quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Obama discursará no funeral de Shimon Peres

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursará no funeral de Shimon Peres nesta sexta-feira em Jerusalém, conforme informou a Casa Branca.
O porta-voz da presidência americana, Josh Earnest, afirmou que Obama está preparando o discurso após ter sido convidado a falar na cerimônia que será realizada no cemitério Monte Herzl, em Jerusalém.
"O presidente foi convidado para falar no serviço fúnebre. O discurso está sendo escrito neste momento", declarou o porta-voz.
Obama liderará uma grande delegação de funcionários e personalidades políticas americanas que viajarão para o funeral, entre eles o ex-presidente Bill Clinton, o secretário de Estado, John Kerry, e a líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
Ao todo, 30 representantes do governo americano viajarão ao funeral de Peres, incluindo diversos legisladores e diplomatas.
Entre os que comparecerão ao último adeus ao ex-presidente e ex-primeiro-ministro israelense, um dos pais fundadores de Israel e o líder dos Acordos de Paz de Oslo, estará o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O ex-presidente e Nobel da Paz Shimon Peres morreu nesta quarta-feira, aos 93 anos, duas semanas após sofrer um acidente vascular cerebral.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Ex-presidente israelense Shimon Peres 'entre a vida e a morte'

O ex-presidente israelense e prêmio Nobel da Paz, Shimon Peres, está "entre a vida e a morte", segundo pessoas próximas, depois que seu estado piorou nesta terça-feira (27), após sofrer há duas semanas um acidente vascular cerebral (AVC).
Shimon Peres, de 93 anos, é o último sobrevivente da geração dos fundadores do Estado de Israel, e foi um dos que participou dos acordos de Oslo assinados com os palestinos nos anos 1990.
Peres ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1994 junto com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat "por seus esforços a favor da paz no Oriente Médio".
As mensagens de apoio enviadas por personalidades de todo o mundo demonstram o respeito internacional que ganhou após décadas de carreira política.
Shimon Peres foi vítima de um AVC no dia 13 de setembro, e foi hospitalizado no centro Tel Hashomer de Ramat Gan, o maior hospital israelense perto de Tel Aviv, onde foi sedado e conectado a um respirador no setor de cuidados intensivos.
Seus médicos falaram imediatamente de estado crítico, mas depois indicaram que sua situação era estável, e mais tarde apontaram uma certa melhora.
Inclusive planejaram reduzir sua ajuda respiratória e os sedativos para avaliar sua reação.
No entanto, seu estado se deteriorou nesta terça-feira, indicou à AFP uma fonte próxima a ele que pediu o anonimato. "Sua saúde está muito, muito complicada. Seus médicos estão preocupados", acrescentou.
"O presidente está entre a vida e a morte", reconheceu.
Seus filhos e netos estavam no hospital, acrescentou a mesma fonte.
Sequelas "permanentes"
Uma porta-voz do hospital, Lee Gat, assegurou que Peres "está em um estado muito, muito grave. Somos menos otimistas".
"Os danos sofridos pelo cérebro são permanentes", admitiu pela primeira vez. Até agora, os médicos haviam evitado falar das sequelas do AVC.
Mais de 15 milhões de pessoas no mundo, sobretudo idosas, sofrem todos os anos um AVC, de acordo com a Federação Mundial do Coração, com sede em Genebra. Cerca de seis milhões de pessoas morrem desta doença que ocorre quando a circulação do sangue é interrompida e o cérebro fica privado de oxigênio e nutrientes.
Desde 13 de setembro, o papa Francisco, os presidentes americano, Barack Obama, e russo, Vladimir Putin, e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair enviaram mensagens de solidariedade.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, desejou a ele "uma rápida e completa recuperação", acrescentando que Peres era "um trabalhador incansável em busca da paz entre israelenses e palestinos".
Um sábio da nação
Peres, apesar de ter participado das grandes batalhas da curta história de Israel e suas agudas controvérsias políticas, construiu a imagem de um político de consenso, sendo considerado um "sábio" da nação.
Foi ministro em inúmeros governos, assumiu em várias ocasiões o cargo de primeiro-ministro e, depois, de presidente do Estado de Israel de 2007 a 2014. Ocupou praticamente todos os cargos de alto nível no país, desde a Defesa, passando pelas Finanças e também Política Exterior.
Entrou na política aos 25 anos graças ao "velho leão", David Ben Gurion, fundador de Israel.
Peres também é considerado o pai do programa nuclear israelense.
Apesar dos acordos de Oslo e das negociações de paz, os palestinos têm uma visão muito mais turva de quem garantiu as primeiras colônias judaicas na Cisjordânia e ainda era primeiro-ministro quando a aviação israelense bombardeou o povoado libanês de Cana, matando 106 civis em abril de 1996.
Aos 93 anos continuou sendo uma figura muito ativa através de seu Centro Peres para a Paz, que promove a convivência entre judeus e árabes.
Em uma ocasião revelou que o segredo de sua longevidade consistia em fazer ginástica todos os dias, comer pouco e beber uma ou duas taças de um bom vinho.

