sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

De volta ao Senado, Aécio Neves aparece com “novo visual” e chama atenção

Presidente nacional do PSDB esteve em uma reunião do partido em Brasília e exibiu barba “por fazer”
Senador Aécio Neves concede entrevista coletiva, em Brasília. Barba chamou atenção | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Senador Aécio Neves concede entrevista coletiva, em Brasília. Barba chamou atenção | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB) voltou a Brasília nesta sexta-feira (30/1), quando se reuniu com a bancada do partido para debater a crise no setor elétrico brasileiro.
Ao lado do também senador Aloysio Nunes (PSDB), o candidato derrotado à presidência em 2014 debateu com integrantes da legenda os problemas recentes por todo o País.
No entanto, o que mais chamou a atenção de jornalistas e presentes foi o novo visual do ex-governador de Minas Gerais. Aécio deixou a barba crescer, o que lhe conferiu ar de mais velho.
Bancada do PSDB se reúne em Brasília | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Bancada do PSDB se reúne em Brasília | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Neste domingo (1º/2), o tucano participa da solenidade de posse dos novos deputados federais e senadores, quando também será realizada a eleição para as duas Casas.
O PSDB deve apoiar Luiz Henrique (PMDB-SC) para presidência do Senado e o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), na Câmara. Caso haja segundo turno, devem ir de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Relatório mostra que mortes por ação policial em SP quase dobraram em 2014

Embora os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro tenham adotado medidas para combater o uso indevido da força letal por parte da polícia, o número de pessoas mortas nessas circunstâncias aumentou “drasticamente” no ano passado. As mortes provocadas pela polícia paulista cresceram 97% e pela carioca, 40%.
Os dados constam do relatório mundial sobre direitos humanos da organização Human Rights Watch (HRW), divulgado hoje (29), e mostram, segundo a entidade, que o Brasil ainda precisa fazer muito para resolver problemas crônicos, como tortura, execuções extrajudiciais e condições desumanas em prisões.
O Relatório Mundial 2015 da HRW está na 25ª edição e analisa os avanços e retrocessos na proteção dos direitos humanos em mais de 90 países. No capítulo destinado ao Brasil, a organização destaca como tema preocupante a permanência da tortura em unidades prisionais. De acordo com o documento, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos recebeu 5.431 denúncias de tortura e tratamento cruel, desumano ou degradante em 2014. Mais de 80% dessas denúncias referiam-se a ocorrências em presídios, delegacias de polícia, delegacias que operam como unidades prisionais e unidades de medida socioeducativa.
Nesse âmbito, a HRW destaca como medida positiva a resolução do Conselho Nacional de Justiça que descreve medidas básicas que juízes devem tomar para orientar a investigação de possíveis casos de tortura. Outra ação considerada avanço é a designação de 11 peritos, pelo Comitê Nacional para a Prevenção e o Combate à Tortura, que conduzirão visitas periódicas e regulares a locais de privação de liberdade civis e militares. O sistema prisional brasileiro tem mais de meio milhão de pessoas, o que supera em 37% a capacidade das unidades, informa o relatório. “Muitas de suas instalações estão devastadas pela violência”, acrescenta o texto.
No cenário internacional, a organização avalia que o Brasil atuou de maneira positiva no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), apoiando resoluções sobre situações críticas de direitos humanos. Também foi assertiva a postura brasileira na Assembleia Geral da ONU, na liderança de esforços para garantir a privacidade na era digital. A HRW avalia, no entanto, que o país tem se omitido em apoiar esforços internacionais para pressionar governos envolvidos em flagrantes abusos, citando o princípio da não interferência.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo diz que apesar do aumento no número absoluto de mortos em decorrência de intervenção policial, em termos percentuais a situação é praticamente a mesma de 2013. Os dados mostram que, em 2013, 13% dos criminosos envolvidos nos confrontos com a polícia morreram – os 87% restantes foram presos, fugiram ou ficaram somente feridos. Em 2014, o índice de mortos ficou na casa dos 17%, o que não representa um salto significativo.
Segundo a nota, é preciso lembrar que, do primeiro semestre de 2013 para o mesmo período de 2014, houve aumento de 51,9% nas ocorrências de confrontos. A hipótese mais provável para essa alta é o crescimento no número de roubos - fenômeno nacional que tem sido verificado em praticamente todos os estados brasileiros. Segundo levantamento da Polícia Militar, 65,9% dos confrontos entre criminosos e policiais aconteceram em ocorrências de roubo.
Matéria alterada às 11h30 de 29/01/2015 para correção de informação. Diferentemente do que o texto informava, as mortes provocadas pela polícia paulista cresceram 97% e pela carioca, 40%. O título também foi alterado.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Comboio militar israelense é atacado pelo Hezbollah

O movimento xiita Hezbollah atacou nesta quarta-feira (28) um comboio militar israelense na fronteira entre o Líbano e Israel. O atentado foi uma resposta aos ataques recentes de Israel contra as Colinas de Golã, que mataram ao menos seis militantes do grupo. De acordo com fontes locais, a ação do Hezbollah contra as forças israelenses ocorreu nas fazendas de Shebaa.
O ataque foi duramente criticado pelas autoridades israelenses, que prometeram revidar. "Aos que tentam nos desafiar, sugiro que olhem para Gaza. O Hamas sofreu nesta temporada o golpe mais duro desde sua criação. Estamos prontos a reagir com força", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, logo após os ataques. O premier se referiu à ofensiva militar Margem Protetora que provocou milhares de mortos no ano passado, na Faixa de Gaza.
Netanyahu, que estava em visita a Neguev, viajou com urgência para Tel Aviv para participar de uma reunião extraordinária com o Ministério da Defesa e comandantes das Forças Armadas.
A imprensa local afirma que caças israelenses já estão atacando alvos do Hezbollah na fronteira com o Líbano, mas uma fonte militar disse que esta não será a resposta final.
Vítimas
Um soldado capacete azul das Nações Unidas morreu no Líbano durante os confrontos entre forças israelenses e o Hezbollah. A informação foi confirmada à ANSA pelo porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti. Fontes locais afirmam que o militar é espanhol.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Caminhão e ônibus são incendiados em reintegração de posse

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM), após negociação, as famílias aceitaram a remoção, que agora segue de forma pacífica. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 70 famílias – um total de 173 pessoas – vivem em casas de alvenaria e de madeira, construídas no terreno desde 1994. A maioria dos moradores, porém, instalou-se no local em 2010.
O terreno está localizado próximo ao trevo do quilômetro 53 da Via Anchieta, no bairro Fabril. O local é área de preservação ambiental e faz parte do Parque Estadual Serra do Mar.
A reintegração de posse, pedida pelo Ministério Público, foi expedida pelo juiz Rodrigo de Moura Jacob, da 4ª Vara do Foro de Cubatão. A polícia informou que se reuniu com os moradores para reduzir os riscos da operação, executada pelo 21º Batalhão de Polícia Militar do Interior.
Mais cedo, a Ecovias, concessionária que administra a Via Anchieta, chegou a informar que o trecho de Serra do quilômetro 55 ao 40, no sentido São Paulo, estava bloqueado por causa da operação. A concessionária, porém, retificou a informação, esclarecendo que a interdição é para obras emergenciais. A subida para a capital paulista é feita apenas pela Rodovia dos Imigrantes.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

MEC deve reabrir esta semana sistema para inscrições no Fies


O Ministério da Educação (MEC) deve abrir ainda esta semana o sistema informatizado para inscrições do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), conforme informou hoje (26) o secretário-executivo do ministério, Luiz Cláudio Costa. O site do programa está fora do ar para adequações às portarias editadas pelo MEC, em dezembro do ano passado, alterando regras do Fies.
Com as mudanças, passa a ser exigida nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, o estudante não pode ter zerado a redação para obter o financiamento. Antes, era preciso apenas ter feito o exame.
A portaria proíbe, ainda, que o aluno acumule bolsa Programa Universidade para Todos (ProUni) e o financiamento em cursos diferentes. A complementação das bolsas parciais no mesmo curso e na mesma instituição continua sendo permitida.
As instituições de ensino superior privadas ficaram insatisfeitas com as mudanças e buscam diálogo com o Ministério da Educação. De acordo com Luiz Cláudio Costa, o diálogo com as instituições será mantido, seguindo o pressuposto da qualidade.
“O ministério dialoga, como sempre faz, com todo os setores, mas dentro do pressuposto da qualidade. O diálogo é permanente”, disse Costa, acrescentando que esta é a orientação do ministro da Educação, Cid Gomes.
“O primeiro compromisso do ministro Cid Gomes com o Ministério da Educação é com a qualidade. É o que também espera a sociedade. Temos de ter muita atenção para que nossos jovens tenham mais oportunidades na educação superior, mas sempre com esse pressuposto da qualidade”.
No último dia 21, a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) recorreu à Justiça contra as alterações. A federação protocolou mandado de segurança coletivo, pedindo liminar protetiva para que as mudanças não sejam aplicadas.

