terça-feira, 30 de junho de 2015

Pedágio vai ficar mais caro nas rodovias paulistas

partir desta quarta, dia primeiro de julho.
O reajuste vai variar entre quatro vírgula 11 por cento e oito vírgula 47 por cento.
Ele será aplicado nas rodovias concedidas à iniciativa privada com base no IGP-M, para os contratos mais antigos, ou no IPCA acumulado.
O maior aumento vai ocorrer nos trechos Oeste e Sul do Rodoanel Mário Covas e nas Rodovias Dom Pedro I, Raposo Tavares, Marechal Rondon e Ayrton Senna/ Carvalho Pinto.
Em outras 12 concessionárias, o reajuste será de pouco mais de quatro por cento.
No Sistema Anchieta-Imigrantes, a tarifa do pedágio vai passar de 22 reais para 22 reais e 90 centavos.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Conflitos deixam 34 milhões de crianças e adolescentes fora das escolas no mundo

De acordo com relatório da Unesco divulgado nesta segunda, serão necessários 2,3 milhões de dólares para a educação.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), revelou nesta segunda-feira (29) que 34 milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola em países afetados por conflitos, adiantando que são necessários 2,3 milhões de dólares (2 milhões de euros) para a educação. Os dados integram um novo texto, divulgado hoje do relatório de acompanhamento da iniciativa Educação para Todos (EPT) da  UNESCO.
Brasil: Rio terá mediadores de conflito nas escolas

Dois dias de ataques do Estado Islâmico em Kobane, na Síria, deixaram mais de 200 mortos (Arquivo)
AP
Dois dias de ataques do Estado Islâmico em Kobane, na Síria, deixaram mais de 200 mortos (Arquivo)

O último relatório sobre a EPT, divulgado em abril, mostrava que apenas um terço dos 164 países que há 15 anos lançaram a iniciativa atingiram os objetivos fixados e identificava os conflitos como um dos maiores obstáculos ao progresso.
O novo texto indica que “as crianças em países afetados por conflitos têm mais probabilidades de estarem fora da escola que as dos países não afetados,” enquanto para os adolescentes a probabilidade é dois terços maior.
A organização das Nações Unidas refere que uma das “principais razões” para o problema “é a falta de financiamento”. “Em 2014, a educação recebeu apenas 2% de ajuda humanitária.”
Os 2,3 milhões de dólares que a UNESCO considera necessários para fazer regressar à escola as 34 milhões de crianças e adolescentes nos países em conflito correspondem a dez vezes o valor da ajuda disponibilizada para a educação atualmente.
A agência da ONU explica que “mais de metade da ajuda humanitária disponível para educação foi atribuída a apenas 15 dos 342 pedidos feitos  entre 2000 e 2014”.
Em 2013, foram identificados nos países em conflitos necessidades de apoio na área de educação as 21 milhões de pessoas. No entanto, apenas 8 milhões foram incluídas nos apelos e destes só 3 milhões receberam ajuda.
“Voltar à escola pode ser a única centelha de esperança e de normalidade para muitas crianças e jovens em países mergulhados em crises”, acrescenta a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, citada no comunicado.
Cerca de 58 milhões de menores estão fora da escola em todo o mundo e 100 milhões não conseguem completar o ensino primário.

domingo, 28 de junho de 2015

Suspeito de atentado da França confessa ter decapitado chefe

Yassin Salhi, de 35 anos, suspeito de decapitar um empresário antes de cometer um atentado na região de Lyon (centro-leste da França) na última sexta-feira (26/6), admitiu o assassinato, informou neste domingo (28/6).
Salhi, preso no local do ataque, uma fábrica de produtos químicos, começou a falar com os investigadores na noite deste sábado após ter permanecido em silêncio desde sua prisão.
Ele também teria enviado um "selfie" junto à cabeça de sua vítima, Hervé Cornara, de 54 anos, por meio do aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp a um número de telefone norte-americano.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, garantiu neste domingo que o país está  "sob uma grande ameaça terrorista" e que o combate ao jihadismo "será grande".
Salhi foi rendido por um bombeiro na sexta-feira quando abria botijões de acetona na fábrica química. Antes disso, ele teria pendurado a cabeça de seu chefe na empresa em que trabalhava em um muro. O suspeito ainda bateu seu veículo contra um armazém onde havia botijões de gás, o que provocou uma grande explosão.
Os investigadores franceses estudam uma possível conexão com a Síria. De acordo com os últimos dados disponíveis, pelo menos 473 pessoas que deixaram a França estão nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
A prisão provisória de Yassin Salhi foi prorrogada, assim como a de sua mulher e de sua irmã, também detidas na sexta-feira. Em casos envolvendo acusações de terrorismo, esse tipo de detenção pode ser estendida por até 96 horas.
Entre 2006 e 2008, Yassin Salhi foi fichado pelos serviços de Inteligência como um dos indivíduos que representariam uma ameaça potencial à segurança do Estado, disse François Molins, confirmando as declarações do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Salhi voltou a ser monitorado pela Inteligência francesa entre 2011 e 2014 por seus vínculos com o movimento salafista de Lyon.

sábado, 27 de junho de 2015

Depoimento de delator deixa Planalto sob tensão

A presidente Dilma Rousseff convocou na noite da última sexta-feira (26) uma reunião de emergência com ministros, no Palácio da Alvorada, e preparou a estratégia de defesa política para o agravamento da crise após a delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O governo avalia que perdeu totalmente o controle da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e teme que a delação de Pessoa acirre o clima de confronto, mas guarda como munição os nomes de adversários citados pelo empresário.
Dilma cobrou respostas rápidas dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) - que estava em agenda no Rio quando o escândalo veio à tona -, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social). À noite, os três e o assessor especial Giles Azevedo foram chamados por ela para a reunião no Alvorada, que durou duas horas.
No diagnóstico do governo, o depoimento de Pessoa é mais uma pedra no caminho de Dilma, joga luz sobre o financiamento das campanhas do PT e pode ressuscitar a bandeira do impeachment.

Divulgação/Palácio do Planalto
Divulgação/Palácio do Planalto
Se isso ocorrer, porém, o Palácio do Planalto já tem o roteiro traçado para o contra-ataque. Ministros vão lembrar que o empresário apresentou uma lista "suprapartidária" de doações. De acordo com reportagem da revista Veja, Pessoa disse que também repassou recursos para campanhas dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), Fernando Collor (PTB), Gim Argello (PTB), Edison Lobão (PMDB), Ciro Nogueira (PP) e Benedito de Lira (PP), além de dinheiro para deputados de outros partidos.
Aloizio Mercadante é, hoje, o ministro mais forte de Dilma e Edinho foi o tesoureiro do comitê da reeleição da presidente, no ano passado. Os dois garantem que as doações recebidas foram legais e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o governo admite não saber o que vem pela frente nas investigações.
A nova turbulência ocorre num momento delicado, no auge do distanciamento entre Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. Além disso, o executivo Marcelo Odebrecht, dono da construtora Odebrecht e também preso, tem ligações com Lula, o que provoca ainda mais apreensão no Planalto.
"Não há saída individual. O problema não é o PT, não é a Dilma. O problema é que querem criminalizar o Lula e nos destruir", disse o ex-presidente, falando na terceira pessoa. Lula estará na segunda-feira em Brasília, para se reunir com deputados e senadores do PT.
O depoimento de Pessoa causou tanta tensão no Planalto que, ao longo do dia, Dilma acionou várias vezes ministros e advogados. Pediu também para emissários conversarem com a equipe do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que homologou a delação premiada de Pessoa.
Nos bastidores, interlocutores da presidente compararam a nova crise a uma batalha sem fim. "É como se estivéssemos numa guerra e não conseguíssemos nem contabilizar os mortos para enterrar", disse um ministro ao Estado, sob a condição de anonimato. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Cunha afirma que redução da maioridade diminuirá sensação de impunidade

