos as costas e prendemos as pessoas mais vulneráveis do mundo.
Pessoas que serviram a nosso país, que estão fugindo da perseguição e
que têm status legal para entrar no nosso país e agora estão sendo
detidos", disse à BBC um o advogado do intérprete, Mark Doss.
Os dois iraquianos acabaram sendo liberados e o caso deles vai ser analisado novamente no mês que vem.
Vários outros estrangeiros foram vítimas da decisão de Trump. Conheça algumas das histórias deles:
"Ela vinha ver o neto pela primeira vez. Foi de cortar o coração"
Uma iraniana que mora nos Estados Unidos há 10 anos e tem o green card
contou à BBC, sob condição de anonimato, sobre a situação de sua mãe, de
69 anos, que deveria chegar nos Estados Unidos na tarde deste domingo.
"Ela pediu o visto em maio do ano passado - dois meses depois de eu dar à
luz o meu primeiro filho. Estava ansiosa para vir e finalmente ver o
neto pela primeira vez. Ela enfim conseguiu o visto, há duas semanas,
depois de nove meses de espera."
"A passagem dela era para este domingo. Ela chegaria em Nova York à
tarde. Agora, não sei mais" (Ela foi entrevistada no sábado, antes da
decisão judicial) Trump defende veto a imigrantes nos EUA para evitar “bagunça horrível” da Europa
A irianiana, que tem 33 anos e é engenheira, teme os impactos a longo prazo do veto de Trump em sua família.
"Meu marido é americano; toda família dele está aqui. Eu estava falando
com ele: 'Você estaria aberto a deixar esse país? É nesse país que você
gostaria de morar? É um país que está abandonando seus valores. Eu não
acho que essa decisão á algo americano, eu não acho que é algo humano -
não é nada ético.'"
"Mas, ao mesmo tempo, minha família agora é americana. Eu não posso
pedir que ele arrume as malas e saia do país comigo em qualquer momento
difícil como esse. Então, o que fiquei pensando é que talvez eu leve meu
filho para outro país... assim a minha mãe poderia ver o neto pelo
menos uma vez." "Esse veto é humilhante"
A síria Batool Shannan vive em Essen, na Alemanha, e estava com viagem
marcada para os Estados Unidos. Cientista cujas pesquisas focam na área
de câncer de pele, ela já havia trabalhado nos EUA.
"Eu sou síria e deixei meu país em 2012 para trabalhar na Philadelphia
por dois anos e meio. Então eu me mudei para Alemanha, onde eu vivo
desde então.
Pedi e consegui um visto B1/B2 (de visitante) e estava indo para a
Philadelphia em 8 de fevereiro para passar férias e visitar meus amigo.
Sou cientista e trabalho com pesquisas sobre melanomas - e as
colaborações nessa área são muito importantes. Agora, não só eu fui
proibida de ir, como não sei o que vai acontecer se eu cancelar minha
passagem (no total, ela gastou cerca de US$ 1.070, com voo e visto).
O sentimento de injustiça é tão grande. Esse veto é humilhante. Uma vergolha! "Famílias e sonhos foram destruídos com uma canetada"
Musa Sharkawi é um cardiologista da Jordânia e está estudando em
Connecticut (nos EUA). Recentemente, sua mulher, que é síria, veio morar
com ele.
"Como ela tem um passaporte sírio, ela não pode sair dos EUA, já que ela
não conseguiria voltar. E sua família não pode nos visitar, já que o
visto para eles foi vetado. A nova ordem executiva está literalemnte
destruindo famílias. Aliás, muito mais do que isso.
Muitos sonhos estão sendo destruídos com essa canetada do novo
presidente. Muitos médicos jovens e brilhantes vinham se preparando há
anos para isso (para vir aos EUA) e que gastaram milhares de dólares em
exames para conseguir licença para trabalhar aqui.
Eu fui o residente chefe do hospital onde estudei, e tratei milhares de
pacientes. Publiquei diversas pesquisas e foi co-autor de muitos livros.
Já dei aula para centenas de estudantes de medicinal, tanto americanos
como estrangeiros.
Essa é uma mudança dramática de atitude. É algo que vai dissuader muitas jovens mentes brilhates a seguir o sonho americano." "Eu pensei que green cards eram permanentes"
Alguns dos que foram afetados pela decisão de Trump já passaram a
considerar mudar definitivamente dos Eustados Unidos. Um deles é um
iraniano que vive em Washington, que disse à BBC que sua esposa havia
voltado para o Irã enquanto esperava seu visto ser renovado. O processo
já durava cinco meses, e agora ela está em um limbo.
"Venho ouvindo histórias horrorosas. Até pessoas com o green card não
estão sendo autorizadas a voltar para os Estados Unidos. Eu pensei que
green cards eram davam direito a residência permanente - mas,
aparentemente, não é tão permanente assim!"
Ele disse que está considerando voltar para o Irã ou se mudar para outro
país. "Podemos tentar outros lugares, talvez Canadá ou Austrália.
Veremos se vamos conseguir ser transferidos para a gente poder recomeçar
nossas vidas em outro país." Caos em voos de conexão
Pessoas que passariam pelos Estados Unidos apenas porque estavam em trânsito também estão enfrentando problemas.
Hamaseh Tayari, uma veterinária da Universidade de Glasgow (Escócia),
disse que estava "furiosa" e com medo, após ter sido proibida de pegar
um avião da Costa Rica para voltar para casa, já que havia uma conexão
em Nova York.
A veterinária, que tem nacionalidade iraniana, estava voltando para a Escócia depois de umas férias de duas semanas.
Em entrevista à BBC concedida do aeroporto de San José (Costa Rica), no
sábado, ela disse: "Chegamos no aeroporto de manhã para embarcar para
Glasgow em um voo que fazia escala em Nova York. Os funcionários da
companhia aérea não me deixaram embarcar por conta das novas regras.
Eles me disseram que o único voo disponível que não passasse pelos EUA
era via Madri."
As novas passagens custaram a ela e ao namorado US$ 3.260. "Gastamos todos nosso dinheiro para os próximos meses."
A ordem executiva do presidente americano, Donald Trump, sobre
imigração para os Estados Unidos de cidadãos de países devastados pela
guerra, está causando pânico entre refugiados.
Advogados de imigração não sabem se serão suspensas viagens de seus clientes, especialmente os de países muçulmanos.
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com
A medida, assinada na última sexta-feira, interrompe a admissão de
refugiados em solo americano durante 120 dias, suspendendo a entrada de
pessoas vindas de seis países, sendo a maioria muçulmanos, incluindo
Iraque, Síria, Iêmen e Líbia. No caso dos sírios, o veto é válido
indefinidamente.
Trump afirma que a intenção é "mander terroristas radicais islâmicos
fora fos Estados Unidos". Grupos de direitos humanos condenaram o veto,
dizendo que não há, por exemplo, ligações entre os refugiados sírios nos
EUA e o terrorismo.
Tom Jensen, um advogado de Washington especialista em imigração, passou
boa parte da última quarta-feira no telefone com um cliente frenético
no Iraque.
O homem - que Jensen não quis revelar a identidade - e sua família
conseguiram ser admitidos nos Estados Unidos por meio de um programa de
vistos especiais destinados a iraquianos e afegãoes que trabalharam para
os militares americanos durante as guerras naqueles países, normalmente
como tradutores ou intérpretes.
O cliente de Jensen foi ameaçado repetidas vezes, primeiro por insurgentes e depois pelo autoproclamado Estado Islâmico.
Em dezembro de 2016, após um processo de três anos, o homem e sua
família receberam a aprovação para se estabelecer nos Estados Unidos.
Eles deveriam embarcar para o país em 7 de fevereiro.
Mas a última quarta-feira vazou para a imprensa de um rascunho da ação
executiva do presidente Trump sobre os refugiados imigrantes de países
muçulmanos. Isso causou pânico entre refugiados, suas famílias e
advogados.
O cliente de Jensen considerou gastar uma grande quantidade de dinheiro
para embarcar no dia seguinte para tentar evitar o veto.
Advogado diz se sentir envergonhado por saber o que vai acontecer com refugiados
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com
Mas como a ordem não foi assinada na quarta-feira nem na quinta-feira, o cliente de Jensen decidiu esperar.
"Eu estou me sentindo frustrado e um pouco envergonhado que o nosso
governo engane as pessoas dessa forma", diz Jensen. "Um homem que
arriscou a vida para ajudar os militares americanos durante a guerra -
eu sinto como se estivessemos devendo a ele".
Trump assinou a ordem na tarde de sexta-feira, mas a versão final não
veio à público imediatamente. Ela é um pouco diferente do rascunho, mas
os princípios básicos foram mantidos.
O rascunho intitulado "Protegendo a Nação de Ataques Terroristas de
Estrangeiros" está sendo agora minuciosamente analisado por advogados
que tentam prever o que está por vir.
As determinações mais dramáticas listadas no rascunho suspendem a
admissão de todos os refugiados por quatro meses (com a exceção de
"minorias religiosas"), barra indefinidamente a entrada de refugiados
sírios e suspende as entradas nos Estados Unidos de cidadãos, mesmo com
vistos, de sete países por 90 dias. Esses países têm população
predominantemente muçulmana e seriam Síria, Irã, Iraque, Somália, Líbia,
Sudão e Iêmem.
