domingo, 30 de novembro de 2014

Policial que matou adolescente negro nos EUA se demite da força


O policial branco que matou a tiros um adolescente negro desarmado num subúrbio de St. Louis se demitiu da força, disse o seu advogado no sábado, enquanto ativistas iniciavam uma marcha de 193 km para protestar contra a morte e a decisão da Justiça de não indiciar o policial.
A saída de Darren Wilson da polícia de Ferguson, em Missouri, se dá quase quatro meses depois de ele ter matado Michael Brown e dias depois do anúncio de que ele não sofreria acusação criminal.
O incidente, que provoca meses de protestos, algumas vezes violentos, em Ferguson, reacendeu o debate sobre relações raciais e o uso da força policial nos Estados Unidos.
Neil Bruntrager, advogado de Wilson, confirmou que o policial havia apresentado a demissão, uma ação há muito prevista.Numa carta publicada em um jornal de St. Louis, Wilson declarou que foi lhe dito que a sua “permanência no emprego poderia colocar os moradores e os policiais de Ferguson em risco, uma situação que ele não poderia permitir”.
Wilson, que disse ter agido em defesa própria quando atirou em Brown, afirmou que queria esperar até a decisão judicial antes de tomar a decisão de se demitir, de acordo com a carta.

Uruguaios escolhem novo presidente em eleição em que esquerda é favorita


Os uruguaios definem neste domingo seu próximo presidente, com a expectativa de vitória do ex-presidente Tabaré Vázquez, o que daria à esquerda do país um terceiro mandato consecutivo.
As pesquisas preveem que Vázquez, um experiente político de 74 anos da Frente Ampla, deve vencer seu jovem rival conservador do Partido Nacional, o parlamentar Luis Lacalle Pou, com uma diferença de 14 pontos porcentuais.
Com perfil de esquerda moderada,se Vázquez confirmar-se como sucessor de ser correligionário José Mujica, um ex-guerrilheiro de 79 anos, daria continuidade a várias iniciativas progressistas, como uma nova e polêmica lei pioneira no mundo que regula a produção e o comércio da maconha sob supervisão do Estado.
Lacalle Pou, um apaixonado por surf de 41 anos, prometeu que se chegar ao poder revogaria parte da iniciativa, que procura uma nova abordagem para combater o narcotráfico, mas é rejeitada pela amioria dos uruguaios. Uma das coisas a qual se opõe o candidato é a venda de maconha em farmácias.

sábado, 29 de novembro de 2014

"PT vai disputar espaço no governo", afirma Rui Falcão

Em encontro com militantes, Dilma pediu maturidade para aceitar mudanças.

Neste sábado (29), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido vai disputar espaço no segundo mandato do governo da presidente Dilma Rousseff com as siglas aliadas e partilhar o "protagonismo" nas ações dos próximos anos com os movimentos sociais.
"Um governo de coalizão é um governo de disputa, não é um governo do PT apenas. Ela é filiada ao PT, governo para todos, como deixou claro, mas nós disputamos espaço como os outros partidos disputam", disse.
Para Rui Falcão, não há "contradição" no "protagonismo" pedido pelo partido ser "partilhada com os aliados e os movimentos sociais". Ele acrescentou ainda que o partido "não será beija-mão da situação", mas também não uma "linha auxiliar da oposição".
Dilma pede maturidade à militância do PT para aceitar mudanças
Na noite de sexta-feira (28), durante reunião do Diretório Nacional do PT em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff pediu à militância do partido maturidade para aceitar a mudança na equipe econômica do governo, destacando que ela é imprescindível para se manter a governabilidade.
"Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Preciso do protagonismo de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e hoje, depois de todo esse período, sabe que precisamos ter legitimidade e governabilidade", disse a presidente.
Dilma acrescentou ainda que a missão do PT é compreender que a conjuntura, a situação do País e as condições da economia do país mudam. “Nós nos adaptamos às novas demandas e damos respostas a cada uma delas. Acho que esta é a grande missão do PT", disse.
A presidente garantiu que a condução ortodoxa da economia não vai afetar a essência do programa  do partido: "Uma coisa deve ficar clara e ninguém deve se enganar sobre isso. Fui eleita por forças progressistas, não para qualquer processo equivocado, mas para continuar mudando o Brasil", garantiu.
A presidente falou ainda sobre a postura de segmentos da oposição. "Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar."

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Bombas e tiroteio matam pelo menos 81 em mesquita na Nigéria

Subiu para 81 o número de mortos nas explosões de três bombas e no tiroteio cometidos nesta sexta-feira contra fiéis na mesquita central de Kano, maior cidade do norte da Nigéria, disseram fontes de dois hospitais visitados pela Reuters, um ataque com a marca registrada dos militantes islâmicos do Boko Haram.
A polícia havia colocado o número de mortos em 35.
"Estas pessoas bombardearam a mesquita. Estou face a face com pessoas gritando", disse Chijjani Usman, repórter local que foi à mesquita na cidade antiga para rezar.
A construção fica próxima do palácio do emir de Kano, a segunda maior autoridade islâmica do país mais populoso da África, embora o próprio emir, ex-presidente do banco central, Lamido Sanusi, não estivesse presente.
Ninguém assumiu a autoria do atentado de imediato, mas as suspeitas recaíram sobre o Boko Haram, movimento jihadista sunita que luta para ressuscitar um califado islâmico medieval na região.
O Boko Haram encara as autoridades religiosas islâmicas tradicionais da Nigéria com desdém, considerando-as uma elite corrupta e mesquinha próxima demais do governo secular.
Os insurgentes já mataram milhares de pessoas em ataques com armas e bombas em igrejas, escolas, delegacias de polícia, bases militares, edifícios do governo e mesquitas que não compartilham sua ideologia islâmica radical.
"Três bombas foram plantadas no pátio da mesquita e explodiram simultaneamente", declarou uma fonte de segurança que não quis se identificar.
"Depois de múltiplas explosões, eles também abriram fogo. Não sei dizer sobre mortos, porque todos nós saímos correndo", acrescentou um membro da equipe do palácio.
Jovens revoltados bloquearam os portões da mesquita diante da polícia, que teve que dispersá-los com gás lacrimogêneo para ter acesso ao local.
A insurgência forçou mais de um milhão de pessoas a fugirem durante sua campanha, concentrada no nordeste nigeriano, informou a Cruz Vermelha a repórteres nesta sexta-feira, um aumento em relação à estimativa de 700 mil refugiados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em setembro.
Líderes islâmicos às vezes evitam críticas diretas ao Boko Haram por medo de represálias, mas o emir de Kano, enfurecido com atrocidades como o sequestro de 200 alunas do vilarejo de Chibok em abril, tem sido cada vez mais contundente.
Segundo a imprensa local, ele teria conclamado todos os nigerianos neste mês a se defenderem do Boko Haram.
Durante a transmissão de uma recitação do Alcorão, ele teria dito: "Estas pessoas, quando atacam cidades, matam meninos e escravizam meninas. As pessoas precisam se posicionar de maneira resoluta... deveriam adquirir o que puderem para se defender. As pessoas não devem esperar que os soldados as protejam."

Ministério da Justiça prorroga permanência da Força Nacional na Bahia

A pedido do governo da Bahia, o Ministério da Justiça prorrogou por 90 dias a permanência de tropas da Força Nacional de Segurança Pública nas cidades do sul do estado, onde a tensão entre índios e não índios exige o reforço policial. Os incidentes violentos resultantes da disputa por terras se intensificaram a partir do final do primeiro semestre de 2013.
Conforme estabelece a Portaria 1.948, publicada no Diário Oficial da União de hoje (28), o efetivo da Força Especial apoiará as forças de segurança baianas em ações de preservação da ordem pública, mantendo a segurança e o patrimônio dos moradores de Buerarema, Una e Ilhéus, quando esses municípios forem ameaçados pelos “conflitos fundiários envolvendo indígenas e produtores rurais assentados na região”.
O novo prazo de permanência do efetivo é válido a partir de hoje (28). Por questões estratégicas, o número de policiais deslocados para a região, a partir do combinado com as autoridades baianas, não foi divulgado. A operação é supervisionada pelos órgãos de segurança pública baianos.
A Força Nacional e os pelotões da Polícia Militar têm reforçado o policiamento na região desde setembro de 2013, quando, no ápice da tensão, casas foram incendiadas e ao menos uma loja e uma agência dos Correios foram depredadas e uma loja de abastecimento Cesta do Povo foi saqueada pela segunda vez. No comando da manifestação estavam produtores rurais, cujas propriedades foram ocupadas, e segmentos da população que se sentem afetados pela ocupação indígena de várias fazendas.
A ocupação de fazendas foi a forma encontrada por índios tupinambás para exigir do governo federal a conclusão do processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença. A área, de 47.376 hectares – um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial –, foi delimitada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em 2009.
Para que a reserva saia efetivamente do papel é necessário que o Ministério da Justiça edite a portaria declaratória, reconhecendo a área como território tradicional indígena. A última etapa do processo é a homologação, pela Presidência da República. Se aprovada, a reserva abrangerá parte do território de Buerarema, Ilhéus e Una.
Na segunda-feira (26), policiais dispararam balas de borracha e bombas de gás contra índios pataxós para cumprir um mandado de reintegração de posse de uma fazenda ocupada. A propriedade, segundo os índios, está na área reivindicada como pertencente à Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal – reserva que compreende parte das cidades de Porto Seguro, Prado e Itamaraju, e o território soma 8.627 hectares. A área já foi identificada, delimitada e homologada pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Os índios, no entanto, reclamam que a área é insuficiente para as necessidades e particularidades da população de mais de 5 mil pataxós, divididos em 17 aldeias. Eles cobram a ampliação do território para 52,7 mil hectares.
Após a ação policial do início da semana, os índios temem que outras liminares de reintegração de posse, já expedidas pela Justiça, sejam cumpridas, contrariando um acordo estabelecido com autoridades federais e estaduais de que as reintegrações e novas ocupações seriam suspensas enquanto as partes envolvidas tentassem chegar a um acordo para pôr fim ao impasse.