domingo, 25 de janeiro de 2015

OMS diz que chuvas e falta de fundos podem afetar combate ao ebola

Avançar no combate ao ebola na África Ocidental depende de uma mobilização de fundos e de profissionais antes do início da temporada de chuvas, em abril e maio, mas a Organização Mundial da Saúde deve ficar sem recursos em meados de fevereiro, disse uma autoridade da OMS nesta sexta-feira (23).
O número de casos de ebola tem caído semana após semana neste mês nos países mais atingidos pelo surto, como Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que é promissor, disse o diretor-geral assistente da OMS encarregado da resposta à doença, Bruce Aylward.
"Ficamos sem dinheiro em meados de fevereiro, isso é quatro ou cinco meses antes de o vírus parar no melhor dos cenários", disse ele a jornalistas em Genebra.
A agência de saúde da ONU ainda precisa de 260 milhões de dólares para completar seu orçamento de 350 milhões de dólares para enfrentar o ebola pelos próximos seis meses, afirmou Aylward.
"Se a gente entrar na temporada de chuvas com a doença, estaremos olhando para mais um ano difícil ou mais", disse Aylward.
Situação ainda preocupante
Apesar de uma sensível queda do número de afetados pelo vírus ebola, a situação continua sendo extremamente preocupante nos três países mais atingidos, afirmou ainda a OMS nesta sexta-feira.
A organização está preocupada com uma possível diminuição da vigilância e cuidados. Mais cedo, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou o fim de todas as medidas de quarentena tomadas para lutar contra o ebola devido ao retrocesso da epidemia no país, que tem o maior número de casos registrados.
"As restrições ao movimento da população serão reduzidas para fomentar a atividade econômica. Já não haverá restrições deste tipo a nível local ou provincial", afirmou Koroma em um discurso transmitido pela rádio e pela televisão na quinta-feira à noite.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mais de 5 mil pessoas já morreram em conflito na Ucrânia

Mais de 5 mil pessoas morreram na Ucrânia desde o início do conflito no leste do país, em abril de 2014, revelou o último relatório das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta sexta-feira, dia 23, em Genebra.   
O porta-voz do alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, explicou que o agravamento das hostilidades registrado em janeiro causa temores de que a cifra real seja muito mais elevada.   
Entre 13 e 21 de janeiro, ao menos 262 pessoas foram mortas em meio aos conflitos - uma média de 29 mortes por dia. Este é o período mais letal desde o cessar-fogo assinado em 5 de setembro.
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de ter dado "uma ordem oficial de começar uma ação militar em larga escala em todo o perímetro da fronteira".   
Em reunião do Conselho de Segurança Nacional, Putin acrescentou que "a responsabilidade pelo agravamento do conflito no leste da Ucrânia e pela morte de civis recai sobre aqueles que deram as ordens criminais de usar artilharia e a aviação de forma indiscriminada sobre zonas densamente habitadas".

Incêndio atinge galpão de tapeçaria na zona sul de SP

Um incêndio de grandes proporções atingiu um galpão de material de tapeçaria localizado na Rua Eugênio Guidugli, na região do Grajaú, zona sul da capital paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, 11 viaturas foram enviadas ao local na manhã desta sexta-feira, dia 23.
O fogo começou por volta das 7h30 e deixou uma vítima, que foi encaminhada ao Hospital das Clínicas. Trata-se de um soldado dos bombeiros que atuava na contenção das chamas. Ele teria sido atingido por uma das mangueiras do caminhão, que se soltou. O estado de saúde dele não foi divulgado.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cristina Kirchner deixa-se enredar em história de espiões

No último domingo, após ser acusada de manter silêncio sobre a morte de Alberto Nisman, o procurador que investigava o atentado a um centro judaico em 1994, a presidente argentina escrevia na sua página do Facebook o quanto lamentava o suicídio do homem que a acusava de ter encoberto espiões iranianos vistos como responsáveis por esse ataque há duas décadas. Três dias depois, Cristina Kirchner volta ao tema na rede social para rejeitar a tese de suicídio: “A verdadeira operação contra o Governo era a morte do procurador depois de ter acusado a presidente”.

O procurador Alberto Nisman deveria ser ouvido na segunda-feira no Congresso sobre a investigação ao atentado contra a sede da AMIA, o maior centro judaico na Argentina, faz duas décadas. Nisman preparava-se para envolver a presidente no cenário de uma acção de agentes iranianos que beneficiariam do encobrimento de Cristina Kirchner. Entregou as 289 páginas do relatório das suas investigações a um juiz, mas não chegou a advogar a tese perante o Congresso porque no domingo apareceu morto no seu apartamento do edifício Le Parc de Puerto Madero, zona rica da capital Buenos Aires. “Usaram-no enquanto estava vivo e precisavam dele morto. É triste e terrível”, declara Kirchner.
No relatório de Nisman, a presidente é acusada de secretamente ter chegado a um acordo para evitar a acusação de envolvimento de um antigo funcionário iraniano no ataque de 1994.

Trata-se de uma morte embrulhada em papel de romance policial, com pormenores que deixam demasiadas pontas soltas: a imprensa aponta a ausência – a seu pedido – de guarda-costas durante a noite de sábado, quando Alberto Nisman era normalmente protegido por 10 homens; a morte com uma arma emprestada por um funcionário seu na Procuradoria, quando ele próprio tinha duas armas; a recusa de passagem à ambulância de emergência por duas vezes e a chamada de um médico da Swiss Medical, uma empresa privada de saúde.
Acresce a informação de que Alberto Nisman teria feito uma lista de compras que a sua empregada doméstica deveria fazer na segunda-feira.
Inicialmente a presidente argentina apontava para o suicídio como a causa de morte mais provável: “A morte de uma pessoa sempre provoca dor entre os seus entes queridos e consternação ao resto das pessoas. Além disso, o suicídio provoca em todos os casos, primeiro, estupefação, e depois as interrogações. O que foi que levou uma pessoa a tomar a terrível decisão de acabar com a vida?”.
“Espiões que não eram espiões. Suicídio que não foi suicídio”
Trata-se de um posicionamento que é agora revisto pela chefe de Estado. Num texto intitulado no original “Los espías que no eran espías. Los interrogantes que se convierten en certeza. El suicidio (que estoy convencida) no fue suicídio”, Cristina Kirchner revê a teoria do suicídio para propor a ideia – certeza, na sua cabeça – de que o procurador Alberto Nisman foi assassinado.Alberto Nisman, procurador de 51 anos, tido como competente e “vaidoso”, foi encontrado na banheira em roupa interior e com uma bala na cabeça.
“Usaram-no enquanto estava vivo e precisavam dele morto. É triste e terrível”, declara Kirchner na parte final desse novo texto.
Pelo meio aponta o dedo à teoria de uma conspiração que terá sido urdida contra si e seus próximos a pretexto do alegado encobrimento de espiões iranianos que teriam levado a cabo o ataque contra o AMIA.
“A denúncia do procurador Nisman nunca foi em si mesma a verdadeira operação contra o Governo. Não tinha sequer pernas para andar. Nisman não o sabia e provavelmente nunca o soube. A verdadeira operação contra o Governo era a morte do promotor de Justiça depois de acusar a presidente, o seu chanceler e o secretário-geral de La Cámpora de serem cúmplices dos iranianos acusados pelo atentado terrorista ao AMIA”, escreve.
Neste caso que está a mexer com a vida argentina ficam ainda as acusações ao Governo pela sua incapacidade de reagir ao que vem caindo nas malhas da comunicação social. A Kirchner vem sendo apontado um silêncio demasiado pesado sobre o assunto que apenas é quebrado através das redes sociais. Numa imagem brilhante, a imprensa acusa a chefe de Estado de se esconder atrás do mural do seu Facebook.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Líder da Al-Qaeda pede a fiéis que ataquem o Ocidente

O pedido fala principalmente aos moradores de países que lutam contra o terrorismo.