Becca Heller, diretora do Projeto de Assitência Internacional a
Refugiados, passou a quarta-feira respondendo a uma enxurrada de e-mails
e ligações de todo o país,
Advogados de imigração não sabem se serão suspensas viagens de seus clientes, especialmente os de países muçulmanos.
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com
"Todos estão em pânico. Ninguém sabe o que isso significa. Nós temos
clientes cujas vidas estão seriamente em risco, que têm vistos aprovados
e entregues, simplesmente esperando a hora de viajar"., disse Heller.
"Muitas dessas pessoas estão em risco porque têm laços com a América -
porque têm família aqui ou porque trabalharam com as forças americanas".
Sari Long, uma advogada de imigração que trabalhou por meses para
reunir uma família iraquiana - o pai entrou nos Estados Unidos em 2012
com um visto especial após ter trabalhado como intérprete com o
Exército, com fuzileiros navais e comforças de segurança americanas
terceirizadas. Ele tenta trazer os filhos e sua mulher para o país há
anos.
Long não sabe se os familiares serão afetados pela suspensão de 30 dias
de cidadãos iraquianos que têm vistos americanos ou se serão
classificados como "refugiados" em vez de "imigrantes" e terão que
esperar por 120 dias.
Também há dúvidas sobre o que acontecerá com imigrantes que estavam em
voo em direção aos Estados Unidos no momento da assinatura da ordem.
Compromisso
Apesar dos rumores frenéticos sobre o que pode acontecer, Kay Bellor,
vice-presidente de programas da Lutheran Immigrant Refugee Services, uma
agência de reassentamento de refugiados, disse que todos os seus
clientes que estavam agendados para chegar no país nesta semana não
tiveram problemas.
Ela diz esperar que a situação volte ao normal depois que a
administração conseguir revisar todos os processos de verificação de
imigrantes.
"Eu acho que vamos superar isso. Uma ordem executiva não pode acabar
com o programa de refugiados americanos ou com o compromisso americano
com os refugiados", disse.
Mas tanto ela com outros advogados de refugiados acham que fechar a
porta do país para refugiados e especialmente para ex-aliados que
ajudaram os Esatdos Unidos em conflitos é na realidade uma ameaça à
segurança nacional.
"Eu acho que vai realmente prejudicar nossa posição no mundo. Qualquer
que seja nossa próxima aventura na política internacional, vamos
precisar de apoio local. Se abandonarmos nossos aliados nessa, teremos
dificuldade em encontrar novos aliados."
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta
sexta-feira um decreto que limitará a imigração e os refugiados de
alguns países de maioria muçulmana e disse separadamente que quer que os
EUA deem prioridade aos sírios cristãos que fogem da guerra civil.
Trump havia prometido as medidas, chamadas de "seleção
extrema", durante a campanha eleitoral do ano passado, dizendo que
impediriam que militantes entrassem nos Estados Unidos do exterior. Mas
grupos de direitos civis condenaram o decreto como prejudicial e
discriminatório.
Os detalhes do decreto não estavam disponíveis imediatamente.
"Estou estabelecendo novas medidas de controle para manter
os terroristas islâmicos radicais fora dos Estados Unidos da América.
Não os quero aqui", disse Trump no Pentágono.
"Nós só queremos acolher em nosso país aqueles que apoiarão nosso país e amarão profundamente nosso povo", acrescentou.
Separadamente, Trump disse que os sírios cristãos terão
prioridade quando se trata de solicitar o estatuto de refugiado, mas
especialistas jurídicos disseram que distinguir uma determinada religião
pode ser classificada como uma violação da Constituição dos Estados
Unidos.
"Se eles estão pensando em uma exceção para os cristãos, em
quase todo outro contexto legal discriminar em favor de uma religião e
contra outra religião poderia violar a Constituição", disse Stephen
Legomsky, um ex-conselheiro-chefe dos Serviços de Cidadania e Imigração
dos EUA no governo Obama.
O regime de Pyongyang está cada vez mais perto de cair, à medida que
mais norte-coreanos lhe dão as costas, afirmou um ex-diplomata
norte-coreano que se asilou na Coreia do Sul no ano passado.
"Estou convencido de que os dias de Kim Jong-Un estão contados",
declarou o ex-número dois da embaixada da Coreia do Norte em Londres,
Thae Yong-Ho, em sua primeira coletiva de imprensa realizada sob fortes
medidas de segurança.
O ex-diplomata também disse estar seguro de que mais compatriotas
seus seguirão seu exemplo porque o regime norte-coreano vai acabar
caindo.
Segundo ele, cada vez mais membros da elite norte-coreana "dão as
costas" ao líder Kim Jong-Un. "As estruturas tradicionais do sistema
norte-coreano estão afundando", acrescentou.
Thae, um dos diplomatas de maior escalão a fugir para a Coreia do Sul
nos últimos anos, explicou que o acesso às informações exteriores
fizeram com que sua fé no regime ficasse abalada.
Suas dúvidas se converteram em convicções quando Kim Jong-Un impôs um expurgo entre altos dirigentes do regime.
Os diplomatas norte-coreanos, quando enviados ao exterior, são
obrigados a deixar um de seus filhos no país, como "garantia" de sua
fidelidade ao regime.
Thae teve a sorte de poder ir para o Reino Unido com seus dois filhos, hoje de 19 e 26 anos.
"O regime de Kim Jong-Un usa como refém o amor entre pais e filhos para controlar os diplomatas do país", denunciou.
Thae, que conseguiu ir para a Coreia do Sul com os filhos e a esposa,
é taxado de "escória humana" por Pyongyang, que o acusa de ter desviado
uma importante soma de dinheiro, estuprar um menor e espionagem.
O papa Francisco aceitou nesta quarta-feira (25) a renúncia do
Grão-Mestre da Ordem de Malta, Matthew Festing, pondo fim a um conflito
incomum entre a milenar congregação e o Vaticano.
"Ontem (terça-feira), durante a audiência com o Santo Padre, sua
alteza Matthew Festing entregou sua renúncia como Grão-Mestre da
Soberana Ordem de Malta. O papa a aceitou hoje (quarta) e manifestou seu
apreço e reconhecimento pelos sentimentos de lealdade e devoção",
informou o Vaticano em um comunicado.
"O governo da Ordem será assumido de forma interina pelo
Grão-Comendador (o alemão Ludwig Hoffmann von Rumerstein) até que seja
designado um delegado pontifício", acrescenta a nota.
Fontes religiosas explicaram que o delegado pontifício é uma espécie
de interventor. Recorreu-se à sua figura em alguns poucos casos. Em
2010, por exemplo, o papa Bento XVI usou essa figura para a renovação
dos Legionários de Cristo, após o escândalo envolvendo seu fundador,
Marcial Maciel. Ele foi condenado por abusos sexuais contra
seminaristas, por ter tido filhos com diferentes mulheres e por ser
consumidor de drogas.
A saída de Festing, britânico de 68 anos, à frente da Ordem desde 2008, é um gesto muito incomum, já que o cargo é vitalício.
"Nesta terça à tarde, o papa recebeu o grão-mestre e lhe pediu que o
demitisse. Ele aceitou", anunciou a Ordem horas antes em um comunicado.
A Ordem de Malta - uma das instituições cristãs mais antigas que se
tornou um Estado sem território - finalmente provou sua obediência ao
Papa, evitando assim uma ruptura com a Santa Sé após mais de 900 anos de
uma sólida relação.
A influente entidade conservadora, cujas origens remontam às
Cruzadas, está presente em mais de 120 países administrando hospitais e
ambulatórios, com 12.500 membros e 100.000 funcionários e voluntários.
Em todo o mundo, suas representações locais começavam a se preocupar
com uma diminuição nas doações em razão da polêmica, sobretudo com a
proximidade da Jornada Mundial da Hanseníase, em 29 de janeiro -
tradicionalmente, um dia importante para angariar fundos, segundo uma
fonte interna.
O caso teve início em 6 de dezembro com a exoneração do alemão
Albrecht von Boeselager, número dois da ordem, por ter tolerado a
distribuição de preservativos a pessoas com risco de contrair o vírus da
aids.
Oficialmente, Boeselager, grande chanceler da Ordem de Malta desde
2014 - o equivalente ao posto de ministro do Interior e das Relações
Exteriores - foi destituído por "problemas graves".
- A guerra de Burke -
O preservativo continua a ser um tabu na Igreja católica, que rejeita
qualquer método de contracepção, ainda que o papa Francisco tenha feito
um apelo em novembro "a um comportamento responsável" diante da aids.
A recusa de Von Boeselager de apresentar sua demissão quando
solicitada pelos seus superiores, entre eles o cardeal ultraconservador
americano Raymond Burke - um dos adversários internos de Francisco -, é
uma das origens da controvérsia.
Considerado um grande crítico do papa argentino, Burke foi afastado
do Vaticano ao ser nomeado representante do papa na Ordem de Malta e,
desde então, lidera a batalha contra o pontificado de Francisco.
O cardeal faz parte do grupo que pediu a Francisco que corrija seus
"erros doutrinários", pedido ignorado até agora pelo pontífice. Segundo
fontes da Ordem, o caso teria rendido, sobretudo, em razão da batalha da
ala conservadora da Igreja contra o Papa.