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta sexta-feira que o objetivo do projeto de lei que pretende reduzir de 18 para 16 anos a idade de responsabilidade penal é diminuir a "sensação de impunidade".
"O objetivo não é reduzir a criminalidade quando se propõe a redução da maioridade penal, o objetivo é a redução da sensação de impunidade", declarou Cunha em um encontro com jornalistas no Rio de Janeiro.
Na semana passada, uma comissão especial da Câmara aprovou a redução de 18 para 16 anos em relação à idade de responsabilidade penal, mas só para crimes considerados graves, uma medida que agora deverá ser debatida pelo plenário.
Se esta iniciativa for aprovada, serão julgados como adultos os jovens de 16 a 18 anos que cometerem crimes relativos a violência sexual, roubo seguido de morte, homicídio intencional, lesão corporal grave e roubo altamente qualificado.
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De acordo com Cunha, se um jovem de 16 anos "pode votar", também deve ter "a responsabilidade para assumir danos".
Quanto questionado se esta medida pode ter um efeito negativo por complicar a possível reabilitação de jovens delinquentes, Cunha avaliou que essa é uma "discussão secundária", já que o que se pretende é tirar da sociedade quem "não tem condições de conviver (nela) pela prática de crimes".
Cunha também quis minimizar a importância do problema que poderia representar a aplicação desta lei em meio à superpopulação carcerária nos 1.424 presídios do Brasil, que têm capacidade para 376.669 pessoas e abrigam 607.730, segundo o Ministério da Justiça.
"Se o sistema penitenciário está mal, é preciso tomar medidas de gestão e de aplicação de recursos, e cabe ao governo federal fazer isso", opinou.
Perguntado pelo efeito na imagem do Brasil que a aprovação desta lei possa ter em nível internacional, levando em conta que até a ONU se mostrou recentemente contrária a esta medida, Cunha respondeu que cada país tem "suas peculiaridades"
"Esses países que criticam não têm a situação social do Brasil, não têm a bandidagem que nós temos, não têm o tráfico de drogas que nós temos, ainda mais aqui no Rio de Janeiro", comentou o político do PMDB.
Cunha quis deixar claro ainda que "não castigando quem comete um crime entre os 16 e os 18 anos, não se vai melhorar a sensação de violência no país".
Perguntado se tem a esperança de que este processo receba o apoio da Câmara, Cunha afirmou que o Congresso não está a seu serviço, mas é ele quem está "a serviço do Congresso".
A aprovação deste projeto de lei depende ainda de três votações; duas delas no plenário da Câmara - que, segundo Cunha, podem acontecer na próxima semana - e outra no Senado.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mãe e bebé sobrevivem 5 dias na floresta após queda de avião

Uma jovem mãe colombiana e o seu bebé de um ano foram encontrados vivos cinco dias depois de o avião em que viajavam ter caído na selva, no oeste da Colômbia.

As autoridades do país descreveram a sobrevivência de Maria Nelly Murillo, 18 anos, e do bebé, como um milagre.
Maria Nelly tinha alguns ferimentos e queimaduras quando foi encontrada, o bebé parecia bem.
O avião do tipo Cessna levava peixe e cocos quando caiu na província de Choco.
As equipas de resgate encontraram o pequeno avião com uma porta aberta e pistas que Maria Nelly deixou para ser encontrada, como cascas de coco, um chinelo e a certidão de nascimento do bebé.
Os dois foram encontrados na quarta-feira, a cerca de 500 metros do local da queda, nas margens de um rio.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Credores querem mais cortes nas pensões e maior aumento do IVA na Grécia

Os credores internacionais da Grécia apresentaram a Atenas, esta quarta-feira, uma contraproposta, já rejeitada pelo Governo, insistindo em cortes mais acentuados nas pensões e num maior aumento do IVA, mas menores subidas nos impostos sobre os lucros das empresas.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentaram, esta quarta-feira, uma contraproposta a Atenas, que foi inicialmente divulgado pelo jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ) e entretanto partilhado pelos meios de comunicação gregos.
Segundo o documento, os credores consideram que as medidas propostas pelo Governo liderado por Alexis Tsipras no que diz respeito ao imposto sobre o consumo (IVA), às pensões e aos cortes na defesa não são suficientes.
Sobre o IVA, Atenas sugeria um aumento de receita que significasse 0,74% do PIB, mantendo a taxa do imposto inferior a 23% em alguns produtos e serviços. Os credores sugerem um aumento de receita que represente 1% do PIB, mantendo as taxas reduzidas apenas para medicamentos, livros e teatro (6%), para alimentos não processados, energia, água e hotéis (13%).
Nas pensões, Atenas sugeria que as poupanças valessem 1,05% do PIB a partir do próximo ano, mas as instituições sugerem poupanças entre 0,25% e 0,5% já este ano, e de 1% a partir do próximo ano.
FMI, Bruxelas e BCE exigem também que a idade de reforma seja aumentada gradualmente para atingir os 67 anos em 2022 (três anos mais cedo que pretendia Atenas), uma redução das reformas antecipadas a partir de julho (e não no início de 2016) e para todos os trabalhadores, excecionando apenas profissões de risco e mães com filhos com deficiências (abolindo "outras exceções" que o Governo grego pretendia manter), e congelar as pensões até 2021.
As instituições defendem ainda um aumento de 4% para 6% nas contribuições dos reformados para o sistema de saúde, ao contrário dos 5% propostos pelo Governo grego, e a eliminação gradual do subsídio para os pensionistas mais pobres (o 'Ekas'), enquanto os credores defendem que a contribuição seja de 6% e que esse subsídio seja eliminado imediatamente.
Por outro lado, os credores deixam cair o aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social de 3% para 3,5% proposta pelo Governo, mas pretendem que sejam eliminadas todas as exceções financiadas pelo Estado a partir de julho.
Na defesa, os credores sugerem um corte na despesa duas vezes superior a Atenas, de 400 milhões de euros em 2016.
Por outro lado, Bruxelas, BCE e FMI defendem um aumento inferior do imposto sobre os rendimentos das empresas do que o proposto por Atenas, sugerindo que aumente de 26% para 28% e não para 29%.
Os credores sugerem também que não seja implementada a taxa de 12% sobre os lucros das empresas acima de 500 mil euros proposta pela Grécia, tal como os impostos sobre as receitas brutas provenientes do jogo.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Curdos da Síria tomam cidade próxima de “capital” do Estado Islâmico


