quinta-feira, 31 de julho de 2014

Policial e preso ficam feridos em tiroteio em fórum do Maranhão

Duas pessoas ficaram feridas em um tiroteio no terceiro andar do Fórum de São Luís, no Maranhão, no final da manhã desta quinta-feira. Segundo a assessoria de imprensa, o confronto ocorreu durante a tentativa de fuga de um preso que havia acabado de prestar depoimento.
O detento Erinaldo Almeida Soleiro, 32 anos, estava no fórum para depor em uma audiência de instrução na 4ª Vara do Tribunal do Júri na qual responde por um duplo homicídio de pai e filho ocorrido em 2012. De acordo com a assessoria, quando retiraram a algema do preso para assinar a ata da audiência, ele agrediu o agente prisional que o escoltava e o desarmou. Em seguida, com a arma em punho, saiu da sala.
No corredor, Erinaldo cruzou com outro agente penitenciário, que também foi agredido e teve a arma roubada no andar - que abriga todas as varas criminais. A segurança foi acionada e um policial civil que estava no fórum tentou impedir a fuga. Os dois entraram em confronto e foram atingidos por disparos. Socorridos ao hospital, não há informação sobre o estado de saúde de ambos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

STF vai decidir sobre prisão em regime aberto para Genoino

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal descontou hoje (30) 34 dias da pena do ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em virtude de cursos de introdução à informática e de direito constitucional, feitos dentro do Presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Com a decisão, Genoino já tem direito a cumprir pena em regime aberto desde o dia 20 deste mês. No entanto, a autorização será do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela execução das penas dos condenados.
A data prevista para a concessão do benefício é 24 de agosto, quando ele completa um sexto da pena de quatro anos e oito meses de prisão no regime semiaberto, requisito para a mudança para o aberto. À Justiça do Distrito Federal, os advogados de Genoino alegaram que o cumprimento da pena no atual regime expirou devido aos 34 dias que o condenado tem de crédito, por ter trabalhado dentro do presídio.
Genoino teve prisão decretada no dia 15 de novembro do ano passado e chegou a ser levado para o Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Mas, por determinação do presidente do STF, Joaquim Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária, uma semana após a decretação da prisão. Em abril, o ex-parlamentar voltou a cumprir pena de quatro anos e oito meses no presídio.
De acordo com o Código Penal, o regime aberto deve ser cumprido em nas chamadas casas do albergado, para onde os presos voltam somente para dormir. Em muitos casos, diante da inexistência do estabelecimento nos sistemas prisionais estaduais, os juízes determinam que o preso fique em casa e cumpra algumas regras, como horário para chegar ao domicílio, não sair da cidade sem autorização da Justiça e manter endereço fixo.

UE anuncia congelamento de bens de 8 russos e 3 empresas por crise na Ucrânia


A Comissão Europeia publicou os nomes de oito russos, incluindo alguns próximos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e três empresas que terão os bens congelados como parte das sanções devido às ações de Moscou no leste da Ucrânia.
As pessoas na lista incluem Arkady Rotenberg, que é parceiro de longa data de judô de Putin.
Entre as empresas está o Banco Nacional Comercial da Rússia, que foi a primeira instituição bancária a se instalar na Crimeia depois da anexação da região no início do ano.
A tensão entre Moscou e o Ocidente sobre o apoio da Rússia aos rebeldes no leste da Ucrânia se agravou após a derrubada do avião da Malásia sobre o território controlado pelos separatistas em 17 de julho, o que, segundo países ocidentais, foi causado por um míssil fornecido pelos russos.

Deslizamento de terra mata 17 pessoas e deixa outras 160 soterradas na Índia

Pelo menos 17 pessoas morreram, 14 foram resgatadas com vida e outras 160 permanecem soterradas após um deslizamento de terra ocorrido nesta quarta-feira na cidade de Maharashtra, no oeste da Índia, informou o Ministério do Interior indiano.
A agência local "Ians", que cita fontes oficiais do distrito no qual ocorreu o deslizamento, elevou o número de mortos para 25, embora esse número ainda não tenha sido confirmado pelo governo.
Sete equipes de resgate, composta por cerca de 300 pessoas, trabalham no resgate das vítimas. De acordo com o ministério citado, mais duas equipes chegarão ao local nas próximas horas.
O deslizamento ocorreu por volta das 5h locais (20h30 da terça-feira, em Brasília), quando a encosta de uma colina desmoronou sobre a cidade de Ambegaon e soterrou cerca de 50 casas, disse à Agência Efe Alok Avasthy, chefe de operações da Força de Resposta de Desastres Nacionais (NDRF) na região.
No momento do deslizamento, segundo autoridades locais, a maioria dos habitantes da cidade estava dormindo.
As fortes chuvas, que castigaram a região nos últimos quatro dias, e a lama dificultam os trabalhos de resgate, afirmou Avasthy, que acrescentou que a comunicação é muito complicada com a região do acidente.
Aproximadamente 50 ambulâncias foram enviadas a Ambegaon, enquanto o Hospital Sasson, situado na vizinha cidade Pune, preparou uma sala especial para receber os feridos, informou a "Ians".
As inundações e os deslizamentos de terra são frequentes durante a época de chuvas na Índia, assim como os desabamentos de edifícios, geralmente em um estado precário de conservação.
Há um ano, nas regiões montanhosas do estado de Uttarakhand, no norte do país, aproximadamente 580 pessoas morreram e outras 5.700 desapareceram em consequência de inundações e deslizamentos de terras. EFE

terça-feira, 29 de julho de 2014

Entidades denunciam que geradoras deixaram de vender energia para aumentar lucro

Empresas estariam deixando de participar dos leilões do governo federal para ampliar o lucro vendendo energia em sistema compulsório. Prática pode afetar consumidores e indústrias.A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) apresentaram uma representação ao Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade) contra as empresas geradoras de energia elétrica Cemig (mineira), Copel (paranaense) e Cesp (paulista) por suposta prática de cartel na venda de energia. Segundo as entidades, as corporações aproveitaram a crise no setor energético para evitar os leilões oficiais do governo federal e vender energia no chamado mercado de curto prazo, onde o preço chega a ser 400 vezes maior.
As empresas que produzem energia elétrica – através de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou eólicas – não são as mesmas que distribuem energia. Assim, as primeiras vendem para as segundas, que vendem aos consumidores. As distribuidoras são obrigadas por lei a adquirir 100% da carga que têm contratada pelos consumidores. Já as geradoras que não conseguem contrato para toda a energia produzida entram automaticamente no mercado de curto prazo, cujos preços oscilam de acordo com a dinâmica do mercado.
As entidades denunciam que as empresas geradoras de energia têm deixado de firmar contratos com as distribuidoras, através dos leilões realizados pelo governo federal. O objetivo dos leilões é criar um ambiente controlado, garantindo tarifas módicas, por exemplo. As distribuidoras acabam obrigadas a comprar energia no mercado de curto prazo, onde deveria ser vendida somente a energia produzida a mais do que a necessária para atender aos contratos firmados.
Segundo a representação, Cesp e Copel não ofertaram energia em junho de 2013, e a Cemig não o fez no pleito de dezembro do mesmo ano. Com isso, pouca energia ficou disponível no mercado regulado, o que aumentou o custo de aquisição de energia.
O diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) Carlos Augusto Kirchner explicou que as empresas já têm toda a sua construção e instalação paga (amortizada). Assim, a energia produzida por Cesp, Cemig e Copel tem custo médio de R$ 20 por megawatt-hora. Nos leilões, o maior preço atingido foi de R$ 190. Mas, no mercado de curto prazo, a energia vinha sendo vendida pelo preço de R$ 822,83, com margem de lucro de 4.000%.
Além disso, entre janeiro e março deste ano – período que teriam realizado a prática – as empresas lucraram o dobro sobre o mesmo período do ano passado: R$ 2,5 bilhões (2014) contra R$ 1,2 bilhão (2013).
“Isso viola o princípio do serviço público essencial, em que a regra é a do menor lucro possível”, afirmou Kirchner. Para as entidades, essa situação pode afetar os consumidores e também o setor industrial, causando desemprego, perda da competitividade e inflação, levando a uma crise econômica sem precedentes.
As entidades pediram que sejam abertos inquéritos administrativos contra todos os agentes que podem ter se beneficiado da situação. “Percebemos que houve aumento das vendas no mercado de curto prazo nos últimos meses. Queremos que o Cade verifique se houve intencionalidade e prática ilegal por parte das geradoras”, explicou Kirchner.
A advogada Flávia Lefevre, da Proteste, ressaltou que a operação seria uma forma de especulação por parte das empresas. “É inadmissível a conduta que tenha como resultado a retirada de energia do mercado, implicando escassez artificial que leva ao aumento injustificado dos preços prejudicando a livre concorrência e também os consumidores.”
Oficialmente, a diminuição dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, por conta da redução das chuvas que atinge o país desde o fim de 2012, tem levado à necessidade de ampliar o uso das termoelétricas, cujo custo de geração de energia é maior.
Para enfrentar o problema, o governo federal tem viabilizado empréstimos que já chegam a R$ 17,7 bilhões, para ajudar as distribuidoras. Isso é considerado um erro pelas entidades, que duvidam que este seja o único motivo do aumento e lembram que, da forma como está, a dívida será repassada aos consumidores ao longo dos próximos anos.
“A dívida acumulada em empréstimos emergenciais de socorro às empresas distribuidoras e aportes da União será bilionária e se tornará impagável, fazendo com que os prejuízos sejam repassados para as tarifas dos consumidores”, explicou Kirchner.
As entidades também cobram uma posição mais firme da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estaria em falta com a fiscalização e a intervenção para evitar essa situação. “Não há nenhuma norma que obrigue as geradoras a vender a energia. Mas isso não é motivo para não ser garantido um ambiente equilibrado de mercado”, disse Kirchner.
A Aneel informou por meio de nota que até o momento não recebeu nenhuma recomendação do Cade.
A Copel também se manifestou por meio de nota, informando que “não ofereceu energia no leilão de 24 de junho de 2013, cujo início de fornecimento seria no dia 1º de julho seguinte, porque não tinha energia disponível para o segundo semestre daquele ano”. Mas que, para o ano de 2014, “a Copel tinha disponibilidade de energia, tanto é que vendeu no leilão de dezembro de 2013”.
A empresa refutou ilações de que tenha agido de forma “anticoncorrencial” e que “nunca reservou energia para vender a R$ 822,83 o MWh, até porque ninguém poderia prever que em algum momento chegaria a esse valor”.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Líder do PPS pede que Corregedoria da Câmara apure caso Rodrigo Bethlem