- Um mês de disputas -
A batalha ganhou um novo capítulo quando o irmão de Albrecht von
Boeslager foi nomeado para o conselho administrativo do Banco do
Vaticano (IOR), em plena restruturação após uma série de escândalos.
"O timing foi extremamente significativo", segundo uma fonte consultada pela AFP.
Em 21 de dezembro, o Papa nomeou uma comissão de investigação de
cinco membros encarregada de esclarecer a demissão do alemão. Em um
comunicado, o Grão-Mestre se negou categoricamente a cooperar com a
comissão de investigação.
Na ocasião, a entidade religiosa justificou sua posição, afirmando
que deveria "proteger sua própria soberania" diante do que considerou
uma ingerência do Vaticano. O papa ordenou que a comissão investigasse a
recente saída do ex-chanceler da Ordem Albrecht Freiherr von
Boeselager.
Apesar de a entidade ser considerada um Estado e contar com seu
próprio passaporte e corpo diplomático, para a Santa Sé continua sendo
vista como uma organização religiosa que deve obediência e respeito ao
papa.
Nesse cenário, a Santa Sé chegou a emitir um comunicado apoiando sua comissão.
A Ordem de Malta foi fundada com o nome de Cavaleiros Hospitalários
em Jerusalém, em 1048, como uma comunidade de instituições médicas
encarregada de tratar doentes, antes de ser reconhecida pelo papa em
1113.
A decisão de romper o acordo de parceria Transpacífico, tomada por
decreto na segunda-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, provocou reações entre a classe política e empresarial do país e
também do exterior. Na América Latina, Chile, México e Peru já se
articulam para abrir novos canais de negociação.
A parceria
Transpacífico (TPP) é um acordo de livre-comércio estabelecido entre
doze países banhados pelo Oceano Pacífico. O acordo foi assinado em 5 de
outubro de 2015, após sete anos de negociações, mas não foi ratificado
por várias nações, entre elas, os Estados Unidos.
Nos Estados
Unidos, a maior parte das reações foi positiva, e até mesmo adversários
do presidente durante a campanha, como o ex-candidato democrata, senador
Bernie Sanders, elogiou a iniciativa. Ele emitiu um comunicado em que
destacou que encerrar este acordo também fazia parte de sua plataforma
de sua campanha.
"Estou feliz que a Parceria Transpacífico tenha
sido morta e enterrada”, afirmou. “Nos últimos 30 anos, temos tido uma
série de acordos comerciais [...] que nos custaram milhões de empregos
com remuneração decente”.
Sanders ponderou, entretanto, que agora
deseja ver uma nova política comercial que não contemple apenas
corporações multinacionais. “Se o presidente Trump implementar uma nova
política para ajudar os trabalhadores americanos, seria um prazer
trabalhar com ele”, afirmou.
Entre os descontentes com a
retirada, a deputada democrata Rosa Delauro disse que o TPP poderia ter
sido mais eficaz se as forças do Congresso tivessem trabalhado para
torná-lo mais efetivo e tirá-lo do papel. "O TPP poderia ter funcionado
bem se a classe política tivesse tido mais ação e se não houvesse tanta
resistência da opinião pública", afirmou em entrevistas a rede de TVs
locais. Perda geopolítica
Entre os
críticos, há quem diga que, com a saída, os Estados Unidos perdem um
importante espaço na Ásia para manter uma posição geopolítica
estratégica na região.
O senador democrata, Chuck Schumer, líder
da minoria, afirmou que o “TPP estava morto muito antes de Trump assumir
o cargo”. E afirmou: "Aguardamos ação real sobre o comércio."
A
deputada democrata Rosa De Lauro rebateu as críticas do presidente Trump
sobre a ineficiência do tratado. E disse que o acordo não “funcionou”
como deveria por falta de apoio parlamentar, tanto democrata quanto
republicano, e ainda pela oposição da opinião pública”.
Do mesmo
modo que o TPP, o presidente Donald Trump também articula a revisão do
Acordo Norte Americano de Livre Comércio (Nafta), que une
comercialmente, Canadá, Estados Unidos e México. No caso do Nafta, a
decisão não será unilateral e o presidente Trump irá se reunir nos
próximos dias com os governos do Canadá e do México para discutir formas
de renegociar o acordo ou até mesmo extingui-lo. Renegociação
Com
a ruptura do TPP, os países latino-americanos signatários começam a
articular-se para recuperar perdas que podem surgir pela nova
configuração econômica.
O presidente do México, Enrique Peña
Nieto, fez um pronunciamento, logo após o anúncio da saída dos Estados
Unidos. Ele disse que pretende delinear novamente as prioridades da
política externa do México.
Além de falar em buscar novos
mercados, Peña Nieto reiterou que vai conversar com o governo Trump na
negociação de um acordo bilateral e disse que, de modo geral, o país
quer apresentar quais são as prioridades na nova relação com os Estados
Unidos.
O Peru e o Chile também sinalizam que irão em busca de
acordos bilaterais com países que fazem parte do TCC, como a China e o
Japão.
Um preso foi baleado ao tentar fugir, na manhã de hoje (23), da
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região
metropolitana de Natal (RN). Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e
Cidadania, outros presos que tentavam escapar recuaram diante da ação
dos próprios agentes penitenciários que, de uma das guaritas, dispararam
para conter a fuga.
O
detento ferido - cujo nome não foi divulgado - foi atingido no braço e
encaminhado para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel por uma equipe do
Samu, com escolta policial. Segundo a secretaria estadual, o preso não
tinha recebido alta médica até o meio da tarde de hoje.
A Penitenciária de Alcaçuz vive uma guerra
entre duas facções criminosas rivais desde o dia 14 de janeiro, quando
pelo menos 26 presos foram assassinados e boa parte da penitenciária
passou a ser controlada pelos detentos. Até agora, as forças policiais
controlam a área externa de Alcaçuz e fazem intervenções pontuais no
local para realizar buscas por corpos e instalar contêineres a fim de separar, provisoriamente, os pavilhões 4 e 5 dos demais.
Hoje,
no entanto, a instalação dos contêineres teve que ser interrompida
devido a um problema mecânico no guincho a serviço do Departamento de
Estradas e Rodagem (DER-RN). Quando estiver concluído, a divisão com
contêineres permitirá a construção, em segurança, de um muro definitivo
que separe os pavilhões.
Desde ontem (22), agentes penitenciários e homens da Força Nacional já encontraram três tuneis
no interior da penitenciária. De acordo com a secretaria estadual de
Justiça e Cidadania, as escavações já foram fechadas e só será possível
saber se houve ou não fugas após a retomada do controle do
estabelecimento e a recontagem de presos.
A três meses das eleições presidenciais na França, o Partido
Socialista governante e seus aliados celebram neste domingo o primeiro
turno das primárias para eleger um candidato à presidência que contenha o
avanço da direita e da extrema direita.
No total, 7.530 mesas de votação abriram às 09H00 (08H00 GMT) na
França metropolitana. Os territórios de ultramar começaram a votar no
sábado.
Dos sete candidatos à nomeação socialista destaca-se o trio, composto
pelo ex-primeiro-ministro Manuel Valls e dois ex-ministros afastados do
governo em 2014 por opôr-se abertamente às decisões econômicas do
executivo, Arnaud Montebourg e Benoît Hamon.
Os dois candidatos que conseguirem o maior número de votos passarão para o segundo turno no domingo 29 de janeiro.
No entanto, todas as pesquisas de opinião garantem que qualquer um
dos candidatos socialistas será eliminado no primeiro turno das eleições
presidenciais de abril.
As pesquisas apontam uma disputa entre o ex-primeiro-ministro
conservador François Fillon, a líder da extrema direita Marine Le Pen e o
ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.
Um duelo Fillon-Le Pen em maio no segundo turno parece por enquanto o cenário mais provável.
- Mobilizar eleitores desiludidos -
Os organizadores das primárias esperam que uma forte mobilização do
eleitorado impulsione o candidato socialista na corrida presidencial.
Às 16H00 GMT, duas horas antes do fechamento, apenas um milhão de pessoas votaram, segundo dados de 70% das mesas eleitorais.
Um número bastante inferior aos 2,5 milhões de eleitores, na mesma
hora, das primárias da direita em novembro, que definiram Fillon como o
candidato dos conservadores.
"Não me interessa, a decepção é muito grande", explicou um parisiense que não foi votar.
Os candidatos aguardam o veredito das urnas, após uma campanha
relâmpago de menos de dois meses em que tentaram mobilizar uma esquerda
desiludida e rachada com o governo de François Hollande, o presidente
mais impopular das últimas décadas.
Manuel Valls, de 54 anos, membro da ala direita do PS, disse estar
"sereno" e "tranquilo" após votar. Apontado como favorito em dezembro,
sua campanha não conseguiu decolar, mas aposta em sua experiência para
vencer os concorrentes.
"A esquerda deve estar no segundo turno das eleições presidenciais",
declarou Dominique, eleitor de aproximadamente 40 anos que não quis dar
seu sobrenome. Votou em Valls porque segundo ele "é que tem mais
probabilidades de vencer Fillon e Le Pen".
Considerado a revelação da campanha, Benoît Hamon, de 49 anos, o mais
esquerdista dos três favoritos, disse estar "convencido que sua hora
chegou".