Ônibus voltam a circular em São Paulo após ameaças de ataque

Os ônibus da empresa VIP, que atendem à zona leste da capital paulista, voltaram a operar normalmente no início da manhã de hoje (28), de acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans). Ontem (27) à noite, os coletivos foram recolhidos para a garagem da empresa após boatos de que seriam atacados.
A SPTrans informou que a retirada dos coletivos de circulação afetou principalmente os bairros de Antônio Estevão de Carvalho e São Miguel Paulista, a partir das 21h. A SPTrans solicitou reforço ao Comando da Polícia Militar da região.
“A SPTrans mantém, desde maio deste ano, por 24 horas, um técnico no Centro de Operações da Polícia Militar, com o objetivo de agilizar o atendimento a ocorrências no sistema e a comunicação entre os dois órgãos”, informa a nota do órgão.
Segundo a PM, o único registro de tentativa de ataque a ônibus foi de um grupo de 30 pessoas, na Avenida Jacu Pêssego, zona leste, às 20h. Eles tentaram incendiar o veículo, mas conseguiram apenas depredá-lo. Todos fugiram.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Encontrados 11 jovens decapitados e queimados no México

Os cadáveres de 11 jovens foram encontrados, esta quinta-feira, queimados e decapitados, junto a uma estrada no Estado mexicano de Guerrero, onde, há cerca de dois meses, 43 estudantes desapareceram e foram executados por um um gangue.
Henry Romero/Reuters
Familiares continuam a manifestar-se pelos 43 estudantes que desapareceram e foram executados em Iguala, Guerrero
A informação foi confirmada à agência France Presse por uma fonte da secretaria de governo regional de Guerrero. Os jovens tinham idades compreendidas entre os 20 e os 25 anos e foram descobertos perto da localidade de Chilapa, horas depois do registo de tiroteios na zona.
A descoberta aconteceu pouco antes de o presidente Enrique Peña Nieto anunciar medidas mais duras contra o crime organizado e o narcotráfico. Entre essas medidas, prevê-se, segundo a agência Reuters, uma mudança constitucional que permita simplificar a estrutura policial mexicana, considerada demasiado complexa e caótica.
Peña Nieto tem estado sob a pressão popular das manifestação que, por todo o país, se repetem, motivadas pelo caso dos 43 estudantes.

PF investiga esquema bilionário de fraudes com terras públicas

Duzentos e vinte e dois mandados judiciais são cumpridos.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (27), uma megaoperação para desarticular um esquema de fraudes na concessão de lotes de terras públicas destinadas à reforma agrária. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 1 bi e, de acordo com a polícia, a operação foi possível graças à participação de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), funcionários municipais, além de representantes de entidades de classe.
Entre os investigados estão Odair e Milton Geller, irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller, cuja assessoria se apressou a esclarecer que, além de o ministro não ser citado no inquérito policial, não mantém qualquer sociedade empresarial ou negócio com os irmãos. Policiais estiveram na casa de Odair Geller, e apreenderam documentos, mas ainda não localizaram os dois irmãos. Em conversa com o delegado-chefe das investigações, Hércules Ferreira Sodré, o advogado de Odair e de Milton garantiu que ambos irão se apresentar espontaneamente.
Duzentos e vinte e dois mandados judiciais são cumpridos em Mato Grosso, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. São 52 mandados de prisão preventiva, 146 de busca e apreensão e 29 de medidas coercitivas. Cerca de 350 policiais federais participam da chamada Operação Terra Prometida – nome alusivo à passagem bíblica em que Deus promete terras ao seu povo.
Embora sem revelar detalhes como nomes e cargos, a PF adiantou que, entre os investigados há oito servidores públicos e que 80 fazendeiros podem estar envolvidos com o esquema. Durante a investigação, os policiais federais concluíram que fazendeiros e empresários adquiriam irregularmente ou simplesmente invadiam terras da União destinadas à reforma agrária, chegando mesmo a coagir e ameaçar os reais beneficiários para que vendessem ou abandonassem suas áreas.
As irregularidades eram acobertadas com a obtenção de documentos falsificados e vistorias fraudadas. Além disso, com a participação de servidores do Incra corrompidos, o grupo conseguia inserir informações falsas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra) – o que permitia a grandes latifundiários e grupos de agronegócio, inclusive empresas multinacionais, a ocupação as terras da União.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, por crimes de invasão de terras da União, contra o meio ambiente, falsidade documental, estelionato e corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a até 12 anos de reclusão.
Procurado, o Incra informou que divulgará uma nota sobre o assunto nas próximas horas. O Ministério da Agricultura vai publicar um informe com detalhes sobre o caso, durante esta tarde. Os delegados federais responsáveis pela operação vão conceder uma entrevista coletiva as 16 horas.

Ferguson: mais de 400 pessoas são presas por protestos nos Estados Unidos

Mais de 400 pessoas foram presas em Ferguson e em outras regiões dos Estados Unidos por protestar contra a decisão do júri que livrou de julgamento o policial que matou o jovem Michael Brown. As manifestações mais intensas ocorreram em todas as grandes cidades do país, de Boston a Dallas e de Nova York a Atlanta. Porém, a madrugada desta quinta-feira (27) foi mais tranquila.
Apenas pequenas manifestações foram registradas, mas nenhuma teve grandes incidentes com policiais. Como forma de protesto, várias celebridades também propõem que os norte-americanos boicotem a promoção Black Friday, clássico dia anual de liquidações em todas as lojas do país.Os primeiros protestos começaram em 9 de agosto, quando Brown foi morto pelo policial Darren Wilson.
Segundo testemunhas, o jovem de 18 anos não reagiu à abordagem policial e estava com as mãos para o alto quando recebeu seis tiros de Wilson. O policial se defende dizendo que o jovem negro tentou agredi-lo e estava "transtornado". No dia 25 de novembro, a Justiça do Missouri decidiu não julgar o policial pela morte de Brown, o que fez com que a população de todas as partes dos EUA protestasse contra a decisão.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Diretora da ANP depõe e oposição diz que governo não quer investigar estatal

Magda destacou que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ouviu nesta quarta-feira (26) a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo, e disse que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes, após o desastre com a Plataforma P-36.
“Em 2001, os senhores lembram, nós tivemos um evento extremamente chocante, que foi o afundamento da plataforma P-36, no Campo de Roncador. Foi um acidente terrível que matou mais de uma dezena de trabalhadores. Logo no ano seguinte, nós tivemos o adernamento da P-34. Os dois acidentes levaram a ANP a aprimorar a sua regulação", explicou Chambriard.
Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo
Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo
Ela evitou comentar sobre a pertinência dos inúmeros aumentos de preço feitos no contrato de construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, que é um dos focos de investigação da CPMI.  Ela disse que não acompanhou a questão de perto, porque a ANP é informada sobre o custo final da refinaria após o fim do projeto.
A oposição considerou o depoimento da diretora da ANP uma manobra da base governista para ganhar tempo. A CPMI deve ser encerrada até 22 de dezembro e o líder do DEM na Câmara, deputado Ônix Lorenzzoni (RS), ressaltou que o depoimento dela terá pouca influência no relatório final.
“Seria fantástico ouvir, na finalização de uma CPMI que cumprisse com o seu papel investigatório, as contribuições que a doutora Magda tem a dar. Acho que seria ótimo. Mas, neste momento, desculpe, é de indignação, porque alguém aqui, que está aqui, quer investigar. E é a negação da investigação o depoimento da doutora Magda”, disse.
Lorenzzoni voltou a pedir a saída da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Ele acusa Foster de ter mentido à CPMI, quando disse que não teve conhecimento de irregularidades nos contratos da petroleira. O deputado disse ter apresentado hoje uma queixa-crime contra ela no Ministério Público por falso testemunho.
“Hoje de manhã, entreguei ao Dr. Marcus Marcelos Goulart, Procurador-chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal. [A queixa-crime] está protocolada sob o número 41.602, de 2014. A Presidente da Petrobras pode muitas coisas, [mas] não pode mentir”, disse.
A CPMI deveria ter ouvido hoje o ex-gerente-geral das obras da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo, mas ele apresentou atestado médico, alegando estar hipertenso.

