terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Família de suposto autor do atentado em Istambul está sob custódia policial

Familiares do suposto autor do atentado terrorista em Istambul, onde 39 pessoas foram assassinadas no último domingo, estão sob custódia das autoridades da Turquia, embora a polícia não tenha revelado a identidade deles, segundo informações divulgadas nesta terça-feira por veículos de imprensa.
"A polícia sabe a identidade do terrorista e sua família está em custódia policial", afirmou o jornal "Hurriyet".
Já o "Cumhuriyet", que também diz que a família está sob custódia na cidade de Konya, assegura que falou com a esposa do terrorista e que ele vem do Quirguistão.
"Eu ouvi sobre o ataque pela televisão. Não sabia que meu marido era simpatizante (do EI)", disse a mulher ao jornal, afirmando que o terrorista e sua família chegaram no dia 20 de novembro em voo vindo do Quirguistão, para o Aeroporto de Istambul, de onde seguiram para Ancara e no dia 22 de novembro, para Konya.
Lá ele "alugou um estúdio por 1,1 mil liras (cerca de US$ 300) e pagou três meses (por antecipado). Disse que chegou a Konya para buscar trabalho. No dia 29 de novembro viajou de carro para Istambul", afirmou o jornal.
Após ver sua foto, "vários vizinhos da casa alugada por ele chamaram a polícia para dizer que o tinham reconhecido", completou.
Outros veículos de imprensa, como o jornal "Haberturk", afirma que o terrorista procede de uma região ao noroeste da China, povoada majoritariamente por uigures, de religião muçulmana e com uma língua similar ao turco.
A polícia turca continua hoje com suas intensas operações simultâneas em vários pontos de Istambul, para capturar o assassino que, por volta das 1h30 do último domingo, disparou à queima-roupa em centenas de pessoas que festejavam a chegada do Ano Novo na boate Reina.
Após o ataque na boate, o suspeito entrou em um táxi e de lá chamou alguém que se encontrava no bairro de Zeytinburnu.
A principal operação policial aconteceu ontem à noite nos bairros de Zeytinburnu e Basaksehir, ambos na parte europeia de Istambul.
Em Zeytinburnu, foram detidas 12 pessoas relacionadas com o ataque ou com supostos vínculos com o EI.
Várias testemunhas do ataque informaram que cada vez que o terrorista mudava de cartucho, atirava um objeto luminoso antes de recarregar e disparar, afirmou "Hurriyet".
Analistas de segurança acreditam que se trata de uma estratégia para distrair e iluminar o alvo para poder seguir disparando, e é um sinal que o atacante tinha treinamento de combate.
Por outro lado, veículos de imprensa locais publicaram um vídeo estilo "selfie" onde se vê o atacante caminhando pela Praça Taksim, no centro de Istambul, diz o "HaberTurk".
Pela decoração da praça, acredita-se que o vídeo foi gravado antes do ataque na boate.

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