Sua proposta de criar uma renda básica universal de 750 euros por mês
para todos os franceses é um dos principais temas da sua campanha.
Os outros quatro candidatos que concorrem nas primárias, com menos
chances, são o ex-ministro da Educação Vincent Peillon, o ecologista
François de Rugy, o ex-eurodeputado Jean-Luc Bennahmias e a candidata da
esquerda radical Sylvia Pinel.
Todos os franceses inscritos nas listas eleitorais podem votar neste
domingo, bastando pagar 1 euro e assinar uma declaração de adesão aos
valores da esquerda.
Presidente afirma que só indicará novo ministro do STF após a corte
decidir quem vai ficar com relatoria da Operação Lava Jato. Teori, que
era o relator, morreu em queda de avião.
O presidente da República, Michel Temer, disse neste sábado (21/01)
que vai aguardar a indicação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de um
novo relator para os processos da Operação Lava Jato para só então
escolher um nome para substituir o ex-ministro Teori Zavascki na corte.
"Só depois que houver a indicação do relator", disse. Teori era o
relator da Lava Jato no STF e morreu nesta quinta-feira em um acidente
aéreo em Paraty, no Rio de Janeiro.
O regimento do STF prevê que a
ministra Cármen Lúcia, presidente da corte, pode decidir se os
processos da Operação Lava Jato serão distribuídos entre outros membros
do STF ou se serão herdados pelo novo ministro, a ser nomeado por Temer.
Para chegar à corte, o substituto deverá passar por uma sabatina na
Comissão de Constituição de Justiça do Senado e ter o nome aprovado pelo
plenário da casa parlamentar.
Temer chegou ao velório de Teori,
em Porto Alegre, tecendo elogios ao magistrado. "É um homem de bem. O
que o Brasil precisa cada vez mais é de homens com a competência
pessoal, moral e profissional do ministro Teori. Que Deus o conserve na
memória dos brasileiros como um exemplo a ser seguido", disse. "É uma
perda lamentável para o país e para a classe jurídica", acrescentou. O
corpo Teori é velado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
na capital gaúcha.
Jihadistas destroem Tetrápilo e fachada do Teatro Romano, que estão
entre os mais famosos monumentos da cidade histórica. Grupo retomou
controle de Palmira em dezembro.O "Estado Islâmico" (EI) destruiu um dos
mais famosos monumentos da antiga cidade histórica de Palmira, o
Tetrápilo, assim como a fachada do Teatro Romano, afirmou nesta
sexta-feira (20/01) o chefe de Antiguidades da Síria, Maamoun
Abdulkarim. A destruição foi qualificada pela Unesco como um "novo crime
de guerra e uma imensa perda para o povo sírio e a humanidade".
O Tetrápilo, que marca uma ligeira curva ao longo da grande colunata de
Palmira, consiste em uma plataforma quadrangular de pedra com quatro
colunas agrupadas em cada um de seus cantos. Imagens de satélite
enviadas por Abdulkarim à agência de notícias Reuters mostram o local
severamente destruído, com apenas quatro das 16 colunas ainda de pé e em
meio aos escombros. Segundo Abdulkarim, os estragos aconteceram entre
os dias 26 de dezembro e 10 de janeiro.
As imagens também mostraram extensos danos ao Teatro Romano, onde
colunas jazem desmoronadas sobre o palco. Em maio do ano passado, logo
após Palmira ser recuperada do EI pela primeira vez, o mesmo teatro
havia sido utilizado para a apresentação de uma orquestra russa.
Esta é a segunda vez desde o início da guerra na Síria, há seis anos,
que o grupo jihadista controla a cidade de Palmira. A primeira começou
em 2015, quando o EI tomou conta da cidade por dez meses. Em março do
ano passado, forças governamentais e aliados russos conseguiram expulsar
a milícia da cidade, mas em dezembro o local foi capturado novamente.
No início de dezembro, as milícias do Estado Islâmico surpreenderam ao
retomar Palmira, um dos mais importantes centros culturais da
antiguidade clássica, classificada pela Unesco como patrimônio da
Humanidade. O Estado Islâmico havia ocupado Palmira de maio de 2015 até
março de 2016, quando foi expulso pelas forças sírias, apoiadas por
tropas russas.
Edifício de 15 andares desabou no centro de Teerã, ao norte do principal mercado. A razão do incêndio ainda não foi descoberta.Teerã - Um alto edifício da capital do Irã pegou fogo e
desabou nesta quinta-feira, matando ao menos 30 bombeiros e ferindo
outras 75 pessoas, informou a mídia estatal Press TV. O desastre
se abateu sobre o edifício Plasco, uma estrutura icônica de 17 andares
no centro de Teerã e ao norte do principal mercado. A razão do incêndio
ainda não foi descoberta.
Bombeiros combatiam incêndio quando o prédio mais antigo do Irã desabou (foto: AFP / HO AND STR)
Os
bombeiros lutaram durante horas para apaziguar o fogo, enquanto a
polícia tentou conter comerciantes que tentavam voltar para salvar suas
mercadorias. O edifício, no entanto, ruiu em questão de segundos, um evento que foi mostrado ao vivo pela televisão. Jalal
Maleki, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, afirmou que dez postos dos
bombeiros atenderam o chamado do Plasco, que surgiu perto das 8h,
horário local.
Bombeiro iraniano caminha sobre os destroços do prédio mais antigo do Irã, o edifício Plasco, de 15 andares, no centro de Teerã
O
edifício foi construído no início da década de 1960 pelo empresário
judeu iraniano Habib Elghanian, e foi o mais alto de seu tempo.
Elghanian foi acusado de espionagem e executado após a Revolução
Islâmica de 1979, um movimento que fez boa parte da comunidade judia do
país emigrar.
Três terremotos, de magnitudes compreendidas entre 5,3 e 5,7,
atingiram na manhã desta quarta-feira em menos de uma hora o centro da
Itália, zona castigada pelos terremotos do ano passado e pelas fortes
nevascas que dificultam a chegada de ajuda.
"Felizmente não há vítimas, mas o governo se mobilizou ante a
emergência", declarou, em Berlim, o chefe de governo, Paolo Gentiloni.
O primeiro tremor, de magnitude 5,3, foi registrado às 10h25 locais (07h25 de Brasília), segundo vários institutos de medição.
O outro, mais forte e mais longo, ocorreu por volta das 11h14 (08h14
de Brasília) e o terceiro (5,5) às 11h25 (08h25 de Brasília).
Os três fortes tremores também foram sentidos em Roma, Florença e Nápoles, onde centenas de pessoas saíram de suas casas.
Os epicentros se localizaram entre Montereale, Capitignano, Campostoto, Barete, Pizzoli e Amatrice, segundo a Defesa Civil.
Amatrice foi a localidade mais afetada pelo terremoto de magnitude 6,0 que no dia 24 de agosto deixou mais de 300 mortos.
Toda esta região, localizada em meio a montanhas, sofre há dez dias
com tempestades de neve e vento que deixaram muitas das estradas
impraticáveis e na terça-feira provocaram o desamamento do hospital de
campanha provisório instalado com módulos infláveis em Amatrice.
'Emergência monstruosa'
"Não sei o que fizemos de mal, ontem nevascas de até 2 metros e agora
o terremoto. O que se pode dizer? Não tenho palavras", comentou
desconsolado à televisão o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi.
"A situação é dramática, as estradas não podem ser utilizadas devido à
neve, temos poucos meios, outros estão danificados. Não podemos
enfrentar esta guerra sem arcos e flechas", lamentou Stefano Petrucci,
prefeito de Accumoli, outras das aldeias atingidas pelos terremotos.
"Vivemos uma emergência monstruosa. Estamos tentando superar um muro
de neve para ajudar", reconheceu o prefeito de Ascoli, Guido Castelli.
As tempestades de neve dos dias anteriores complicam a transferência
de equipamentos e maquinaria e teme-se pela população, sobretudo idosos e
crianças, que há vários dias estava sem eletricidade e com problemas de
comunicação.
As regiões de Abruzzo, Lazio e Marcas foram as mais afetadas pelos
terremotos do ano passado, com desabamentos de edificações históricas,
aldeias inteiras arrasadas.
Na capital, as autoridades suspenderam por duas horas os serviços de
trem subterrâneo por razões de segurança e a sede do ministério das
Relações Exteriores, assim como algumas escolas, foram evacuados.
A sede central da universidade La Sapienza também foi evacuada e os museus do centro de Roma foram fechados por duas horas.
As escolas de Abruzzo e Marcas que não haviam sido fechadas devido à neve foram evacuadas pelos terremotos.
Os serviços de emergência também mobilizaram helicópteros para
controlar o impacto dos tremores e tentar socorrer as pessoas bloqueadas
pelas nevascas, com temperaturas que chegam a 12 graus negativos.
Até o momento, não há informações sobre desabamentos, mas os
moradores da cidade de Áquila, traumatizada pelos terremotos do ano
passado, saíram às ruas e foram registradas cenas de pânico.
O prefeito, Massimo Cialente, afirmou que até o momento não foram
registrados danos, mas reiterou que a "situação é muito difícil, já que é
preciso somar às nevascas o terremoto".
Em Amatrice, a antiga e bela cidade montanhosa devastada por um terremoto anterior, o que restava da torre medieval desabou.