O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), entrará nesta terça-feira (29) com representação na Corregedoria da Casa em que pede a apuração do suposto envolvimento do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) com um caso de corrupção revelado no último fim-de-semana.
Bethlem, que é candidato à reeleição, é acusado de receber propina quando era secretário municipal no Rio e de manter uma conta na Suíça não declarada à Justiça Eleitoral, segundo gravações divulgadas pela revista Época.
A revista mostra gravações feitas pela empresária Vanessa Felippe, ex-mulher de Bethlem, em que o deputado diz receber, na época em que foi secretário municipal no Rio, dinheiro proveniente de convênios firmados pela prefeitura com ONGs. Durante uma negociação de pensão com a ex-mulher gravada em 2011, ele afirma ter uma receita de R$ 100 mil. Na época, ele recebia cerca de R$ 18 mil de salário líquido, segundo a revista.
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Para o líder do PPS, o caso é grave e exige da Câmara dos Deputados investigação sobre a conduta do parlamentar federal.
"Esta Casa Legislativa precisa, imediatamente, apurar, e com rigor, a denúncia revelada pela imprensa e que contém farto material com vídeo e áudio apontando a suposta participação de um deputado federal no esquema de recebimento de propina", justificou Rubens Bueno.
A Corregedoria da Câmara é o órgão encarregado de promover a manutenção do decoro, da ordem e da disciplina e cabe a ela, entre outras atribuições, promover sindicância ou inquérito para apuração de notícias de ilícito que envolvam deputados.

Em meio ao caos na Líbia, incêndio na capital fica fora de controle


O imenso incêndio em tanques de combustível perto do aeroporto internacional de Trípoli, provocado por ataques de foguetes por parte de rebeldes, está fora de controle, ao mesmo tempo que os combates entre milícias rivais foram retomados na área, disse nesta segunda-feira um porta-voz da Companhia Petrolífera Nacional da Líbia.
"Está fora de controle. O segundo tanque foi atingido e os bombeiros se retiraram do local, já que os combates foram retomados na área", disse o porta-voz da empresa, Mohamed Al-Harrai, à Reuters.
Um foguete acertou um tanque armazenamento de combustível durante uma caótica batalha pelo controle do aeroporto de Trípoli, a qual não conseguiu impedir voos internacionais para a Líbia.
Governos estrangeiros têm acompanhado impotentes a situação, à medida que a anarquia se espalha pelo país do norte africano, três anos após bombardeios da Otan terem ajudado a depor o ditador Muammar Gaddafi. Esses governos ocidentais vêm pedindo que seus cidadãos deixem a Líbia e estão retirando seus diplomatas do país, após duas semanas de confrontos entre facções rivais terem matado 160 pessoas em Trípoli e na cidade de Benghazi, leste do país.
Holanda, Filipinas e Áustria se preparavam, nesta segunda-feira, para retirar seu pessoal diplomático. Os Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas e a Turquia já encerraram suas operações nas embaixadas após o pior episódio de violência desde o levante de 2011.
Duas brigadas rivais de ex-rebeldes que lutam pelo controle do Aeroporto Internacional de Trípoli estão disparando uma da outra, utilizando foguetes Grad, fogo de artilharia e canhões há duas semanas, transformando o sul da capital em um campo de batalha.
Nos três tumultuados anos desde a queda de Gaddafi, o frágil governo da Líbia e seu fraco poder militar não foram capazes de controlar os grupos que combateram o ditador, que se recusam a entregar as armas e continuam a dominar as ruas.
A Líbia tem apelado por ajuda internacional para evitar que o país entre em colapso. Parceiros ocidentais temem que o caos se espalhe para além das fronteiras, à medida que contrabandistas de armas e militantes se beneficiam do tumulto.
No vizinho Egito, o presidente Abdel Fattah al-Sisi repetidamente alertou sobre militantes que ganhavam com o caos na Líbia e estabelecem bases na fronteira entre os dois países.
Após a retirada do pessoal dos Estados Unidos, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que a violência dos militantes era um risco real para os diplomatas do país. O diplomata dos EUA Chris Stevens foi morto por militantes, com três outras pessoas, em Benghazi, em setembro de 2012.

domingo, 27 de julho de 2014

Boko Haram sequestra mulher do vice-premier de Camarões

A mulher do vice-primeiro-ministro de Camarões foi sequestrada, neste domingo, por terroristas do grupo Boko Haram. O sequestro aconteceu em meio a um ataque à casa do vice-premier, Amadou Ali, em Kolofata. Pelo menos outras três pessoas morreram.
Um líder religioso local também teria sido sequestrado, em outro ataque do mesmo grupo, na mesma cidade. O nome do líder não foi divulgado.
Com sede na Nigéria, o Boko Haram ultrapassou as fronteiras do país rumo a Camarões, nas últimas semanas. A Nigéria acredita que o grupo pretende usar o país vizinho como uma base em seus esforços para consolidar um Estado islâmico na região.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dilma se emociona ao instalar comitê de combate à tortura

Vítima de tortura na ditadura militar, a presidenta Dilma Rousseff se emocionou hoje (25) ao instalar o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. O colegiado terá a missão de fortalecer o enfrentamento à tortura em instituições de privação de liberdade, como delegacias, penitenciárias, locais de permanência para idosos e hospitais psiquiátricos.
“A experiência, a minha especificamente, mas falo no sentido geral também, mostra que a tortura é como um câncer, que começa em uma cela, mas compromete toda a sociedade. Quem tortura, obviamente, o torturado, porque afeta a condição mais humana de todos nós, que é sentir dor, e destrói os laços civilizatórios da sociedade”, disse a presidenta com a voz embargada.
Ao posar para foto com os 23 membros do comitê - 11 indicados pelo Poder Executivo Federal e 12 por organizações da sociedade civil, escolhidos por meio de uma consulta pública – a presidenta abraçou emocionada a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. “Quando poderíamos imaginar que estaríamos aqui hoje, Eleonora?”, perguntou Dilma.
Assim como a presidenta, Menicucci também foi presa e torturada durante o regime militar. À época, ela esteve no presídio Tiradentes com Dilma Rousseff, de quem era vizinha e colega de faculdade em Belo Horizonte.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, disse que com a criação do comitê o país não quer apenas combater a tortura, mas eliminá-la do Brasil. “Ao estarmos aqui instalando o comitê fica bastante claro que uma das principais tarefas é a criação do mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Esse instrumento vai permitir que as pessoas escolhidas a adentraram qualquer espaço de privação de liberdade para conferir as condições, dar flagrante, contribuir de forma efetiva para que seja eliminada a tortura”, frisou.
“Não queremos apenas combater, queremos eliminar a tortura do no nosso país. Isso é um compromisso internacional assumido pelo Brasil”, acrescentou Ideli.
Entre as atribuições do comitê, estão a avaliação e a proposição de ações de prevenção e combate à tortura, integrando a atuação de órgãos do governo e segmentos sociais. Com a instalação do colegiado, os membros terão 90 dias para criar o Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura que será composto por 11 peritos independentes que deverão recomendar medidas para a adequação dos espaços de privação de liberdade aos parâmetros nacionais e internacionais, bem como o acompanhamento e a diligência para o cumprimento das recomendações feitas.
Um dos representantes da sociedade civil, José Jesus Filho, da Associação de Apoio e Acompanhamento da Pastoral Carcerária Nacional, classificou o momento como histórico. “Já estamos em processo de levar a política adiante. O banco de dados de coleta de informações sobre tortura já está em processo de construção, investigações estão sendo levantadas e isso significa que, para nós, esse é um momento histórico”.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, a escolha dos locais a serem visitados será definida pelo mecanismo nacional, com base nas informações e dados fornecidos pelo Comitê. Além do mecanismo nacional, sete unidades federativas já criaram seus mecanismos locais por meio de leis estaduais: Rio de Janeiro, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia e Minas Gerais. O mecanismo do estado do Rio de Janeiro está em funcionamento desde 2011 e, recentemente, o estado de Pernambuco concluiu o processo de seleção dos membros do seu mecanismo estadual.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Taiwan abre inquérito sobre queda de avião que matou 48 pessoas

O avião, que tinha saído da cidade de Kaohsiung, levava 54 passageiros e 4 tripulantes a bordo.
Autoridades de Taiwan lançaram uma investigação nesta quinta-feira (24) sobre a queda do avião turboélice da Transasia Airways, que matou 48 pessoas, e a expectativa é que as condições climáticas sejam levadas em consideração no inquérito.
O avião, um ATR 72 com 70 assentos, caiu na quarta-feira (23) à noite perto da pista do aeroporto quando tentava aterrissar na pequena ilha de Penghu, a oeste da ilha de Taiwan, depois que um tufão tinha passado por essa área mais cedo nesse mesmo dia.
O avião, que tinha saído da cidade de Kaohsiung, levava 54 passageiros e 4 tripulantes a bordo.
A companhia aérea confirmou que 52 passageiros e os quatro membros da tripulação são de nacionalidade taiwanesa. Dois dos mortos eram franceses, segundo o Ministério de Relações Exteriores da França.
Avião caiu na última quarta-feira (Foto: AFP)