Médico do Congo recebe prêmio Sakharov por trabalho com vítimas de abuso sexual

Mukwege cuida de mulheres que foram vítimas de violência.

Recebido com um longo e caloroso aplauso, o ginecologista congolês Denis Mukwege recebeu nesta quarta-feira (26) o Prêmio Sakharov para a Liberdade do Pensamento. Em cerimônia no Parlamento Europeu, o médico recebeu seu troféu e dedicou a conquista às mulheres vítimas de conflitos.
    "Este prêmio tem um significado para as mulheres estupradas, que vocês devem acompanhar para um caminho de paz e de justiça. Nós dedicamos isso a todas as mulheres vítimas dos conflitos", disse Mukwege.
    Ele ainda pediu aos parlamentares europeus que apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do Congo para "criar uma linha vermelha contra o estupro usado como arma de guerra". Segundo ele, "as soluções existem e estão ao alcance para chegar a uma resolução dos conflitos na região dos Grandes Lagos".
    O médico ressaltou a importância de "assegurar um ressarcimento para as sobreviventes e os sobreviventes dos estupros" e pediu que a União Europeia envie um representante para vigiar as novas regras sobre a importação das matérias primas do país. Isso porque, de acordo com o ginecologista, o mercado não pode fazer prevalecer regras "econômicas" sobre os "direitos humanos".
    "O nosso país está doente, mas com os amigos que nós temos pelo mundo, podemos curá-lo e o curaremos", finalizou Mukwege. Ao final de seu discurso, uma parte da delegação que veio com o ginecologista entoou um canto das cadeiras do auditório e os deputados aplaudiram a manifestação.
    Mukwege recebeu o prêmio porque fundou o Hospital Panzi, que é especializado no tratamento de vítimas de violência sexual. Ele é um dos maiores especialistas do mundo no que diz respeito a recuperação de vítimas sexuais e tratou mais de 21 mil mulheres durante os conflitos que afetaram o Congo nos últimos anos.
    Criado em 1988, o prêmio "recompensa personalidades ou entidades que se esforçam por defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais", como define o Parlamento Europeu. Ano passado o prêmio foi dado à jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que em 2014 venceu o Nobel da Paz. (ANSA)

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Projeto do superávit dificilmente será votado no Congresso nesta 3ª


O projeto que muda o cálculo da meta de superávit dificilmente será votado na sessão do Congresso Nacional desta terça-feira, mesmo após a decisão do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de fazer a votação de todos os vetos presidenciais em bloco para ganhar tempo.
O projeto que amplia a possibilidade de abatimento da meta de superávit, aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO), não está na pauta de votação do Congresso, que reúne Câmara e Senado. Para ser votado, teria que ser incluído na pauta por meio de um requerimento de urgência, que precisa ser aprovado em votação nominal e por maioria simples, por deputados e senadores.
O projeto permite que até a totalidade dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das desonerações tributárias possam reduzir o compromisso do governo com a meta fiscal, que, na prática, desobriga o governo federal a realizar um superávit primário neste ano.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), disse à Reuters que ainda irá avaliar com o presidente do Congresso a possibilidade de votar o projeto ainda nesta sessão. "Temos que avaliar quando acabar a votação dos vetos", disse.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), também disse que a votação do projeto nesta sessão ainda será analisada.
Renan convocou uma nova sessão do Congresso para quarta-feira às 19 horas. Nessa nova sessão, o projeto já estaria incluído na pauta.
Os governistas irão avaliar se o quórum no plenário após a análise dos vetos, que ainda deve levar horas, é suficiente para dar início à operação de votação. Se houver deputados e senadores suficientes no plenário para vencer o requerimento de urgência para incluir o projeto na pauta e ainda garantir a aprovação da proposta do superávit, é possível que o governo tente fazer a votação ainda nesta sessão.
Também nesta terça o PSDB foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja suspensa a tramitação do projeto que altera o cálculo da meta de superávit sob a alegação que a medida, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), fere o Plano Plurianual (PPA). [nL2N0TF1OV]
Na avaliação de oposicionistas, a mudança no cálculo da meta do superávit tem o objetivo de evitar que Dilma responda por crime de responsabilidade em caso de descumprimento da meta.
"Ela cometeu crime de responsabilidade, a lei orçamentária é muito clara. Ela já cometeu esse crime, porque a lei orçamentária permite o remanejamento de até 20 por cento de cada dotação desde que se cumpra a meta fiscal", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a jornalistas.
"Essa lei vai ser conhecida como a lei da anistia da presidente Dilma", disse.
Aécio disse ainda que o PSDB vai ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF contra a mudança caso ela seja aprovada no Congresso.
Questionado sobre a possibilidade de impeachment da presidente pelo crime de responsabilidade, Aécio disse que essa é uma consequência prevista em lei.
"Eu não quero falar essa palavra ainda, mas é uma das sanções", disse.
Os governistas, por sua vez, argumentam que o projeto é necessário para manter as desonerações e os investimentos em obras de infraestrutura previstas no PAC.
VETOS
Mais cedo, Renan decidiu que a votação de 38 vetos presidenciais seria feita em bloco, por meio de uma cédula de papel, contrariando o desejo da oposição que queria a votação item por item.
O governo tem interesse em votar todos os vetos presidenciais justamente para liberar a pauta de votações para as matérias orçamentárias, como o projeto que altera o cálculo da meta de superávit primário.
"Não vamos individualizar (cada) veto por cédula porque o regimento não permite isso", disse o presidente do Congresso, que reúne Câmara e Senado, ao argumentar contra os requerimentos dos oposicionistas para que a votação fosse feita individualmente.
A oposição queria que a votação ocorresse veto a veto para tornar a sessão mais demorada. Os oposicionistas queriam ainda que a votação fosse eletrônica ou que fosse confeccionada uma cédula para cada um dos vetos.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), contestou a decisão de Renan e disse que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cancelar a sessão do Congresso.
"Essa é uma decisão inaceitável", disse o deputado.

Prédio desaba e mata 17 pessoas no Egito

Pelo menos 17 pessoas morreram e oito ficaram feridas hoje, dia 25, após o desmoronamento de um prédio na capital do Egito, Cairo, informaram fontes do Ministério do Interior do país.
Testemunhas disseram que o desabamento ocorreu quando estavam em curso obras de reconstrução do segundo andar do edifício. Autoridades locais destacaram que o número de vítimas pode aumentar, uma vez que as atividades de busca ainda estão em andamento.

Comissão do Orçamento aprova projeto que amplia abatimento no superávit

O PLN 36/2014 altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor.