domingo, 25 de setembro de 2016

Pedro Paulo: "A diversidade e pluralidade do Rio não podem correr risco nas mãos de radicais”

O candidato a prefeito do Rio Pedro Paulo (PMDB) escolheu, neste domingo (25), um dos polos culturais mais tradicionais da cidade, a Feira de São Cristóvão, para chamar a atenção para o risco de empobrecimento do diálogo e a estagnação de conquistas caso seus adversários sejam eleitos. Ao lado do prefeito Eduardo Paes e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), Pedro conversou com comerciantes e foi recebido com repente, samba e bençãos – na forma de uma imagem do Padre Cícero, presenteada pelo cordelista Mestre Egídio, e de uma camisa da procissão centenária do Círio de Nazaré, do Pará.
Rodrigo Maia, Pedro Paulo e Eduardo Paes visitaram a Feira de São Cristóvão neste domingo (25)
Rodrigo Maia, Pedro Paulo e Eduardo Paes visitaram a Feira de São Cristóvão neste domingo (25)
“O Rio de Janeiro não pode ser entregue àqueles que já faliram a cidade. Temos que seguir o caminho da cultura diversa e democrática dos últimos oito anos. Olhar para todos e priorizar quem mais precisa de espaço, quem até recentemente não tinha voz”, afirmou o candidato, que aproveitou a ocasião para defender a multiplicidade cultural e religiosa do Rio.
“Esta cidade é diversa, múltipla e precisa permanecer assim. Precisa compreender todas as culturas, todas as crenças, todas as linguagens e todas as pessoas que vêm em busca de oportunidades e que trazem com elas práticas e hábitos que fazem do Rio a cidade rica que é. Mas é fundamental que se faça um alerta aqui: uma coisa é a religião estar, como sempre esteve, na construção da nossa identidade cultural e social. É parte do que faz do Rio uma cidade tão única. Mas misturar religião com política é uma ameaça muito grande a todas as nossas conquistas sociais recentes. Inclusive culturais”, acentuou, referindo-se ao risco da eleição do candidato Crivella, sobrinho do bispo Edir Macedo e aliado de Garotinho.
A sete dias do primeiro turno, Pedro Paulo falou que seguirá a mesma rotina que sempre adotou: “acordar cedo, dormir tarde, multiplicar os apoios em cada canto dessa cidade, conversando principalmente com os que mais precisam do poder público”, além de provocar uma reflexão nos cariocas:
“É urgente que os eleitores entendam o que está em jogo: minha candidatura é o única opção que oferece à cidade os avanços que observamos nos últimos anos. Além dela, há a da Jandira e do Freixo, que representam o radicalismo, a intolerância em relação ao diálogo com a política e um modelo de cidade com uma visão atrasada, que levou o país à falência. É isso que está em jogo. E não é surpresa para ninguém que o bispo Crivella, o bispo Macedo e a família Garotinho estejam morrendo de medo de que eu seja o adversário, porque eles sabem que eu sou o único que pode afastar do horizonte do Rio o atraso que representaria ter estas pessoas no poder”, ressaltou Pedro Paulo.
Comentando o cenário da disputa eleitoral, em que Pedro figura em segundo lugar, empatado com Marcelo Freixo e Jandira Feghali, o prefeito Eduardo Paes mostrou confiança no segundo turno e elevou o tom contra os adversários.
“Tenho certeza de que o Pedro vai para o segundo turno porque confio na compreensão do carioca da gravidade da situação de se ter uma disputa entre candidatos como Crivella e Freixo, ou Crivella e Jandira. Não é nada pessoal, mas eles não têm a menor condição de governar a cidade. Está na hora daqueles que pensam a cidade, que desejam um futuro de desenvolvimento e geração de oportunidades, como mostramos ser possível nos últimos sete anos e meio, embarcarem na campanha do Pedro.  Assim derrotaremos o bispo no segundo turno”, disse.
Rodrigo Maia fez coro, destacando a capacidade administrativa do governo Paes, que teve no Pedro Paulo seu principal gestor.
“A cidade do Rio está dando o exemplo que nem a crise federal, provocada pela aliança comandada no Rio da Jandira e do Freixo, nem a enfrentada pelo Estado, tiveram nenhum tipo de interferência nas finanças municipais. A cidade do Rio fez as Olimpíadas, continua investindo em equipamentos públicos fundamentais de saúde e educação e continua pagando seu servidor em dia. São provas de que a cidade do Rio tem uma gestão de qualidade, e em todas as decisões que trouxeram o Rio até este momento, há a assinatura do Pedro Paulo”.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Obama veta lei que permitiria a americanos processar Arábia Saudita pelo 11/9