As autoridades da aviação civil de Taiwan disseram que o clima estava adequado para voar.
“Havia nove voos na mesma rota entre 14h e 19h de ontem (horário local). Somente o voo da Transasia caiu”, disse Jean Shen, diretora da Administração Aeronáutica Civil.
“Os relatórios sobre as condições climáticas mostravam que era totalmente adequado para a aterrissagem”, disse ela, acrescentando que as autoridades não estão descartando nenhuma possibilidade.
“Neste momento nós não podemos dizer com certeza o que deu errado. O comitê de segurança de voo abriu uma investigação.”
As duas caixas pretas foram encontradas e os responsáveis pelo exame iriam iniciar o trabalho mais tarde nesta quinta-feira, disse ela.
O presidente da companhia, Chooi Yee-choong, pediu desculpas pelo acidente.
O piloto foi identificado pela imprensa como Lee Yi-liang, de 60 anos, e o co-piloto, como Chiang Kuan-hsin, de 39. Os dois teriam mais de 20.000 horas de voo.
A Transasia, maior companhia aérea privada do país, realiza, além dos voos internos, viagens para China, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, e Vietnã.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ministério Público terá laboratório para combater crimes financeiros

A Procuradoria-Geral da República e Ministério da Justiça assinaram hoje (23) um acordo de cooperação para instalar, no Ministério Público Federal, o Laboratório Tecnológico contra a Lavagem de Dinheiro. O governo pretende dar maior agilidade e precisão às investigações sobre este tipo de crime.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o novo laboratório dará “mais agilidade, mais possibilidades de atuação e autonomia ao Ministério Público para que cumpra institucionalmente a competência que tem”.
Segundo o ministro, “é fundamental que os Poderes Executivo e Judiciário, além do Ministério Público, se alinhem para fazer com que as organizações criminosas e a lavagem de dinheiro sejam enfrentadas pelo Estado”.
Cardozo explicou que o programa de fornecimento dos laboratórios existe desde 2006 e usou, até agora, R$ 40 milhões. “Temos 41 laboratórios entregues a várias instituições do país. A ideia é que os órgãos disponham do software, que dá grande agilidade e precisão às investigações”, justificou.
Ao todo, 12 técnicos serão destacados para trabalhar no laboratório da procuradoria. Como resultado das investigações, que têm sido feitas com a ajuda dos softwares, foram bloqueados R$ 200 milhões em contas no exterior.

Justiça Eleitoral já concedeu registro a mais de 900 candidatos

A Justiça Eleitoral já concedeu registro a 921 candidatos que vão disputar as eleições de outubro. A informação faz parte do balanço parcial divulgado hoje (23) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no sistema de candidaturas da Justiça Eleitoral, que recebeu 24,9 mil pedidos de registro em todo o país para os cargos de deputado federal, estadual e distrital, senador, governador e presidente da República.O prazo para solicitação do registro de candidatura terminou no dia 5 deste mês, e os juízes eleitorais têm 21 de agosto para conceder os registros.
Segundo o levantamento, 194 candidatos foram considerados inaptos e tiveram o registro negado. Os motivos são a falta do preenchimento dos requisitos legais, a rejeição das contas referentes ao período em que ocuparam cargo público ou renúncia à candidatura. Esses candidatos podem recorrer das decisões.
O cargo com mais candidatos inaptos é deputado estadual (105), seguido por deputado federal (65). Dos 11 pedidos de registro para concorrer à Presidência da República nenhum foi julgado pelo TSE, devido ao recesso na corte.A entrega do registro não garante a participação do político nas eleições. Após parecer do Ministério Público Eleitoral, os pedidos são julgados por um juiz eleitoral, que verifica se as formalidades foram cumpridas. Para estar apto a concorrer às eleições de outubro e ter o registro deferido pela Justiça Eleitoral, além de não se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, os candidatos devem apresentar declaração de bens, certidões criminais emitidas pela Justiça e certidão de quitação eleitoral que comprove inexistência de débito de multas aplicadas de forma definitiva, entre outros documentos, como previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
Ontem (22), o TSE divulgou  o perfil dos candidatos às eleições de outubro. Segundo o tribunal, 24,9 mil candidatos vão concorrer a 1.709 vagas para os cinco cargos em disputa.

Explosão de bomba mata 50 em mercado na Nigéria, diz Cruz Vermelha


Uma explosão de bomba na cidade de Kaduna, no norte da Nigéria, matou 50 pessoas em um mercado superlotado nesta quarta-feira, disse por telefone à Reuters um funcionário da Cruz Vermelha que estava no local.
O atentado se segue a outro que tinha como alvo um clérigo muçulmano e que matou 32 seguidores dele em uma movimentada área comercial no centro da cidade, disseram testemunhas.
Nenhum grupo assumiu de imediato a responsabilidade por esses ataques, mas o Boko Haram promoveu atentados, especialmente com explosivos, na mesma região nos últimos três meses. O grupo frequentemente ataca líderes muçulmanos ou imãs que criticam sua ideologia radical de linha salafista.
O Boko Haram vem lutando para estabelecer um Estado islâmico na Nigéria e tem atacado seguidamente civis, sobretudo no remoto Estado de Borno, no nordeste do país. Segundo a entidade Human Rights Watch, o Boko Haram matou mais de 2.000 civis no primeiro semestre.

terça-feira, 22 de julho de 2014

EUA vão enviar mais documentos sobre a ditadura à Comissão Nacional da Verdade

Depois de entregarem 43 documentos relativos à ditadura militar no Brasil à Comissão Nacional da Verdade (CNV), os Estados Unidos vão continuar colaborando com os trabalhos do colegiado e enviar novas informações sobre o período.
Após visita à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, integrantes da CNV confirmaram que o governo norte-americano vai continuar desclassificando documentos antes considerados sigilosos e entregando-os à comissão.
“Fomos informados pela embaixadora que o presidente Barack Obama manifestou interesse em dar continuidade à operação. Então, o processo de desclassificação de documentos nos Estados Unidos e envio para nós deve continuar. Devemos receber mais documentos no segundo semestre”, disse o coordenador da CNV, Pedro Dallari. Ele também explicou que o envio de documentos daquele país ao Brasil deve continuar mesmo após o encerramento dos trabalhos da comissão, em dezembro deste ano. “Esse é um dos legados da comissão”, disse Dallari.
Outros países também têm cooperado com a CNV na prestação de informações sobre o período da ditadura brasileira. Esta semana, a Comissão pela Memória da Província de Buenos Aires (CPM) entregou à comissão brasileira o relatório Victimas del Terrorismo de Estado. O documento traz informações sobre o desaparecimento de 11 brasileiros na Argentina, além de dados sobre seis argentinos presos e desaparecidos no Brasil. A CNV também recebeu detalhes sobre o monitoramento sofrido pelo ex-presidente João Goulart quando este esteve no país vizinho.
Além da Argentina e dos Estados Unidos, Alemanha, República Tcheca, Itália, Santa Sé e França, além de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, já disponibilizaram documentos sobre violações de direitos humanos no período da ditadura brasileira.
O professor Paulo Sérgio Pinheiro, membro da CNV, lamentou que as Forças Armadas não tenham postura semelhante à de tantos países que cooperam com a comissão. “É constrangedor para a Comissão Nacional da Verdade ver tantos países cooperando enquanto as próprias Forças Armadas brasileiras se recusam a reconhecer que houve tortura em suas instalações”, criticou.
Durante toda a semana, a comissão seguirá ouvindo depoimentos de militares envolvidos em violações de direitos humanos durante o regime militar. Para hoje, está previso o depoimento do Capitão Roberto Amorim Gonçalves, responsável por receber informações de agentes na Operação Sucuri, que infiltrou militares na área ocupada pela Guerrilha do Araguaia.
Amanhã (23), a comissão deve ouvir Cláudio Guerra, investigador da Polícia Civil do Espírito Santo, ligado ao Esquadrão da Morte, e que atuou em operações com agentes da repressão no Rio de Janeiro. Além dele, outros dois convocados, cujos nomes não foram revelados, também devem depor na sede da CNV esta semana.

Ataques a Gaza já mataram 121 crianças, diz Unicef

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo nesta terça-feira (22) pelo fim da violência na Faixa de Gaza, que teria provocado a morte de ao menos 121 crianças desde o dia 8 de julho, quando Israel colocou em prática uma ofensiva militar.
De acordo com o balanço do Unicef, que contabiliza as vítimas entre os dias 8 e 21 de julho, as 121 crianças mortas são: 84 meninos e 37 meninas com idades entre cinco meses de vida e 17 anos. A instituição afirma que uma a cada três crianças mortas nos ataques tem menos de 12 anos de idade.
O Unicef estima ainda que mais de 900 crianças teriam ficado feridas nos bombardeios e que 107 mil precisem de apoio psicológico especializado para superar o trauma que estão vivendo.
O porta-voz da ONU em Genebra, Jens Laerke, disse que "não há, literalmente, nenhum lugar seguro para civis" na Faixa de Gaza neste momento. Ele definiu a situação como "devastadora". "Mais de 100 mil pessoas estão refugiadas em 69 escolas gerenciadas pela Agência das Nações Unidas aos Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
Nesta terça-feira, a agência de notícias palestina al-Ray, ligada ao Hamas, informou que subiu para 605 o número de mortos nos confrontos e para 3,7 mil o de feridos.
Um porta-voz militar israelense disse, por sua vez, que, desde o início da ofensiva militar, foram atingidos 1.388 alvos e mortos 183 "terroristas" do Hamas.
Milhares de pessoas fugiram nesta terça-feira do norte da Faixa de Gaza devido a bombardeiros israelenses iniciados durante a noite.
Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deve prolongar por um dia sua visita ao Cairo, no Egito, onde discute a crise no Oriente Médio. Também está previsto para esta terça-feira um encontro entre o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (ANSA)