Forças lideradas pelos curdos tomaram uma cidade do Estado Islâmico nesta terça-feira, depois de capturarem uma base militar de segunda para terça-feira auxiliados por ataques aéreos dos Estados Unidos, em uma das vitórias mais contundentes já obtidas contra os militantes.
A marcha curda rumo ao coração do território dominado pelo Estado Islâmico acontece após a conquista de uma cidade na fronteira turca na semana passada, o que reverteu o ímpeto dos militantes, que haviam ocupado cidades importantes tanto na Síria quanto no Iraque no mês passado.
As Unidades de Proteção Popular curdas (YPG, na sigla em curdo) assumiram o controle total de Ain Issa, disse seu porta-voz, Redur Xelil. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a guerra, afirmou que os combatentes do Estado Islâmico se retiraram completamente da cidade.
De segunda para terça-feira, as forças em progresso, incluindo rebeldes sírios que lutam ao lado do YPG, controlaram a base militar próxima de Liwa-93, um objetivo estratégico que o Estado Islâmico tomou das forças do governo no ano passado.
O avanço sobre Ain Issa deixa as forças curdas e seus aliados a meros 50 quilômetros de Raqqa, na prática a capital do Estado Islâmico, de onde o grupo radical domina um “califado” em grande parte da Síria e do Iraque.
Mas Xelil afirmou que um ataque à cidade não está nos planos no momento. O Observatório declarou que a meta do avanço é assumir o controle de uma rodovia leste-oeste que atravessa Ain Issa e que liga a cidade de Aleppo à província de Hasaka, no nordeste do país.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Intolerância marca sessão na Câmara de Goiânia

Debates sobre metas a serem cumpridas nos próximos dez anos estão sendo encobertas pela discussão de gênero. Poderes, entidades e população têm de fiscalizar ações.
A tumultuada sessão em que vereadores aprovaram em primeira votação os rumos da educação para os próximos dez anos na capital foi marcada pela intolerância. Tanto por parte dos que manifestavam a favor da manutenção de termos polêmicos, como gênero e sexualidade, quanto dos integrantes do segmento religioso que, simultaneamente, vaiavam parlamentares e defendiam a manutenção da estrutura familiar tradicional.
Intolerância pelo fato de um grupo não ter respeitado o momento de fala do outro, interrompendo especialmente com xingamentos e gestos obscenos. Ambos, tão pouco deixavam os vereadores se pronunciarem tranquilamente. E esses, que deveriam estar esclarecidos sobre o teor e as reais demandas do Plano Municipal de Educação (PME), não o estavam, pelo menos em partes. Foi assim por duas horas e 11 minutos.
Para que melhor exemplo do que o relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação? Um vereador que mal se expressou durante os últimos dois anos em plenário teve nas mãos o poder de decisão entre o “sim” e o “não”. Pelo menos o parecer dele foi favorável, pois a Prefeitura de Goiânia precisa de pressa. Se não, perde dinheiro do governo federal para investir na educação da cidade.
Pontos importantes como a erradicação de vagas no ensino infantil, o fim do analfabetismo funcional e a diminuição da evasão escolar mereciam, sim, gritos de protesto. É como diz uma especialista: podia-se cobrar mesmo é pelo cumprimento de metas básicas, estabelecidas em sua maioria pela metade, em 50%, em uma década. Além disso, o grande lance do plano é o preparo de profissionais docentes e administrativos para combater a discriminação em todos os sentidos.
A chamada ideologia de gênero, para alguns vereadores, dá margem para que estudantes — principalmente crianças — sejam absorvidas pela possível dualidade entre ser menino, menina ou algo do meio. E a bancada católica e evangélica destacou esse ponto para conduzir os debates sobre o tema.
Mas o que dizem os artigos suprimidos na Câmara? Estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências, raciais, de gênero, orientação sexual deficiência, intolerância religiosa e/ou qualquer outro tipo de preconceito. Inclusive com o apoio da família.
E mais: implementar e apoiar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação racial, gênero, orientação sexual, deficiência, intolerância religiosa ou qualquer outro tipo de preconceito; ampliar as políticas e programas de formação inicial e continuada dos profissionais de educação sobre gênero, sexualidades e promoção da igualdade racial; garantir nas políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) o atendimento às necessidades dos jovens, adultos e dos idosos, visando à promoção de políticas implementação, compartilhamento e inclusão de temas do envelhecimento e da velhice, e de sexualidades e de gênero nas escolas. E, por fim, assegurar aos profissionais da educação a formação continuada referente à inclusão de pessoas com deficiências, educação das relações étnico-raciais, educação do/no campo, educação escolar indígena, de gêneros, diversidade e orientação religiosa. Inclusive a religiosa.
Temas tão complexos esses não poderiam ter passado como um carro de Fórmula 1 entre Secretaria de Educação, Prefeitura de Goiânia e Câmara de Vereadores. Acaba deixando um rastro de improviso na condução do trâmite. Nenhum integrante dos poderes Executivo e Legislativo teve tempo o suficiente para ler e discutir, em uma visão macro, o PME. Entre a apresentação das novas metas e hoje se passaram 19 dias.
O momento é de reflexão, independente da raça, clero ou gênero: é preciso atenção à aprovação final do projeto e ao cumprimento das metas básicas, que devem ser aplicadas concomitantemente com ações fiscalizadoras.

domingo, 21 de junho de 2015

MST volta a ocupar fazenda do senador Eunício Oliveira

Propriedade de cerca de 20 mil hectares em Goiás pertence ao grupo Agropecuária Santa Mônica.

Trabalhadores sem-terra voltaram a ocupar, na madrugada de domingo (21), uma fazenda do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Localizada entre as cidades de Corumbá de Goiás e Alexânia (GO), próximas de Brasília, a propriedade de 20 mil hectares pertence ao grupo Agropecuária Santa Mônica, do senador, e já tinha sido ocupada em agosto de 2014. O 2º Pelotão da Polícia Militar (PM) de Goiás confirmou que foi acionado e que equipes foram enviadas ao local.
Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a ação é uma resposta ao descumprimento, por parte do governo federal, de acordos firmados durante o cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse, em março deste ano.
 Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Em nota, o MST promete manter a ocupação até que o Incra destine a fazenda para fins de reforma agrária
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Um dos compromissos acertados foi, segundo o MST, o assentamento de cerca de 1,1 mil famílias em até 60 dias após os sem-terra deixarem a fazenda. Outro é a produção de um estudo sobre a legalidade da propriedade pelo senador Eunício Oliveira. O movimento sustenta que a fazenda foi declarada improdutiva e que há “grande volume de informações na região sobre a grilagem da área”.
Em nota, o MST promete manter a ocupação até que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) destine a fazenda para fins de reforma agrária.
Ainda durante a primeira ocupação, a assessoria do senador garantiu que a propriedade era produtiva e opera há mais de 25 anos “em uma região livre de conflitos agrários”. Assegurou também que a Fazenda Santa Mônica cumpre todas as normas da legislação tributária, trabalhista e ambiental.