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vetou nesta sexta-feira um projeto de lei que teria permitido iniciar processos contra o governo da Arábia Saudita em tribunais americanos por seu papel nos atentados de 11 de setembro de 2001.
Em uma comunicação oficial ao Senado, o presidente afirmou que não assinará esse projeto de lei, conhecido como "Lei de Justiça contra Promotores do Terrorismo", porque "elimina a imunidade soberana" de governos que não foram designados Estados promotores do terrorismo pelo governo dos EUA.
Obama, que menciona seus oito anos de campanha contra o terrorismo da Al Qaeda na carta, assegura que esta lei "arranca o assunto (de fazer justiça pelos atentados) das mãos de nossos profissionais de segurança nacional e política externa e o coloca nas mãos de querelantes privados e tribunais".
A maioria dos congressistas, tanto democratas como republicanos, considera que há provas que altos funcionários sauditas estiveram implicados na rede de financiamento dos atentados de 11/9, nos quais morreram cerca de 3.000 pessoas, e que, portanto, as vítimas têm direito a processos coletivos contra o Estado saudita.
Obama argumentou que esta legislação priva governos estrangeiros de proteções de imunidade consagradas pela lei, ao mesmo tempo em que prejudica as relações e a segurança de diplomatas e tropas em um país que é um parceiro e não é considerado promotor do terrorismo em nível estatal.
Além disso, a Casa Branca teme que esta legislação permita que, com a desculpa da reciprocidade, o governo americano ou seus funcionários sejam processados em tribunais de outro país.
Dezenas de familiares de vítimas dos atentados do 11/9 protestaram na terça-feira em frente à Casa Branca para pedir que Obama não vetasse este projeto de lei e lhes permitisse processar o governo saudita nos tribunais americanos.
Esta legislação voltará agora ao Congresso, onde será necessária uma maioria superior aos dois terços de ambas câmaras para revogar o veto presidencial, algo que ocorreria pela primeira vez nos quase oito anos de mandato de Barack Obama.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Doença do Alzheimer pode triplicar número de casos em poucos anos

Abraz alerta para altos custos da doença e sugere criação do auxílio-cuidador.O Cotidiano convidou o médico geriatra, especialista em Doença de Alzheimer e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer/Regional (Abraz-DF),Otávio Castelo, para explicar a doença porque muitos confundem Alzheimer com demência.
Ele disse que existe a família de doenças que leva o nome de demência, que afeta fisicamente o cérebro. Então o cérebro entra no processo de degeneração, morte de suas células e isto dá duas consequências: a pessoa altera a cognição e o comportamento.
Mas o que tem a ver Alzheimer com demência? "Demência é uma família de doenças e o Alzheimer é a mais comum. Metade ou 60% dos casos de demência no Brasil são devidos à doença de Alzheimer", explica o médico. Sobre os custos da doença de Alzheimer, o médico disse que ela dura de quatro a 20 anos, vai cada vez mais piorando e não tem cura.
Saiba mais sobre as demências e o Alzheimer nesta entrevista, no player acima.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

De acordo com a Brigada Militar, jovem estava na calçada quando foi morto.
Após a morte, polícia teve que usar balas de borracha para conter confusão.

Um jovem de 18 anos foi morto com um tiro no rosto após uma confusão em frente a uma boate na cidade de Encantado, no Vale do Taquari, no final da madrugada deste sábado (17). De acordo com informações da Brigada Militar, a vítima foi identificada como Alisson Moraes Spegiorini.
De acordo com o relato de testemunhas coletado pela Brigada Militar no local do crime, o jovem estava em frente à boate, quando se aproximou da porta por causa de uma briga, e acabou sendo atingido por um disparo no rosto. Ainda de acordo com os relatos, o autor do disparo teria sido um segurança do local, que fugiu pelos fundos com a chegada da polícia.
Segundo as informações preliminares repassadas pela BM, ainda não se sabe se o jovem estava envolvido na confusão.
O Samu chegou ao local para atender o caído no chão, mas constatou a morte. Enquanto a equipe aguardava a chegada da perícia, a ambulância chegou a ser depredada por cerca de 30 pessoas que estavam no local.
De acordo com a Brigada Militar, como foi constatada a morte, a equipe da Samu não poderia retirar o corpo do jovem do local até a chegada dos peritos. A polícia militar foi acionada, e também teria sido atacada. Balas de borracha foram usadas para dispersar quem estava no local.
O caso foi registrado pela Delegacia de Polícia de Lajeado, que ficará responsável pela investigação. Imagens de câmeras foram recolhidas pela polícia.