O exército foi mobilizado para enfrentar a dupla emergência:
responder aos pedidos de ajuda e o transporte de doentes, de uma
população que vive há mais de seis meses em condições precárias.
Colocado na vice-presidência da Caixa Econômica Federal por Michel
Temer, Geddel Vieira Lima terá todos os seus e-mails vasculhados pela
Polícia Federal. A Operação Cui Bono? (a quem interessa?) vai analisar
mais de quatro anos de e-mails institucionais enviados e recebidos por
Geddel. Há fortes indícios de fraudes na liberação de crédito do banco,
onde o ex-ministro teria usado a influência do cargo para conferir
vantagens a empresas que lhe pagavam propina.
As informações são de Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.
“As buscas da Cui Bono? abrangeram também a vice-presidência de
Pessoa Jurídica da Caixa. Para a Federal e o Ministério Público, a
entrada dos investigadores era necessária para buscar ‘informações e
cópias de processos de obtenção de créditos das empresas aqui
mencionadas junto a Caixa Econômica Federal, a saber, BR Vias, Oeste
Sul, Comporte Participações S.A, Marfrig, J&F Investimentos, Grupo
Bertin (Contern), JBS, Big Frango, Digibrás, Inepar e Prefeitura
Municipal de Barra Mansa’.
A Cui Bono? é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada
em 15 de dezembro de 2015. Na ocasião, a PF encontrou um aparelho
celular em desuso na residência do então presidente da Câmara do
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O celular foi submetido a perícia e, mediante autorização judicial de
acesso aos dados do dispositivo, a Polícia Federal extraiu uma
‘intensa’ troca de mensagens eletrônicas entre o Eduardo Cunha e Geddel,
entre 2011 e 2013. As mensagens indicavam a possível obtenção de
vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para
grandes empresas de créditos junto à Caixa, o que pode indicar a prática
dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro."
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou hoje (16) a
possibilidade de um ataque da facção Primeiro Comando da Capital (PCC)
nesta semana. Um documento interno da polícia alerta sobre um possível
ataque da organização criminosa. Alckmin garantiu que o serviço de
inteligência da polícia paulista faz monitoramento 24 horas por dia. O
secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho,
confirmou a existência de um alerta interno da polícia paulista sobre um
ataque programado para amanhã (17), mas disse que o monitoramento feito
pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pela Secretaria de
Administração Penitenciária (SAP) não apontam a possibilidade de o
ataque ocorrer. “O que está sendo difundido na
internet é um informe de inteligência e não tem a menor procedência. Já
testamos todos os meios necessários. A segurança do estado está sendo
realizada no seu padrão de eficiência e alerta sempre, mas sem reforço
adicional”.
O
secretário afirmou que o informe está errado e que o responsável por
sua emissão é “alguém que não sabe trabalhar com inteligência”. Ele
informou ainda que o investigador que emitiu o alerta será afastado da
função. “Não sei quem ele é e não vou falar com ele, mas acho que ele
não demonstra ter afinidade com o trabalho de inteligência, que não é
feito de forma escancarada”. Rebeliões Alckmin
também rebateu críticas e reportagens que afirmam que o crescimento do
PCC e a atual crise prisional estariam relacionados ao fato da
transferência de líderes da organização de São Paulo para presídios de
outros estados.
“Querer dizer que as rebeliões que
acontecem se devem a transferências feitas na década de 90, mais de 20
anos atrás é muita fantasia. É preciso arrumar outra desculpa. O que
precisa para líderes de organizações criminosas é ter Penitenciária de
Segurança Máxima e Regime Disciplinar Diferenciado, que é o que nós
temos”, disse Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes após cerimônia de
entrega de 573 viaturas para a frota da Polícia Militar.
Alckmin
disse ainda que as transferências foram determinadas pelo Poder
Judiciário, e não pelo governo estadual. “Temos as penitenciárias mais
seguras do país. Tanto é que Fernandinho Beira Mar ficou aqui dois anos,
nem é de São Paulo, mas esse é um compromisso que temos com o Brasil e
podemos ajudar. Ele só saiu porque a Justiça determinou”.
Detentos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, na
zona norte de Natal, deram início a um motim na madrugada dessa
segunda-feira (16); revolta acontece menos de 24 horas após 26 presos
terem sido massacrados em uma outra rebelião no Presídio de Alcaçuz, o
maior do Rio Grande do Norte; novo motim seria represália às mortes
resultantes da rebelião derivada de uma briga de facções criminosas
rivais durante o final de semana.Detentos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes,
na zona norte de Natal, deram início a um motim na madrugada dessa
segunda-feira (16). Revolta acontece menos de 24 horas após 26 presos
terem sido massacrados em uma outra rebelião no Presídio de Alcaçuz, o
maior do Rio Grande do Norte.
Segundo informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio
Grande do Norte, o novo motim é uma represália às mortes resultantes da
rebelião derivada de uma briga de facções criminosas rivais.
O
Governo chinês reiterou que a política 'Uma só China' é "inegociável",
depois de o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a
ameaçar que não a respeitará se Pequim não aceitar negociar os laços
comerciais bilaterais.
"Instamos
os Estados Unidos a darem-se conta da elevada sensibilidade da questão
taiwanesa e a respeitarem os compromissos tomados pelos anteriores
governos norte-americanos", assinalou o porta-voz do Ministério dos
Negócios Estrangeiros em comunicado citado pela agência oficial Xinhua.
O
Governo da China é o único com legitimidade para representar essa
nação, algo que é "reconhecido internacionalmente e que ninguém pode
mudar", sublinhou a fonte.
Trump deu a
entender, na sexta-feira, numa entrevista ao jornal Wall Street Journal,
que não respeitará o princípio de 'Uma só China', que implica não
reconhecer Taiwan como um Estado, a menos que Pequim altere práticas
comerciais e políticas monetárias que considera prejudiciais aos Estados
Unidos.
"Tudo está em negociação,
incluindo o princípio de 'Uma só China'", sublinhou Trump, algo que já
tinha dito em dezembro durante uma entrevista à televisão Fox News, e
que também despertou críticas e preocupação de Pequim.
A
China obriga todos os países com quem mantém laços diplomáticos a
respeitarem esse princípio, segundo o qual o Governo de Taiwan --
nascido do exílio da ilha na guerra civil entre comunistas e
nacionalistas -- não é legítimo e não é possível ter laços diplomáticos
oficiais com ele.
Trump, que em
novembro aceitou uma chamada telefónica da Presidente taiwanesa, Tsai
Ying-wen, um gesto que também foi condenado pelo regime comunista
chinês, tem mostrado, desde a sua vitória eleitoral, que pretende ter
uma política dura face à China, tanto em termos políticos como
comerciais.
Os meios de comunicação
oficiais chineses alertaram na semana passada que os Estados Unidos
caminham para um "confronto devastador", levantando até a hipótese de um
conflito bélico, incluindo nuclear, entre as duas maiores economias
mundiais, caso as ameaças de Trump se materializarem.
Temendo uma nova onda de violência no Oriente Médio, mais de 70
diplomatas do mundo se reúnem neste domingo em Paris para pressionar por
novas negociações de paz e atentar para a criação de um Estado
palestino. A conferência pretende ser uma mensagem contundente
para o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e do primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, de que grande parte do mundo quer paz e
vê uma solução de dois estados como a melhor maneira de alcançá-la no
conflito israel-palestina. Netanyahu desprezou a conferência de
domingo dizendo ser uma "fraude" contra Israel, enquanto a administração
de Trump decidiu não participar. "Uma solução de dois Estados é a
única possível", disse o ministro francês de Relações Exteriores,
Jean-Marc Ayrault, na abertura da conferência, chamando-a de "mais
indispensável do que nunca para resolver o conflito prolongado". "As
duas partes estão muito distantes e sua relação é de desconfiança, uma
situação particularmente perigosa", acrescentou Ayrault. "A
responsabilidade do nosso coletivo é trazer israelenses e palestinos de
volta à mesa de negociação. Sabemos que é difícil, mas existe uma
alternativa? Por enquanto não", disse. Diplomatas franceses temem
que Trump desencadeie novas tensões na região por tolerar os
assentamentos em terras reivindicadas pelos palestinos e movendo a
Embaixada dos EUA de Tel Aviv para a controversa Jerusalém. O
secretário de Estado americano, John Kerry, está em Paris defendendo os
interesses da conferência, em sua última incursão diplomática importante
antes de ele deixar o cargo. Isto marca o fim de oito anos de esforços fracassados dos EUA no conflito israel-palestina. Netanyahu
recusou um convite para uma reunião especial após a conferência,
enquanto o presidente palestino, Mahmoud Abbas, era inicialmente
esperado, mas sua visita para Paris foi adiada. De acordo com um esboço da declaração obtida pela Associated Press na sexta-feira, o encontro pedirá
a Israel e palestinos "para reafirmarem oficialmente o seu compromisso
com a solução de dois Estados". Afirmará também que a comunidade
internacional "não reconhecerá" mudanças nas linhas de Israel anteriores
a 1967 sem o acordo de ambos os lados. Fonte: Associated Press
Prefeito
de São Paulo fez mais uma ação do programa Cidade Linda e retirou
grafites antigos em área conhecida como 'Arcos do Jânio'.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) aproveitou a terceira ação
do Cidade Linda para alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Na manhã deste sábado, Doria chamou o ex-presidente de "o maior
cara de pau do Brasil". Ao participar do projeto de zeladoria da capital, Doria plantou mudas - além de limpar grafites na Avenida 23 de Maio. "Essa
é uma muda de pau-brasil. Vou dedicar o plantio dessa muda ao Lula,
Luís Inácio Lula da Silva, o maior cara de pau do Brasil. Presente para
você, Lula." disse o prefeito sob aplausos.