Após reivindicar na última semana os ataques à revista francesa Charlie Hebdo, o líder da organização terrorista Al-Qaeda, Nasser bin Ali al-Ansi, pediu que os seguidores do Islã realizem novos ataques ao Ocidente. Em seu pedido, o líder da Al-Qaeda do Iêmen, afirmou ser mais efetivo do que ir diretamente para as zonas de combate. O vídeo com o pronunciamento foi divulgado em fóruns virtuais.
O terrorista voltou seus olhos para os países que possuem uma luta maior contra o terrorismo, como o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá. O objetivo é criar ataques de “lobos solitários” contra esses países.  “É muito mais eficiente para um indivíduo ser o único jihadista em um país ocidental do que se mudar para as linhas de frente do jihad em zonas de combate?” perguntou o líder. Ele respondeu “Se ele for capaz de se sustentar nesses países que lutam contra o Islã, como a América, o Reino Unido, a França, o Canadá e outros países que representam a cabeça da falta de fé que cria a guerra contra o Islã e participam dessa Crusada – se ele for capaz disso, é melhor e causará mais danos.”
O terrorista também afirma que tem lutado contra o ISIS, o Estado Islâmico, pela supremacia do movimento jihadista. Outras advertências parecidas estão circulando pela internet antecipando ataques de extremistas vindos da Síria e do Iêmen.
Na última quarta-feira (14), o líder informou também através de vídeo que os ataques à revista satírica francesa Charlie Hebdo foram pensados, planejados e executados com seu dinheiro.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Sudeste e Centro-Oeste tiveram recorde de consumo de energia antes de apagão

Relatório divulgado nesta terça-feira pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) mostra que as regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram recorde de carga de energia elétrica às 14h32 de segunda-feira, minutos antes do apagão que atingiu essas regiões, além de estados do Sul.
Segundo o ONS, o recorde de carga atingido na segunda-feira no Sudeste foi de 51.596 megawatts (MW), ante recorde anterior de 51.295 MW registrado em 13 de janeiro de 2015.
Às 15h34, foi a região Nordeste que registrou recorde de carga, com um valor de 12.166 MW, ante recorde anterior de 11.999 MW ocorrido em 14 de janeiro de 2015.
>> Ministro diz que não houve falta de energia e sim falha técnica
>> Desligamento de energia evitou 'desastre maior', diz diretor da Aneel
>> ONS: restrições na transferência e aumento da demanda provocaram apagão
>> ONS recomenda redução de energia distribuída para SP, RJ, MG, ES e DF
Na segunda-feira, o ONS informou que ordenou o corte de carga para normalizar a frequência do sistema interligado nacional. Uma redução da frequência do sistema ocorreu diante de aumento da demanda por energia no horário de pico e restrição na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, com posterior perda de unidades geradoras de algumas usinas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NSA prova participação da Coreia do Norte em ataques à Sony

Agência dos EUA se infiltrou em redes informáticas do país.

A Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) conseguiu estabelecer vínculos entre a Coreia do Norte e o ataque informático sofrido pela Sony Pictures em novembro de 2014, informou o jornal "The New York Times". A publicação disse que o feito só foi possível graças a uma invasão que a NSA tinha realizado em 2010 nos sistemas norte-coreanos. A informação foi confirmada ao jornal por ex-funcionários norte-americanos e especialistas internacionais.
    "Diante do temor pela crescente capacidade  informática de Pyongyang, a NSA se infiltou na rede chinesa que une a Coreia do Norte com o resto do mundo e, mediante conexões com a Malásia utilizadas por hacker norte-coreanos, conseguiu ingressar diretamente na rede, com ajuda da Coreia do Sul e de outros alidados dos EUA", afirmou o NYT. Com isso, a NSA instalou um software que traça os trabalhos de vários computadores e redes usados por hackers norte-coreanos, alguns deles funcionários do serviço de inteligência do país. De acordo com o NYT, essa operação permitiu que os EUA recolhessem provas do envolvimento da Coreia do Norte no ataque à Sony. No fim do ano passado, os sistemas dos estúdios da Sony sofreram um ataque de hackers, cuja autoria foi atribuída à Coreia do Norte pelo FBI. O regime de Pyongyang, no entanto, nega envolvimento no caso. Após ameaças, a Sony também resolveu cancelar a estreia do filme "The Interview" ("A Entrevista", em tradução livre do inglês), que faz uma sátira do presidente norte-coreano, Kim Jong-Un. (ANSA)

domingo, 18 de janeiro de 2015

Inscrições para o Sisu começam amanhã

Começam amanhã (19) as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Podem participar aqueles que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 e não tiraram nota zero na redação. As inscrições serão feitas online na página do Sisu até o dia 22.
A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de vagas aumentou 20% em relação ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edição de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015.
As instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cumprindo a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais vagas para candidatos provenientes de escolas públicas.
Esta edição do Sisu terá apenas uma chamada. O resultado será divulgado no dia 26. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni.
A nota individual no Enem está disponível no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Confira a nota de corte dos cursos ofertados na edição do primeiro semestre de 2014 do Sisu no Portal EBC.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Colegas e familiares questionam conclusão da Aeronáutica sobre acidente que matou Campos

Laudo da Força Aérea aponta que acidente que matou Eduardo Campos e assessores foi causado por falha do piloto. Cinco meses depois do acidente aéreo que vitimou o ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos, líderes do seu partido reagiram à conclusão da Aeronáutica de que a queda do avião teria sido causada por uma sucessão de falhas humanas – conforme publicou na edição de ontem o jornal O Estado de S. Paulo. Já a família de Campos afirmou que a análise é “prematura” e é “estranha” a divulgação, enquanto um primo do piloto disse que quando não são encontradas provas na caixa-preta, “a culpa sempre recai sobre o piloto”. Segundo a publicação, ao se ver obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, o piloto Marcos Martins operou os aparelhos da aeronave em desacordo com as recomendações do fabricante e acabou sofrendo o que é tecnicamente descrito como “desorientação espacial” – quando o piloto deixa de ter noção da posição do avião em relação ao solo.
A conclusão do relatório da Aeronáutica, ainda segundo o jornal, baseou-se em informações dos últimos segundos do voo, quando o avião caiu em ângulo acentuado e em “potência máxima”. Dirigentes do PSB questionaram ontem a falta de explicação para o desligamento da caixa-preta de voz e a razão pela qual o piloto teria sofrido a “desorientação espacial” sem que os aparelhos do moderno Cessna Citation ou o copiloto Geraldo Magela Barbosa percebessem que o jatinho estava em movimento de descida, e não de subida.
O vice-governador de São Paulo, Márcio França, e o líder do PSB na Câmara dos Deputados e vice na chapa presidencial de Marina Silva, Beto Albuquerque, contaram que voaram algumas vezes naquela aeronave e elogiaram a experiência dos profissionais, além de negar que eles teriam atritos entre si. “Ele (Campos) gostava muito deles. Se referia a eles como caras hábeis. Só ouvi elogios sobre eles”, disse Albuquerque. França viu o resultado das investigações da Aeronáutica com desconfiança e disse que esperava um trabalho mais “esclarecedor”. “Pode até ser, mas falha humana é uma conclusão simplista”, opinou França.
O PSB contratou um técnico em acidentes aeronáuticos para acompanhar as investigações do acidente e avaliar o resultado da apuração. O partido vai pedir acesso ao relatório da Aeronáutica, mas aguardará a conclusão do inquérito para se posicionar oficialmente. Carlos Grou, primo de Marcos Martins, argumentou que é “muito mais fácil” culpar o piloto. Segundo ele, é preciso apurar porque o Cockpit Voice Recorder (CVR), que registra as conversas dos pilotos, não gravou os diálogos da tripulação. Em nota, Antonio Campos, irmão de Eduardo, disse que só irá se pronunciar sobre o assunto após a divulgação oficial das investigações da Aeronáutica e dos inquéritos civil e criminal. O irmão do ex-governador observou ainda que os laudos da Aeronáutica e do Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) tratam de “possibilidades quanto a causa de acidentes e não são conclusivos”.
Na última comunicação feita com sucesso com a torre de controle de Santos – a 72 quilômetros de São Paulo –, o copiloto da aeronave, Geraldo Cunha, confirmou que o avião iria arremeter. A manobra era necessária por causa do mau tempo no local – havia chuva, vento e visibilidade baixa. Cunha ficou de dar um retorno à torre de comando sobre como ele e o piloto Marcos Martins iriam proceder depois de desistir do pouso, mas ficaram incomunicáveis. Pouco depois, o jato caiu.
Tragédia O desastre aéreo de 13 de agosto do ano passado chocou o país ao matar Campos, mudando o rumo da campanha à sucessão presidencial. Aos 49 anos, o pernambucano estava em ascensão: começava carreira em nível nacional e era considerado um nome novo e promissor da política brasileira. Ele viajava do Rio ao litoral paulista quando o jato caiu em Santos. Também morreram quatro assessores e os dois pilotos. Marina Silva, sua vice na chapa, o substituiu na disputa para, em seguida, sob a saraivada de acusações lançadas pelas campanhas dos outros candidatos, desmentir a maioria da previsões e perder sua chance de ir ao segundo turno.
Ao morrer, o candidato tinha 8% das intenções de voto. No currículo do ex-deputado federal, ex-ministro do governo Lula e presidente do PSB, brilhavam mais os dois mandatos como governador de Pernambuco. Eduardo Campos morreu no mesmo dia que o avô, Miguel Arraes. Seu funeral reuniu 160 mil pessoas no Recife.
O que diz a investigação