sábado, 20 de junho de 2015

Milhares em manifestação anti-austeridade na cidade de Londres

Milhares de pessoas participam, este sábado, em Londres, numa marcha anti-austeridade, no primeiro grande protesto público desde que o primeiro-ministro David Cameron, do partido Conservador, venceu as eleições gerais.
De acordo com a agência France Presse, políticos da oposição, dirigentes sindicais e figuras públicas, como a cantora Charlotte Church e o comediante Russell Brand, encontram-se entre a multidão que marcha pelas ruas do 'centro financeiro' da capital inglesa.
A manifestação "End Austerity Now" [Acabar a Austeridade Agora], referida pelos organizadores como a maior dos últimos anos, termina à porta do Parlamento, enquanto decorre um protesto similar em Glasgow, na Escócia.
Os manifestantes exigem a suspensão e reversão dos cortes impostos pela anterior coligação governamental e outras medidas impostas pelo ministro das Finanças, George Osborne.
Em cartazes empunhados pelos manifestantes lê-se frases como: "A Austeridade não funciona" e "Não aos cortes".
O Partido Conservador de David Cameron obteve no início de maio uma vitória inesperada e esmagadora nas eleições legislativas britânicas alcançando a maioria absoluta e provocando a demissão de três dos principais dirigentes políticos do país.
Com 330 deputados eleitos, mais quatro dos que os necessários para a maioria absoluta no parlamento, o primeiro-ministro britânico afirmou estarem reunidas as condições para cumprir todas as promessas eleitorais, referindo nomeadamente a redução dos impostos, a criação de emprego, os apoios às famílias e o referendo sobre a permanência do país na União Europeia (UE).

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Chega a nove número de pessoas presas na 14ª fase da Operação Lava Jato

O delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula, disse hoje (19) que, até o momento, nove pessoas foram presas na 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (19).
Foram cumpridos nove mandados, de um total de oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. De acordo com o delegado, foram presos preventivamente Marcelo Odebrecht, dono e presidente da construtora Odebrecht, Márcio Faria da Silva; o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo; além de Rogério de Santos Araújo e João Antônio Bernard Filho. O executivo da Odebrecht Cesar Ramos Rocha é um dos que ainda não foram localizados.
Os mandados de prisão temporária cumpridos foram de Alexandrino Sales Alencar, Antônio Pedro de Souza, Flávio Lúcio Magalhães e Maria Cristina da Silva Jorge.
PF faz buscas na unidade de óleo de gás da Odebrecht, na Avenida Pasteur
PF faz buscas na unidade de óleo de gás da Odebrecht, na Avenida Pasteur
O delegado informou que há indícios “bem concretos” contra os dirigentes das empresas e que os documentos revelam que eles tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas. Igor Romário lembrou que na sétima fase da Lava Jato, já houve busca e apreensão na sede da Odebrecht.
Para o delegado, a nova etapa da Lava Jato serve como recado de que nenhuma empresa, independentemente do seu tamanho, ficará imune de ser investigada. “A ideia é trazer um recado claro de que a lei vale para todos, não importa o tamanho da empresa e o destaque na sociedade, sua capacidade de influência e de poder econômico. Isso jamais será motivo para permanecerem impunes”, disse o delegado, em entrevista coletiva.
Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos, há indicativos suficientes para que fossem pedidas as prisões preventivas. "Devemos punir todos os que são responsáveis, as empresas, na área civil e por improbidade administrativa, e os dirigentes e todos os que estão envolvidos no âmbito penal", disse o procurador.
A 14ª fase da Operação Lava Jato, denominada Erga Omnes, expressão latina no meio jurídico para indicar que os efeitos da lei atingem a todos os indivíduos, é uma referência ao fato de as investigações alcançarem, mais de um ano depois de deflagrada a primeira fase da operação, as duas maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Renan diz que Congresso deve mudar MP com novas regras para aposentadorias

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira que cabe ao Congresso Nacional mudar a medida provisória editada pelo governo para evitar que a progressividade no cálculo das aposentadorias não “acabe comendo” a fórmula 85/95. “O fundamental é que a medida provisória seja aprimorada no Congresso Nacional. Ela parte do 85/95 e isso já é um avanço. O que precisamos é mudar a regra da progressividade para que ela não acabe comendo o 85/95. Esse é o papel do Congresso”, disse Calheiros.
Já o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), considerou que a presidente Dilma Rousseff encontrou uma solução "bastante razoável” para a regra das aposentadorias. "Foi importante, o governo compreendeu a decisão do Congresso mantendo o 85/95". Acrescentou que a regra de progressão acompanha o aumento da expectativa de vida da população. "É uma coisa absolutamente razoável", disse Delcídio.
O petista Paulo Paim (RS), contudo, fez duras críticas à fórmula de progressividade proposta pelo governo. “Analisei com calma e essa fórmula de progressão é indecente. Não há nenhuma análise técnica que diga e prove, a mim e ao mundo, que a expectativa de vida aumenta um ano a cada ano. Isso é inaceitável”.
De acordo com o senador gaúcho, o congresso tem três alternativas: derrubar o veto, mantê-lo e suprimir a regra da progressividade proposta pelo governou ou manter a regra 85/95 para quem já está no mercado de trabalhando e definir a fórmula 90/100 para aqueles que ainda vão começar a trabalhar.
Com a edição da MP a nova regra para o cálculo das aposentadorias começa a valer imediatamente, com a chamada fórmula 85/95. A partir de agora, para se aposentar com direito ao benefício integral, o trabalhador deve somar o tempo de contribuição e a idade até chegar a 85 anos, paras mulheres, e 95 anos, no caso dos homens. A partir de 2017, segundo a MP, o cálculo será acrescido de um ponto a cada dois anos, até 2019. Daí em diante, um ponto a cada ano até chegar a 90 (mulheres)/100 (homens), em 2022.
Pelo cálculos do governo, a regra da progressividade atrelada à fórmula 85/95 reduzirá o impacto nas contas da Previdência em R$ 50 bilhões, até 2026. Com o novo cálculo da aposentadoria, o governo estima diminuir em 0,5 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas do país – o gasto com o pagamento do benefício a partir de 2030. A equipe econômica não prevê impacto no superávit primário e acredita em estabilização do sistema previdenciário.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou, nesta quinta-feira (18), que o aposentado saiu vitorioso com a edição da Medida Provisória 676, que manteve a fórmula 85/95 para aposentadorias, mas acrescentando a progressividade nos anos seguintes, com base na evolução da expectativa de vida.
A fórmula, que soma o tempo de contribuição com a idade para requerer o benefício, foi aprovada pelo Congresso por meio de projeto de conversão à Medida Provisória 664/14, com a inclusão de emenda que acabou com o fator previdenciário, a qual foi vetada pela presidente da República, Dilma Rousseff, na quarta-feira (17).
Já a MP 676/15 prevê um aumento gradual da soma 85/95, a partir de 2017 e até 2022. Em 2017, a soma deverá ser de 96 para os homens e de 86 para as mulheres. Dois anos depois, em 2019, passa a ser de 97 e 87. A partir daí, terá ajustes anuais: 98 e 88 em 2020; 99 e 89 em 2021; e 100 e 90 em 2022.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Petista usou computador oficial para acusar o Aécio por tráfico