Entidade da aviação pede que governos reavaliem riscos do espaço aéreo


Os governos deveriam assumir a liderança na revisão de como é feita a avaliação de risco do espaço aéreo, disse nesta terça-feira o dirigente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), depois que companhias aéreas pediram uma reunião de cúpula por conta da derrubada de um avião de passageiros que voava sobre a Ucrânia.
A questão de voos sobre zonas de conflito entrou em foco após o voo MH17 da Malaysia Airlines ter sido derrubado sobre território controlado pelos rebeldes no leste da Ucrânia na quinta-feira passada. As companhias aéreas Emirates e Lufhtansa pediram uma cúpula internacional para discutir como o setor avalia os riscos.
"Nenhum esforço deve ser poupado para garantir que esse ultraje não se repita", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em comunicado nesta terça-feira. A Iata, com sede em Genebra, representa cerca de 200 companhias aéreas mundiais.
"Os governos precisam assumir a liderança na revisão sobre como é feita a avaliação dos riscos do espaço aéreo", ele disse, acrescentando que o setor vai apoiar os governos, por intermédio da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), referindo-se ao braço de segurança aérea da ONU.
A Iata afirmou que cabe aos governos e às autoridades de controle de tráfego aéreo fornecerem informações sobre rotas e restrições, ressaltando que o MH17 estava usando uma rota que estava aberta.
"O avião da Malaysia Airlines era um jato comercial claramente identificado", disse Tyler. "E ele foi derrubado --em total violação das leis internacionais, normas e convenções-- enquanto transmitia a sua identidade e presença em um corredor aéreo aberto e movimentado, a uma altitude considerada segura."
Embora as companhias aéreas voem regularmente sobre zonas de conflito como o Iraque e o Afeganistão, e o céu da Ucrânia seja uma importante rota da aviação entre Europa e Ásia, a derrubada chocou o setor e desencadeou pedidos de reconsideração sobre a avaliação das ameaças para aviões de passageiros voando a milhares de metros de altitude.
A Malaysia Airlines redirecionou um voo para o espaço aéreo da Síria no domingo, após seu caminho habitual sobre a Ucrânia ter sido fechado, o que reflete os desafios que companhias aéreas enfrentam em encontrar rotas livres de conflitos entre a Ásia e a Europa.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Homem que morreu na porta de hospital em SP sofreu discriminação, diz família

A família do vigilante Nelson Santos, 48 anos, disse nesta segunda-feira que ele foi vítima de discriminação social e racial ao ter o atendimento negado em um hospital particular de Itaquera, zona leste de São Paulo, na noite da última quarta-feira. Santos morreu depois de passar mal e ser levado ao hospital pelo motorista e o cobrador de uma lotação na qual seguia para o trabalho. Em entrevista coletiva, familiares classificaram o caso como “uma sentença de morte”.
As imagens do vigilante, negro, agonizando e se contorcendo de dor em frente ao hospital Santo Expedito, em Itaquera, foram parar na internet, onde repercutiram porque denotaram suposta omissão de socorro por parte de médicos e enfermeiros da instituição.
O caso é investigado pelo 53º DP (Parque do Carmo), onde familiares já prestaram depoimento. Testemunhas disseram à polícia que funcionários do hospital teriam se recusado a atender o paciente, já que ele não tinha convênio médico. Na entrevista de hoje, representantes da família e o advogado constituído para o caso, Ademar Gomes, disseram que vão acionar diretores e funcionários do hospital na justiça criminal e cível, na qual deverão requerer uma indenização por danos morais e materiais no valor de aproximadamente R$ 1,5 milhão, mais o pagamento de pensão a oito dependentes do vigilante – os filhos de 14, 12 e 10 anos, a mulher, uma enteada, uma irmã com problemas de saúde e as duas filhas dela.
"Foi puro descaso de classe social"
A defesa ainda vai protocolar uma representação acusando médicos de omissão de socorro, nos próximos dias, no Conselho Regional de Medicina (CRM).
“O que houve foi a discriminação de um trabalhador, uma pessoa do povo, porque ali só atenderiam convênio e particular. Olharam para ele agonizando por 50 minutos, e, alegando que ele estava bêbado, (não o atenderam) por pura discriminação, puro descaso de classe social, racial, todo tipo de discriminação com quem mora na periferia e não tem recursos necessários para ser atendido”, disse o cunhado da vítima, o metroviário Delcídio de Souza, 57 anos.
Segundo o cunhado do vigilante, o sentimento da família é de “tristeza e muita revolta”. “O momento de contar isso (a morte do pai delas) para as crianças foi terrível, com um tentando consolar o outro. Não merecíamos”, disse. Sobre o porquê de Santos ter sido levado a um hospital privado, já que não possuía convênio, atestou: “Não escolhemos onde ter o mal súbito”.
De acordo com o metroviário e a mulher, a cabeleireira Roseli Ribeiro dos Santos de Souza, 41 anos, irmã da mulher do vigilante, o laudo preliminar do instituto Médico Legal (IML) apontou como causa da morte embolia pulmonar. Eles negaram que, em algum momento, Santos tenha apresentado problemas graves de saúde que justificassem o mal estar de quarta-feira. Como vigilante contratado e com bicos, o salário mensal de Santos informado pela família foi de R$ 2,7 mil.
“O processo será contra o hospital, na esfera cível, e, na cível e na criminal, contra os responsáveis por ele e o enfermeiro que teria negado atendimento. No CRM, faremos todos os esforços para que sejam tomadas providências contra essa omissão de socorro”, declarou o advogado da família, Ademar Gomes. “As imagens filmadas pelas pessoas que estavam lá mostraram que houve a falta de interesse em salvar uma vida, e isso é crime”, completou Gomes, para quem a pensão a ser arbitrada pela Justiça, em caso de condenação, deverá contemplar os dependentes e, no caso dos menores de 18 anos, até que completem 24 anos.
Hospital abre sindicância e promete punição
Em nota, o hospital Santo Expedito informou que instaurou uma sindicância para apurar o caso e que, se apurada a responsabilidade de algum funcionário na situação envolvendo o vigilante, “não hesitará em punir com rigor os eventuais envolvidos”.
Por outro lado, o hospital também afirmou não corroborar com “qualquer tipo de omissão de seus profissionais” e salientou que “nunca se furtou em atender vítimas de acidente de trânsito, pessoas baleadas, pessoas em processo de infarto agudo do miocárdio e com acidente vascular cerebral, entre outras ocorrências, mesmo que desprovidas de convênio de assistência médica”.
Também na nota, o hospital acusou o condutor da lotação de ter agido “irresponsavelmente” ao deixá-lo lá, e não em um pronto-socorro.

PT confirma ação contra Aécio por aeroporto

Coordenação jurídica da campanha da presidente Dilma Rousseff decidiu que irá entrar nesta terça-feira com uma representação por improbidade administrativa no Ministério Público de Minas Gerais contra o candidato do PSDB, Aécio Neves; ação se deve a denúncia publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo de que o tucano, quando governador de Minas, construiu um aeroporto com recursos públicos em terras que pertenceram à sua família; presidente do PT, Rui Falcão, disse ontem que o senador "usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades"; senador atribuiu a reportagem ao "período eleitoral".O comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff decidiu, na tarde desta segunda-feira 21, entrar com uma representação por improbidade administrativa no Ministério Público de Minas Gerais contra o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves.
A ação, que deve ser apresentada nesta terça-feira, tem como base denúncia da Folha de S. Paulo publicada neste domingo acusando Aécio de ter construído, no segundo mandato de seu governo em Minas, um aeroporto com quase R$ 14 milhões de recursos públicos em uma propriedade que pertencia ao seu tio, no município de Cláudio (leia mais).
Nesta segunda-feira, durante visita ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande Belo Horizonte, o presidenciável minimizou a denúncia, atribuindo-a ao "período eleitoral" (leia aqui). "Não podemos aceitar é que em razão da proximidade eleitoral se deturpe fatos", disse o tucano.
Ontem, o presidente do PT e membro do comitê presidencial de Dilma, Rui Falcão, acusou Aécio Neves de "usar o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades" e de não distinguir o "público do privado". Aécio publicou respostas à reportagem pelas redes sociais (leia mais).
Anac vai investigar pousos e decolagens em aeródromo
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vai investigar se há registro de pousos e decolagens no aeródromo construído durante o governo de Aécio na cidade de Claúdio. Isso porque, de acordo com a agência, não há autorização para o uso da estrutura, uma vez que a pista ainda não foi liberada pelo órgão de fiscalização.
De acordo com a reportagem da Folha, o aeródromo foi construído em um terreno que já pertenceu a Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito do município de Cláudio. A matéria traz relato de um primo que afirma que Aécio usa o aeroporto toda vez que visita a cidade.
A Anac deu dez dias para o governo de Minas e a prefeitura se pronunciarem sobre o caso e investigará se houve operações clandestinas no local.

FBI incentivou atos terroristas em operações infiltradas

Segundo relatório da Human Rights Watch, a agência americana teria pago para pessoas cometerem atos terroristas.