  • Piloto não teria treinamento e experiência para comandar o Cessna 650 XL
  • Teria sido usado atalho pela cabine de comando para acelerar descida
  • Piloto perdeu a referência do avião em relação ao solo, a chamada “desorientação espacial”
  • A falha técnica foi agravada pelo mau tempo e características da pista

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Governo italiano nega ter pago resgate por jovens sequestradas na Síria

O ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, afirmou nesta sexta-feira (16) que o governo do país não pagou nenhum resgate para libertar as jovens Vanessa Marzullo e Greta Ramelli, que haviam sido sequestradas na Síria.
"Somos contra o pagamento de resgates. Sobre os sequestros, a Itália atua com comportamentos indicados a nível internacional e segue a linha dos governos precedentes. Essa é a linha da Itália", disse o ministro ao Parlamento. Ele ainda ressaltou que são só "interferências" os rumores de que as autoridades tenham pago US$ 12 milhões para a libertação das jovens.
Gentiloni aproveitou o momento para agradecer aos "serviços de inteligência, à unidade de crise da Farnesina e todas as autoridades que, com um jogo de equipe, conseguiram obter um resultado importantíssimo". Ele ainda criticou quem acusa as duas meninas de "terem causado" seu sequestro por terem ido ajudar pessoas em uma área de guerra.
Sobre quem teria sequestrado as duas italianas, o ministro falou que não é possível ter certeza de qual grupo foi, mesmo com os terroristas do Frente al-Nusra tendo assumido o crime. Segundo ele, a área onde elas foram sequestradas "é controlada pelo al-Nusra".
Porém, "houve uma guerra midiática entre os grupos extremistas que não pararam de trabalhar com a desinformação, atribuindo reivindicações e fazendo sair indiscrições sem fundamentos". Gentiloni informou ainda que por causa disso, durante o sequestro, "gravitou uma ampla série de personagens que tentaram se passar por mediadores cujas atividades tiveram como foco despistar".
Ao final de seu discurso, ele enviou um "pensamento especial" às famílias do Padre Dall'Oglio, sequestrado na Síria no final de julho de 2014, e Giovanni Lo Porto, desaparecido desde o dia 19 de janeiro de 2012 entre o Paquistão e o Afeganistão.
Apesar de ter ido ao Parlamento, os membros do partido de oposição não ficaram satisfeitos com as explicações e cobraram do governo italiano a informação sobre um possível pagamento de resgate.
A notícia da libertação de Greta e Vanessa foi divulgada ontem (15) pelas autoridades e chegaram na madrugada de hoje a Roma, onde estão sendo ouvidas pela Procuradoria da capital italiana.
As duas estavam prestando trabalho voluntário na região de Aleppo, no norte sírio, e foram raptadas entre o final de julho e o início de agosto do ano passado.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Nestor Cerveró presta depoimento de três horas e meia na PF

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró prestou, nesta quinta-feira (15), depoimento de cerca de três horas e meia de duração à Polícia Federal (PF), em Curitiba. Na saída, seu advogado Beno Brandão afirmou que o depoimento foi tranquilo e que seu cliente respondeu às perguntas. Havia a expectativa de Cerveró falasse sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, mas segundo o advogado nada sobre o assunto foi perguntado nesta quinta-feira.
Cerveró foi detido na madrugada de quarta-feira (14), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e levado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O ex-diretor da Petrobras voltava de uma viagem a Londres quando foi detido pela PF. Ele foi preso preventivamente a pedido do Ministério Público Federal. Por meio de nota, o MPF informou que foi cumprido um mandado de prisão preventiva, já que "há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça". Ele é réu em processo originado na Operação Lava Jato, da PF, por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro entre 2006 e 2012.
Na avaliação do MPF, a custódia cautelar foi necessária para “resguardar a ordem pública e econômica e para evitar a continuidade dos crimes que vinham sendo praticados pelo ex-dirigente.
Nestor Cerveró foi denunciado pelo MPF em dezembro, por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, quando passou a réu no processo da Operação Lava Jato, juntamente com o doleiro Alberto Youssef,  com Fernando Antonio Falcão Soares, que seria o operador do PMDB no esquema, além de empresários de várias empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
Ex-diretor da Área  Internacional da Petrobras, Cerveró foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada, como um dos principais beneficiados no esquema de propina que envolveu a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos – negócio que teria gerado prejuízos de US$ 792 milhões à estatal.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Chanceler iraniano sugere que Charlie Hebdo dificulta o diálogo


Um diálogo sério com países orientais seria mais fácil se fossem respeitados os sentimentos muçulmanos, abalados pelas charges mais recentes do jornal Charlie Hebdo, disse o chanceler do Irã, Mohammad Jawad Zarif, nesta quarta-feira, ao abrir negociações sobre o programa nuclear iraniano com o chanceler dos EUA.
Falando com repórteres antes de se reunir com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Zarif disse que o encontro ajudaria a sondar se ambos os países estão prontos para avançar em direção a um acordo cujo objetivo seja conter as operações nucleares do Irã em troca de alívios em sanções.
“Acho que é importante. Penso que demonstra a disposição de ambos os lados para avançar e acelerar o processo”, disse Zarif aos jornalistas enquanto aguardava por Kerry, que chegou quatro minutos atrasado para a reunião em um hotel de Genebra.
O Irã e outras seis potências mundiais, incluindo Washington, tem retomado a busca por uma saída para o acordo nuclear, após as negociações estourarem um prazo autoimposto por uma segunda vez, em novembro.
O esperado acordo, cujo novo prazo para ser alcançado é 30 de junho, encerraria gradualmente as sanções impostas ao Irã em troca da contenção verificável de seu programa de enriquecimento de urânio, para assegurar que não possa ser usado no desenvolvimento de bombas nucleares.
A república islâmica afirma ter propósitos unicamente civis de produção de energia com o enriquecimento de urânio, refutando as suspeitas do Ocidente de que tenha objetivos militares.
Questionado se tinha esperança de que um acordo fosse alcançado até 1 de julho, Zarif respondeu: “É para isso que estamos todos aqui. Vamos ver.”
Zarif também tentou explicar por que os iranianos ficaram consternados com a capa da edição de 14 de janeiro do jornal semanal satírico francês Charlie Hebdo, que traz o desenho de um choroso profeta Maomé segurando um cartaz em que se lê “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), logo abaixo da manchete: “Tout est pardonné” (Tudo está perdoado).
A violência em Paris na semana passada deixou 17 mortos, começando com um ataque em 7 de janeiro por dos islamistas armados contra a redação do Charlie Hebdo, deixando 12 mortos, incluindo os principais cartunistas da publicação.
Ao menos 3,7 milhões de pessoas marcharam por toda a França no domingo em homenagem às vítimas e em apoio à liberdade de expressão. No entanto, representações do profeta Maomé são consideradas uma blasfêmia por muitos muçulmanos.
"A menos que aprendamos a respeitar uns aos outros, vai ser muito difícil em um mundo de visões diferentes e culturas e civilizações diferentes, não seremos capazes de nos engajar em um diálogo sério se começarmos a desrespeitar os valores uns dos outros”, disse Zarif.
“Acreditamos que as santidades precisam de respeito.”

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Em visita ao Sri Lanka, papa pede que religião não seja usada para violência

O papa Francisco disse, em meio a um encontro inter-religioso promovido durante viagem ao Sri Lanka, que, "para o bem da paz, não se deve permitir que as crenças religiosas sejam usadas para atos violentos ou guerras".
Em reunião com representantes do budismo, hinduísmo, islã e cristianismo, ele disse que os líderes religiosos devem "ser claros ao pedir a nossas comunidades que vivam plenamente os preceitos da paz e da convivência presentes em cada religião e denunciar os atos de violência quando estes são cometidos", apontou.  
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que houve "plena sintonia" entre o papa e o presidente recém empossado do país, Maithripala Sirisena, em encontro realizado hoje. Ainda de acordo com o representante, a reunião privada durou poucos minutos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Avião da AirAsia pode ter explodido antes de cair na água

A Agência Nacional de Busca e resgate da Indonésia afirmou nesta segunda-feira (12) que o avião da AirAsia que caiu no Mar de Java no dia 28 de dezembro provavelmente sofreu uma explosão antes de atingir a água. A informação foi divulgada após uma das duas caixas-pretas da aeronave ser retirada da água.
Os destroços encontrados indicariam que houve uma mudança de pressão na aeronave antes de ela atingir a água, cuja causa provável é uma explosão.
O lado esquerdo do avião parece ter se desintegrado, apontando para uma mudança de pressão que pode ter sido causada por uma explosão.
Uma das caixas-pretas do avião foi localizada no domingo (11) e retirada da água nesta segunda-feira. O gravador de voz da cabine foi achado algumas horas após a caixa-preta ter sido recuperada.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Massacre de Mỹ Lai

Mỹ Lai (em vietnamita: thảm sát Mỹ Lai) é o nome da aldeia vietnamita onde, em 16 de março de 1968, centenas de civis, na maioria mulheres e crianças, foram executados por soldados do exército dos Estados Unidos, no maior massacre de civis ocorrido durante a Guerra do Vietnã.
Antes de serem mortas, algumas das vítimas foram estupradas e molestadas sexualmente, torturadas e espancadas. Alguns dos corpos também foram mutilados.