Petista usou computador oficial para acusar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de estar envolvido com tráfico e uso de drogas.
As informações entregues à justiça pelo Twitter mostram que foram utilizadas as redes do Ministério da Fazenda e do Serpro, estatal responsável pelo gerenciamento tecnológico de todo o governo federal.
Foram acessadas redes de órgãos por mais de três meses, nos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Brasília.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Putin anuncia reforço de 40 mísseis intercontinentais

O exército russo vai poder contar com mais 40 mísseis intercontinentais de última geração ainda este ano, anunciou, esta terça-feira, Vladimir Putin.
A artilharia pesada será "capaz de superar qualquer sistema de defesa antimíssil, incluindo os mais certeiros", disse o presidente russo.
As declarações foram prestadas durante a cerimónia de abertura do fórum Técnico-militar internacional "Exército-2015", nos arredores de Moscovo.
Vladimir Putin aproveitou para anunciar que "a proporção de armamento moderno chegará aos 70% até 2020" no exército russo e "em alguns casos a 100%".
As relações entre a Rússia e o Ocidente atravessam um momento sensível, segundo muitos peritos, sem precedentes desde o fim Guerra Fria, e isto por causa da crise e guerra na Ucrânia.
Moscovo tem vindo a aumentar o número de ensaios das suas armas nucleares. Por seu lado, os Estados Unidos anunciaram a intenção de enviar armamento pesado e tanques para a atuação de cinco mil soldados norte-americanos.
O objetivo de Washington é reforçar a segurança dos ex-países soviéticos que receiam o expansionismo da Rússia e fazer frente ao apoio continuado de Moscovo a uma insurgência armada no Este da Ucrânia.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Polícia de Paulistana prende homem foragido da Justiça há 12 anos.

Antônio Carlos Pereira foi condenado em 2003 por um homicídio praticado em Teresina.

Policiais da Força Tática de Paulistana, a 400 quilômetros de Teresina, prenderam na madrugada de hoje (15) um homem identificado como Antônio Carlos Pereira, acusado de ter matado uma adolescente afogada no ano de 1997. O crime aconteceu na Capital piauiense e ele havia ido a julgamento e sido condenado ainda em 2003, mas acabou fugindo e passou 12 anos foragido.
De acordo com o comandante da PM de Paulistana, capitão Stanislau Felipe, Antônio foi preso quando estava em ônibus da empresa Itapemirim que seguia do Rio de Janeiro com destino a Parnaíba, no litoral piauiense. A polícia acredita que ele estivesse vivendo a Região Sudeste durante todo este tempo.
“A guarnição estava montando uma barreira na entrada da cidade e fiscalizando todos os ônibus que entravam e saíam, procedimento de rotina. E para nossa surpresa, encontramos com o Antônio e, ao consultarmos sua ficha, encontramos um mandado de prisão em aberto ainda do ano de 2003. Ele foi detido imediatamente”, relata o capitão.
Antônio é acusado de ter matado afogada a jovem Adriana Fortes. O crime aconteceu em 1997, quando ela tinha apenas 15 anos. De acordo com a polícia, vítima e acusado tinham um relacionamento amoroso e o crime teve motivações passionais. Antônio e Adriana teria tido uma discussão quando tomavam banho no Rio Parnaíba e ele acabo tirando sua vida. A pena estipulada ara o crime quando do julgamento em 2003 foi de oito anos de reclusão. Antônio tinha apenas 21 anos na época.

O acusado foi encaminhado para a Delegacia Regional de Picos e deve ser trazido ainda hoje para Teresina.

domingo, 14 de junho de 2015

Câmara tem agenda cheia com reforma política, desoneração da folha e vetos

A votação da matéria que institui a reforma política ainda deve dominar a próxima semana de trabalhos na Câmara dos Deputados. A semana também vai ser marcada pelo retorno ao debate das pautas de autoria do governo federal. É que os deputados devem analisar a Medida Provisória (MP) 670/15, que reajusta a tabela mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), e talvez votem o Projeto de Lei (PL) 863/15, que altera as regras de desoneração da folha de pagamento concedida a 56 setores da economia, um dos itens do ajuste fiscal.
Também está prevista a realização de uma sessão do Congresso Nacional para analisar cinco vetos da presidenta Dilma Rousseff sobre temas como o impedimento da fusão de partidos políticos recém-criados, o Orçamento, o Código de Processo Civil (CPC), a alteração da política nacional de resíduos sólidos para incluir dispositivo sobre campanhas educativas e o que retira trechos da Lei Geral das Antenas (13.116/15).
"Terça [16] vou continuar a reforma politica e poderá ter sessão [do Congresso Nacional] às 19h e, tendo, vamos ter o trabalho um pouco prejudicado na terça e podemos retomar a votação na quarta", disse, nessa sexta-feira (12), o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Caso os deputados concluam as votações da reforma política na terça-feira, será aberto o caminho para as pautas do governo. Os deputados votarão os tópicos fidelidade partidária, cotas para mulheres nas eleições, data de posse de prefeitos e vereadores, federação partidária e projetos de iniciativa popular. Para ser aprovado, cada ponto do texto precisa do voto favorável de um mínimo de 308 deputados.
"A partir daí a gente pode votar [o projeto de] desoneração, mas depende do governo. Antes de votar a desoneração, precisamos votar a MP 670/15 e o governo também precisa retirar a urgência dos dois projetos", ponderou Cunha, para quem a programação da semana poderá sofrer alterações em razão das festas juninas. "A outra será uma semana de quórum mais delicado porque haverá as festividades de São João no Nordeste, e sabemos que a semana será mais difícil. Seria bom semana que vem votar a desoneração", complementou.

sábado, 13 de junho de 2015

Após derrota em projeto sobre comércio internacional, Obama pede que Congresso reconsidere


O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a parlamentares neste sábado que deem uma segunda chance À sua agenda comercial e apoiem um projeto para dar treinamento a trabalhadores norte-americanos que tiveram seus empregos levados para outros países.
A medida faz parte da legislação que inclui uma autorização especial para Obama concluir a negociação de um acordo comercial com países banhados pelo Oceano Pacífico.
"Se não achasse que novos acordos comerciais inteligentes fossem a coisa certa a se fazer em prol das famílias dos trabalhadores, não lutaria por isso", disse Obama em discurso de fim de semana, em apelo a correligionários do Partido Democrata.
Obama amargou uma vergonhosa derrota na sexta-feira em relação ao acordo comercial, uma das prioridades no campo econômico para seus últimos 18 meses no cargo.
Republicanos na Câmara dos Deputados dos EUA aprovaram a parte do acordo chamada fast-track com ajuda de um pequeno grupo de Democratas.
Mas os Democratas, receosos de que um novo acordo comercial cause uma debandada ainda maior de postos de trabalho em direção a outros países, recusaram o projeto de auxílio e treinamento a trabalhadores, medida também refutada pelos Republicanos.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Justiça ouve adolescentes vítimas de estupro no Piauí na próxima semana