Hillary afirma que retórica de Trump beneficia terroristas

Após ataques em Nova York e Nova Jersey, candidata democrata destaca a própria experiência no combate ao terrorismo e afirma que, com discurso anti-islâmico, rival republicano ajuda extremistas.
Após ataques a bomba em Nova York e Nova Jersey, a candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira (19/09) ser a mais qualificada para combater o terrorismo no país.
"Sou a única candidata na corrida que esteve envolvida em decisões difíceis para retirar terroristas do campo de batalha. Eu sei como fazer isso", destacou Hillary, em uma coletiva de imprensa.
A democrata afirmou que a ameaça ao país é real, ressaltando sua determinação em combatê-la. A candidata acusou ainda seu adversário republicano, Donald Trump, de ajudar extremistas a angariar militantes com seu discurso anti-islâmico.
Em resposta à insistência de Trump em afirmar que há uma ligação entre terrorismo e migração e à promessa do magnata de fechar as fronteiras do país, Hillary pediu que os eleitores não se distraíssem com a retórica do adversário.
"Estamos indo atrás dos vilões e vamos pegá-los, mas não vamos perseguir uma religião inteira", ressaltou a democrata.
"Acima de tudo, quero dizer aos americanos que sejamos vigilantes, não tenhamos medo. Enfrentamos ameaças no passado. Sei que enfrentaremos este novo perigo com a mesma coragem e a mesma prudência. Escolhemos a determinação, não o medo", declarou Hillary e insistiu na necessidade de um trabalho em conjunto com aliados na luta contra o terrorismo.
Um dos pontos-chave da campanha de Hillary é sua experiência em política externa. A candidata foi secretária de Estado durante o governo de Obama entre 2009 e 2013. Na corrida eleitoral, ela cita com frequência seu papel na captura e morte de Osama Bin Laden, em 2011.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Homicídios cometidos por policiais aumentaram 85% às vésperas da Rio 2016