A declaração foi filmada pela equipe da Prefeitura e divulgada por Doria em sua página no Facebook.
Apesar
de reconhecer "grafiteiros e muralistas" como artistas, Doria afirmou
que vai limitar as obras espalhadas pela 23 de Maio (foto:
Reprodução/Facebook) (foto: Facebook/Reprodução)
Cidade Linda Na
terceira ação do programa Cidade Linda, Doria afirmou que vai retirar
todos os grafites na área conhecida como "Arcos do Jânio", na área
central, e também limitar as obras expostas na Avenida 23 de Maio, na
Zona Sul da capital paulista, onde participou da terceira ação do
Cidade Linda, programa de zeladoria da gestão. Desta vez, o prefeito
deixou a vassoura de lado e se vestiu de operador de motocompressor. O
tucano trocou o uniforme verde de gari, usado nos dois atos
anteriores, pelo laranja. Com o motocompressor, óculos de proteção,
máscara e avental, apagou pichações de uma mureta da 23 de Maio.
"Pintei com enorme prazer três vezes mais a área que estava prevista
para pintar exatamente para dar a demonstração de apoio à cidade e
repúdio aos pichadores", disse. Ao fim, o sapato Osklen do prefeito
ficou todo salpicado de tinta. Apesar de reconhecer "grafiteiros
e muralistas" como artistas, Doria afirmou que vai limitar as obras
espalhadas pela 23 de Maio. "Os grafites serão mantidos em oito espaços
já definidos previamente pela Secretaria de Cultura. Os demais, que já
estão envelhecidos ou infelizmente foram mutilados por pichadores,
serão pintados." Questionado sobre os Arcos do Jânio, Doria
afirmou que vai retirar o mural pintado no espaço. "Ali tem um projeto
que vai ser feito, mas não haverá mais grafite", disse. Em 2015, uma
pintura do artista plástico Rafael Hayashi causou polêmica e acabou
alvo de pichações. Opositores acusaram a obra de homenagear o
ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. À época, o artista disse que
queria retratar um africano - e não um político. Doria também
voltou a falar no "grafitódromo", espaço que quer reservar para painéis
e murais na cidade, mas não informou em que região vai ser instalado.
Segundo o prefeito, a área terá lojas de itens licenciados para
viabilizar o negócio e será inspirada em "um bairro de Miami Beach". Durante
o ato, o prefeito pediu para os moradores de São Paulo filmarem,
fotografarem e denunciarem pichadores. "Se preferirem continuar
pichando a cidade, terão o rigor da lei. É tolerância zero", disse.
Segundo a Lei de Crimes Ambientais , a pena prevista para quem pichar
um monumento urbano varia de três meses a um ano, além de multa.
Combatentes do "Estado Islâmico" tentam retomar das forças
governamentais o controle de áreas de Deir ez-Zor, única província síria
majoritariamente controlada pelos extremistas.Combatentes do "Estado
Islâmico" lançaram neste sábado (14/01) uma contraofensiva - já
considerada a maior em um ano - para retomar das forças governamentais o
controle de áreas de Deir ez-Zor, na fronteira com o Iraque.
O movimento extremista controla a maior parte da província de Deir
ez-Zor e, desde 2014, 60% da cidade de mesmo nome. A província é a única
na Síria quase totalmente controlada pelos extremistas.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ao menos 34 pessoas
morreram nos confrontos - 12 soldados leais ao presidente Bashar
al-Assad, 20 militantes do EI e dois civis. Houve troca de fogo de
artilharia, dezenas de bombardeios de aviões contra várias regiões de
Deir ez-Zor e sua periferia.
Foram registrados enfrentamentos entre os jihadistas e os soldados
sírios na área industrial na cidade e em outros seis distritos. Os dois
grupos também entraram em confronto nos arredores do aeroporto militar
da província, controlado pelo governo.
A imprensa oficial da Síria garante que o Exército repeliu o ataque do EI.
Cessar-fogo violento
Ao menos 180 civis morreram na Síria desde o início do cessar-fogo
patrocinado pela Rússia, aliada do governo Assad, e da Turquia, fiadora
da oposição, há duas semanas.
De acordo do Observatório Sírio de Direitos Humanos, desde o dia 30 de
dezembro, data na qual teve início a cessação das hostilidades, foram
registradas baixas entre civis tanto em regiões onde a medida é aplicada
como em outras onde a trégua não está em vigor.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, admitiu que poderia levantar
as sanções contra a Rússia e disse que não está comprometido com um
antigo acordo entre EUA e China em relação a Taiwan. As declarações são
sinais de que ele deve usar todo poder de barganha disponível para
realinhar as relações dos EUA com seus principais rivais estratégicos.
Em entrevista ao The Wall Street Journal,
Trump disse que, "pelo menos por algum tempo", deve manter intactas as
sanções contra a Rússia impostas pela administração Obama em dezembro,
em resposta aos supostos ciberataques de Moscou para influenciar a
eleição presidencial norte-americana. No entanto, ele sugeriu que pode
remover essas penalidades caso a Rússia se mostre útil na guerra contra o
terrorismo e ajude os EUA a alcançar outros importantes objetivos.
"Se
tivermos boas relações e a Rússia estiver mesmo nos ajudando, por que
haveria sanções?", disse. O presidente eleito afirmou também que está
preparado para encontrar o presidente russo, Vladimir Putin, após tomar
posse. "Entendo que eles gostariam de se reunir conosco, e por mim está
tudo bem."
O desejo de mudar as relações com Moscou em particular
tem sido um objetivo de presidentes dos EUA desde que as tensões
começaram a aumentar, sob a Presidência de Vladimir Putin. A
ex-secretária de Estado Hillary Clinton fez tentativas nesse sentido no
começo da administração Obama, assim como o ex-presidente George W.
Bush.
No entanto, os esforços diplomáticos de Trump vão encontrar
resistência no Congresso, inclusive entre republicanos. Os legisladores
querem que a administração adote uma postura mais dura em relação à
Rússia após os serviços de inteligência terem concluído que Putin tentou
influenciar o resultado das eleições presidenciais com uma campanha de
ciberataques.
Trump disse também que não vai se comprometer com a
política conhecida como "Uma China", que não reconhece a soberania de
Taiwan, enquanto não vir progressos nas práticas cambiais e comerciais
de Pequim. "Tudo está em negociação, inclusive a política de Uma China",
afirmou.
A China considera Taiwan uma província rebelde desde
que os nacionalistas liderados por Chiang Kai-shek estabeleceram um
governo na ilha, em 1949, após anos de guerra civil. Washington rompeu
relações diplomáticas com Taiwan e reconheceu a política de Uma China em
1979, o que era uma das precondições para que EUA e China
restabelecessem relações diplomáticas.
Trump parece não ter
paciência para protocolos diplomáticos envolvendo China e Taiwan. Após
sua vitória nas eleições, Trump atendeu uma ligação do líder de Taiwan,
provocando manifestações de reprovação de Pequim. Especialistas em
relações internacionais dos EUA questionaram se Trump teria noção das
implicações de uma conversa desse tipo.
"Vendemos para eles US$ 2
bilhões em equipamento militar no ano passado. Podemos vender US$ 2
bilhões dos melhores e mais modernos equipamentos militares, mas não
podemos aceitar uma ligação. Em primeiro lugar, seria indelicado não
aceitar a ligação", disse.
No passado, Trump disse que
classificaria a China como manipulador cambial após tomar posse. Na
entrevista, ele disse que não adotaria tal medida em seu primeiro dia na
Casa Branca. "Vou conversar com eles antes", afirmou, acrescentando que
"certamente, eles são manipuladores".
O presidente eleito deixou
claro seu descontentamento com as práticas cambiais chinesas. "Em vez
de dizer 'estamos desvalorizando nossa moeda', eles dizem 'nossa moeda
está caindo'. Não está caindo. Eles estão fazendo isso de propósito.
Nossas empresas não podem competir com eles porque nossa moeda está
fortalecida e isso está nos matando." Fonte: Dow Jones Newswires
O jornal
Global Times
, ligado ao Partido Comunista da China (PCCh), publicou nesta
sexta-feira um editorial crítico no qual adverte que se a diplomacia da
equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prosseguir
com seus desafios, ambas as partes "deveriam pensar em se preparar para
um enfrentamento militar".
Declarações do secretário de Estado de Donald Trump, Rex Tillerson, causam apreensão na China
Foto: Reuters
"Como Trump ainda tem que tomar posse, a China mostrou contenção cada
vez que os membros de sua equipe expressaram pontos de vista radicais,
mas os EUA não deveriam pensar que Pequim tem medo de suas ameaças",
afirmou a publicação, que pertence ao mesmo grupo editorial do
Diário do Povo
.
O artigo responde principalmente às alusões que o secretário de Estado
designado por Trump, Rex Tillerson, fez durante seu comparecimento ao
Senado na quarta-feira, onde deu a entender que Washington não
permitiria que a China tivesse acesso às ilhas do Mar da China
Meridional, cuja soberiana, total ou em parte, é reivindicada por vários
países vizinhos.
