O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou hoje (16) a
possibilidade de um ataque da facção Primeiro Comando da Capital (PCC)
nesta semana. Um documento interno da polícia alerta sobre um possível
ataque da organização criminosa. Alckmin garantiu que o serviço de
inteligência da polícia paulista faz monitoramento 24 horas por dia.
O
secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho,
confirmou a existência de um alerta interno da polícia paulista sobre um
ataque programado para amanhã (17), mas disse que o monitoramento feito
pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pela Secretaria de
Administração Penitenciária (SAP) não apontam a possibilidade de o
ataque ocorrer.
“O que está sendo difundido na
internet é um informe de inteligência e não tem a menor procedência. Já
testamos todos os meios necessários. A segurança do estado está sendo
realizada no seu padrão de eficiência e alerta sempre, mas sem reforço
adicional”.
O
secretário afirmou que o informe está errado e que o responsável por
sua emissão é “alguém que não sabe trabalhar com inteligência”. Ele
informou ainda que o investigador que emitiu o alerta será afastado da
função. “Não sei quem ele é e não vou falar com ele, mas acho que ele
não demonstra ter afinidade com o trabalho de inteligência, que não é
feito de forma escancarada”.
Rebeliões
Alckmin
também rebateu críticas e reportagens que afirmam que o crescimento do
PCC e a atual crise prisional estariam relacionados ao fato da
transferência de líderes da organização de São Paulo para presídios de
outros estados.
“Querer dizer que as rebeliões que
acontecem se devem a transferências feitas na década de 90, mais de 20
anos atrás é muita fantasia. É preciso arrumar outra desculpa. O que
precisa para líderes de organizações criminosas é ter Penitenciária de
Segurança Máxima e Regime Disciplinar Diferenciado, que é o que nós
temos”, disse Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes após cerimônia de
entrega de 573 viaturas para a frota da Polícia Militar.
Alckmin
disse ainda que as transferências foram determinadas pelo Poder
Judiciário, e não pelo governo estadual. “Temos as penitenciárias mais
seguras do país. Tanto é que Fernandinho Beira Mar ficou aqui dois anos,
nem é de São Paulo, mas esse é um compromisso que temos com o Brasil e
podemos ajudar. Ele só saiu porque a Justiça determinou”.
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