Os homicídios cometidos por policiais militares na cidade do Rio de Janeiro aumentaram 85% nos quatro meses (de abril a julho) que antecederam os Jogos Olímpicos Rio 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado. De abril a julho deste ano, o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro registrou 168 homicídios decorrentes de operações policiais contra os 91 do ano passado. O aumento chegou a 103% somente entre abril e junho.
Os dados fazem parte do relatório Legado de Violência: Homicídios pela Polícia e Repressão a Protestos na Olimpíada Rio 2016, lançado hoje (15) pela Anistia Internacional. Desde janeiro, 244 pessoas morreram nessas condições. Em 2015, foram 200 mortes de janeiro a julho, evidenciando um aumento de 22% no número de homicídios cometidos por policiais em serviço. Em todo o estado, esse número chegou a 470 de janeiro a julho deste ano, frente aos 408 no mesmo período de 2015, cerca de 16% de aumento. Se comparado com os meses que antecederam a abertura dos Jogos, o aumento foi de cerca de 56% frente ao mesmo período do ano passado.
A assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Renata Neder, chamou a atenção para o fato de que as autoridades tiveram sete anos para adotar medidas que evitassem ou reduzissem os homicídios decorrentes de operações policiais.
“A Polícia do Rio de Janeiro é conhecida por matar muito e, com a intensificação das operações e do número de policiais, os homicídios também aumentaram, é pura matemática”, lamentou Renata. Ela disse que o que se espera agora é que esses homicídios sejam devidamente e rapidamente investigadas e os autores, responsabilizadas. "A impunidade nos casos de violência policial alimenta o ciclo de violência da Polícia.”
O relatório é complementar ao documento A Violência não Faz Parte deste Jogo: Riscos de Violações de Direitos Humanos nas Olimpíadas Rio 2016”, lançado em junho de 2016.
Hoje também a Anistia entregou à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro um documento com cerca 210 mil assinaturas de pessoas de mais de 20 países em defesa dos direitos humanos na Rio 2016.
Durante a Olimpíada, o Comando Geral da Polícia Militar informou à Anistia que 12 pessoas foram mortas em operações policiais na cidade do Rio em 15 dias, entre 5 e 21 de agosto, e 44 pessoas foram mortas em eventos onde as forças de segurança não estavam envolvidas.
A Polícia também relatou que esteve envolvida em 217 confrontos (tiroteios) durante operações de segurança no estado no período da Olimpíada. Pelo menos dois policiais foram mortos em serviço na cidade nos primeiros dez dias da realização dos jogos.
As operações mais violentas ocorreram nas áreas mais carentes e inviabilizadas pelo Poder Público, ressaltou Renata, como as favelas de Acari, o bairro da Cidade de Deus, a favela do Borel, complexos de Manguinhos, Alemão e Maré, entre outras comunidades. “Não é possível que se garanta a segurança de uma parcela da população à custa da segurança de outra parcela”, afirmou Renata. As estatísticas oficiais mostram que, entre janeiro de 2009 e julho de 2016, mais de 2,7 pessoas foram mortas pela polícia somente na cidade do Rio de Janeiro.
A anistia também destacou o aumento da repressão contra as manifestações públicas com uso abusivo de armas menos letais. como gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha, além da detenção arbitrária de alguns manifestantes. A remoção de pessoas com faixas ou blusas com mensagens de protesto de áreas de competição também foi destacada na publicação, como sinal de censura à liberdade de expressão.
Renata salientou que casos de violação de direitos humanos relacionados à preparação de megaeventos seguem um padrão em todo o mundo e que os organizadores precisam repensar esse modelo atual de grandes jogos. “Esperamos que os organizadores aprendam com a experiência da cidade do Rio de Janeiro, que sediou três megaeventos em um período de 10 anos, e incorporar salvaguardas para a proteção de direitos humanos nos próximos contratos com cidades-sedes das futuras Olimpíadas.”
Representantes da Anistia Internacional reuniram-se com integrantes do Comitê Olímpico Internacional na Suíça neste ano e alertado sobre os riscos de violações. “O contrato da cidade-sede será revisto em setembro, e este é o momento propício para que essa salvaguarda seja feita para as futuras Olimpíadas”, disse Renata.
Sobre as denúncias contidas no relatório, a Secretaria de Estado de Segurança divulgou nota dizendo que sua prioridade é a preservação da vida, a convivência pacífica e a redução de índices de criminalidade no estado. A secretaria informou que investe desde 2007 no processo de pacificação nas comunidades, na diminuição do uso de fuzis, na implantação do Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados.  Alem disso, diz que criou o Centro de Formação do Uso Progressivo da Força e a Divisão de Homicídios, que passou a investigar os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Guerra já deixou ao menos 300 mil mortos na Síria, diz ONG de direitos humanos

Desde o início da guerra na Síria, em março de 2011, mais de 300 mil pessoas, entre elas cerca de 86 mil civis, morreram no país. O alerta foi nesta terça-feira (13) pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos. As informações são da Agência Ansa.
O último balanço do grupo, que coleta os dados sobre o conflito entre rebeldes e o governo de Bashar al-Assad, registra um aumento de 9 mil mortos se comparado ao último relatório, divulgado em agosto. Entre as vítimas civis, calcula-se que mais de 15 mil eram crianças ou adolescentes.
Trégua
Ainda de acordo com a OSDH, o cessar-fogo temporário acordado com as forças rebeldes está em vigor em grande parte do país em seu segundo dia.
No entanto, acusações de violações da trégua pelos dois lados vêm sendo denunciadas, desde ontem à noite, na imprensa local. A agência oficial de notícias Sana acusou "grupos armados" de ter atuado em Aleppo. Segundo a emissora árabe Al Jazeera, por sua vez, o regime de Assad registrou mais de 14 violações na última madrugada.
O governo da Turquia também declarou ter atacado alvos na Síria após terem registrado disparos de morteiros na fronteira entre os dois países.
ONU
O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke, disse que o organismo está disposto a proporcionar ajuda humanitária para a população síria assim que as partes respeitarem a trégua, permitindo o acesso dos comboios às áreas afetadas com segurança. "Precisamos de um ambiente sem risco de morte", concluiu.
Itália
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, defendeu hoje, durante visita a Sofia, capital da Bulgária, que a União Europeia (UE) "não pode ser apenas um espectador" da crise na Síria.
Histórico
A Síria vive uma guerra civil desde 2011, quando opositores ao regime de Assad iniciaram uma rebelião armada para tirar o ditador do poder, inspirados pela Primavera Árabe. Sem sucesso, o conflito continua até hoje e o grupo extremista Estado Islâmico domina grandes porções de terra do norte do país.