História

Na véspera da operação, integrantes da Companhia Charlie, da 11ª Brigada de Infantaria, mandados à região por denúncias de que a área estaria servindo de refúgio para guerrilheiros da FNL (Frente Nacional de Libertação do Vietnã), foram informados pelo comando norte-americano que os habitantes de My Lai e das aldeias vizinhas saíam para o mercado da região as sete da manhã para compra de comida e que, consequentemente, aqueles que ficassem na área seriam guerrilheiros vietcongs ou simpatizantes.
Como consequência, integrantes de um dos pelotões da companhia, comandados pelo tenente William Calley, rumaram para o local. Muitos soldados dessa unidade haviam sido mortos ou feridos em combates, nos dias anteriores.
Quando as tropas penetraram na aldeia, o tenente Calley, lhes disse: "É o que vocês estavam esperando: uma missão de procurar e destruir". Calley diria mais tarde ter recebido ordens para "limpar My Lai", considerada um feudo dos combatentes da FNL. '"As ordens eram para matar tudo o que se mexesse"', diria mais tarde um dos militares americanos ao jornalista Seymour Hersh, que daria a conhecer ao mundo o horror praticado pelo exército dos EUA naquela aldeia  .
Sob o comando de Calley, o pelotão não poupou ninguém. Em apenas quatro horas, mataram os animais, queimaram as choupanas, violaram e mutilaram as mulheres, assassinaram homens e trucidaram as crianças. Para sobreviver, alguns habitantes tiveram que fingir-se de mortos, passando horas no meio dos cadáveres. No final do derramamento de sangue, havia 504 cadáveres dos aldeões, em sua grande maioria idosos, mulheres e crianças (cerca de 170), todos desarmados e assassinados a sangue frio. Ron Haeberle, fotógrafo militar que acompanhava o pelotão, encarregou-se de imortalizar a chacina  .
No Ocidente, o episódio é conhecido como o massacre de My Lai, e no Vietnã, como Son My, o nome do povoado a que pertenciam as quatro aldeias, entre elas My Lai, que serviram de cenário para a orgia matinal de atrocidades, celebrada pelos homens da Companhia Charlie, dirigida pelo capitão Ernest Medina.
Cerca de vinte pessoas sobreviveram. As casas foram incendiadas, e as quatro aldeias reduzidas a cinzas. Quando acabou a guerra, em 1975, alguns voltaram para recomeçar a vida na terra de seus ancestrais. Seis deles permanecem na comunidade, rebatizada pela República Socialista do Vietnã como Tinh Khe.
O massacre só foi interrompido graças à iniciativa heróica do piloto de helicóptero, Hugh Thompson, Jr., que vendo do alto a matança, pousou o aparelho e ameaçou atirar com as metralhadoras de sua própria nave contra os soldados americanos.
Homem e criança assassinados. (Foto de Ronald L. Haeberle)
O crime só veio a público um ano depois, devido a denúncias saídas de dentro do exército, por soldados que testemunharam ou ouviram os detalhes do caso – e um deles, Ronald Ridenhour, escreveu a diversos integrantes do governo americano, inclusive ao Presidente Nixon – e chegaram a órgãos de imprensa e às televisões. Jornalistas independentes conseguiram fotos dos assassinatos e as estamparam na mídia mundial, ajudando a aumentar o horror e os esforços dos pacifistas a pressionar o governo Nixon a se retirar do Vietnã.
Em março de 1970, 25 soldados foram indiciados pelo exército dos Estados Unidos por crime de guerra e ocultação de fatos e provas no caso de My Lai. Comparado pela mídia aos genocídios de Oradour-sur-Glane e Lídice durante a Segunda Guerra Mundial, que causou a condenação e execução de diversos oficiais nazistas, apenas o tenente William Calley, comandante do pelotão responsável pelas mortes foi indiciado e julgado.
Condenado à prisão perpétua, Calley foi perdoado dois dias depois da divulgação da sentença pelo Presidente Richard Nixon, cumprindo uma pena alternativa de três anos e meio em prisão domiciliar na base militar de Fort Benning, na Geórgia.

Implicados no massacre

Oficiais:
  • William L. Calley. 2º Tenente. Líder do 1º Pelotão da Companhia Charlie. Foi o único a ser condenado pelo massacre.
  • Frank A. Barker. Tenente-Coronel, comandante da Força-Tarefa Barker. Ordenou a destruição da aldeia e de seus habitantes. Foi morto em combate no dia 13 de junho de 1968.
  • Stephen Brooks. Tenente. Líder do 2º Pelotão da Companhia de Charlie.
  • Oran K. Henderson. Coronel. Sobrevoou a aldeia em seu helicóptero e ordenou o ataque.
  • Samuel W. Koster. General, comandante da Divisão Americal. Cuidou de encobrir o que acontecera em My Lai.
  • Eugene Kotouc. Capitão da inteligência militar. Forneceu as informações sobre a aldeia atacada. Suspeito de ter participado de torturas e execuções sumárias, após o episódio de My Lai.
  • Ernest Medina. Capitão, comandante da Companhia Charlie. Planejou, autorizou e supervisionou as operações em My Lai.
  • Michael Bernhardt. Sargento. Por ter se recusado a participar da matança dos civis em My Lai, recebeu ameaças do capitão Medina. A partir de então, foi designado para várias missões muito arriscadas, mas saiu ileso delas. Foi uma das testemunhas no inquérito sobre o massacre. Em 1970, recebeu o prêmio "Humanista Ético".
  • Herbert Carter. Feriu-se acidental ou intencionamente (recebeu um tiro no pé), sendo retirado do local onde ocorria o massacre.
  • Dennis Conti. No inquérito, declarou que, inicialmente, recusou-se a atirar contra os camponeses de My Lai, mas depois disparou com seu lançador de granada M79 sobre um grupo de pessoas que tentava fugir do massacre.
  • James Dursi. Matou uma mulher e sua criança, mas depois (segundo seu depoimento no Inquérito) negou-se a continuar matando.
  • Ronald Grzesik. Líder de equipe. Participou do agrupamento dos moradores de My Lai, mas alegou ter se recusado a matá-los.
  • Robert Maples. Afirmou, no Inquérito, ter se recusado a participar do massacre.
  • Paul Meadlo . Inicialmente negou, mas depois admitiu sua participação na carnificina.
  • David Mitchell. Sargento. Apesar do depoimento de testemunhas que afirmaram tê-lo visto atirando sobre os civis de My Lai, foi declarado inocente no Inquérito.
  • Varnado Simpson . Suicidou-se em 1997, alegando não suportar o sentimento de culpa por ter cometido vários assassinatos em My Lai.
  • Harry Stanley. Alegou ter se recusado a participar da matança.
  • Ezequiel Torres. Torturou um velho aldeão de My Lai que ele encontrou com uma perna enfaixada (considerada suspeita). Atirou contra um grupo de dez mulheres e cinco crianças em uma cabana. Depois, recebeu ordens de Calley para disparar sua M60 contra os civis da aldeia. Ele teria disparado um única vez e depois se recusado a continuar. Então, Calley lhe teria tirado a arma das mãos, disparando ele próprio.
  • Frederick Widmer. No inquérito, descreveu com detalhes ter matado um menino de My Lai que estava com um braço despedaçado por um tiro. Ele olhou bem na cara da criança e disparou. “Gosto de pensar que pratiquei um ato de clemência. Mas sei que não foi direito” - declarou.