O FBI encorajou e até mesmo pagou muçulmanos americanos para incitá-los a cometer atentados durante operações infiltradas, montadas depois dos atentados do 11 de setembro, segundo um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta segunda-feira.
Em muitos dos 500 casos de terrorismo analisados por tribunais americanos desde 2001, "a promotoria americana e o FBI tiveram como objetivo muçulmanos americanos em operações clandestinas de contraterrorismo abusivas, baseadas na condições religiosa ou étnica", denuncia o informe da HRW.
A conceituada organização estudou 27 casos, com a ajuda da Escola de Direito da Universidade da Columbia. Foram examinados os processos de investigação, acusação e as condições de prisão de dezenas de pessoas. Foram compilados 215 testemunhos, entre acusados, processados, advogados, juízes e promotores.
"Em alguns casos, o FBI pode ter criado terroristas a partir de pessoas que respeitavam a lei, ao sugerir a ideia de realizar ações terroristas ou ao encorajar o alvo a agir", diz o texto, que considera que metade das condenações são resultado de operações infiltradas. Em 30% dessas situações, o agente infiltrado joga um papel ativo na tentativa de atentado.
"Muitas das pessoas nunca teriam cometido um crime, se as forças de ordem não as tivessem estimulado, impulsionado e até mesmo pago, para cometer atos terroristas", explicou Andrea Prasow, uma das autoras do trabalho.
O relatório cita o caso de quatro indivíduos de Newburgh (Estado de Nova York) acusados de ter planejado atentados contra sinagogas e uma base militar americana. De acordo com o juiz do caso, o governo "proporcionou a ideia do crime, os meios e lhes abriu o caminho", transformando em "terroristas" pessoas "de uma bufonaria digna de Shakespeare".
Segundo a ONG, o FBI busca pessoas vulneráveis, com problemas mentais ou intelectuais.
Outro do caso apresentado é de Rezwan Ferdaus, de 27 anos, condenado a 17 anos de prisão por pretender atacar o Pentágono com pequenos drones carregados de explosivos. Um agente do FBI reconheceu que Fergus apresentava "claramente" problemas mentais, mas que isso não impediu o policial infiltrado de planejar o atentado.

Quase 25 mil candidatos disputarão as eleições de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou nesta segunda-feira (21) no sistema de registro de candidaturas das eleições os nomes de todas as pessoas que pediram registro para concorrer ao pleito. De acordo com o levantamento, 24,9 mil candidatos devem disputar vagas de deputado federal, estadual e distrital, senador, governador e presidente da República. O número inclui suplentes de senador e vices aos governos estaduais e à Presidência da República.
Segundo informações do DivulgaCand, sistema do TSE que centraliza as candidaturas, o número maior de candidatos é para o cargo de deputado estadual (16,2 mil). Para deputado federal, são 6,7 mil. No Distrito Federal foram registradas mil candidaturas ao cargo de deputado distrital e 181 candidaturas foram recebidas para senador, primeiro e segundo suplentes. Nos estados, são 171 candidatos a governador e vice. Onze candidatos vão disputar as vagas de presidente e vice-presidente da República.
Em outubro estarão em disputa 1.059 vagas para deputado estadual. Na Câmara dos Deputados serão eleitos 513. Vinte e sete (um terço) das 81 cadeiras no Senado estão em disputa. A Casa renova alternadamente a cada eleição um terço e dois terços dos parlamentares. Para deputado distrital, são 24 cadeiras.
O número poderá ser atualizado até o dia da eleição, pois os pedidos de registro ainda serão julgados pelos juízes eleitorais e novas informações devem ser recebidas nos tribunais regionais eleitorais.  Após a decisão da Justiça Eleitoral, os candidatos estão aptos a concorrer. Além disso, as coligações podem mudar os candidatos que escolheram.
A entrega do registro não garante a participação do político nas eleições. Após parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), os pedidos são julgados por um juiz eleitoral, que verifica se as formalidades foram cumpridas.
Até o momento, o MPE já impugnou 1.850 registros de candidaturas às eleições em todo o país. Cerca de 20% (367) foram com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados em segunda instância pela Justiça. O número de impugnações deve aumentar até o levantamento final, previsto para o fim deste mês.
Para estar apto a concorrer às eleições de outubro e ter o registro deferido pela Justiça Eleitoral, além de não se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, os candidatos devem apresentar declaração de bens, certidões criminais emitidas pela Justiça, certidão de quitação eleitoral que comprove inexistência de débito de multas aplicadas de forma definitiva, entre outros documentos, como previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
O primeiro turno do pleito deste ano será em 5 de outubro. O segundo está marcado para o dia 26, nos casos de eleições para governador ou à Presidência da República em que o primeiro colocado não obtiver 51% dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.

Campos inaugura comitê nacional em São Paulo e diz que país precisa inverter prioridades


O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, usou a inauguração em São Paulo nesta segunda-feira de seu comitê nacional de campanha e usou o evento para fazer novas críticas ao governo Dilma e defender a necessidade de "inverter as prioridades e fazer um novo país".
"Entendemos que esse encontro aqui marca claramente a leitura política que nós temos. É hora de o Brasil ter a coragem de inverter as prioridades. E para fazer isso é fundamental a energia da sociedade brasileira", disse o candidato no evento
Campos lembrou que "a União financiava quase 80 por cento do sistema público de saúde e foi recuando, até chegar a 45 por cento", para questionar em seguida: "e o dinheiro que deixou de investir na saúde, foi para onde? Baixou a carga tributária?"
O candidato do PSB reafirmou que "o Brasil vive uma crise de confiança na gestão macroeconômica", argumentando que "a política monetária vai para um lado e a política fiscal vai para outro".
"O governo que prometeu desenvolvimento freou o Brasil", acrescentou Campos.
Para ele, o povo brasileiro tem colocado a prioridade de suas demandas com muita clareza.
"Precisamos curar o Brasil. E para curar o país da inflação que volta, do baixo crescimento, da falta de ética na política, e de um Estado que fica de costas para a sociedade, é preciso buscar no movimento social brasileiro a forma de se inverter as prioridades e fazer um novo país, onde tem de ter dinheiro para escolas em tempo integral, e para as pessoas não morrerem nos hospitais ou nas calçadas de hospitais."

PM faz operação no Alemão e troca de tiros é intensa na região, nesta segunda

Marginais atiraram mais de 100 vezes contra base da UPP, que foi incendiada com uma viatura.

Tiroteio continua intenso na manhã desta segunda-feira (21/7) no conjunto de Favelas do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região estão realizando operação para encontrar os autores dos mais de 100 disparos feitos contra a base militar na noite deste domingo (20), que acabou com um policial baleado, o contêiner e uma viatura incendiados. A circulação do Teleférico está suspensa desde a última quinta (17).
O fim de semana foi violento em pelo menos três comunidades pacificadas do Rio: Rocinha, na Zona Sul da cidade; Cidade de Deus, Zona Oeste, e Complexo do Alemão. Os confrontos entre PMs e bandidos teve como saldo de viatura incendiada, duas pessoas mortas e quatro policiais baleados. Neste domingo (20), um confronto entre criminosos e policiais da UPP do Alemão resultou na morte de Matheus Alexandre Silva Santos, de 18 anos. Segundo a Coordenadoria das UPPs, uma equipe policial da unidade na Nova Brasília estava em patrulhamento pela Praça do Índio, pouco depois das 14h, quando encontrou com um grupo de bandidos armados que atirou contra os agentes. Houve revide e Matheus foi baleado. Segundo os policiais que participaram da ocorrência, ele estava com uma pistola calibre 9mm, um carregador e fazia parte do grupo que trocou tiro com os PMs. Matheus foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
A ação da PM na Nova Brasília foi para prender o traficante Diogo Wellington Costa, o Bebezão, quando participava de uma festa na comunidade. Bebezão também foi atingido com um tiro na barriga, levado a um hospital e morreu na manhã desta segunda (21). Com Matheus a Polícia apreendeu uma pistola, um carregador e um telefone celular.
Em represália, mais de 100 tiros foram disparados por criminosos contra o contêiner da UPP, que fica na Rua Canita, na Vila Cruzeiro. Um PM identificado como soldado Cordeiro ficou ferido. O confronto teve início por volta das 21h, quando homens fortemente armados dispararam contra a base da UPP. O relógio de energia da unidade foi atingido, provocando um incêndio. A viatura que estava parada ao lado do contêiner também acabou incendiada, além de uma moto de um dos moradores. As casas que ficam ao lado da UPP ficaram marcadas pelos tiros disparados contra a base militar.
No momento do ataque, dois policiais estavam dentro da unidade e tentaram abandonar o local. Um deles, o soldado Cordeiro, foi baleado na cintura e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. O PM foi transferido posteriormente para o Hospital Geral da Polícia Militar, no Estácio, e não corre risco de morrer. Um blindado da PM chegou a ser chamado para dar apoio na Vila Cruzeiro no momento do conflito.
Jornal da região relata momentos do confronto deste domingo
Jornal da região relata momentos do confronto deste domingo
O teleférico do Alemão está fechado ao público desde a quinta-feira passada (17), quando o clima de insegurança e confrontos foram registrados no Complexo. A Supervia, concessionária que administra o transporte, disse em nota que a medida visa “garantir a segurança de seus passageiros e funcionários”. A PM reforçou a segurança na comunidade nesta segunda.
No domingo (20) de manhã, policiais da UPP da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Zona Oeste, trocaram tiros com marginais. Wellington Santana Maciel da Silva, 20 anos, foi preso e um adolescente de 17 anos foi apreendido durante o confronto, que aconteceu na localidade conhecida como Apartamentos. A Coordenadoria das UPPs informou que os PMs faziam patrulhamento de rotina quando se depararam com bandidos armados na altura de um viaduto na Linha Amarela. Na troca de tiros, Wellington foi baleado e encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Com os suspeitos foram encontradas duas pistolas.
No sábado, o clima também foi tenso na comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio. Moradores relataram trocas de tiros durante a madrugada e na parte da manhã. Policiais da UPP da Rocinha apreenderam trouxinhas de maconha, uma balança de precisão e um caderno com anotações do tráfico numa casa na localidade da Vila Verde. A ação dos policiais aconteceu a partir de uma denúncia anônima e assustou os moradores com as intensas trocas de tiros.

domingo, 20 de julho de 2014

Pelo menos 28 rebeldes são mortos em ofensiva militar no Norte do Paquistão

As Forças Armadas do Paquistão bombardearam hoje (20) seis esconderijos de rebeldes em uma região ao Norte do país dominada por insurgentes, deixando pelo menos 28 mortos, segundo fontes oficiais.
Os ataques aéreos tinham como alvo o povoado de Shawal, no Waziristão do Norte, Noroeste do Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão. A região é um local de refúgio para rebeldes que fugiram de ofensivas militares paquistanesas em outras áreas do país.
Os militares paquistaneses, com acesso a aviões e à artilharia, começaram os ataques à região do Waziristão em meados de junho, na tentativa de recuperar o controle absoluto do distrito. As forças terrestres avançaram até o local no final de junho.
A ofensiva das Forças Armadas paquistanesas teve origem no ataque terrorista ao Aeroporto de Carachi, que resultou na morte de dezenas de pessoas e pôs fim a um frágil processo de negociações de paz com os talibãs paquistaneses.
Até ao momento, de acordo com os números divulgados pelos militares, mais de 400 rebeldes e 25 soldados já morreram na ofensiva paquistanesa.