"A menos que Washington planeje lançar uma guerra em grande escala no
Mar da China Meridional, qualquer outro método para evitar o acesso
chinês a essas ilhas será estúpido", garantiu o
Global Times
, que é conhecido por seus pontos de vista belicistas e nacionalistas.
O jornal lançou inclusive a hipótese de um conflito atômico, ao
assinalar que "Tillerson faria bem em se atualizar sobre estratégias
nucleares se quer que uma potência nuclear (em referência à China) se
retire de seus próprios territórios".
A China disputa com outros países da região, como as Filipinas e o
Vietnã, a soberania de arquipélagos no Mar da China Meridional como as
ilhas Spratly e as Paracel, mas esse contencioso esfriou com a chegada
de Rodrigo Duterte à presidência filipina, já que o mesmo defende mais
diálogo com Pequim e o afastamento de suas relações com Washington.
"Justo no momento em que as Filipinas e o Vietnã tentam melhorar suas
relações com a China, as palavras de Tillerson não poderiam ser mais
irritantes", opinou o
Global Times
, que, ao longo do ano passado, já publicou vários artigos com críticas a Trump.
Em seu comparecimento no Senado, Tillerson comparou as ações da China
nas ilhas disputadas com a anexação russa da Crimeia, e assegurou que o
novo governo de Trump, que assumirá a presidência em 20 de janeiro,
enviará a Pequim um sinal claro de que deve interromper sua ampliação
artificial das ilhotas na região que controla.
No editorial, o
Global Times
afirmou que as palavras de Tillerson, "as mais radicais até agora" que
os EUA emitiram na questão do Mar da China Meridional, poderiam ter sido
apenas um gesto teatral, para que ele se mostrasse como um político
firme em relação a Pequim.
Outro jornal oficial, o
China Daily
, também se mostrou condescendente, assinalando que "é melhor não levar
a sério as declarações (de Tillerson) porque são uma mistura de
inocência, falta de visão, preconceitos e fantasias políticas não
realistas".
Se forem colocadas em prática "no mundo real" as ideias do futuro secretário de Estado, acrescentou o
China Daily
, "isto abriria o caminho para um devastador confronto entre China e Estados Unidos".
O aumento das execuções extrajudiciais cometidas pela polícia no
Brasil alimentam os altos níveis de violência no país, que também deve
resolver com urgência a grave crise em seus presídios - denunciou a
Human Rights Watch (HRW) nesta quinta-feira (12).
"Os abusos cometidos pela polícia, incluindo execuções
extrajudiciais, contribuem para um ciclo de violência em áreas de alta
criminalidade, enfraquecendo a segurança pública e pondo em risco a vida
dos agentes", enfatiza a organização no capítulo dedicado ao Brasil em
seu relatório mundial para 2017.
Em entrevista, a diretora da HRW no Brasil, Maria Laura Canineu,
disse que esses abusos são especialmente preocupantes nas favelas do Rio
de Janeiro, onde se registrou, nos últimos meses, um aumento no número
de homicídios que põe em xeque a efetividade do plano de pacificação
dessas comunidades.
Em 2008, o Rio de Janeiro instalou as primeiras Unidades de Polícia
Pacificadora (UPP) nas favelas, buscando restabelecer a segurança antes
do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de agosto passado.
Embora os primeiros resultados tenham sido positivos no início, os
agentes das UPP duplicaram os assassinatos nos últimos três anos -
muitos sem justificativa. Os criminosos reagiram, intensificando o
ataque letal aos policiais, explicou César Muñoz, pesquisador sênior da
HRW no Brasil.
"Criou um ciclo de violência, de uma lógica de sangue dos dois lados", disse Muñoz na apresentação do relatório no Rio.
Para ele, a falta de investigação e a impunidade que cerca essas
execuções extrajudiciais policiais levam boa parte da população nesses
bairros a desconfiar dos agentes.
A polícia brasileira matou 3.345 pessoas em 2015, o que implica um
aumento de 6% em relação a 2014, e 52% frente a 2013, segundo dados do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública usados pela HRW.
Mais prisões não é solução
A organização de Direitos Humanos também se mostrou preocupada com a
violência deflagrada nas prisões, uma semana depois que cerca de 100
detentos foram assassinados - alguns decapitados e esquartejados - em
prisões do norte do país por uma guerra violenta entre facções que
disputam o tráfico de drogas.
"As condições desumanas nas prisões brasileiras são um problema",
declarou a HRW, assegurando que a superpopulação das prisões é de 67% e a
falta de agentes e técnicos penitenciários tornam "impossível" que o
Estado mantenha um controle.
O presidente Michel Temer prometeu uma modernização do sistema e a
construção de novos presídios em todos os estados. Para a HRW, trata-se
de uma solução parcial.
"A medida-chave para reformar o sistema penitenciário é reduzir o
confinamento, mas o Brasil nunca conseguirá construir prisões
suficientes para isso. A solução é o Sistema Judiciário", assegurou
Muñoz, referindo-se ao caráter "punitivo" das normas brasileiras, que
permitem pôr milhares de pessoas atrás das grades sem julgamento prévio,
além de uma lei de drogas tão ampla que encarcera usuários.
A HRW reconhece alguns esforços do Brasil para reformar problemas
"crônicos" de direitos humanos, como um programa do Poder Judiciário
para que os presos detidos em flagrante tenham uma audiência com o juiz e
não fiquem presos sem condenação por meses, em uma decisão que o
Congresso deve avaliar agora.
A ONG também alertou sobre outras iniciativas, como a aprovação, por
parte do Congresso, de uma proposta de combate ao terrorismo, "cuja
linguagem ampla e genérica pode ser usada para restringir a liberdade de
associação" no país.
A Human Rights Watch pede ao Brasil que fortaleça os programas de
prevenção e informação sobre a zika e que dê um maior apoio à onda
inusitada de famílias com bebês com microcefalia, que nasceram em função
de uma epidemia entre 2015 e 2016.
Itaberlly Lozano foi morto a facadas e teve seu corpo queimado em um canavial na zona rural da cidade.São Paulo - A Polícia Civil de Cravinhos, no interior de São Paulo, prendeu nesta quarta-feira, 10, um casal suspeito de ter matado o filho de 17 anos. Itaberlly Lozano foi morto a facadas e teve seu corpo queimado em um canavial na zona rural da cidade. Policiais
acreditam que a morte tenha ocorrido em 29 de dezembro, apesar de seu
corpo ter sido encontrado dias depois. O desaparecimento foi relatado na
semana passada pela avó do rapaz, e ele foi reconhecido graças uma
pulseira que estava ao lado do corpo carbonizado. A mãe do jovem,
Tatiana Lozano, que é gerente de um supermercado, confessou o crime e
disse ter matado o filho a facadas durante uma briga. Isso porque ele
teria ameaçado a família e estaria usando drogas. Já familiares disseram
à polícia acreditar que o crime tenha motivação homofóbica - a vítima
era gay. Após a morte, o marido dela e padrasto do rapaz, Alex
Pereira, teriam levado o corpo para o canavial ao lado da Rodovia José
Fregonesi e queimado. Segundo a mulher, ele e o filho do casal - um
menino de 4 anos - não teriam presenciado a morte. Para a
polícia, no entanto, o casal teria participado junto do crime e, por
isso, os dois foram autuados por homicídio duplamente qualificado, com
agravantes, e ocultação de cadáver. Duas facas foram apreendidas. Os
acusados não tinham passagem pela polícia. O advogado do casal,
Fabiano Ravagnani Júnior, informou que pedirá a liberdade dos clientes. A
alegação é de que a mãe agiu em legítima defesa e sob forte emoção. Já o
padrasto estaria dormindo e não teria visto o crime. Repercussão "Família
em primeiro lugar", comentou nas redes sociais o jovem Itaberlly Lozano
nas fotos que postou ao lado da mãe, do padrasto e do irmão tiradas no
último Natal, dias antes de ser assassinado. Sua morte gerou comoção na
cidade."Tem um lugar reservado para esse tipo de alma, a alma de uma mãe assassina", comentou Vagner de Souza. Outra
moradora de Cravinhos, Jéssica Oliveira mostrou indignação. "Essa
mulher que diz ser mãe, não deveria nem ser chamada desse santo nome.
Mãe pelo o que eu sei cuida, protege, ajuda... Por mais que temos
defeitos, ela nos ajuda sempre."
A juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 15ª Vara da Fazenda
Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendeu hoje (11) o
aumento das passagens de todas as linhas de ônibus intermunicipais
administrados pela Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU).
Cabe recurso da decisão.
Na decisão, a juíza disse que a
razão para o aumento “não está detalhado tecnicamente, o que impede a
análise de sua pertinência e, ademais, supera, sem explicação, os
índices inflacionários”.
Na tarde de ontem (10), o presidente do
Tribunal de Justiça Paulo de São Paulo, Paulo Dimas, decidiu suspender o
aumento na integração (ônibus+trilhos) do transporte público em São
Paulo que estava em vigor desde domingo (8). Com essa decisão, a
Secretaria Estadual de Transportes notificou, na noite de ontem, o
Metrô, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a EMTU e a
SPTrans, empresa gestora do Bilhete Único, para que as tarifas de
integração fossem alteradas ao valor que era praticado antes do aumento,
o que começou a ocorrer na manhã de hoje.