Citações

"Eram muitos soldados, aproximaram-se da casa atirando nas galinhas e os patos. Matavam tudo o que viam. Sentimos um medo atroz. Na casa, estávamos minha mãe, minha filha de 16 anos, meu filho de seis e eu, que estava grávida. Apontaram suas armas para nós e pediram que saíssemos e fôssemos até o açude. (...) Havia muita gente no açude. Empurraram-nos para dentro dele a coronhadas. Juntávamos as mãos e implorávamos para que não nos matassem, mas eles começaram a disparar. Senti como se as balas me mordessem nas costas e na perna, vi como elas arrancaram metade do rosto de minha filha, e então desmaiei. O frio me devolveu a consciência. Meu filho pequeno jazia a meu lado. Não conseguia andar. Arrastei-me para chegar à minha casa e beber água porque estava com uma sede terrível. No caminho encontrei os corpos nus de muitas jovens. Eles as haviam violado e assassinado"
- Ha Thi Quy, 83 anos em 2008.
"Ainda ouço com nitidez os gritos dos soldados que irromperam em minha casa naquela manhã. ‘Tudi maus, tudi maus!’ Não sei o que isso queria dizer. Nem sei se era inglês ou uma imitação de vietnamita, mas era o que gritavam enquanto apontavam para nós e faziam sinais para sairmos. ‘Tudi maus, tudi maus!’ Minha mãe me disse para fugir e me esconder. Minhas irmãs corriam atrás de mim seguidas pela minha mãe com meus dois irmãos pequenos; o menor, tinha dois anos. Quando íamos entrar no abrigo, nos metralharam. Seus corpos caíram sobre mim".
- Cong Pham Thanh, que tinha onze anos no dia do massacre.
"Sobrevoamos uma vala em que haviam sido mortos mais de cem vietnamitas. Andreotta percebeu movimentos, então Thompson aterrissou novamente. Andreotta foi diretamente até a vala. Teve que caminhar entre cadáveres que chegavam à altura de sua cintura para resgatar um menino pequeno. Eu fiquei de pé, em campo aberto. Ele se aproximou e me entregou o menino, mas a vala estava tão cheia de cadáveres e de sangue que ele não conseguia sair. Estendi o meu rifle para ele e o ajudei a sair".
- Larry Colbrun, artilheiro do helicóptero pilotado por Hugh Thompson  . 
"Não se passa um só dia que seja em que eu não sinta remorsos pelo sucedido em My Lai. Se me perguntar porque eu fiz aquilo, só posso dizer que eu não passava de um segundo tenente a receber ordens do meu superior hierárquico, e que obedeci".
- Wiliiam Calley, citado por um diário da cidade de Columbus, na Georgia  .

Caixas-pretas de avião da AirAsia são encontradas

Foram encontradas neste domingo (11) as caixas-pretas do avião da AirAsia que caiu no último dia 28 de dezembro no mar de Java (Indonésia) com 162 pessoas a bordo. No entanto, os equipamentos só devem ser resgatados na manhã desta segunda-feira (12).   
Segundo as autoridades do país asiático, os aparelhos estão presos nos destroços da aeronave a 30 metros de profundidade.
O voo QZ8501 da companhia malaia de baixo custo partira da Indonésia com destino a Cingapura, mas desapareceu dos radares 40 minutos após a decolagem. Até o momento, 48 corpos foram recuperados.

sábado, 10 de janeiro de 2015

França persegue suspeita por Charlie Hebdo após cerco mortal


A polícia francesa procurava por uma cúmplice dos militantes islamitas por trás dos ataques mortíferos contra um jornal satírico e um mercado judaico e mantinha ativo o maior alerta anti-terrorista antes de uma reunião em Paris com líderes europeus marcada para domingo.
Na pior ameaça à segurança doméstica da França por décadas, 17 vítimas perderam as vidas em três dias de violência que começaram com um ataque contra o jornal semanal Charlie Hebdo na quarta-feira e terminou com dois incidentes envolvendo reféns.
Forças de segurança mataram os dois irmãos por trás do ataque ao Hebdo após eles se refugiarem em um prédio, e um associado amado com uma Kalashnikov que havia plantado explosivos no restaurante em Paris em um cerco que tirou a vida de quatro reféns.
Na manhã deste sábado, ainda havia presença visível da polícia em torno da capital francesa, com patrulhas em áreas sensíveis incluindo redações da imprensa. Houve um alerta falso de bomba na Eurodisney, a leste da capital.
"Não é mais como antes", disse Maria Pinto, em uma rua no centro de Paris.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dilma não terá vida fácil com o Congresso em ano de ajustes econômicos



O primeiro ano do novo mandato da presidente Dilma Rousseff mal começou e o governo já enfrenta um cenário complicado no Congresso Nacional, com descontentamento no maior partido da base, o PMDB, e um fortalecimento da oposição após a eleição do ano passado, tendo como pano de fundo a necessidade de arrocho fiscal e expectativa de baixo crescimento econômico.
Como se não bastasse, o Executivo terá de negociar com uma base pulverizada em um número maior de partidos. Além disso, corre o risco de ter na presidência da Câmara um deputado com histórico de embates com o governo, e terá ainda de enfrentar as investigações de um dos maiores escândalos de corrupção da história recente.
Isso tudo em um ano em que o Congresso será crucial para chancelar as medidas de ajuste econômico que o Executivo pretende promover justamente para colocar as contas públicas em ordem, além de ter a prerrogativa de dar curso a reformas como a política e a simplificação das alíquotas interestaduais do ICMS, entre outras medidas, como a lei orçamentária de 2015.
“O relacionamento do Parlamento com o governo não vai ser fácil”, avaliou o cientista político Carlos Melo, do Insper.
"Você tem um jogo difícil de prever”, acrescentou, citando como elemento dessa imprevisibilidade os desdobramentos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de sobrepreços em contratos da Petrobras que alimentaria partidos e políticos.
Dilma já teve dificuldades na articulação com o Congresso no primeiro mandato, quando as queixas de aliados em relação a nomeações foi constante e o governo sofreu para aprovar medidas prioritárias até o último instante do primeiro período da presidente, caso da mudança no cálculo da meta fiscal, aprovada no fim de 2014.
A nova composição do primeiro e segundo escalões do governo serviu também para colocar mais lenha na fogueira de descontentamentos de aliados, algo que não é exatamente uma novidade, principalmente em se tratando do PMDB.
Embora tenha visto o número de pastas que comanda aumentar de cinco para seis, o partido teme perder espaço caso não consiga indicar postos de comandos em órgãos e empresas vinculados aos ministérios que detém.
Também preocupa os peemedebistas o fortalecimento do PSD, do ex-prefeito de São Paulo e agora ministro das Cidades, Gilberto Kassab, dentro do governo. A sigla, que já tinha a Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, ganhou com o comando das Cidades uma pasta com recursos e alcance.
Kassab articula a refundação do PL, extinto em 2006 para dar lugar ao atual PR. A ideia é que o novo partido arrebanhe parlamentares governistas e depois se una ao PSD, criando uma nova força na base aliada o que enfraqueceria o PMDB.
Segundo o presidente da Executiva temporária do PL, Cleovan Siqueira, que diz ter relação de longa data com Kassab, o partido deverá ter entre 20 e 30 deputados e três senadores e pretende ingressar com pedido de registro no início de fevereiro. Ele admite a possibilidade de fusão com o PSD e diz que, caso ela não se concretize, as duas legendas serão "partidos-irmãos".
O PSD elegeu uma bancada de 37 deputados e 4 senadores na eleição de 2014. Se confirmada a previsão de Siqueira, o partido, unido ao novo PL, pode até superar o PMDB como segunda maior bancada da Câmara e se tornar a quarta maior do Senado. Existe no PMDB o temor que a articulação para que isso aconteça tenha o apoio do Palácio do Planalto.
Além disso, a indicação para o Ministério da Educação do ex-governador do Ceará Cid Gomes (Pros), que já declarou publicamente a intenção de criar uma frente de partidos à esquerda para fortalecer Dilma, também desagradou peemedebistas, sobretudo o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), que perdeu a eleição ao governo cearense justamente para um petista apoiado por Cid.
"Há sempre uma preocupação num país que tem 32 partidos políticos, que há uma necessidade premente de se fazer uma reforma para moralizar essa questão da vida política, da vida pública, da lei eleitoral, da forma de uma eleição que não seja tão complicada como essa", disse Eunício à Reuters, ressoando a apreensão peemedebista.
Uma reunião na semana passada entre caciques do PMDB com o vice de Dilma e presidente do partido, Michel Temer, e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, serviu para os peemedebistas expressarem seu descontentamento. Segundo uma fonte com conhecimento do que foi discutido, um novo encontro foi marcado, e os peemedebistas esperam uma posição clara de que o governo não busca enfraquecer a sigla.
PULVERIZAÇÃO
A pulverização de partidos políticos é um obstáculo à articulação do governo com o Legislativo e as escolhas de Dilma para seu novo ministério, avalia Melo, do Insper, tentam justamente driblar isso. Na leitura do cientista político, a presidente se norteou muito mais pela representatividade dos escolhidos entre os setores do que dentro dos partidos.  
“Você pega, por exemplo, a (ministra da Agricultura) Kátia Abreu. Ela tem pouca importância para o PMDB, mas tem uma grande importância para os ruralistas”, exemplificou.
“Quando você tem 28 partidos, como na Câmara, é mais fácil você conversar com bancadas que têm interesses mais organizados. Agora, é claro que esses partidos se organizam também, é claro que esses partidos reagem.”
PRESIDÊNCIA DA CÂMARA E OPOSIÇÃO
Outra frente crucial para o governo é a eleição para a Câmara dos Deputados. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que já bateu de frente com o governo no passado, desponta como favorito para presidir a Casa, o que colocaria fim a um acordo vigente na atual legislatura sob o qual PT e PMDB --as duas maiores bancadas-- se revezaram na presidência.
"Se o PMDB fizer o Eduardo Cunha, vai ser um Eduardo Cunha sem nenhum compromisso com a presidente Dilma, o que pode significar uma convivência muito mais difícil", disse Melo.
A oposição também deve ser mais estridente na legislatura que começa em fevereiro.
Ainda mobilizados pela eleição presidencial mais acirrada desde a redemocratização, os oposicionistas terão o reforço de nomes de peso, especialmente no Senado, caso dos ex-governadores tucanos José Serra, (SP), Antonio Anastasia (MG) e Tasso Jereissati (CE), além do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos mais ferozes contra o governo petistas.
“A nossa posição será frontalmente contrária a esse governo porque está totalmente perdido... Com esse ministério que está aí, sucedido por todos esses escândalos, é lógico que esse governo não tem a menor sobrevivência”, disse Caiado, lembrando que a oposição já trabalha para criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias na Petrobras.
"Isso é uma matéria indiscutível, porque a cada dia que você abre os jornais é um escândalo novo na Petrobras. A Petrobras passou a ser um grande acordo de saqueadores", disparou.