A Justiça do Piauí deve ouvir no próximo dia 24 as vítimas e as testemunhas do estupro e das agressões a quatro adolescentes no interior do estado, ocorridos no fim de maio, no processo que apura a participação de quatro rapazes no crime, informou hoje (12) à Agência Brasil o promotor do caso, Cesário Cavalcante.
Ainda não foi definido se os depoimentos ocorrerão em Teresina ou em Castelo do Piauí, cidade a 190 quilômetros da capital piauiense e onde foi registrado o episódio de violência. Ontem (11), os adolescentes foram ouvidos, em Teresina. Na audiência, os pais dos jovens também prestaram depoimento.
Entre as pessoas indicadas pelo Ministério Público para depor está o adulto, de 40 anos, também suspeito de participar das agressões. “Eu inclui o nome dele entre as testemunhas. O inquérito do adulto já está em minhas mãos e até a próxima semana devo denunciá-lo formalmente à Justiça”, disse Cavalcante.
Policiais que socorreram as meninas também serão ouvidos. O processo que envolve os jovens deve ser concluído até o início de julho. Como eles estão internados provisoriamente, em Teresina, o juiz deve respeitar o prazo máximo de 45 dias para concluir o caso e determinar as medidas socioeducativas.
Isso deve ocorrer depois dos depoimentos e das alegações finais da Promotoria e dos defensores. A defesa dos adolescentes é feita por dois defensores públicos do estado.
O crime ocorreu em maio. Quatro garotas foram amarradas, agredidas e estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco. Uma das vítimas, de 17 anos, morreu no último dia 7. Ela teve a face esmagada, lesões no pescoço e no tórax. Duas das meninas tiveram alta hospitalar e uma continua internada.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

China condena ex-chefe de segurança à prisão perpétua

Zhou Yongkang é um dos mais altos funcionários de Pequim.

O ex-chefe de segurança da China Zhou Yongkang foi condenado nesta quinta-feira (11) à prisão perpétua, tornando-se o mais alto dirigente do país detido em décadas, anunciou a agência local Xinhua. "Zhou Yongkang foi condenado à prisão perpétua por ter aceitado subornos, abusado de seu poder e divulgado de forma deliberada segredos de Estado", informou a agência.
De acordo com a Xinhua, o processo judicial ocorreu em Tianjin, cidade a leste de Pequim. Yongkang teria admitido os crimes e, por isso, não recorrerá da decisão. O ex-chefe de Segurança Pública tem 73 anos de idade e esteve à frente da Comissão de Assuntos Políticos e Judiciais do PCC, órgão máximo dentro do partido, até novembro de 2012, quando deixou o cargo junto com outros dirigentes.
Ele tinha acumulado poderes e se tornado o responsável pelos serviços de segurança de toda a China. Preso em sigilo, ele não aparecia em público desde 2013. Sua condenação é a mais emblemática da campanha lançada pelo presidente Xi Jinping contra a corrupção na política chinesa. Zhou era um aliado de Bo Xilai, líder político também condenado à prisão perpétua há dois anos.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Votação do projeto da desoneração ainda hoje depende do governo, diz Cunha

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (10) que a votação do Projeto de Lei (PL) 863/15, que modifica as regras da desoneração da folha de pagamentos concedidas a 56 setores da economia, não depende dele, mas do governo.
“Informei que estaria disponível, marquei a data de hoje e interromperia a votação da reforma política para votar. Dois projetos estão na frente [projetos de lei do pacote anticorrupção] e trancam a pauta. Se o governo não retirar a urgência dos projetos anticorrupção até o início da sessão, vou seguir com a reforma política”.
Líder do PT na Câmara, o deputado Sibá Machado (AC) não acredita que o PL da desoneração seja votado hoje. Segundo ele, o relator da proposta, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), “amarrou” as negociações ao defender pontos como o escalonamento das desonerações.
"O governo quer que as mudanças dos benefícios fiscais concedidos a 56 setores da economia passem a valer a partir deste ano. Por isso, não vai retirar a urgência do pacote de segurança que tranca a pauta em plenário. Então, fica tudo parado. Vamos votar a PEC da reforma política hoje”, afirmou.
A votação do projeto de lei ainda depende das negociações entre Eduardo Cunha, Picciani e o presidente em exercício Michel Temer. O relator também se reuniu com a bancada do partido para tentar harmonizar a posição no PMDB. Caso o relatório seja apresentado muito próximo da ordem do dia, Sibá acredita que a oposição não aceitará.
Para votar os pontos restantes da reforma política, é preciso quórum de 308 deputados. O líder petista adiantou que a inclusão de qualquer outra matéria hoje “dependerá de um bom esforço”.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Obama acusa Putin de destruir a Rússia para recriar império soviético


Os líderes dos países do G7 avisaram que podem reforçar as sanções contra a Rússia se a violência na Ucrânia continuar a aumentar.

O presidente norte-americano Barack Obama acusou Vladimir Putin de estar a destruir a economia russa numa tentativa condenada ao fracasso de recriar a glória do império soviético.
No final da cimeira dos Alpes, os líderes dos países do G7 avisaram que podem reforçar as sanções contra a Rússia se a violência na Ucrânia continuar a aumentar. Esta foi a segunda vez que o grupo que junta os países mais industrializados do mundo excluiu a Rússia, depois da anexação da Crimeia no ano passado.
Os alertas mais fortes vieram de Obama, que disse que o povo russo está a sofrer por causa das políticas de Putin. "Ele tem de tomar uma decisão", disse Obama. "Continua a destruir a economia do seu país e a isolar a Rússia numa tentativa de recrear as glórias do império soviético, ou reconhece que a grandeza da Rússia não depende de violar a integridade territorial e soberania de outros países."
Fontes do G7 disseram que a crise na Ucrânia e a Rússia ocuparam dois terços da discussão no jantar de domingo, dedicado à política internacional.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Polícia belga faz 16 detenções em operação anti-jjadista

A polícia belga fez, esta segunda-feira, 16 detenções no âmbito de uma operação contra células terroristas jiadistas chechenas que resultaram ainda em inúmeras apreensões na sequência de 21 buscas simultâneas no âmbito de duas investigações, segundo a procuradoria federal.
"A investigação visou jiadismo religioso numa parte da comunidade chechena", segundo um comunicado da procuradoria federal.
Segundo a procuradoria, em Lovaina foram realizadas cinco buscas e apreendidos alegados planos para a realização de um atentado terrorista na Bélgica.
Em Ostende, outra das cidades visadas, foram executados dez mandados de busca, tendo a polícia descoberto a rede jiadista quando investigava um combatente retornado da Síria.
A polícia investigou ainda em Antuérpia, Namur, Bredene e Abbeke.