domingo, 11 de setembro de 2016

Protesto na Avenida Paulista pede pela saída do presidente Michel Temer

Manifestação, organizada pela Frente Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular, pretende seguir em direção ao parque do Ibirapuera, na zona sul

Agência Brasil
Manifestação na Paulista neste domingo (11) teve início por volta das 14h
Agência Brasil
Manifestação na Paulista neste domingo (11) teve início por volta das 14h
Manifestantes se reúnem desde as 14h de neste domingo (11) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, em ato contra o governo do presidente Michel Temer. Organizado pela Frente Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular, a manifestação pretende sair em passeata até o Parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade.
Guilherme Boulos, representante do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), grupo que integra a Povo sem Medo, disse que, além dessa, novas mobilizações continuarão sendo convocadas no país. "Tem tido manifestações nos últimos dez dias. Talvez tenha sido o período mais intenso de mobilização nos últimos anos no Brasil. Teve mobilização quase todo dia", afirmou.
"Estamos na rua porque temos no Brasil hoje um governo ilegítimo, sem voto, que fraudou a soberania do voto popular e que, ao mesmo tempo, quer aplicar um programa que também não foi eleito pelo povo brasileiro, de ataque brutal aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais", explicou Boulos.

Clima

Segundo ele, isso vai gerar uma grave sequela na sociedade, "nas próximas gerações inclusive, se agora não formos para rua resistir e barrar esse projeto. Isso é o que está em jogo hoje".
Os manifestantes carregam bandeiras e cartazes pedindo "Fora Temer" e "Diretas Já". O clima na Avenida Paulista é tranquilo, com música no carro de som da organização e com pessoas de diversas faixas etárias participando do ato.
Presente ao ato, o presidente do Partido dos Trabalhadores falou da importância das manifestações dos últimos dias. "Todas essas manifestações estão voltadas para combater o golpe e agora combater o golpe significa eleições gerais, significa aumentar a pressão das ruas, mas também dar uma resposta na eleição. Aqui em São Paulo, por exemplo, os três candidatos que lideram as pesquisas apoiaram o golpe", concluiu Boulos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Dilma pede ao TSE nova perícia sobre empresas da campanha

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma nova perícia sobre as empresas que prestaram serviços à campanha eleitoral que elegeu em 2014 a chapa da petista e do então vice e atual presidente da República, Michel Temer, por considerar o laudo pericial "insuficiente, incompleto e impreciso".
Foto: Lula Marques/ Agência PT
Há cerca de duas semanas, peritos da Justiça Eleitoral constataram que três empresas - Rede Seg, VTPB e Focal - não apresentaram documentos suficientes para comprovar a prestação de todos os serviços contratados pela campanha.
Segundo os peritos judiciais, as empresas não apresentaram documentos que possam comprovar "se os bens e serviços contratados pela chapa presidencial eleita em 2014 foram integralmente produzidos e entregues à campanha, não afastando nessa hipótese o desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha".
Diligências
A defesa de Dilma informou ter apresentado ontem (8) parecer técnico divergente ao TSE elaborado por um auditor independente.
"O parecer contábil divergente, contendo mais de 8 mil páginas, em 37 volumes de documentos, concluiu pela insuficiência do laudo pericial elaborado pelos peritos judiciais (de apenas 200 páginas), que deixou de analisar documentos indispensáveis, bem como de realizar diligências e vistorias necessárias", informou hoje (9), por meio de nota, o advogado de Dilma, Flávio Caetano.
De acordo com o advogado, o parecer divergente comprovou que os serviços contratados com as empresas Focal, VTPB e Rede Seg foram "devidamente prestados, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse havido desvios de valores".

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Oposição venezuelana protesta para aumentar pressão por referendo contra Maduro