Após mais de quatro horas de debates acalorados, o governo reverteu as derrotas sofridas na semana passada e conseguiu aprovar ontem (24) à noite, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o parecer do senador Romero Jucá favorável ao projeto de lei (PLN 36/2014) que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor. O projeto amplia o abatimento da meta de superávit primário para este ano.
Pela proposta, o governo poderá abater até o limite da meta de resultado primário do ano, que é R$ 116,1 bilhões. O texto foi apresentado pelo Palácio do Planalto há duas semanas. A LDO, aprovada em 2013, previa uma redução limitada a R$ 67 bilhões, que poderiam ser descontados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de desonerações de tributos.
A reunião dessa segunda-feira na CMO começou por volta das 20h30. Após diversas tentativas da oposição de impedir a votação, a base aliada conseguiu aprovar o texto-base por volta das 23h20. Depois de a oposição tentar impedir a apreciação dos destaques, o governo concluiu o processo, no início desta terça-feira (25).
A Comissão Mista de Orçamento vota o projeto de lei do governo que altera a meta de resultado primário para este ano.
A Comissão Mista de Orçamento vota o projeto de lei do governo que altera a meta de resultado primário para este ano.
Em uma sessão marcada por acusações de que o governo estaria tentado maquiar o déficit nas contas públicas, os parlamentares aprovaram o texto. Agora, o projeto segue para o plenário do Congresso Nacional, que tem sessão marcada a partir das 15h.
Antes de votar a mudança na LDO, os parlamentares precisam votar 38 vetos presidenciais que estão trancando a pauta.
Na semana passada, o governo tentou, em duas ocasiões, votar o parecer de Jucá. Na primeira tentativa, na terça-feira (18), a oposição obstruiu os trabalhos, antes mesmo que Jucá apresentasse o parecer. Em seguida, conseguiu derrubar requerimento do relator quebrando o interstício de dois dias úteis, a fim de votar na quarta-feira (19) o projeto.
Durante a discussão do parecer de Jucá, a oposição insistiu no argumento de que a proposta aprovada na CMO fere a Lei de responsabilidade Fiscal. O deputado Izalci (PSDB-DF) chegou a apresentar  requerimento em que pedia a retirada do projeto, que promoveria uma "anistia fiscal" ao governo. “A Lei de Responsabilidade Fiscal exige transparência e fiscalização e para fiscalizar tem que ter números. Como vou fiscalizar se não sei qual é a meta”? perguntou. “Nós não podemos entregar um cheque em branco para o governo”, completou o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).
Jucá explicou aos deputados que o projeto limita a redução ao montante estabelecido na LDO. Segundo ele, a medida é necessária devido às mudanças no cenário econômico mundial. “Nós estamos dizendo que o governo vai poder abater o máximo do investimento do PAC, que tem um limite, e até o teto de desonerações, que também tem um limite. Estamos fazendo isso porque tivemos uma conjuntura adversa, o crescimento previsto não se configurou, a arrecadação não se configurou e o governo desonerou mais do que previa”, explicou Jucá. "A não aprovação poderia implicar a paralisação dos investimentos do PAC", acrescentou.
De acordo com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), diante da crise econômica, o governo optou por focar em uma política de manutenção de empregos.
Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a mudança é necessária para que sejam mantidos os investimentos em programas financiados pelo governo e executados por estados e municípios. Segundo Costa, diante do panorama econômico internacional, o governo optou por investir na manutenção de empregos, mesmo sacrificando a meta de superávit.
"Diante da crise, o governo optou por manter o nível de emprego que este país jamais teve. Não podemos achar que o superávit é um fim em si mesmo, e ele pode e deve ser alterado em razão do cenário", defendeu.
Em documento enviado ao Congresso Nacional na sexta-feira (21), o governo se comprometeu a atingir R$ 10,1 bilhões de superávit, resultado de um abatimento total no ano de R$ 106 bilhões sobre a meta oficial.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Líder petista nega ter recebido dinheiro da Petrobras para campanha de 2010

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), negou hoje (24) que tenha recebido dinheiro proveniente do pagamento de propina sobre contratos da Petrobras, no esquema desmontado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele respondeu a matéria veiculada ontem (23) pelo jornal O Estado de S.Paulo, acusando-o de haver recebido R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado, em 2010.
“Eu entreguei já, ao presidente da CPI do Senado, da CPI mista, ao procurador-geral da República e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, responsável por esse processo, não só a minha disposição para quaisquer esclarecimentos, como os meus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Eu não tenho nada a temer. Durante minha vida pública sempre atuei de maneira idônea”, declarou o líder petista.
Segundo a reportagem, o repasse do dinheiro foi feito por meio de um empresário pernambucano, amigo de Costa, com dinheiro saído da cota do Partido Progressista no esquema de corrupção instalado na Petrobras. A matéria é baseada em depoimento do ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, que assinou acordo de delação premiada com a Justiça.
Humberto Costa admite que conheceu Paulo Roberto e esteve com ele em diversas situações, tanto em Pernambuco quanto em Brasília, para tratar da construção da Refinaria de Abreu e Lima, em seu estado. Segundo o senador, eles faziam parte “do mesmo governo”, e por isso tinham contato. Costa também admite a relação de amizade com o empresário citado, mas nega que ele tenha recebido dinheiro, em seu nome, para a campanha, e não acredita que o amigo tenha feito isso sem autorização.
“Minha relação com ele vem de muito tempo, é uma relação de amizade. E estivemos juntos no processo de luta pela refinaria, como aliás, vários políticos, empresários e diversos setores da sociedade pernambucana. Ele mantinha também, com esse cidadão, uma relação institucional, e jamais ele me pediu ou eu dei a ele autorização para solicitar recursos para a minha campanha, em 2010”, declarou.
O líder do PT também disse não acreditar que o dinheiro tenha sido solicitado por seu partido, sem o seu conhecimento, e negou que sua campanha tenha recebido qualquer recurso irregular. “O PT, todas as vezes que apoia qualquer um de seus candidatos, o faz pela via legal, não o faz por qualquer via que não seja legalizada”, afirmou Costa.
Por fim, o senador questionou a veracidade das informações divulgadas, disse não saber se o depoimento divulgado pelo jornal tenha sequer existido, ou se Paulo Roberto possa ter mentido sobre o repasse de propina para sua campanha. Ele criticou o vazamento de informações que deveriam ser sigilosas sobre o processo, e disse que “esse sigilo que está sendo colocado aí só vale para alguns. As próprias pessoas que estão sendo acusadas, vilipendiadas, não têm acesso a essa delação premiada para que possam se manifestar e tomar as decisões legais cabíveis. Além do mais, se fala em 250 parlamentares e até agora só se tem notícia de alguns. Não quero fazer prejulgamento, mas acho tudo muito estranho”.
Além disso, Humberto Costa também rebateu a hipótese de que o PP repassaria para ele o dinheiro proveniente da cota do partido, no esquema de propina. “Não consigo entender porque é que um partido vai dar apoio financeiro ao candidato de outro partido. Pelo contrário, o que vejo são os partidos chorando porque não têm recurso para fazer suas campanhas”, alegou.

Presos padres espanhóis envolvidos em abusos sexuais

Jovem que denunciou havia enviado carta ao Papa para contar caso.

As denúncias feitas por um jovem espanhol de 24 anos levaram à prisão quatro sacerdotes em Granada, na Espanha, informaram as autoridades espanholas. O fato ganhou grande destaque internacional porque a vítima dos abusos escreveu uma carta ao Papa relatando os fatos. Ele recebeu um telefonema de Francisco, no dia 10 de agosto, que pediu perdão pelo crime "em nome da Igreja de Cristo" e o encorajou a fazer as denúncias. Nos últimos dias, o bispado de Granada havia suspenso do exercício do sacerdócio uma dezena de padres e de pessoas envolvidas nos abusos. Segundo as primeiras informações, os religiosos acusados de pedofilia atuavam como uma "seita" e atraíam meninos menores de idade para serem coroinhas nas missas.
    Porém, além do trabalho eucarístico, eles persuadiam as crianças para participarem de reuniões secretas. Nelas, os padres falavam abertamente de sexo e obrigavam os jovens a fazer "brutais" práticas sexuais. Ainda de acordo com as investigações, os religiosos também tinham relações sexuais entre eles.
    Os quatro detidos, dos quais três moravam na mesma casa paroquial, foram colocados à disposição das autoridades para interrogatórios. Os policiais não descartam que, após a prisão dos acusados, mais vítimas podem denunciar os abusos que sofreram. (ANSA)

Justiça impede Iesa de demitir mil no RS

A Justiça do Rio Grande do Sul determinou, neste final de semana, a suspensão das dispensas por parte de Iesa Óleo e Gás, que não tem recursos para bancar as demissões. A empresa, alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), enfrenta crise financeira. A Prefeitura de Charqueadas, município da região metropolitana de Porto Alegre onde fica uma unidade da empreiteira, estuda decretar estado de calamidade, caso as rescisões sejam confirmadas.
No entanto, a empresa, que teve executivos presos no último dia 15, está impedida judicialmente de demitir cerca de mil funcionários, sob pena de arcar com uma multa de R$ 100 milhões. Conforme determinação judicial, a Iesa Óleo e Gás deve negociar as rescisões com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e tem de apresentar soluções à recolocação da mão de obra. Neste domingo (23), terminou o prazo para que a Iesa Óleo e Gás apresentasse um plano de recuperação judicial para não se desmantelar financeiramente.
A Iesa Óleo e Gás enfrenta uma crise financeira após o fim de um acordo de R$ 800 milhões com a Petrobras, que também é alvo da Operação Lava Jato. No último dia 18, uma comitiva de Charqueadas, além de prefeitos de cidades próximas, se reuniram com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para discutir as possíveis demissões da Iesa (leia aqui). Mas ainda não há solução definida para a empresa arcar com as rescisões.
O diretor financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Luis Wolff, compareceu a uma audiência no MPT, com uma representa da empresa e disse ter ficado com a impressão de que a falência da empreiteira é inevitável, segundo informações do jornal gaúcho Zero Hora.
"Para pagar rescisões eles contam com termo aditivo de R$ 20 milhões a ser pago pela Petrobras", afirmou o dirigente. Por sua vez, o prefeito de Charqueadas, Davi Souza, avalia que a solução para o impasse está na estatal. "Acredito que a Petrobras irá pagar e que os funcionários dispensados não vão sair sem as rescisões", acrescentou.
Lava Jato
A operação Lava Jato investiga desvios de recursos públicos em nível nacional. Segundo as investigações, além da Iesa Óleo e Gás, fizeram parte do esquema as empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Construtora Queiroz Galvão, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Odebrecht e UTC. Ao todo, 23 executivos ligados a essas empreiteiras foram presos no último sábado (15), a maior parte da OAS.
As investigações apontaram que esquema, liderado pelo doleiro Alberto Youssef, desviou pelo menos R$ 10 bilhões. De acordo com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, dezenas de políticos, além da estatal, estão envolvidos. O ex-dirigente, que tem delação premiada (quando o réu colabora com as investigações em troca de reduções na pena) afirmou que contratos da estatal tinham cobrança de propina de até 3% pagas por empreiteiras, que abastecia especialmente três partidos - PT, PMDB e PP. PSB e PSDB também foram beneficiados.