domingo, 7 de junho de 2015

Câmara retoma votação da reforma política e deve analisar projeto do ajuste


A Câmara dos Deputados tem uma semana com muitos desafios e embates nas votações em plenário de temas polêmicos que tratam do ajuste fiscal e da reforma política. Nas comissões especiais, não será diferente. Serão apresentados pareceres como o que trata da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Além disso, estão previstos depoimentos de funcionários da Petrobras e de empresários e a votação de requerimentos de convocação e também de acareações.
Nas sessões ordinárias de plenário, os deputados devem votar o projeto de lei do Poder Executivo que modifica as regras da desoneração da folha de pagamentos, reduzindo os incentivos às empresas beneficiadas. O projeto, com as medidas provisórias (MP) 664 e 665 – já aprovadas pelo Congresso –, faz parte das medidas de ajuste fiscal do governo. Outras matérias poderão ser incluídas na pauta de votações das sessões ordinárias da Câmara.
Em sessões extraordinárias, já que a pauta das ordinárias está trancada pelo projeto de mudança nas regras da desoneração, os deputados vão retomar a votação de pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/2007, que trata da reforma política. A votação de alguns temas considerados complexos foi adiada para esta semana, por acordo de lideranças partidárias.
Entre os assuntos da reforma que ainda dependem de votação estão: o tempo de mandado dos eleitos, a coincidência das eleições e a cota para as mulheres na Câmara. Outros temas a serem apreciados pelos deputados estão o fim do voto obrigatório e data da posse do presidente da República, que hoje acontece no dia 1º de janeiro.
Na quarta-feira (10), o relator da PEC 171/93, que trata da redução da maioridade penal, deputado Laerte Bessa (PR-DF), deverá apresentar seu parecer. Ele já anunciou que o relatório deve ser favorável à redução da maioridade penal. Bessa quer votar o parecer na comissão no próximo dia 17, uma vez que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que pretende colocar a proposta em votação no plenário da Câmara ainda neste mês.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras pretende ouvir nesta semana os depoimentos de 14 pessoas. O mais esperado é o do empresário Júlio Faerman, ex-representante comercial da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil. Faerman é suspeito de ter feito pagamento de propinas a ex-diretores da Petrobras em troca de contratos com a empresa. O depoimento deverá ser na terça-feira (9).
Nesta segunda, a CPI pretende ouvir sete funcionários da Petrobras que tiveram participação nas obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). Na quarta-feira, os deputados da CPI vão tomar depoimentos de seis funcionários de segundo e terceiro escalão da estatal, envolvidos em processos de licitação, compras e comunicação da empresa.

sábado, 6 de junho de 2015

José Graziano reeleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

Discursaram na Conferência o ex-presidente Lula, Michelle Bachellet e Sergio Mattarella.

O brasileiro José Graziano foi reeleito hoje (6) diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Candidato único, Graziano foi reconduzido ao cargo com votos de 177 dos 182 países reunidos na 39ª Conferência da FAO, na sede da entidade, em Roma.
Graziano está no comando da FAO desde 2012 e ficará por mais quatro anos no posto máximo da entidade, até julho de 2019. Ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome entre 2003 e 2004, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano foi responsável pelo Programa Fome Zero, uma das marcas da gestão de Lula.
Após a votação deste sábado, o diretor-geral da FAO fez um breve discurso em que reafirmou o compromisso da entidade em trabalhar para erradicar a fome e a desnutrição no mundo.
Segundo informações da FAO, desde que assumiu o comando da organização, Graziano reforçou capacidades institucionais da entidade, ampliou a colaboração com parceiros externos e conseguiu mais apoio para cooperação Sul-Sul, entre países em desenvolvimento.
A Conferência Bienal da FAO começou hoje e vai até o dia 13 de junho, em Roma. Lula participou do primeiro dia do evento e, durante seu discurso, defendeu as políticas sociais brasileiras e disse que o país está prestes a superar a fome e a miséria.
“Pela primeira vez, há uma geração de brasileiros que cresce sem conhecer o drama da fome. A fome não é um fenômeno natural, mas sim um fenômeno social que é resultado de um desequilíbrio nas estruturas econômicas dos países”, disse o ex-presidente brasileiro. Também discursaram hoje na FAO o presidente de Itália, Sergio Mattarella, e a presidenta do Chile, Michelle Bachellet.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Dados obtidos em ataque hacker contra os EUA chegam até 1985

Autoridade do país disse que informações de aposentados estão no meio do que foi roubado.

Dados roubados na recente invasão de computadores do governo dos Estados Unidos incluem informações de credenciais de segurança e verificações de históricos que vão até 1985, disse uma autoridade dos EUA, destacando a escala de um dos maiores roubos da história de dados do governo federal norte-americano.

 Foto: Dado Ruvic / Reuters
Dados podem ajudar hackers a descobrir senhas de sites usados por servidores americanos
Foto: Dado Ruvic / Reuters
"Isso é profundo. Os dados vão até 1985. Isso significa que eles potencialmente têm informações sobre aposentados, e eles podem saber o que eles fizeram após sair do governo", disse a autoridade, falando em condição de anonimato.
O acesso a informações obtidas no ataque contra as redes de informática do Departamento de Administração de Pessoal, como datas de nascimento, números de seguridade social (equivalente ao CPF) e informações bancárias, podem ajudar hackers a testar potenciais senhas em outros sites, incluindo aqueles que contêm informações sobre sistemas de armas cruciais, disse a autoridade: "Isso pode dar a eles uma enorme vantagem".

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Argentinos saem às ruas de Buenos Aires para protestar contra o feminicídio

Milhares de argentinos saíram as ruas em todo o país, nessa quarta-feira (3), para protestar contra o femicídio. Na Argentina, uma mulher morre a cada trinta horas vítima de um ato de violência praticado por um homem. Um dos casos mais recentes é a morte da adolescente Chiara Paez, de 14 anos, assassinada pelo namorado de 16 anos, de quem estava grávida. A polícia encontrou o corpo enterrado no quintal da casa da família do rapaz. O crime chocou um grupo de jornalistas, que decidiu convocar uma manifestação pelas redes sociais.
“Em 2009, o Congresso aprovou uma lei contra a violência, que deveria proteger a mulher. Mas, até agora, não foi implementada, por falta de regulamentação e orçamento”, disse em entrevista à Agência Brasil a ativista Vilma Ripoll.  “Na prática, uma mulher espancada, que cria coragem de deixar o marido, não tem para onde ir.”
Segundo Vilma, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que é preciso haver um abrigo para cada dez mil habitantes, um espaço onde a mulher vítima de violência possa se esconder com os filhos e obter ajuda legal e psicológica para enfrentar a situação. “Mas, na cidade de Buenos Aires, onde vivem 3 milhões de pessoas, só existe um.  Na província de Buenos Aires, com uma população de 16 milhões, só existem três refúgios", informou.
Karina Abregu é uma das vítimas da violência e conta que sobreviveu graças à ajuda de uma organização não governamental (ONG), que juntou doações em dinheiro e paga a advogada dela. Karina foi queimada com álcool pelo marido. Ela teve 55% do corpo queimados. “Passei seis meses em terapia intensiva e fui despedida do trabalho”, disse. “Tive que me mudar para a casa da minha irmã porque meu ex-marido continuava passando na porta de casa, me seguindo. Ele só ficou na cadeia 33 dias. Depois foi solto para esperar o julgamento em liberdade.”
A ativista Manuela Castaneda diz que a principal reinvindicação das mulheres é fazer cumprir a lei, fornecendo os meios necessários para que as vítimas possam realmente se sentir protegidas. “Esse não é um problema privado, que acontece dentro da casa das pessoas. E um problema político, porque o Estado não dá as devidas garantias – apesar de termos uma mulher na Presidência e uma bancada feminina representando 40% da Câmara dos Deputados. E temos juízes e funcionários públicos que ignoram as denúncias das mulheres ou soltam seus agressores.”
O Congresso argentino está discutindo um projeto de lei que crime cantadas consideradas mais agressivas, o chamado “assédio verbal”. A prática poderá ser punida com multa de até R$ 240. Uma legislação parecida já existe na Bélgica e no Peru. Na Argentina, a discussão ganhou força a partir de uma denúncia gravada pela jovem Aixa Rizzo, de 20 anos, e postada no Youtube.
No vídeo, gravado pelo celular, Aixa conta que, dia após dia, ouvia grosserias de trabalhadores de um canteiro de obra perto da sua casa. Ela tentou denunciar o assédio verbal à policia – sem resultado. Mas, nas redes sociais, o caso ganhou repercussão, provocando um debate nacional.
“O feminicídio é o final mais trágico de uma história que pode começar muito antes, com uma cantada agressiva”, disse a ativista Carina Monja. “Tudo faz parte de um mesmo quadro de violência contra a mulher. Além do assédio verbal, as mulheres são vítimas da violência dos meios de comunicação, onde muitas vezes aparecem seminuas, tocadas por homens, como se fossem objetos”, criticou.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

