Em um sinal de aproximação com o Centrão, o novo líder do PT na Câmara,
Carlos Zarattini (SP), participou nesta terça-feira, 10, do lançamento
da candidatura do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), à presidência da
Câmara. O petista anunciou que a bancada vai decidir no dia 17 qual
candidatura vai apoiar.
Um dia após a revelação do Broadcast
Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que o
candidato à reeleição, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ameaça repetir o que fez o
deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2015 e formar um "blocão"
de partidos da base aliada para tentar isolar o PT (caso o partido não
apoie sua recondução), Zarattini discursou no evento e disse considerar
legítima a candidatura de Jovair, apesar das divergências.
O
líder petista deixou claro que o foco da sigla é participar da divisão
de poder na Casa, ocupando cargos na Mesa Diretora, obedecendo o
critério de proporcionalidade. "Queremos uma Mesa forte", enfatizou. Se o
bloco for formado e Maia eleito, os petistas correm o risco de ficar
mais dois anos sem postos no comando.
Zarattini pregou um
discurso "muito independente" do Executivo e abriu espaço para iniciar
as negociações para apoiar Jovair. "O PT vai estar sempre aberto a
discutir", ressaltou.
Aliado e concorrente de Jovair, o líder do
PSD, Rogério Rosso (DF), abriu seu discurso contando que mantém contato
diário com Jovair e revelou que eles estão "pedindo votos juntos". Ele
voltou a fazer críticas ao texto da Reforma da Previdência enviada pelo
governo e disse que é tarefa da Câmara mudar a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC). "Se a Reforma da Previdência for ao plenário hoje,
não passa", reafirmou.
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