Último foragido da Operação Lava Jato se entrega à Polícia Federal

O último foragido da sétima fase da Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, se entregou hoje (24) pela manhã na carceragem da Polícia Federal, de Curitiba. Ele é suspeito de prestar serviços para o doleiro Alberto Youssef no esquema criminoso de superfaturamento de contratos da Petrobras, pagamento de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro.
Na sexta-feira (21), a defesa de Negromonte Filho tentou, sem sucesso, revogar o pedido de prisão temporária, por entender que a concessão de liberdade não impediria a conclusão das investigações. Os advogados dele também informaram à Justiça Federal que ele se entregaria nesta segunda-feira.
Além de Negromonte Filho, outras 24 pessoas são investigadas – a maioria ligada as maiores empreiteiras do país – na sétima fase da Operação Lava Jato. Deflagrada em março pela Polícia Federal, a operação investiga um esquema criminoso que pode ter provocado um rombo de R$ 100 bilhões aos cofres públicos.

domingo, 23 de novembro de 2014

Dois adolescentes são encontrados mortos em Candeias

Dois adolescentes foram encontrados mortos na noite deste sábado, 22, no bairro de Candeias. Ambos os rapazes, de 14 e 17 anos, morreram com tiros nas costas.
De acordo com a Superintedência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), uma guarnição da PM foi atender a uma ocorrência de localização de cadáver no local e constatou se tratar de duplo homicídio. O crime aconteceu na Rua da Paz, na localidade conhecida como Malembá.
A polícia acredita que os dois jovens eram envolvidos com o tráfico de drogas na região. O caso será investigado pela 20ª Delegacia Territorial (DT/Candeias).

Pergunta básica: Costa provou as suas acusações?

Um mês atrás, entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial, o jornal Estado de S. Paulo publicou uma acusação bombástica. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil, recebera R$ 1 milhão do esquema comandado por Paulo Roberto Costa.
Provas? Não havia nenhuma. Apenas a palavra do delator, convertida em verdade absoluta pelo jornal da família Mesquita, que reproduzia um trecho de seu depoimento. Nele, Costa dizia ter sido procurado pelo ministro Paulo Bernardo e afirmava acreditar que o pagamento havia sido feito num shopping em Curitiba. O ex-diretor da Petrobras não indicava sequer de onde teriam saído os recursos.
À época, a senadora Gleisi reagiu com indignação. "Uma acusação dessas, sem provas, em mais um vazamento seletivo, evidencia uma armação", disse ela, em entrevista exclusiva ao 247 (leia aqui). "Querem criar um fato político, envolvendo uma pessoa próxima à presidenta".
Na mesma entrevista, Gleisi afirmou que sua campanha arrecadou R$ 8 milhões e que todas as doações, legais, foram registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
Neste domingo, um mês depois daquela acusação, o Estado de S. Paulo voltou à carga com uma denúncia praticamente idêntica. Desta vez, contra o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. De novo, R$ 1 milhão, segundo trecho da delação premiada de Paulo Roberto Costa. E, mais uma vez, sem nenhuma prova – a não ser a palavra do delator. E, assim como Gleisi, Costa reagiu com indignação e abriu todos os seus sigilos (leia aqui).
Não custa lembrar que Costa só foi beneficiado com um regime de prisão mais leve – hoje ele usa tornezeleira eletrônica – porque devolveu os recursos que desviou (uma propina de US$ 23 milhões paga pela Odebrecht) e porque se compromeu a colaborar com a Justiça.
No entanto, na delação premiada, não basta acusar. É preciso também apresentar provas do que se diz. Caso contrário, a própria pena do delator pode ser agravada.
Ocorre que tanto no caso de Gleisi Hoffmann como no de Humberto Costa, o jornal Estado de S. Paulo, que se posiciona a favor até do impeachment da presidente Dilma Rousseff, tomou a palavra do delator como verdade absoluta. E não cobrou das autoridades que vazaram os depoimentos do delator nenhuma prova do que foi dito.
Hoje, há apenas a palavra de um criminoso confesso contra a de dois senadores. Se, ao final da história, nada ficar provado, Paulo Roberto Costa terá sua pena agravada, mas dois parlamentares já terão tido a honra atirada na lama.

Homem-bomba mata pelo menos 45 pessoas em jogo de vôlei no Afeganistão


Um suicida com uma bomba matou pelo menos 45 pessoas na plateia de uma partida de vôlei no Afeganistão neste domingo, disse uma autoridade local, em um momento em que tropas estrangeiras se retiram do país após mais de uma década de combates.
O porta-voz do governo da província de Paktika, Mukhles Afghan, informou que pelo menos outras 50 pessoas ficaram feriadas no ataque no distrito de Yahya Khel, onde centenas de moradores se reuniram para assistir a uma final de campeonato.
Ele disse que a maior parte das vítimas eram civis.
Ninguém assumiu a autoria do ataque imediatamente.
O número de mortes foi elevado porque a multidão estava bastante concentrada. Poucos detalhes do incidente estavam disponíveis porque o local é bastante remoto.
O Taliban e outros grupos de militantes jihadistas têm realizado diversos ataques suicidas e assassinatos no Afeganistão este ano, em meio à retirada das forças estrangeiras que estão no país há 13 anos.
Cerca de 12 mil soldados internacionais irão permanecer no Afeganistão no próximo ano para treinar e apoiar o exército local.
Paktika registrou um dos ataques mais letais deste ano, quando 89 pessoas foram mortas em julho na detonação de uma bomba em uma feira lotada.

Dilma Rousseff é pressionada pela esquerda do PT para desistir de Kátia Abreu

A presidente Dilma Rousseff recebeu pedidos da esquerda do PT e de representantes dos movimentos sociais para recuar no convite feito à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para que assuma o Ministério da Agricultura e pode realmente desistir da escolha. Os recados transmitidos a Dilma carregam apelos do tipo "quem foi para rua lutar por sua eleição não foi Kátia Abreu". 
Oriunda do DEM, quando fez forte oposição ao governo do PT, Kátia Abreu se transferiu para o PSD de Gilberto Kassab e, depois, para o PMDB. Mas entre os peemedebistas ela ainda é vista como uma estranha no partido e os principais dirigentes da legenda não apoiam a sua indicação. De acordo com informação de um peemedebista, o partido não ficará nem um pouco chateado se Dilma desistir do convite à senadora.
Reaproximação com o agronegócio
A decisão da presidente Dilma Rousseff de indicar os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Kátia Abreu (PMDB-TO) para ocupar, respectivamente, os ministérios do Desenvolvimento (MDIC) e da Agricultura tem por objetivo reaproximá-la dos dois setores. Ao mesmo tempo, Dilma busca isolar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), dos movimentos que costura para presidir a Casa Legislativa a partir de 2015. 
O convite feito por Dilma para Kátia Abreu irrita principalmente o PMDB da Câmara. Atual presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ela vai ocupar um ministério que hoje é da “cota” dos deputados do partido, com aliados de Cunha integrando a pasta. A indicação não agradou à bancada peemedebista. Um dos integrantes disse que se a presidente fez isso, ela vai ter de dar a eles outro ministério para “compensar”.
O ex-ministro Antônio Andrade (MG) teria saído da pasta em março com a promessa de Dilma de que ele indicaria um deputado para ser o titular da Agricultura em 2015, caso ele conseguisse uma boa vantagem eleitoral para a presidente em Minas. Andrade venceu a eleição mineira como vice na chapa do governador eleito Fernando Pimentel (PT) e estaria trabalhando para emplacar o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) no ministério. 
A bancada peemedebista do Senado também não considera que ganharia mais uma pasta com a indicação de Kátia Abreu. A avaliação é de que a senadora reeleita é uma neófita na sigla - saiu do DEM e passou pelo PSD antes do PMDB - e não seria um “espaço” para a legenda. Um senador do partido definiu Katia como “um nome bom”, mas que seria da cota pessoal de Dilma. 
Atualmente, o PMDB tem cinco pastas: Minas e Energia, com o senador licenciado Edison Lobão; Previdência, com o também senador licenciado Garibaldi Alves Filho; Agricultura, com Neri Geller; Turismo, com Vinícius Lages; e Aviação Civil, com Moreira Franco. 
No caso da escolha de Armando Monteiro, a intenção é tentar levar o PTB a apoiar uma candidatura à presidência da Câmara que será lançada pelo PT para tentar derrotar Cunha. O partido elegeu 25 deputados e terá três senadores a partir do ano que vem. 
Ao Estado, Monteiro reconheceu que o partido tem seu “peso” na Congresso. Sem entrar em detalhes, ele disse que, durante a conversa que teve com Dilma ontem, discutiu também a situação política atual. Para ele, porém, uma eventual confirmação sua para o MDIC, seria uma indicação da “cota pessoal” da presidente.

sábado, 22 de novembro de 2014

Radicais matam 28 em ataque a ônibus no Quênia

Não muçulmanos teriam sido obrigados a ler o Corão em voz alta antes de morrer.