EUA: já foram mortos 10 mil combatentes do Estado Islâmico

Governo norte-americano faz balanço positivo de nove meses de operação da coligação internacional, mas jihadistas continuam a fazer avanços importantes na Síria e no Iraque.

Em nove meses, já foram mortos mais de dez mil jihadistas do Estado Islâmico. O número foi avançado pelo governo dos Estados Unidos, num balanço dos nove meses de operações da coligação internacional na Síria e no Iraque. 
"Assistimos a muitas baixas do Estado Islâmico desde o início da campanha, mais de dez mil", disse o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em declarações à rádio France Inter.

O responsável mostrou-se confiante de que os raides aéreos da coligação "acabarão por ter um impacto".
Esta quarta-feira a coligação anunciou ter efetuado 18 ataques desde terça-feira de manhã: 14 no Iraque e quatro na Síria. Terão sido destruídos edifícios, veículos e armamento pesado do Estado Islâmico.
Mas, até agora, apesar do balanço positivo desta campanha, traçado por Washington, ela não conseguiu suster avanços importantes do grupo jihadista. Prova disso foi a queda de Ramadi, no mês passado.
A capital da província iraquiana de Anbar, situada a pouco mais de uma centena de quilómetros a oeste de Bagdade, continua nas mãos do Estado Islâmico, apesar do exército iraquiano estar a tentar reconquistá-la, após a fuga dos militares que a defendiam.
Na Síria, o grupo também não dá mostras de grandes cedências. A conquista da cidade histórica de Palmira confirma a força dos jihadistas e a capacidade de explorarem a situação de guerra civil em que está mergulhado o país.
Esta quarta-feira, chegam notícias de que tropas sírias, apoiadas por milícias pró-governamentais, conseguiram suster os combatantes do Estado Islâmico na cidade de Hasaka, no nordeste do país. Mas um responsável curdo, citado pela Reuters, assinalou que as forças do governo poderão não conseguir resistir por muito mais tempo.
Hasaka está dividida entre zonas de administração governamental e outras curdas, que têm tido mais sucesso no combate aos jihadistas.
"Metade da cidade está sob o nosso controlo no norte e no noroeste e, com toda a certeza, quando eles chegarem às fronteiras da nossa área vão receber uma dura resposta", disse à Reuters Redur Xelil, porta-voz das Unidades de Proteção Popular, que constituem o braço armado dos curdos na Síria.
Os media sírios deram conta de raides aéreos e combates com o Estado Islâmico nas aforas da cidade. O Observatório Sírios dos Direitos Humanos avançou que os jihadistas usaram carros armadilhados para atacar as forças governamentais, a cerca de dois quilómetros a sul de Hasaka.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Escalada de tensões internas em Gaza provoca primeira morte de salafista

As forças de segurança do Hamas mataram nesta terça-feira um líder salafista na Faixa de Gaza, pela primeira vez desde a escalada das tensões, o que provoca o fortalecimento dos radicais no território palestino em meio à crise política e econômica.
Yussef al-Hatar, de 27 anos, apontado como um chefe salafista conhecido localmente, foi abatido em um tiroteio com as forças de segurança do Hamas que pretendiam detê-lo em sua casa em Sheikh Radwan, no norte da cidade de Gaza.
O jovem era suspeito de realizar atividades ilegais, indicou à AFP o porta-voz do ministério do Interior em Gaza, Uyad al-Bozum, sem fornecer mais detalhes.
Segundo testemunhas, as forças de segurança montaram barricadas ao redor de sua casa para evitar sua fuga, o que provocou um tiroteio. Al-Hatar tentou ativar bombas para detonar a casa e ele mesmo colocou um cinturão de explosivos, segundo o porta-voz ministerial, mas terminou morto pelas forças de segurança.
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Munições e armas que integravam um arsenal relativamente rudimentar foram apreendidas na residência, segundo as fotos publicadas no site do ministério na internet.
Fontes locais apontaram Al-Hatar como membro de um grupo filiado à organização Estado Islâmico (EI), o que aumenta os temores de eventuais represálias.
A Faixa de Gaza é cenário desde o fim da guerra com Israel de julho-agosto de 2014 de um confronto entre o Hamas, no poder no enclave desde 2007, e grupos radicais cada vez mais ativos e visíveis.
Nos últimos meses foram registradas várias ações contra o Hamas e interesses internacionais, assim como o surgimento de um grupo denominado Os Partidários do Estado Islâmico em Jerusalém. No entanto, nenhum outro grupo havia obtido até agora o reconhecimento do EI.
O Hamas, que aplica uma forte repressão, continua controlando a situação, segundo os especialistas.
Mas estes últimos se preocupam com o coquetel explosivo composto por desespero econômico, falta de reconstrução após a devastação provocada pela guerra, disputas internas palestinas, insurreição no vizinho Sinai egípcio e o chamado do jihadismo à juventude, em um território exíguo e lotado onde 1,8 milhão de pessoas vivem.
A Faixa de Gaza é um barril de pólvora, resumiu na segunda-feira o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, durante uma visita.
A morte de Al-Hatar ocorreu após uma sucessão de acontecimentos violentos, ameaças e ultimatos contra o Hamas.
Os Partidários do Estado Islâmico em Jerusalém reivindicaram no dia 8 de maio o lançamento de morteiros contra uma base do braço armado do Hamas perto de Khan Yunes (sul). Nos últimos dias, em dois comunicados diferentes dizem ter sido os autores do disparo de um foguete que caiu nos arredores da cidade israelense de Ashdod, e de um atentado com bomba no domingo contra o carro de um homem que, segundo eles, seria um funcionário de alto escalão das forças de segurança do Hamas.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Colisão em festival aéreo mata piloto

Uma pessoa morreu após a colisão entre dois ultraleves, durante um espetáculo aéreo no domingo, em Tortoreto, Itália. Veja as imagens.
O acidente causou a morte do piloto Marco Ricci, de 47 anos, enquanto o piloto da outra aeronave, Luigui Franceschetti, de 43, sobreviveu após a aterragem de emergência no mar.
Os dois pilotos executavam manobras que precediam o evento principal, quando as duas aeronaves colidiram.