A oposição venezuelana e os apoiadores do governo fizeram novos protestos nesta quarta-feira nas principais cidades do país em mais uma demonstração do embate social por conta do referendo revocatório contra o presidente Nicolás Maduro.
Com bandeiras da Venezuela, opositores e chavistas se encontraram nas ruas das 24 sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que amanheceram fechadas e fortemente protegidas pela polícia.
Em Los Teques, a 30 km de Caracas, aproximadamente 1.500 manifestantes de um e outro lado se reuniram separados por apenas um quarteirão e divididos por uma grade metálica e filas de policiais. Não houve incidentes até o momento, segundo a equipe da AFP presente no local.
"Temos que fazer algo, o voto e o protesto pacífico são as únicas armas que temos. O governo controla quase todos os poderes e não faz mais do que inventar para evitar o revogatório", afirmou à AFP Rosmina Castillo, de 52 anos.
Em Caracas, os opositores e chavistas se concentraram em algumas praças e parques.
"Estamos aqui defendendo a revolução do ataque da direita apátrida. Firmes com Maduro", declarou Alexander Rangel, um trabalhador da empresa estatal de petróleo, na cêntrica Praça Venezuela.
Às 12H00 locais (16H00 GMT, 13H00 horário de Brasília), o hino foi cantado na Praça Brión, no leste, onde os opositores se concentraram. Na maior parte do país os manifestantes não conseguiran chegar às sedes do poder eleitoral,
"Exigimos que se cumpra a Constituição, temos direito ao referendo", declarou o porta-voz da opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD), Jesús Torrealba.
A oposição exigirá do CNE, que acusa de ser aliado do governo, que acelere o referendo. Ao mesmo tempo, Maduro acusa os opositores de buscarem a violência e um golpe de Estado.
A MUD considera o referendo uma "válvula de escape" ao mal-estar e angústia dos venezuelanos com a escassez de quase 80% dos alimentos e remédios, assim como pela maior inflação do mundo, que o FMI projeta em 720% para este ano.
Maduro, que segundo pesquisas privadas tem uma impopularidade de aproximadamente 75%, atribui a crise à queda dos preços do petróleo e ao que chama de "guerra" econômica de empresários e políticos de direito que, segundo ele, pretendem instalar um governo neoliberal fiel aos Estados Unidos, após 18 anos.
A MUD acusa o CNE de adiar o processo para que o governo ganhe tempo: se o referendo acontecer até 10 de janeiro de 2017 e Maduro perder, novas eleições presidenciais serão convocadas; caso a votação aconteça depois desta data, mesmo que o mandato seja revogado ele será substituído por seu vice-presidente.
O governo afirma que não acontecerá um referendo em 2016 porque a oposição iniciou os procedimentos de maneira tardia, por conta de conflitos internos.
"Não há nenhuma possibilidade, talvez em março", repete o número dois do chavismo, Diosdado Cabello.
Para acelerar o processo, a oposição exige que o CNE fixe a data e as condições para a coleta de quatro milhões de assinaturas (20% do padrão eleitoral), necessárias para que o referendo revogatório seja convocado.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Justiça Eleitoral encontra doações de pessoas mortas para candidatos

A Justiça Eleitoral encontrou os primeiros de indícios irregularidades na prestação de contas de candidatos às eleições de outubro. De acordo com levantamento feito em parceira com o Tribunal de Contas da União (TCU), foram identificados 38,9 mil doadores suspeitos, 1,4 mil despesas com indícios de irregularidades e 34% de irregularidades do total de contas analisadas. No caso de doações suspeitas, foram encontradas doações de pessoas mortas.
Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, durante o lançamento da Cartilha Condutas Vedadas aos Agentes Públicos Federais nas Eleições 2016, no Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, disse que as irregularidades podem resultar na impugnação das candidaturas pelo Ministério Público EleitoralMarcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, as irregularidades podem resultar na impugnação das candidaturas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). "Nós temos que acompanhar isso com rigor. Já tivemos no passado mortos que votavam. Agora, temos mortos que doam", disse Mendes.
Os dados fazem parte da primeira lista de indícios de irregularidades encontradas na prestação de contas dos candidatos às eleições de outubro. Neste ano, passou a vigorar nova regra, instituída pela Reforma Eleitoral aprovada no ano passado, na qual os partidos e candidatos são obrigados a enviar à Justiça Eleitoral dados sobre arrecadação e despesas de campanha a cada 72 horas. Com a nova lei, as doações de empresas foram proibidas e foram permitidas somente doações por pessoas físicas, limitadas a 10% do rendimento do ano anterior.
Antes da vigência da nova regra, os dados eram enviados somente três vezes durante a campanha, com duas prestações parciais e prestação de contas finais. Para analisar os dados, o TSE firmou um convênio com o TCU, que vai apresentar relatórios semanais ao tribunal.
De acordo com Aroldo Cedraz, presidente do TCU, os dados representam 34% de irregularidades do total de contas analisadas.  "Há indícios claros de várias irregularidades. Para vocês terem uma ideia são 34% de irregularidades que nós estamos verificando, no primeiro momento, em relação aos doadores. Em relação aos fornecedores, 2% de irregularidades. Mas, claro, isso nós iremos passar às mãos do presidente do TSE, que poderá encaminhar esses dados aos juízes eleitorais dos municípios para que possam checar melhor esses dados", disse.
Foram analisadas 114,5 mil doadores e 60,9 mil fornecedores.