Homens armados mataram neste sábado (22) 28 passageiros de um ônibus no nordeste do Quênia, perto da fronteira com a Somália, informou o chefe do Departamento de Polícia local, Noah Mwavinda. Atentado foi reivindicado pelo grupo Al Shabaab, vinculado à rede terrorista Al Qaeda.
"Posso confirmar que 28 vidas inocentes foram brutalmente assassinadas pelo grupo", disse o oficial. Havia cerca de 60 pessoas no veículo. Os passageiros que foram identificados como não muçulmanos foram separados e obrigados a ler versos do Corão em voz alta antes de serem mortos a sangue frio.   
Em comunicado, membros do grupo extremista disseram que o ato foi uma represália a ações das forças de segurança locais contra mesquitas em Mombasa. A Cruz Vermelha do Quênia informou que o ônibus viajava com destino a Nairóbi, quando caiu na emboscada perto da fronteira com a Somália.
O Al-Shabaab, que tenta impor a sharia (lei islâmica) na Somália, chegou a controlar várias regiões do país, mas nos últimos anos tem perdido força e se dedicado apenas a atentados. Entre 2006 e 2011, o Al-Shabaab dominou Mogadíscio, que posteriormente foi libertada em uma operação da União Africana. Em 2012, a organização se aliou à Al-Qaeda. Estima-se que hoje o grupo possua de 4 mil a 6 mil militantes.

Surto de ebola já matou 5.459 pessoas, quase todas na África Ocidental

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 5.459 pessoas já morreram em decorrência do ebola. Ao todo, 15.351 pessoas foram contaminadas pelo vírus, quase todas as vítimas na África Ocidental.
A Libéria é o país com maior número de casos (7.082) e de mortes (2.963), seguida de Serra Leoa, com 6.190 casos e 1.267 mortes e Guiné, com 2.047 doentes e 1.214 mortes.
Nigéria, Mali e Estados Unidos somam 15 mortes pelo vírus.
Nesta sexta-feira (21) a República Democrática do Congo foi declarada livre do ebola. O país teve 66 casos da doença desconectados do surto nos outros países.

Equipe de reportagem é recebida com tiros na Rocinha

Ao chegar na comunidade da Rocinha, Rio de Janeiro, uma equipe de reportagem do jornal O Globo foi recepcionada com tiros por volta das 9 horas de sexta-feira (21). Segundo o jornal, os repórteres estavam na Via Ápia para realizar uma matéria sobre desapropriações previstas nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para alargamento da Rua 2.
Após o início do ataque, a equipe se refugiou em uma loja. Cinco minutos depos aproximadamente, um home entrou no estabelecimento pedindo a saída dos jornalistas da comunidade.
A Assosiação de Moradores da Rocinha, depois do ocorrido, entrou em contato com O Globo, alegando que tiroteios se tornaram frequentes nos últimos dias e, que, por questão de segurança, não puderam abrir as portas da associação para os repórteres.
Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais e criminosos entraram em confronto após a saída dos jornalistas, e uma granada foi apreendida na ação.
O alargamento da Rua 2, que é um dos principais pontos de resistência do tráfico na Rocinha, visa combater ações de traficantes e reduzir índice de doenças, como a tuberculose, que atinge cerca de 300 pessoas em grupos de 100 mil moradores. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro de contaminação na região é o mais grave do estado.

Ex-premiê português Sócrates é preso em investigação de corrupção


A polícia de Portugal prendeu o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates e mais três pessoas em uma investigação sobre suposto crime tributário, corrupção e lavagem de dinheiro, informou a Procuradoria Geral neste sábado.
A prisão, a primeira de um ex-premiê em Portugal, acontece após detenções de outras figuras de destaque em investigações separadas nos últimos meses, à medida que a procuradoria intensifica o combate à corrupção em um país notório por seu sistema judiciário lento.
A procuradoria informou em comunicado que Sócrates, de 57 anos e que foi preso na sexta-feira à noite, será levado a um juiz criminal para prestar depoimento neste sábado a respeito da investigação sobre operações bancárias e transferências de dinheiro suspeitas.
Segundo a agência de notícias estatal Lusa, Sócrates foi preso no aeroporto de Lisboa ao chegar do exterior. Ele passou a noite em uma delegacia de polícia, segundo um policial.
Sócrates renunciou ao cargo de premiê em meio a seu segundo mandato de quatro anos, em 2011, quando uma escalada na crise da dívida o forçou a pedir um resgate internacional, o que resultou em medidas dolorosas de austeridade em Portugal.
Uma eleição antecipada realizada em 2011 levou ao poder a coalizão de centro-direita que governa o país atualmente, que introduziu medidas impopulares de austeridade como aumento de impostos e cortes de salários e de pensões.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EUA e Irã intensificam esforços para fechar acordo nuclear histórico


O Irã e os Estados Unidos intensificaram seus esforços nesta sexta-feira para superar as profundas divisões nas conversas a respeito do programa nuclear de Teerã a poucos dias do prazo final de um acordo.
Como a data limite para o entendimento para encerrar um impasse de 12 anos sobre as ambições nucleares iranianas vence na próxima segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, tiveram um segundo encontro inesperado em Viena no início da noite desta sexta-feira no horário local.
EUA, China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha iniciaram uma rodada final de conversas com o Irã na terça-feira, almejando selar um pacto segundo o qual Teerã frearia seu programa nuclear para ajudar a garantir que ele não possa ser direcionado para a fabricação de bombas em troca da suspensão das sanções econômicas que prejudicam o país.
Mas no meio da semana autoridades familiarizadas com as negociações em Viena disseram que os dois lados continuam inflexíveis nos temas centrais, não devem conseguir um acordo definitivo até 24 de novembro e podem precisar ampliar o prazo.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e Kerry concordaram que “esforços adicionais” são necessários para se chegar a um acordo até o prazo autoimposto, declarou o Ministério russo das Relações Exteriores.
“As partes não descartaram a possibilidade de realizar uma reunião ministerial das partes envolvidas nas conversas a respeito do programa nuclear do Irã, se surgir a perspectiva de progresso”, informou a pasta em um comunicado.
O secretário britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, afirmou depois de reuniões separadas nesta sexta-feira com seus colegas das grandes potências em Viena: “Estes são temas complexos, e ainda há lacunas significativas entre as partes. Todos nós teremos discussões técnicas com nossos especialistas depois de sairmos daqui e retomaremos... no final de semana”.
As potências ocidentais suspeitam que Teerã tenha pretendido adquirir a capacidade de fazer uma bomba nuclear através do enriquecimento de seu estoque de urânio, enquanto o Irã afirma que o programa almeja produzir somente energia para uso civil, e o impasse despertou temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio.
O chanceler iraniano cancelou os planos já anunciados de que voltaria à capital de seu país para ter discussões de primeiro escalão na véspera do prazo, relatou a mídia iraniana, mas a razão da mudança de curso não foi esclarecida de imediato.
Mais cedo, autoridades dos EUA e da França declararam que Kerry e o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, iriam voltar a Paris ainda nesta sexta-feira depois da reunião com Zarif, e que Kerry e Fabius devem retornar a Viena durante o final de semana.
Uma fonte a par das conversas disse à Reuters que Zarif recebeu um documento das potências delineando os princípios essenciais de um possível acordo para retirar as sanções a Teerã tendo como contrapartida a imposição de limites ao programa nuclear.
Diplomatas ocidentais afirmaram à Reuters no começo desta semana que a proposta esboçada pelos EUA e mostrada ao Irã em conversas preparatórias em Omã no começo do mês pedem que o país reduza o número de centrífugas de enriquecimento de urânio para 4.500, bem abaixo das 19 mil que Teerã tem instaladas atualmente, e das quais cerca de 10 mil estão em operação.