Dia de trégua e confronto deixa cerca de 100 mortos em Gaza

Trégua foi anunciada após dezenas de mortes durante a madrugada, mas foi seguida de acusações de novos ataques.

O domingo que teve uma promessa de trégua em Gaza deixou um saldo de cerca de 100 mortos, sendo a grande maioria palestinos. Pelo menos sessenta e dois corpos foram encontrados em Shajaya, periferia leste da Cidade de Gaza, de acordo com os serviços de emergência. Mais tarde, o Exército israelense confirmou a morte de ao menos 13 soldados.
Os números compõem a tragédia do cessar-fogo prometido no início do dia. A trégua foi justamente acordada para o bairro Shajaya e deveria durar duas horas. A ideia era permitir o atendimento de feridos e a retirada de corpos da região, após intensos conflitos durante a madrugada, quando morreram pelo menos 60 palestinos. Posteriormente, o cessar-fogo, requisitado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, foi postergado por mais duas horas e deveria ser mantido até as 17h30 locais (11h30 de Brasília).
O alargamento da trégua por Israel, todavia, veio acompanhando de acusações contra o Hamas, que teria rompido a trégua humanitária. Pouco depois do horário estabelecido para o início da trégua, Israel denunciou o lançamento de vários foguetes e confirmou que helicópteros responderam o ataque. É possível que parte das mortes do dia tenham ocorrido mesmo em meio à tentativa de trégua.
Mais cedo, desde a madrugada, forças israelenses atacaram intensamente por terra, mar e ar o bairro de Shajaya, onde vivem aproximadamente 40 mil pessoas. A ofensica compõem a operação "Limite Protetor".
Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, além mortos, há registro de 400 feridos, no que foi classificado como "verdadeiro massacre contra civis". Em Shajaya, um jornalista da AFP descreveu cenas de carnificina e caos, como um homem que teve a cabeça arrancada. As ruas estavam cheias de carros queimados, incluindo uma ambulância, e vários corpos continuam a ser retirados dos escombros sem cessar.
"Mais uma vez o Hamas rompe o cessar-fogo acordado por meio da Cruz Vermelha. As forças de defesa israelenses estão respondendo", afirmou o porta-voz militar, Peter Lerner. "Shajaya é uma área civil, onde o Hamas tem posicionado seus foguetes, os seus túneis, centros de comando", justificou-se o Exército israelense.
Ao todo, 425 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva em 8 de julho, incluindo 112 crianças, 41 mulheres e 25 idosos, disse o porta-voz dos serviços de emergência palestinos, Ashraf al-Qudra.

sábado, 19 de julho de 2014

Operação da PM no Alemão é sinônimo do terror para os moradores

A operação da Polícia Militar (PM) no último dia 16 no Complexo do Alemão só reforçou o que estamos denunciando há muito tempo: nenhuma autoridade policial se importa  com os moradores e suas vidas. Dos 40 mandados de prisão apenas um foi cumprido, outros 39 suspeitos não foram encontrados.
Quem sai perdendo com essa política de segurança pública é o morador da favela. A ocupação das favelas no Rio de Janeiro foi justificada com a possível melhoria da qualidade de vida da população local. Promessas com as inúmeras possibilidades, como as obras do PAC, obras de urbanização, segurança, saneamentos, escolas e outras ilusões, descem amargamente pela garganta dos moradores.
Ao conversar com dois amigos moradores do Complexo do Alemão sobre o ocorrido percebi que deveria fazer essas vozes ecoarem. Maria é formada em jornalismo e mora na comunidade desde que nasceu. Ouvindo ela falar pude perceber que a Maré vai sofrer com as mesmas ilusões que os moradores do Alemão sofrem até hoje. Para ela, as instalações das UPPs possibilitaram ao morador um sentimento de esperança e a crença em possíveis e reais mudanças, mas na medida em que foram se passando os dias, os moradores começaram a ver as obras permaneceram inacabadas e o sonho de uma qualidade de vida acabar.
Para o morador da favela, a entrada da polícia na comunidade sempre resultou no surgimento de uma guerra. Mas de forma explícita, quem está implantando a guerra é o governo. A UPP não é para a segurança da população, mas serve como justificativa de poder e assim dominar os territórios ocupados pelo tráfico de drogas.
Maria alega que “toda vez que tiver operação na favela nunca iremos mudar a reação de terror, pânico e medo.Sempre que caminhamos no nosso dia a dia por entre os policiais, somos vitimados, não há dia e nem hora certa. Vivemos uma total insegurança, os PMs são muito violentos, corruptos, e tem outros sem preparação alguma, e ainda há aqueles que só nos olham com ar de vingança e de repressão”.
Maria continua dizendo que a UPP se instalou na favela como único órgão do estado, e tiraram a liberdade de ir e vir da população. “Aqui acontece a proibição de bailes, pagodes ou qualquer tipo de festa que reúna muitas pessoas no mesmo lugar. Muitos moradores foram reprimidos ate mesmo em festa de aniversario de criança com total violência. A UPP mantém um propósito de dominar e não de dar segurança. Até mesmo os projetos sociais destinados a crianças e jovens daqui têm que ser coordenados por PMs. Até mesmo dos projetos existentes há muitas décadas os PMs querem tomar posse. Isso é legal? Vivemos muitas décadas sobrevivendo sem o poder dos órgãos do governo e a favela sempre conseguiu realizar seus projetos, mas todos somos vítimas. Moradores, trabalhadores, comerciantes, todos de alguma forma já foram atingidos negativamente com a instalação e a falsa segurança das UPPs”.
Para os moradores, acordar com voos rasantes de helicópteros e tiros desde a madrugada é abrir os olhos no meio da noite e se sentir em meio a uma guerra. “Isso não é vida, não somos respeitados, não temos nossos direitos garantidos, ficamos presos em nossos lares até que o som volte ao normal, que se escute o cachorro latir, o rádio do vizinho ligado, crianças brincando, pessoas conversando e pipa no céu. Fora isso ficamos presos, quem está dentro não sai e quem está fora não pode entrar”.
Para Fernando, auxiliar administrativo e morador do Morro do Alemão, as UPPs não são vistas como um projeto de segurança e sim como insegurança.
“Insegurança por quê? Sempre que há uma operação policial no morro, o principal medo dos moradores da comunidade é a bala perdida. Depois vem a abordagem policial. Policiais arrogantes, opressores e agressivos, muitas vezes aparentam estar até drogados. Por que a maioria dos homens que são mortos em incursões policiais são dados como traficantes. Por que será? Não será porque nossa polícia acha que todo morador de comunidade é traficante?”.
Fernando diz que as instalações da UPP trazem riscos para os moradores dessas comunidades. “Os bandidos sabem em quem estão atirando, conhecem todos no morro e os policiais estão fardados, os policiais atiram em qualquer um. Quero falar que antes das ocupações policiais, era difícil ter tiroteios, afinal a policia quase não entrava nas comunidades, a não ser para mandado de busca e apreensão ou outros tipos de operação. Com a polícia nas comunidades, esse panorama mudou, a qualquer momento pode começar um tiroteio por que as comunidades são dominadas pelos policiais e também pelos traficantes”.
O saldo da operação da última quarta-feira foi o esvaziamento de 10 escolas onde 4 mil crianças não foram para a sala de aula.

Mais de 270 pessoas são mortas por jihadistas na Síria.