No caso da EMTU, a
secretaria já havia determinado ontem que a empresa voltasse a cobrar o
preço anterior no caso das linhas de ônibus intermunicipais da área 5 da
região metropolitana (que corresponde ao ABC) e, a partir de
sexta-feira (13), também nas linhas das regiões metropolitanas de
Sorocaba, Vale do Paraíba e Litoral Norte.
No entanto, a
secretaria não abaixou o preço das passagens nas regiões metropolitanas
de Campinas, Baixada Santista, as áreas 1,2,3,4 e o corredor ABD da
região metropolitana de São Paulo, pois, de acordo com a secretaria, não
estavam incluídas na determinação de ontem do tribunal. Porém com
a decisão de hoje, da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, a secretaria
será obrigada a abaixar o preço de todas as passagens da EMTU.
Por
meio de nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) informou
que tomou conhecimento da ampliação da liminar, mas que ainda não foi
notificada. "A STM não foi citada ainda e tomará todas as medidas
necessárias para cumprimento da decisão", disse.
Segundo a
secretaria, a extensão da liminar abrange os reajustes aplicados nas
tarifas da EMTU em sete contratos de concessão nas regiões de São Paulo
(áreas 1,2,3,4 e Corredor ABD), Baixada Santista (inclusive o VLT) e
Campinas.
“A STM reafirma que o atendimento da ordem liminar
impacta financeiramente, de forma drástica e prejudicial, o sistema de
transporte e o orçamento do governo do estado. Se mantida a decisão,
causará um impacto financeiro de mais R$ 212 milhões em 2017, além dos
R$220 milhões envolvendo Metrô, CPTM e permissionárias da EMTU”, diz a
nota.
Os chefes da inteligência dos Estados Unidos declararam ao presidente
eleito, Donald Trump, que agentes russos dizem ter informações pessoais
e financeiras comprometedoras sobre ele, reunidas em memorandos que
circulam por Washington e que foram divulgados na terça-feira pelos
meios de comunicação.
A informação foi apresentada a Trump na sexta-feira passada durante
um encontro com os diretores das agências de espionagem que deveriam
informá-lo sobre a suposta interferência russa da campanha eleitoral,
indicou a imprensa.
A rede CNN disse que nestes relatórios são detalhados contatos que
pessoas próximas a Trump teriam realizado com funcionários russos.
Também são mencionadas gravações em vídeo de festas com prostitutas
que o agora presidente eleito teria participado na Rússia em 2013.
"Notícias falsas - uma caças às bruxas total!", reagiu na terça-feira o presidente eleito no Twitter.
Posteriormente, ele foi mais enfático em um novo tuíte.
"A Rússia jamais tentou ter influência sobre mim. NÃO TENHO NADA COM A
RÚSSIA - NENHUM ACORDO, NENHUM CRÉDITO, NADA DE NADA!", afirmou.
"As agências de inteligência jamais deveriam permitir que essas
falsas notícias 'vazem' para o público. Um último disparo contra mim.
Estamos vivendo na Alemanha nazista", acrescentou.
O presidente em fim de mandato, Barack Obama, por sua vez, disse à rede NBC que "não comento sobre informações sigilosas".
A autenticidade das 35 páginas de documentos - datados entre junho e
dezembro de 2016 - ainda não foi confirmada por nenhuma fonte, mas
detalham contatos que enviados de Trump teriam realizado na República
Checa e na Rússia.
A CNN indicou que a existência dos memorandos russos foi informada
por um ex-agente de inteligência britânico contratado por outros
candidatos presidenciais dos Estados Unidos para fazer uma "investigação
de oposição" política sobre Trump em meados do ano passado.
O FBI, a polícia federal, recebeu a informação em agosto, mais de
dois meses antes das eleições presidenciais de 8 de novembro, segundo a
CNN.
A Rússia, por sua vez, negou nesta quarta-feira ter "informações comprometedoras" sobre o presidente eleito dos Estados Unidos.
"O Kremlin não tem informações comprometedoras sobre Trump", disse à
imprensa o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dimitry Peskov.
"É uma falsidade total", afirmou. "A fabricação de semelhantes
mentiras é uma tentativa evidente de prejudicar nossas relações
bilaterais" antes da posse em 20 de janeiro de Trump, favorável a uma
aproximação com Moscou, explicou Peskov.
"Algumas pessoas atiçam esta histeria", acrescentou o porta-voz, que classificou este caso de "caça às bruxas".
O porta-voz utilizou chegou a usar a palavra "komrpoma", expressão
herdada do jargão soviético que designa informações comprometedoras
sobre pessoas suscetíveis de serem submetidas a chantagens.
Estas revelações incendiárias ocorrem às vésperas da posse do governo de Trump, marcada para o dia 20 de janeiro.
Também provocaram comoção. "Se estas alegações de coordenação entre
funcionários da campanha de Trump e agentes de inteligência russos, e as
alegações de que os russos comprometeram a independência do presidente
eleito forem certas, isso seria realmente alarmante", disse o senador
democrata Chris Coons à CNN.
- Hackers -
A Rússia foi acusada pela inteligência dos Estados Unidos de ter
tentado influenciar na campanha eleitoral com ataques cibernéticos com o
objetivo de aumentar as chances de vitória de Trump.
Segundo a inteligência, a Rússia teria hackeado os e-mails do Comitê
Nacional Democrata e de outras instituições americanas com o objetivo de
influenciar na eleição de 8 de novembro.
No entanto, os hackers russos não se envolveram na campanha nacional
de Trump, indicou na terça-feira o diretor do FBI, James Comey.
De acordo com Comey, que compareceu perante a comissão de
inteligência do Senado, os russos entraram nos computadores de campanha
de Trump nos âmbitos local e estatal, mas não o fizeram nacionalmente.
"Não temos nenhum indício de que a campanha de Trump tenha sido hackeada" nacionalmente, indicou o diretor do FBI.
Os russos acessaram dados do Partido Republicano, mas foram contas de
e-mail "que já não eram utilizadas", explicou o diretor do FBI.
As informações que coletaram eram velhas e não foram divulgadas pelos russos, indicou Comey.
O Kremlin também nega estas acusações. No entanto, a administração
Obama, que entregará o poder a Trump em 20 de janeiro, sancionou em
dezembro a Rússia, expulsando 35 diplomatas considerados espiões.
Troca de tiros ocorreu por volta das 10h, no Centro.Um tiroteio no supermercado Bourbon de Canoas, no Centro, deixou
uma pessoa ferida, por volta das 10 horas desta quarta-feira (11). A
vítima ficou ferida de raspão em uma das pernas, de acordo com a Brigada
Militar, e foi encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro. A polícia não
soube confirmar se o ferido era funcionário ou cliente do
estabelecimento, que passa bem. Há relatos de testemunhas de que o
ferido seria funcionário de uma loja de calçados do local.
A troca de tiros ocorreu no momento em que três assaltantes
tentavam fugir do local com aparelhos de uma loja de celular. Ao
encontrar com profissionais da empresa de transporte de valores, que
abastece os caixas eletrônicos do supermercado, começou o tiroteio,
segundo a polícia.
O trio escapou em um carro Volkswagen Polo, onde comparsas
aguardavam, de acordo com informações da Brigada Militar. O veículo foi
encontrado abandonado minutos depois, na Rua Duque de Caxias, no bairro
Marechal Rondon. Na sequência, a polícia afirma que eles embarcaram em
um carro Chevrolet Prisma e escaparam. A Brigada Militar não soube
informar a quantidade de assaltantes e ainda faz buscas na região.
Em um sinal de aproximação com o Centrão, o novo líder do PT na Câmara,
Carlos Zarattini (SP), participou nesta terça-feira, 10, do lançamento
da candidatura do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), à presidência da
Câmara. O petista anunciou que a bancada vai decidir no dia 17 qual
candidatura vai apoiar. Um dia após a revelação do Broadcast
Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que o
candidato à reeleição, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ameaça repetir o que fez o
deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2015 e formar um "blocão"
de partidos da base aliada para tentar isolar o PT (caso o partido não
apoie sua recondução), Zarattini discursou no evento e disse considerar
legítima a candidatura de Jovair, apesar das divergências. O
líder petista deixou claro que o foco da sigla é participar da divisão
de poder na Casa, ocupando cargos na Mesa Diretora, obedecendo o
critério de proporcionalidade. "Queremos uma Mesa forte", enfatizou. Se o
bloco for formado e Maia eleito, os petistas correm o risco de ficar
mais dois anos sem postos no comando. Zarattini pregou um
discurso "muito independente" do Executivo e abriu espaço para iniciar
as negociações para apoiar Jovair. "O PT vai estar sempre aberto a
discutir", ressaltou. Aliado e concorrente de Jovair, o líder do
PSD, Rogério Rosso (DF), abriu seu discurso contando que mantém contato
diário com Jovair e revelou que eles estão "pedindo votos juntos". Ele
voltou a fazer críticas ao texto da Reforma da Previdência enviada pelo
governo e disse que é tarefa da Câmara mudar a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC). "Se a Reforma da Previdência for ao plenário hoje,
não passa", reafirmou.