Pressão de farmacêuticos adia votação da MP 653

A votação da MP 653, que flexibiliza a presença de farmacêuticos em pequenas farmácias e drogarias, foi adiada para a próxima semana depois de manifestações realizadas pela categoria em diversas capitais do país. No Rio, a manifestação organizada pelo CRF-RJ, foi realizada na quarta-feira(19), nas escadarias da Câmara de Vereadores do Rio, na Cinelândia.
A manifestação ocorreu de forma pacífica no Centro do Rio e contou com a participação não só de profissionais experientes, como de vários estudantes de farmácia. Segundo Marcus Athila, presidente do Conselho Regional de Farmácia - CRF-RJ, que está em Brasília participando da luta contra a medida provisória, "a 653 é um grande golpe para a profissão farmacêutica e deixa a população, já tão abandonada pelo poder público, sem o direito de ter o farmacêutico para lhe prestar seus serviços".
Athila acrescentou ainda que "após a vitória da publicação da 13.021/2014, que reconhece a farmácia como estabelecimento de saúde, a MP 653 descaracteriza toda a assistência ao paciente, que só o farmacêutico é capaz de dar. A MP não corrobora com o cuidado  à saúde que só o farmacêutico é capaz de proporcionar para a população nas farmácias e drogarias".
O relator da comissão mista, deputado federal Manoel Junior (PMDB/PB), reconhece que a presença obrigatória de farmacêutico, conforme determina a Lei 13.021/2014, torna a dispensa dos medicamentos mais segura e de melhor qualidade. No entanto, sob a alegação, não comprovada, de que há déficit de profissionais para atender a demanda e dificuldades de cumprimento da norma por pequenas farmácias.

Pichador morre após cair de prédio no centro de SP

Um pichador morreu na madrugada desta sexta-feira, 21, por volta das 3h50, após cair do quinto andar de um prédio localizado na Rua Vieira de Carvalho, na esquina com a Praça da República, no centro de São Paulo. Um colega da vítima ficou pendurado na janela de um dos apartamentos e acabou socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), na Avenida São João, onde prestou depoimento como testemunha e foi liberado.
A vítima é o auxiliar de produção Laelson Costa de Oliveira, de 25 anos. O colega tem 26 anos, mas não teve a identidade revelada. O corpo de Laelson ficou na calçada da região da Praça da República, uma das regiões mais movimentadas do centro, ao lado da estação do Metrô, até por volta das 8 horas. O auxiliar de produção tentava subir até o sétimo andar do prédio, onde não ainda havia pichação.
Dezenas de curiosos se aglomeravam no entorno do corpo na manhã desta sexta, para tentar descobrir o que havia ocorrido. Durante a madrugada, o resgate do pichador do quinto andar mobilizou seis equipes dos bombeiros. Ele foi retirado com escada colocada em posição vertical, a mais de nove metros de altura.

Duque nega conhecimento de pagamentos de propina na Petrobras

Ex-diretor alega que R$ 1,6 milhão recebido da UTC era para serviços de consultoria.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, negou ter participado de qualquer esquema de propina na Petrobras. Ele prestou depoimento aos policiais na Superintendência da PF, em Curitiba, onde está desde sexta-feira (14). Ele confirmou, contudo, que recebeu R$ 1,6 milhão da construtora UTC, mas para serviços de consultoria.
Sua defesa havia entrado com pedido de habeas corpus, que foi negado na noite desta quinta-feira (20) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre. Duque foi preso na sexta-feira (14) em sua casa no Rio de Janeiro e levado para a sede da Polícia Federal, em Curitiba.
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Alexandre Lopes, advogado de Duque, alega que a prisão do ex-diretor é "injustificada e desproporcional". Para o relator, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, contudo, “justifica-se a adoção da prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública, em face do risco de reiteração criminosa”. Para o juiz Sergio Moro, Duque mantém "verdadeira fortuna" em contas bancárias no exterior. Procuradores pretendem viajar à Europa para encontrar provas de depósitos de Duque.
No depoimento à PF, Duque informou que abriu uma empresa de consultoria na véspera de se aposentar da estatal, mas que teria deixado a empresa devido à aposentadoria do INSS. Questionado sobre a existência de um cartel de empresas, ele negou ter conhecimento e salientou que as licitações passavam pela Gerência de Orçamentos, que verificava os valores de cada obra. Sobre o superfaturamento que existiria para repasse a partidos políticos, indicado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Duque declarou que duvida que este tenha feito tal declaração.
Fernando Baiano, Pedro Barusco e Vaccari Neto
Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que seria o operador do PMDB no esquema, deveria prestar depoimento nesta quinta-feira mas só deve se apresentar durante a tarde desta sexta-feira (21). Em seu depoimento à PF, Duque disse que conheceu o Baiano em um restaurante, por intermédio de outra pessoa, mas não disse quando e em quais circunstâncias, e ainda que teria sido a única vez em que esteve com ele.
Duque também negou que tivesse conhecimento de que seu subordinado, Pedro Barusco, recebia propina ou tivesse contas bancárias no exterior. Sobre outros indicados durante a investigação, disse que se encontrava com Júlio Camargo, mas para tratar de assuntos pessoais, e que esteve algumas vezes com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, mas que nunca o viu na sede da Petrobras.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Líder do PSDB pede afastamento da presidente da Petrobras

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), entrou com representações no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e na Procuradoria da República do Distrito Federal pedindo o afastamento de Maria das Graças Foster da presidência da Petrobras. Para o tucano, a dirigente mentiu à CPI mista da Petrobras e haveria indícios de que teria se recusado a apurar denúncias de propina dentro da estatal.
Nas representações, ele sustenta que Graça Foster entrou em contradição por ter dito aos parlamentares que tomou conhecimento de denúncias de pagamento de propina da holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras por meio de uma reportagem do jornal Valor Econômico. Na CPI, ela disse que uma investigação interna da estatal não tinha sequer encontrado indícios de pagamento.
Em uma entrevista coletiva no último dia 17, Graça disse, no entanto, que soube do pagamento de propina alguns meses depois da investigação interna da Petrobras. Por esse motivo, a SBM foi proibida de contratar com a Petrobras em maio, antes do depoimento à CPI.
Para o tucano, Graça Foster mentiu e usou seu cargo para dificultar a investigação. “Tudo isso sem falar na continuada insistência nos diversos depoimentos no Congresso Nacional de que o negócio em Pasadena não teria qualquer irregularidade, mesmo sabendo de diversos indícios da falcatrua”, disse.
A partir dos indícios, Imbassahy pediu para a procuradoria do DF também apurar a possibilidade de instaurar inquérito criminal para investigar a prática de falso testemunho e prevaricação.

Dia da Consciência Negra: Família de 'novo Amarildo', sumido na Bahia, faz apelo

"Faço o apelo para que a verdade venha à tona. Por favor. A gente sabe o que aconteceu com meu irmão. Uma coisa é encontrar seu parente morto e sepultar seu ente querido de forma digna. Outra é o que está acontecendo. Esse silêncio. Dói na gente."
A voz embargada é da universitária Camila Fiúza, de 25 anos, irmã do adolescente Davi Fiuza, de 16, visto pela última vez há 26 dias. "Encapuzado, com os pés e as mãos amarrados, dentro de uma viatura da PM", diz a família.
A mesma descrição foi dada à polícia por testemunhas que estavam no bairro Estrada Velha do Aeroporto, periferia de Salvador, onde fica a casa do pai de Davi. O caso foi registrado às 7h30 do dia 24 de outubro, durante uma operação policial na região, conhecida na cidade por registros de violência e tráfico de drogas.
O jovem negro, que nunca teve passagem pela polícia, estaria conversando na calçada com uma vizinha quando, segundo relatos, foi abordado e teve o rosto coberto pelas próprias fardas dos policiais.
"Não temos indícios consistentes da participação de policiais neste desaparecimento", disseram à reportagem, por telefone, porta-vozes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), de Salvador. "Se aparecer qualquer fato que vincule PMs ao caso, a corregedoria adotará providências", informou a corporação.
Se confirmado, o episódio não será um caso isolado. Dos 30 mil jovens entre 15 e 29 anos assassinados todos os anos no país, 77% são negros. Segundo a Anistia Internacional, se nos últimos 10 anos os homicídios contra jovens brancos diminuíram 32,3%, o total entre jovens negros cresceu 32,4%.
Comemorado nesta quinta-feira (20 de novembro), o Dia da Consciência Negra, que coincide com a data da morte de "Zumbi dos Palmares", em 1695, foi criado justamente para chamar atenção e mobilizar a sociedade para reverter este quadro.
Leia mais: 'Genocídio' de jovens negros é alvo de nova campanha da Anistia no Brasil