Mais de 270 pessoas foram mortas, a maioria executada pelos jihadistas do EI (Estado Islâmico), durante a tomada de um campo de gás na Síria, uma das piores atrocidades cometidas pelo grupo ultrarradical. “Esta é a operação mais mortal cometida pelo Estado Islâmico” desde seu surgimento no ano passado na Síria, segundo o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos), que forneceu este balanço com base em fontes médicas. O EI, que controla grandes áreas na Síria e no Iraque e que anunciou no final de junho o estabelecimento de um “califado” islâmico, é acusado das piores atrocidades contra seus inimigos, como crucificações e execuções sumárias. E em 24 horas, duas mulheres acusadas de “adultério” foram apedrejadas pelos combatentes do grupo no norte da Síria. Na Síria, o EI combate os rebeldes e estão em guerra há três anos contra o regime de Bashar al-Assad. “Mais de 270 pessoas foram mortas no campo de gás de Shaer”, atacado pelos jihadistas na quinta-feira, informou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. ‘Executados a tiros’ “A grande maioria foi executada por fuzilamento após a tomada do campo” na quinta-feira, declarou Abdel Rahman. Neste sábado, as forças do regime enviaram reforços e conseguiram “retomar grande parte da Shaer”, segundo ele. “No entanto, os combates continuam em torno do campo”. A contra-ofensiva do regime resultou em pelo menos 40 mortos no lado do EI e 11 do lado dos soldados, além de dezenas de feridos. Damasco não forneceu números oficiais. O campo de Shaer está localizado em uma região desértica da província central de Homs, rica em reservas de gás e poços de petróleo. Está localizado a nordeste do sítio arqueológico de Palmira. A maioria dos mortos eram guardas do campo e voluntários armados responsáveis pela segurança da área. De acordo com o OSDH, eles são de aldeias alauítas de Homs, comunidade à qual pertence o presidente sírio, e que é odiada pelo EI, que segue sua própria interpretação extrema do islamismo sunita. Pelo menos 11 trabalhadores também estão incluídos no balanço. Um vídeo, gravado pelos jihadistas do EI no campo de gás e postado no YouTube, mostra dezenas de corpos, alguns parecem ter sido baleados na cabeça, enquanto outros foram mutilados. Um jihadista golpeia com seu sapato a cabeça de um cadáver. Em outro vídeo, um jihadista posa em frente a um corpo. Ele fala alemão, inserindo insultos em árabe. Apedrejamento “O Estado Islâmico cometeu inúmeros crimes de guerra”, denunciou o OSDH, enquanto a Síria é devastada por três anos de uma guerra civil que se tornou ainda mais complexa pelo envolvimento do EI, formado por jihadistas estrangeiros. O EI já assumiu o controle de vários campos de petróleo na província oriental síria de Deir Ezzor. “Este grupo aspira conquistar áreas estratégicas, especialmente aquelas onde há depósitos de petróleo e gás”, disse Abdel Rahman. O grupo tem espalhado o terror nas áreas sob seu domínio. Entre quinta e sexta-feira, o OSDH anunciou que o IE havia apedrejado até a morte duas mulheres acusadas de “adultério” em Raqa, província do norte da Síria. Quinta-feira à noite, uma primeira execução deste tipo cometida pelo EI ocorreu em Tabqa, uma cidade da província. A mulher “tinha 26 anos e era viúva”, segundo o OSDH. De acordo com um ativista de Raqa, as pessoas estão “aterrorizadas, mas não se atrevem a responder a estes métodos bárbaros”. E na sexta à noite, a segunda mulher foi apedrejada pelos combatentes do IE, enquanto os habitantes de Raqa se recusaram a participar na execução. O conflito na Síria tornou-se uma guerra em várias frentes: os rebeldes lutam contra as tropas do regime e contra o EI, principalmente em seus redutos em Aleppo (norte) e perto de Damasco. Por sua vez, o EI combate as tropas do regime especialmente na província de Hama (centro), mas também os curdos no norte e nordeste da Síria.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Tiroteio entre polícia e criminosos suspende serviço do teleférico do Alemão

O policiamento está reforçado no Complexo de Favelas do Alemão, subúrbio do Rio, depois de tiroteio na tarde de ontem (17), nas comunidades Nova Brasília e Fazendinha. Com o conflito, o teleférico que atende a comunidade deixou de funcionar e está fechado hoje (18) , por medida de segurança.
Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, informou que por volta das 15h30 de quinta-feira (17), policiais do Grupamento de Intervenções Táticas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão estavam efetuando patrulhamento pela Rua 2, na comunidade Nova Brasília, quando encontraram bandidos armados que atiraram contra os agentes.
Os policiais militares (PM) revidaram e os bandidos fugiram. No local foram encontradas drogas e um rádio usado para comunicação. Em seguida, criminosos passaram em uma moto atirando contra policiais da UPP Fazendinha que estavam na Rua da Assembléia. Ninguém se feriu.
Agentes de outras UPPs da região e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram para o local reforçar o policiamento e fazer buscas para localizar os autores dos disparos.
A PM da UPP do Alemão abordou Leonardo Santos da Silva, de 19 anos, na Rua Joaquim de Queiroz, e encontrou munições de pistola nos bolsos. Quando Leonardo foi levado para a 45ª Distrito Policial (Complexo do Alemão), a equipe da UPP estava na delegacia registrando a ocorrência da troca de tiros e apresentando as drogas apreendidas. Na ocasião, os agentes reconheceram que o suspeito estava no grupo que trocou tiros com os policiais.
A SuperVia,  empresa que administra o teleférico do Complexo do Alemão, informou que por medida de segurança o serviço foi interrompido na quinta-feira às 15h15 e não voltou mais a funcionar.
A concessionária informou que o fechamento do serviço hoje (18) deve-se também, a uma inspeção nos cabos elétricos, sensores e nas gôndolas de transporte de passageiros. O teleférico ainda não tem hora para voltar a operar.
Diariamente são transportadas, em média, 12 mil pessoas nas sete estações do teleférico do Alemão.

Obama critica Rússia após avião ser abatido na Ucrânia


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu que a Rússia pare de apoiar separatistas no leste da Ucrânia depois que um avião foi abatido por um míssil terra-ar que ele disse ter sido disparado de território rebelde, e que aumenta a possibilidade de mais sanções contra Moscou.
Pelo menos um norte-americano estava entre os quase 300 mortos na queda do avião, afirmou Obama, uma revelação que aumenta a tensão após o incidente que deteriorou ainda mais as relações entre a Rússia e o Ocidente.
Classificando o ocorrido de “uma atrocidade de proporções indescritíveis”, Obama não chegou a culpar os russos diretamente, mas alertou estar preparado para intensificar as sanções econômicas. Ele ecoou os clamores internacionais por uma investigação rápida e crível, descartando uma intervenção militar norte-americana.
Mas, sublinhando o impacto global do fato, com vítimas de 11 países e quatro continentes, o presidente dos EUA afirmou que os riscos aumentaram para a Europa, uma maneira clara de conclamar os europeus a seguir o exemplo das sanções mais robustas impostas por Washington aos russos.
A Rússia, que Obama disse estar permitindo que os rebeldes se armem, expressou revolta com as implicações de sua culpa, declarando que as pessoas não devem prejulgar o resultado de um inquérito.
Não houve sobreviventes do voo MH17 da Malaysia Airlines que seguia de Amsterdã a Kuala Lumpur. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que 80 das 298 pessoas a bordo eram crianças.
O maior ataque da história contra um avião comercial espalhou corpos ao longo de quilômetros de território dominado pelos rebeldes perto da fronteira com a Rússia.
Bandeiras brancas improvisadas marcaram os locais onde os cadáveres foram encontrados em meio aos destroços e em plantações de milho. Outros, desnudados pela força do impacto, foram cobertos com polietileno.
A escala do desastre pode ser um divisor de águas na pressão internacional para resolver a crise ucraniana, que já matou centenas.
“Este evento ultrajante ressalta ser hora de restaurar a paz e a segurança na Ucrânia", afirmou Obama, acrescentando que a Rússia não foi capaz de usar sua influência para deter a violência separatista,
O Conselho de Segurança da ONU pediu uma “investigação internacional completa, detalhada e independente” sobre a derrubada do avião e “que se responsabilize apropriadamente” os responsáveis.
Kiev e Moscou se acusaram imediatamente pelo desastre, desencadeando uma nova fase em sua guerra de propaganda.
O avião caiu a cerca de 40 quilômetros da fronteira russa, perto da capital regional de Donetsk, área que se tornou um bastião dos rebeldes que vêm combatendo forças do governo ucraniano e que abateram aeronaves militares recentemente.
Líderes da auto-proclamada República do Povo de Donetsk negaram qualquer envolvimento no ataque e disseram que um jato da força aérea ucraniana abateu o voo intercontinental.

Equipes de resgate da Ucrânia acharam caixas-pretas de avião, diz Interfax


Serviços de emergência ucranianos encontraram duas caixas-pretas no local da queda do avião da Malásia, disse um assessor do governador da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, segundo a agência Interfax-Ucrânia.
"Duas caixas-pretas foram achadas por nossos serviços de emergência. Não tenho informações sobre onde se encontram essas caixas no momento", disse Kostyantyn Batovsky, de acordo com a agência.
Um porta-voz do Ministério de Emergências ucraniano não quis comentar a notícia.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse mais cedo nesta sexta-feira que a Rússia não planeja se apossar dos registros de voo das "caixas-pretas" que estariam sob posse de separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.
"Apesar do que Kiev está novamente dizendo, nós não planejamos pegar essas caixas (pretas). Não planejamos violar normas (internacionais) vigentes nesse tipo de situação", disse Lavrov em uma entrevista à TV estatal russa.
"Queremos que peritos internacionais cheguem o mais rápido possível ao local da queda para que possam recuperar as caixas-pretas imediatamente", acrescentou.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Dona do restaurante Guimas é morta durante assalto no Baixo Gávea

Medo e insegurança tomam conta dos moradores do bairro.