Vários pessoas são mantidas reféns em supermercado kosher no leste de Paris

Várias pessoas estão sendo mantidas reféns em um supermercado kosher no leste de Paris nesta sexta-feira, depois de ter havido um tiroteio envolvendo um homem com duas armas, disse uma fonte da polícia francesa.
Não havia confirmação de que o homem seja o mesmo suspeito de ter matado uma policial em um subúrbio ao sul de Paris, na quinta-feira.
Uma fonte policial informou à Reuters, mais cedo, que ele seria membro do mesmo grupo jihadista ao qual pertencem os dois suspeitos do ataque ao jornal semanal Charlie Hebdo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Governadora de Roraima nomeia filhas e mais 10 parentes

A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), nomeou pelo menos 12 parentes para seu secretariado, incluindo de primeiro grau como duas filhas, irmãos, primos e sobrinhos. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os parentes estarão na chefia de pastas importantes como Casa Civil, Saúde, Educação e Infraestrutura. Suely Campos é mulher do ex-governador Neudo Campos (PP), que renunciou à disputa eleitoral após ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Após o resultado das urnas, Suely disse que seU marido seria o chefe da Casa Civil, mas sua filha Danielle Araújo acabou sendo nomeada para o cargo. A outra filha do casal, Emília Campos, será secretária de Trabalho, que terá como secretária-adjunta a nora de Suely, Lissandra Campos. Na pasta da Educação, a titular será Selma Mulinari, irmã da governadora. A Agricultura fica sob os cuidados de seu primo, Hipérion de Oliveira.
O Ministério Público do Estado pediu que a governadora exonere os seus parentes. Segundo a promotoria, são 15 familiares contratados. Além dos 12 citados, foram nomeados a sogra, o cunhado e a concunhada de sua filha, Emília Campos.
Procurado pelo jornal, o governo de Roraima disse que a escolha obedece critérios "técnicos, de confiança e comprometimento" e que não viola a lei sobre nepotismo. Juristas afirmam que para cargos do primeiro escalão o STF permite a nomeação de parentes. "É imoral, antiético e coronelista, mas não é ilegal", disse um magistrado que preferiu não se identificar.
A atitude, no entanto, desagradou até o vice-governador, Paulo Cesar Quartiero (DEM). Ele disse que "não participou da escolha dos secretários e demais dirigentes da administração estadual" e replicou notícias  sobre o assunto, dizendo que "uma oligarquia" permaneceu à frente do Estado.

Explosão perto de restaurante assusta franceses

Estabelecimento fica perto de uma mesquita, na cidade de Villefranche-sur-Saône. Ainda não se sabe se o incidente está ligado ao atentado em Paris.Uma explosão em frente a um restaurante assustou novamente os franceses nesta quinta-feira. O estabelecimento fica próximo à uma mesquita, na cidade de Villefranche-sur-Saône, no Leste da França, de acordo com notícias da agência AFP.
Ninguém ficou ferido e não há informações se o incidente está ligado ao assassinato de 12 pessoas na redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Jornais da Espanha acionam polícia após receberem pacotes suspeitos

Várias empresas de comunicação da Espanha acionaram a polícia como medida de precaução nesta quarta-feira após terem recebido pacotes suspeitos, incluindo um no Grupo Prisa, que publica o jornal El País, uma ameaça que mais tarde foi descartada.
Os alertas ocorreram depois que homens armados encapuzados mataram pelo menos 12 pessoas mais cedo nesta quarta-feira na redação em Paris da revista francesa Charlie Hebdo, famosa por satirizar o Islã radical.
O jornal gratuito 20 Minutos, o diário financeiro El Economista e a mídia on-line Libertad Digital disseram que receberam pacotes suspeitos na tarde desta quarta-feira, afirmou um porta-voz da polícia. Nenhuma informação adicional foi divulgada.
Os funcionários do Grupo Prisa, por sua vez, voltaram ao trabalho depois que a sede foi esvaziada quando um pacote suspeito foi entregue por um indivíduo. De acordo com um porta-voz do grupo, o pacote não continha nada de perigoso.
O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, deve se reunir com unidades antiterrorismo e serviços de inteligência e da polícia nesta quarta-feira para discutir o ataque ocorrido em Paris.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Relação de Obama com novo líder do Senado começa em clima de imprevisibilidade


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, estão cautelosamente procurando áreas de concordância ao iniciarem um novo capítulo de um relacionamento que provavelmente se manterá gelado, mas profissional.
Com os dois homens tentando posicionar seus partidos para as eleições de 2016, que definirão o sucessor de Obama, o presidente e o líder da maioria no Senado terão de encontrar maneiras de trabalhar juntos se quiserem superar o impasse legislativo e chegar a acordos sobre comércio, impostos e questões econômicas.
Não vai ser fácil. Obama, de 53 anos, e McConnell, 72, não mantêm uma relação de proximidade e têm pouco em comum. McConnell deu um tom frio para a relação ao declarar em 2010 que sua prioridade era garantir que Obama fosse um presidente de um só mandato, um sonho quebrado quando o democrata foi reeleito.
Isso cria um ar de imprevisibilidade sobre esta terça-feira, quando McConnell assume como líder da bancada majoritária no Senado e os republicanos terão sua maioria ampliada na Câmara dos Deputados, o que lhes garante um poderoso contrapeso para Obama em seus últimos dois anos de mandato.
"Ambos têm de andar na corda bamba", disse Andy Smith, diretor do Centro de Pesquisas da Universidade de New Hampshire.
Obama, que irá estabelecer uma agenda ampla em seu discurso do Estado da União no final deste mês, vai buscar um acordo com os republicanos sobre a reforma tributária e questões comerciais, áreas que irão testar ambas as partes.
Ele vai pressionar os republicanos a concordar em reformar o código tributário de maneira a aumentar a receita, algo a que se opõem, e tentar convencer os democratas defensores de direitos trabalhistas a apoiarem leis de comércio das quais discordam.
"Nós vamos discordar em algumas coisas, mas haverá áreas de concordância, e temos de ser capazes de fazer isso acontecer", disse ele em uma entrevista coletiva no mês passado.
McConnell quer aliviar as regulamentações como uma maneira de estimular a economia dos EUA e vai tentar obter a aprovação do oleoduto Canadá-Texas, da Keystone XL. Mas ele também quer evitar que colegas republicanos assustem os eleitores com propostas de extrema-direita.
"Não quero que o povo americano pense que, se adicionarmos um presidente republicano a um Congresso republicano, isso terá um resultado assustador. Quero que o povo americano se sinta confortável com o fato de a Câmara e o Senado republicanos serem responsáveis, governantes da maioria de centro-direita”, disse McConnell ao Washington Post.
Os dois homens podem reunir-se já na próxima semana.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Líbano põe em prática novo controle na fronteira com a Síria