sábado, 3 de setembro de 2016

Temer afirma que protestos contra impeachment são "pequenos e depredadores"

O presidente Michel Temer classificou hoje (3) de "pequenos e depredadores" os protestos que ocorreram nos últimos dias contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em algumas cidades brasileiras. De acordo com ele,  as manifestações são reações naturais diante do momento "politicamente complicado", mas não comprometem o início do governo porque são promovidas por "40 pessoas que quebram carro".
Temer está desde ontem na China, onde presenciou encontro com investidores estrangeiros e vai participar da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do planeta). Neste sábado, ele se encontrou com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevêdo.
"É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores. Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia", disse.
Protestos contra o governo
Ao ser perguntado se considera que os protestos podem comprometer o início do seu governo, ele respondeu: "As 40 pessoas que quebram carro? Tem que perguntar para os 204 milhões de brasileiros e para os membros do Congresso Nacional".
Na avaliação do presidente, depredações não estão previstas na "ordem normativa". Ele disse ser natural a ocorrência de manifestações. "Até me surpreenderia se houvesse unanimidade, e a unanimidade não é inteligente. Eu gostaria que você me fizesse essa pergunta [sobre a popularidade] daqui a dois anos. Muitas vezes há também um desconhecimento", disse.
"Não há uma norma legal que autorize a depredação. O que está acontecendo lá são movimentos depredatórios", afirmou, complementando que, apesar dos apelos que tem feito nos últimos meses por um governo de união nacional, "pacificar logo no primeiro dia é absolutamente impossível".
Temer também concedeu entrevista a jornalistas chineses na cidade de Hangzhou, onde participará nos próximos dias da 11ª Cúpula do G20. Ontem, ele teve um encontro bilateral com o presidente da China, Xi Jinping.
Desde a última quarta-feira (31), quando os senadores condenaram Dilma por crime de responsabilidade, Temer foi alvo de protestos em Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. Em São Paulo, manifestantes também têm ido às ruas contra a violência policial após uma estudante ter sido atingida no olho.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Casal Fassbender e Vikander roubam a cena em Veneza

Dupla é a estrela do filme "A Luz Entre Oceanos".

Os atores Michael Fassbender e Alicia Vikander foram os protagonistas do segundo dia do Festival de Cinema de Veneza, na Itália, com o filme "The Light Between Oceans" ("A Luz Entre Oceanos").
Apesar de derramar lágrimas do público, o longa não recebeu muitos elogios da crítica. Mesmo assim, Fassbender e Vikander foram o principal atrativo da programação de hoje, por terem iniciado um romance durante as gravações do filme. Fassbender, de 39 anos, admitiu, porém, que se sentiu intimidado quando conheceu Vikander, de 27 anos, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "A Garota Dinamarquesa". "Fiquei com medo quando Alicia chegou, ela era tão feroz e ávida.
Lembrei de como eu era quando estava começando. Eu realmente senti que tinha que fazer minha parte, ser tão presente quanto ela".
"Conheço bem essa situação, porque eu também era assim nos meus primeiros trabalhos, quando tinha diante de mim a possibilidade de ser notado. Isso me obrigava a dar o melhor de mim. Esta luta para ganhar a atenção máxima do diretor e das câmeras me forçava a agir à altura", disse o astro. Para produzir o filme, o diretor Derek Cianfrance propôs que Vikander e Fassbender uma temporada sozinhos em uma ilha deserta para que se conhecessem melhor. No fim de 2014, veio a notícia de que eles estavam namorando.
Adaptação de um best-seller, "A Luz Entre Oceanos" conta uma história ambientada em Janus Rock, uma ilha a 160 km da Austrália, após a Primeira Guerra Mundial. Fassbender interpreta o sobrevivente da Frente Ocidental Tom Sherbourne que tenta se recuperar dos traumas de guerra. Vikander interpreta Isabel que, apesar do luto por seus irmãos mortos, tem energia suficiente para viver um romance. Abatido por uma tragédia, o casal precisa enfrentar a dúvida moral sobre adotar uma criança cuja mãe ainda está viva.
"Me apaixonei completamente pelo personagem, um homem com um passado sombrio sobre o qual não fala, mas, ao mesmo tempo, é leal e generoso, capaz de violar princípios éticos por amor", disse Fassbender. "Mais que uma história de amor, 'The Light Between Oceans' quer ser uma lição de vida na qual o perdão e a compreensão ajudam a seguir adiante".