Maria Cristina Bittencourt, de 66 anos, uma das proprietárias do Guimas, tradicional restaurante da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, morreu após ser baleada na cabeça durante um assalto na Praça Santos Dumont. O assalto ocorreu no início da tarde desta quinta-feira quando a empresária voltava do banco próximo ao Shopping da Gávea.
Ao parar em frente a uma barraca de camelô, a dona do restaurante, conhecida como Tintim, teria sido abordada pelos dois criminosos. Segundo testemunhas, a dupla chegou numa moto pela contramão, e um deles desceu da moto e atacou a empresária que teria reagido ao assalto. Segundo policiais da 15ª DP, Maria havia feito um saque de R$ 13 mil para o pagamento de funcionários do restaurante. Os assaltantes conseguiram fugir levando a bolsa da vitima com o dinheiro.
Equipes da Divisão de Homicídios da Capital (DH) e da 15ª DP (Gávea) chegaram rapidamente ao local e um carregador foi apreendido, o que pode vir a ajudar nas investigações. O corpo da empresária foi levado em um uma van da Defesa Civil ao Instituto Médico Legal, por volta de 14h40. Segundo Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios, responsável pela investigação do caso, imagens do circuito de segurança dos prédios próximos ao local do crime foram recolhidas para averiguação por uma equipe da 15ª. A empresária usava o mesmo banco frequentemente, o que, segundo Barbosa, levanta a suspeita de que os assaltantes poderiam conhecer a rotina da vítima.
Para  Zeny França, dona do BG, bar próximo ao local do assalto, o sentimento é de insegurança. “Nunca havia acontecido algo desse tipo aqui, não com essa violência. Quem trabalha por aqui agora está com medo de estar sendo seguido e vigiado”.
Inaugurada há dois anos nas proximidades, a UPP da Rocinha, não inspira a segurança que os moradores esperavam, assaltos conhecidos como "saidinha de banco" são frequentes. "Durante a Copa, a segurança foi reforçada, agora os assaltos continuam. Sempre sabemos de notícias de assaltos na Gávea e nos arredores", destaca Thais Lima, professora e moradora do bairro. "Temos a UPP, mas esses casos continuam acontecendo", conclui.
Mesmo com a delegacia e a UPP nas proximidades, o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou  80 roubos, 101 furtos na Gávea, durante o mês de maio deste ano.
>> Aumenta em 38% índice de assaltos a ônibus no estado do Rio de Janeiro
Ponto de encontro
Fundado há mais de 30 anos, o Guimas é um dos restaurantes mais tradicionais do Baixo Gávea e conhecido ponto de encontro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Famoso pela informalidade, o Guimas colecionava clientes assíduos e ilustres, dentre eles moradores do bairro e famosos.
Após o anúncio do falecimento de Maria Cristina, amigos, familiares e funcionários se reuniram no restaurante. Raimundo Vidal, que trabalha em um escritório próximo ao local, lamentou a morte. “Ela era muito querida, é só ver a quantidade de pessoas no bar que vieram pelo pesar da família”. Procurados pela imprensa, nenhum familiar quis comentar o caso.

EUA dizem que avião da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira que a queda do avião da Malaysia Airlines, na Ucránia, não foi um "acidente". Segundo ele, a aeronave, com 298 pessoas a bordo, "explodiu nos ares". Mais cedo, dois oficiais do Exército americano já tinham afirmado que o avião foi atingido por um míssil antiaéreo terrestre.
A Malaysia Airlines anunciou em coletiva de imprensa que havia a bordo do avião que caiu hoje 298 pessoas, e não 295 como tinha sido noticiado anteriormente. Entre as vítimas, pelo menos 154 eram holandesas, 27 australianas e 23 malaias.    
O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que está seguindo de perto as notícias relacionadas à queda do avião. Em conversa com jornalistas, ele destacou a clara necessidade de inquéritos internacionais completos e transparentes sobre o incidente. Ban também transmitiu as suas condolências às vítimas e seus familiares.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a responsabilidade da tragédia envolvendo a queda do avião da Malaysia Airlines em solo ucraniano "é da Ucrânia". "Não teria acontecido se Kiev não tivesse retomado as operações militares", declarou Putin.
Por outro lado, o serviço de segurança ucraniano afirmou ter interceptado conversas telefônicas, entre elas a de um funcionário russo e um comandante dos rebeldes onde confirmavam o envolvimento de ambas as partes na queda do avião.
O presidente russo falou hoje, 17, por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o desastre aéreo ocorrido nesta quinta-feira. "O presidente russo informou o presidente dos Estados Unidos sobre os relatórios de controle de voo obtidos pouco antes da conversa telefônica, que precisou que um avião malaio caiu na Ucrânia", diz comunicado do Kremlin. Vladimir Putin expressou suas profundas condolências ao primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak.
Já o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quinta-feira que a queda do boeing da Malaysia Airlines foi "um ato terrorista", informou a agência de notícias russa Interfax. Kiev confirmou a morte de todas as 298 pessoas a bordo do boeing 777 que caiu no leste da Ucrânia. A informação foi divulgada pelo conselheiro do ministro do Interior ucraniano, Anton Gheranshenko.   
Testemunhas disseram que partes de corpos foram encontradas em até 15 quilômetros de distância do local do acidente. Mais de 100 vítimas foram achadas. Entre os mortos, estavam muitas crianças, apontaram rebeldes separatistas.    
De acordo com as autoridades da Ucrânia, o avião foi abatido pelos separatistas, informou a agência de notícias russa Interfax, citando fontes do governo.    
Pouco antes da notícia da queda do avião, os rebeldes pró-russos anunciaram ter derrubado um avião ucraniano na área onde a tragédia ocorreu. Os separatistas, no entanto, negaram a autoria do ataque, dizendo não terem capacidade para isso.    
Pela altura em que o avião se encontrava, ele só poderia ser acertado por mísseis S-300 ou Buk, que os separatista não possuem, mas Kiev sim. Líderes rebeldes disseram que as forças de Kiev promoveram o ataque.   
O voo MH 17 levava os passageiros de Amsterdã a Kuala Lumpur. Controladores de voo perderam contato com o avião quando ele sobrevoava a região ucraniana. A aeronave teria caído a cerca de 40 quilômetros de Donetsk, onde forças de Kiev enfrentam rebeldes separatistas.   
Diversas linhas aéreas mudaram suas rotas de voos para não sobrevoar o território ucraniano.   
Um avião da mesma companhia aérea desapareceu no último dia 8 de março. O voo MH370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lampur com destino à China e desapareceu horas depois com 239 pessoas a bordo.

Avião da Malásia com 295 pessoas foi derrubado por míssil

Um avião da Malaysia Airlines caiu na Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, nesta quinta-feira, 17. A queda da aeronave de passageiros foi provocada por um míssil disparado contra o voo MH17, com 295 pessoas a bordo, na fronteira da Ucrânia com a Rússia. A informação foi confirmada por agências de inteligência dos Estados Unidos.
De acordo com a agência Interfax, o avião fazia o trajeto de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, com 280 passageiros e 15 tripulantes a bordo. O Ministério do Interior ucraniano foi o primeiro a atribuir a queda da aeronave, um Boeing 777, a  "um míssil disparado do solo".
A Malaysia Airlines diz que perdeu contato com voo MH17 que partiu de Amsterdã. A empresa ainda informou pelo Twitter que a última posição da aeronave foi registrada no espaço aéreo ucraniano.

Saiba mais

Segundo informações iniciais, o voo da Malaysia teria duração de cerca de  12 horas e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Hillary dá novos indícios de que concorrerá à Presidência dos EUA

A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton continua sem definir se irá concorrer à Presidência em 2016, mas hoje, dia 16, deu mais um indício sobre seu futuro. Em entrevista à TV norte-americana ela disse que está pronta para ocupar um "gabinete sem cantos".   
Hillary se referia ao Salão Oval da Casa Branca, escritório destinado ao presidente dos Estados Unidos.   
A declaração foi feita quando a ex-primeira-dama foi perguntada durante o programa de entrevistas Daily Show, sobre qual forma ela gostaria que tivesse seu gabinete.   
"Eu iria fazer um anúncio, mas você meio que estragou tudo para mim", disse Hillary, brincando. Agora "tenho que reconsiderar o local onde farei" isso, concluiu.

EUA ampliam sanções contra a Rússia por crise na Ucrânia


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira as sanções mais duras até agora contra a economia russa, mirando importantes empresas como a Gazprombank e a Rosneft Oil, bem como outras companhias de energia e defesa.
Washington tem aumentado constantemente as sanções financeiras contra a Rússia pelo que considera ser uma interferência de Moscou na vizinha Ucrânia e a anexação da Crimeia. Obama disse que os EUA poderiam impor novas punições se a Rússia não tomar medidas concretas para atenuar o conflito.
O presidente russo, Vladimir Putin, que está em visita ao Brasil, disse em Brasília que precisava ver os detalhes das sanções para avaliar o que significam. Ele afirmou ainda que as sanções normalmente têm efeito bumerangue e que levarão as relações bilaterais a um beco sem saída.
As empresas atingidas pelas sanções também incluem a segunda maior produtora de gás da Rússia, a Novatek, a Vnesheconombank, ou VEB, um banco estatal que atua como agente de pagamento para o governo russo, e oito empresas de armas.
O Departamento do Tesouro dos EUA, que publicou as sanções na sua página na Internet, disse que as medidas efetivamente suspenderam o financiamento em dólares a médio e longo prazos para os dois bancos e empresas de energia. Mas as sanções não congelam os bens dessas quatro companhias.
As sanções não incluíram a Gazprom, maior produtora de gás natural do mundo e fornecedora de grande parte da energia da Europa. A Gazprom detém 36 por cento do Gazprombank.
"Estas sanções são significativas, mas também são destinadas e projetadas a ter o máximo impacto sobre a Rússia, mas ao mesmo tempo limitar qualquer impacto que possam causar em empresas norte-americanas ou de nossos aliados", disse Obama a jornalistas.
As novas medidas foram anunciadas no mesmo dia em que os líderes da União Europeia reuniram-se em Bruxelas e concordaram em ampliar as suas próprias sanções à Rússia.
As novas sanções dos EUA também incluem a Feodosiya Enterprises, uma empresa de transporte na Crimeia, além de autoridades russas, várias das quais já haviam sido punidas pela União Europeia.
As autoridades afetadas pelas sanções incluem o vice-presidente da Duma, ou o Parlamento russo, o ministro para assuntos da Crimeia, um comandante da agência de inteligência russa e um líder separatista ucraniano.
"Enfatizamos a nossa preferência para resolver esse problema diplomaticamente", disse Obama. "Temos que ver ações concretas, e não apenas palavras, de que a Rússia, de fato, tem o compromisso de tentar acabar com este conflito."
Ele disse que a Rússia continuou a apoiar os separatistas no leste da Ucrânia, enviando combatentes e armas através da fronteira.
Nas últimas semanas, Obama vinha ameaçando repetidamente a impor novas sanções e pareceu ter perdido a paciência à medida que os combates continuam no leste da Ucrânia.