#cadedavi

A hashtag #cadedavi surgiu nas redes sociais poucos dias depois do sumiço. A associação com a prima mais conhecida, #cadeamarildo, é imediata.
No caso do pedreiro carioca, desaparecido na favela da Rocinha em junho do ano passado, a mobilização online conseguiu chamar atenção da mídia e das autoridades, que então aprofundaram as investigações.
Após inicialmente negarem participação no desaparecimento, 25 policiais militares respondem até hoje por crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual, omissão imprópria e formação de quadrilha. A morte de Amarildo foi confirmada. O julgamento ainda não foi concluído.
Em entrevista ao #salasocial, a polícia preferiu não detalhar a abordagem e nem a operação que era realizada no bairro de Davi. "A investigação ainda está em curso. Os policiais que estavam lá já foram identificados, mas isso não significa que recorra qualquer culpa sobre eles", afirmou a SSP.
Na última semana, a hashtag #cadedavi foi compartilhada mais de 2 mil vezes no Twitter. Outros termos associados à busca são #somostodosdavi e #davifiuza.
Frente ao que considera como "omissão do poder público", a família do jovem diz se sentir "amparada" pela mobilização de estudantes e professores de universidades baianas e pelos "companheiros anônimos" das redes sociais.
O amparo, entretanto, não significa otimismo.
Leia mais: Ensino da cultura negra ainda sofre resistência nas escolas

Realismo

"Preciso ser realista, né? Não tenho mais esperança de encontrar meu irmão vivo. Já passaram tantos dias...", diz Camila. "Se estiver com vida, com certeza bem ele não está. Se encapuzaram e amarraram, não dá pra esperar que vão dar comida e água direitinho", diz a irmã.
"Ele era o caçulinha. Lembro quando nasceu e chegou em casa com os olhos puxadinhos, meio japonezinho. Era eu que cuidava dele porque sou a mais velha e ele era o único menino da casa."
Episódios de violência contra jovens não são novidade, diz Camila. "Essa não é a primeira história que conheço, mas a gente nunca espera que aconteça dentro da nossa família. Já saiu reportagem sobre isso: no Brasil, a polícia mata pretos e pobres na periferia. Por isso eu quero falar. Não quero que fique impune de novo, não."
Segundo o capítulo "A Cor dos Homícidios" do Mapa da Violência, estudo promovido pelo Governo Federal, para para cada jovem branco que morre assassinado, morrem 2,7 jovens negros. A maioria dar mortes acontece por tiros disparados por armas de fogo - menos de 8% dos casos são julgados.
No Brasil, o total de homicídios contra negros entre 2002 e 2012 saltou 38,7% (de 29.656 para 41.127). Na Bahia, onde vive Davi, as mortes de negros no mesmo período cresceram de 1.564 para 5.487 - um aumento de 250,8%.
Em todo o país, o Estado só perde neste quesito para o Rio Grande do Norte, onde o aumento registrado foi de 294,6%.

Número de suspeitas de chikungunya chega a 1.848 em 68 municípios na Bahia

Todos os casos têm vínculo epidemiológico com o município de Feira de Santana.
O número de casos suspeitos da febre chikungunya aumentou para 1.848. De acordo com a Sesab (Secretaria de Saúde), até quarta-feira (19), os casos foram notificados em 68 municípios da Bahia.
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Em Feira de Santana, 1.271 casos foram notificados e 563 confirmados, em Riachão do Jacuípe foram 391 casos notificados, sendo 196 confirmados.
Outros cinco casos foram confirmados em Salvador, dois em Alagoinhas, um em Cachoeira e um em Amélia Rodrigues.
O órgão de saúde disse, ainda, que todos os casos têm vínculo epidemiológico com o município de Feira de Santana.
Os principais sintomas da doença caracterizam-se pela febre de início súbito maior que 38,5ºC, fortes dores de cabeça e dor intensa nas articulações de início agudo, acompanhada ou não de inchaços pelas regiões afetadas.

Dilma diz que opinar, criticar e reivindicar é direito da sociedade civil

Presidente defendeu também valorização de professores, na formação e nos salários.

A presidenta Dilma Rousseff destacou nesta quinta-feira (20) a importância da participação social na construção das políticas públicas. Ao discursar na 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), a presidenta defendeu o respeito ao direito de opinar, criticar e reivindicar, que, segundo ela, caracterizam a democracia em uma sociedade moderna e inclusiva.
“Sabemos que a democracia representativa tem o Congresso e as Casas Legislativas como espaço privilegiado e fundamental de deliberação", afirmou Dilma, ao lembrar que tem de ser garantido à sociedade civil organizada o direito de opinar, de falar, de criticar, dar sugestões, contribuir com suas experiências e reivindicações. De acordo com a presidenta, a participação popular nas políticas públicas não é uma dádiva do governo, mas uma conquista da sociedade brasileira que deve ser respeitada.
Mandatária participa da 2ª Conferência  Nacional de Educação
Mandatária participa da 2ª Conferência  Nacional de Educação
Dilma defendeu também a valorização dos professores, tanto no aspecto da formação quanto na melhoria dos salários. “O desafio da valorização do professor não pode estar baseado em frases genéricas. Temos que construir um caminho para que o Brasil tenha, em um prazo curto, não só a carreira mais clara para o magistério, mas refletindo na qualidade da remuneração”, disse ela aos cerca de 4 mil profissionais de diversos setores da área de educação que participam da Conae.
A presidenta lembrou ainda que sancionou, neste ano, sem vetos, o Plano Nacional de Educação (PNE). O cumprimento do PNE está no centro das discussões da Conae.
Dilma também mencionou a passagem, hoje, do Dia da Consciência Negra e destacou a importância da política de cotas adotada em universidades federais brasileiras.
Ao faltar sobre as eleições de outubro, a presidenta disse que os votos que a reelegeram são votos claros pela inclusão social, pelo emprego, desenvolvimento, pela estabilidade política e econômica e por maiores investimentos na infraestrutura e modernização do país.Ela prometeu que, nos próximos quatro anos, manterá um governo coerente com o que pensa e tem feito pelo país. “Nosso Brasil não vai parar. Eu governei quatro anos sem descanso, vou governar mais quatro ainda, sem descanso. Vou continuar coerente com o que penso e o que temos feito pelo Brasil e os brasileiros.”
A Conae se estenderá até domingo (23). O documento-base a ser discutido teve origem em emendas apresentadas durante as conferências distrital e estaduais. Participam educadores, pesquisadores, gestores públicos, parlamentares e representantes de organizações e entidades sociais ligadas à área, que debaterão o futuro da educação, da creche à pós-graduação.

Banco bloqueia contas de cinco investigados na Lava Jato

O Banco Itaú bloqueou as contas de cinco investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A quebra do sigilo bancário foi determinada pela Justiça Federal em Curitiba na terça-feira (18) e atinge 15 investigados. Com a decisão, será feita uma varredura em todas as instituições bancárias, para o bloqueio de ativos.
Conforme informações do Itaú enviadas ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, a conta corrente de Ildefonso Colares Filho, diretor presidente da Construtora Queiroz Galvão, tem apenas R$ 4,60 depositados.
Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior, tem R$ 21,3 mil conta corrente e R$ 12,7 mil na poupança. O banco bloqueou R$ 6.000 em nome de Agenor Franklin Magalhães, diretor da OAS. Gerson Mello Almada, executivo da Engevix tem R$ 1,4 milhão em uma conta e R$ 15,6 mil em outra. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, tem R$ 4.300 depositados.
O empresário Fernando Soares e outros dois investigados estão com as contas zeradas e, por isso, o bloqueio não foi possível. Os outros investigados não tem conta no banco. O juiz ainda vai receber relatórios de outras instituições financeiras.

Operação Lava Jato da PF

 O empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, chega ao IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba (PR), para fazer exame de corpo de delito. Ele se entregou na tarde de terça-feira (19) à Polícia Federal no Paraná, informou seu advogado, o criminalista Mário de Oliveira Filho. Apontado como lobista e operador do PMDB no esquema de propinas e corrupção na Petrobras, Fernando Baiano estava foragido desde sexta-feira (14), quando policiais federais realizaram busca em sua residência, no Rio de Janeiro Leia mais Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
Uol

Lava Jato: contas de empresários e de Fernando Baiano estão zeradas

Itaú fez o bloqueio, mas não foram encontrados valores de vulto.

O Banco Itaú bloqueou as contas de cinco investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A quebra do sigilo bancário foi determinada pela Justiça Federal em Curitiba na terça-feira (18) e atinge 15 investigados. Com a decisão, será feita uma varredura em todas as instituições bancárias, para o bloqueio de ativos.
O empresário Fernando Soares e outros dois investigados estão com as contas zeradas e, por isso, o bloqueio não foi possível. Os outros  investigados não tem conta no banco. O juiz ainda vai receber relatórios de outras instituições financeiras.
>> A conta zerada dos empreiteiros e o vazamento de informações
Conforme informações do Itaú enviadas ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, a conta-corrente de Ildefonso Colares Filho, diretor presidente da Construtora Queiroz Galvão, tem apenas R$ 4,60 depositados. Sérgio Cunha Mendes, diretor da Mendes Júnior, tem R$ 21,3 mil conta corrente e R$ 12,7 mil na poupança. O banco bloqueou R$ 6 mil em nome de Agenor Franklin Magalhães, diretor da OAS. Gerson Mello Almada, executivo da Engevix tem R$ 1,4 milhão em uma conta e R$ 15,6 mil, em outra. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia,  tem R$ 4,3 mil depositados.
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