O Líbano colocou em prática novas medidas de controle de imigração na fronteira com a Síria nesta segunda-feira para restringir a entrada de refugiados do país vizinho.
Comerciantes e motoristas de táxi do lado do Líbano do posto de fronteira de Masnaa disseram que milhares de sírios cruzaram no domingo antes de as regras serem implementadas à meia-noite. Nesta segunda-feira, a fronteira estava tranquila.
Uma autoridade graduada da área de segurança afirmou no sábado que os sírios terão que pedir permissão para entrar e fornecer informações sobre o motivo e período da estadia.
O Líbano, cuja população chega a menos de 5 milhões, conta com mais de um milhão de refugiados sírios e tem a mais alta concentração per capita de refugiados do mundo. O governo já começou a restringir o acesso de refugiados desde o fim do ano passado.
O país também abriga centenas de trabalhadores sírios, muito empregados no comércio ou como operários. O ressentimento entre a população libanesa tem aumentado e levado a ataques contra sírios.
Os sírios agora vão ter que solicitar um dos seis tipos de permissão para entrar no país -- turista, negócios, estudante, trânsito, médico ou estadia curta. Cada permissão requer documentação específica, como reserva de hotel e 1.000 dólares para turistas ou um convite de uma empresa libanesa para viagens a negócios.

domingo, 4 de janeiro de 2015

AirAsia: acúmulo de gelo pode ter causado acidente

A Agência de Meteorologia da Indonésia revelou neste domingo (4) que o tempo foi o fator que desencadeou o acidente do avião da AirAsia, que caiu há uma semana, colocando a possibilidade de o gelo ter provocado danos nos motores.
“Com base nos dados disponíveis sobre a localização do avião quando do último contato, as condições meteorológicas foram o fator que desencadeou o acidente”, indicou a agência no seu portal na internet.
O Airbus A320-200 da companhia malaia que descolou, em 28 de dezembro, da cidade indonésia de Surabaia, com destino a Singapura, onde deveria ter aterrizado cerca de duas horas depois, caiu no mar de Java, com 162 pessoas a bordo.
“O fenômeno meteorológico mais provável foi a formação de gelo, que pode danificar o motor devido a um processo de arrefecimento. Esta é apenas uma das possibilidades, com base na análise de dados meteorológicos existentes”, disse a agência, cujo relatório inicial sugere que o avião terá atravessado nuvens de tempestade.
Um dia depois do desaparecimento do avião da AirAsia, o diretor da Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica da Indonésia, Andi Eka Sakya, explicou ter sido detetada a presença de cúmulos-nimbos na zona meridional da Ilha do Bornéu. O cúmulo-nimbo é uma nuvem escura que forma frentes muito altas e provoca violentas tempestades.
As operações para resgatar os corpos dos passageiros e as “caixas negras” do avião da AirAsia prosseguem, depois das adversas condições meteorológicas na zona das buscas terem dificultado os trabalhos, em que participam vários países, mas, após uma melhoria do tempo, hoje, os mergulhadores prepararam-se para entrar em ação.
Quatro partes de grande dimensão do Airbus A320-200 foram encontradas ao largo da Ilha de Bornéu na sexta-feira e no sábado, elevando as esperanças de encontrar, em breve, os restantes 132 corpos e as “caixas negras”, peça fundamental para determinar a causa do acidente.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Indonésia investiga AirAsia; grandes objetos são encontrados no mar


Navios em busca de destroços do avião de passageiros da AirAsia que caiu com 162 pessoas a bordo identificaram dois "grandes objetos" no fundo do mar, informou o chefe da agência de busca e salvamento da Indonésia neste sábado.
Enquanto isso, autoridades em Jacarta dizem que a AirAsia estava violando os termos de sua licença para a rota de Surabaya a Cingapura ao voar em um domingo, dia em que o Airbus A320-200 mergulhou no mar de Java. As autoridades disseram que investigarão outros horários de voo da companhia aérea de baixo custo.
O chefe da agência de busca e salvamento Fransiskus Bambang Soelistyo disse que veículos submarinos operados remotamente (ROV, na sigla em inglês) estavam sendo usados para tentar capturar imagens para confirmar se os objetos submersos eram partes do avião perdido.
"Nós detectamos dois objetos debaixo d'água a 30 metros de profundidade", disse Soelistyo. "Neste momento, estamos operando o ROV para tirar fotos dos objetos."
Uma força-tarefa multinacional de navios, aviões e helicópteros está vasculhando o norte do mar de Java e o litoral do sul de Borneo para recuperar os corpos das vítimas e localizar os destroços do voo QZ8501 e seus gravadores de caixa-preta.
Não houve sobreviventes encontrados desde o acidente, que aconteceu cerca de 40 minutos depois que o avião decolou da segunda maior cidade da Indonésia, em uma área conhecida por intensas tempestades tropicais durante a estação das monções atual.
Controladores de tráfego aéreo perderam o contato com a aeronave após minutos de vôo, depois que o piloto pediu para voar mais alto para tentar evitar uma célula de tempestade.
As autoridades indonésias na sexta-feira questionaram se o piloto seguiu os procedimentos corretos do boletim meteorológico, e mais tarde suspenderam voos da AirAsia de Surabaya para Cingapura por aparentemente violar os termos de sua licença para a rota.
Djoko Murdjatmodjo, diretor-geral do transporte aéreo, disse neste sábado que o Ministério dos Transportes vai investigar todos os horário de voos da AirAsia a partir de segunda-feira.
"Vamos investigar todos os horários dos voos da AirAsia. Espero que possamos começar na próxima segunda-feira. Nós não vamos focar nas licenças, apenas na agenda", disse ele. "É possível que a licença da AirAsia na Indonésia seja revogada", acrescentou, sublinhando que essa era apenas uma possibilidade.
Sunu Widyatmoko, chefe da Indonesia AirAsia, disse a jornalistas que a companhia aérea, que é em 49 por cento detida pela AirAsia baseada na Malásia, iria cooperar com o inquérito.
"O governo suspendeu os nossos voos de Surabaya para Cingapura e de volta", disse ele. "Eles estão fazendo o processo de avaliação. A AirAsia vai cooperar plenamente com a avaliação."
Autoridades disseram que 21 corpos foram retirados do mar na sexta-feira, incluindo dois ainda presos nos seus lugares, elevando o número total de vítimas recuperadas para 30.
Pequenos pedaços da aeronave e outros destroços também foram encontrados, mas não houve nenhum sinal de gravações de voo cruciais - as chamadas caixas-pretas que os investigadores esperam possam desvendar a sequência de eventos na cabine de comando durante os minutos finais do voo.

Criança de 7 anos sobrevive a queda de bimotor; 4 morrem

Uma menina de 7 anos sobreviveu a queda de um avião bimotor em Eddyville, no sudoeste do estado de Kentucky nesta sexta-feira (2), em um acidente que deixou quatro pessoas mortas, indicaram as autoridades locais. De acordo com rede CNN, a polícia informou que a criança foi levada para um hospital da região com ferimentos leves e não corre risco de morrer.
Ainda de acordo com a polícia, entre os mortos estão o piloto do avião e três passageiros, ainda não identificados. Os controladores aéreos que cuidavam da área afirmaram que receberam um contato do piloto do Piper PA-34 reportando falhas no motor antes de perder a comunicação. Por enquanto, não se sabe a rota que a aeronave seguia.
O Serviço de Emergência foi acionado por um morador da região depois que a criança foi até a casa dele e relatou que tinha se envolvido em um acidente. O caso está sendo investigado pelas autoridades norte-americanas.

Novo ministro diz que será implacável com a corrupção


Valdir Moysés Simão disse que vai lutar pela regulamentação da Lei Anticorrupção (12.846/13) e espera fechar o projeto ainda em janeiro.


O novo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Moysés Simão, prometeu que o órgão será “implacável” no combate à corrupção. Ao receber ontem (2) o cargo do ex-ministro Jorge Hage, o novo chefe da CGU disse que “transparência” será a palavra de ordem do órgão responsável pela defesa do patrimônio público e pelo combate à corrupção.
“É tarefa da CGU ser implacável com aqueles que não andarem na linha. Se por um lado haverá a mão que orienta, por outro, haverá a mão que julga e pune com rigor os desvios. Como disse a presidenta Dilma [Rousseff] ontem, a corrupção deve ser extirpada da sociedade. Temos que punir, sem trégua, a corrupção, que rouba o poder legítimo do povo; a corrupção que ofende e humilha os trabalhadores, as empresas e os brasileiros honestos e de bem”, afirmou.
Simão disse que vai lutar pela regulamentação da Lei Anticorrupção (12.846/13) e espera fechar o projeto ainda em janeiro, para depois submetê-lo à presidenta Dilma. “A lei já é autoaplicável, o decreto é importante para as questões operacionais e para garantir simetria nos processos de responsabilização em cada um dos órgãos. São os últimos detalhes que estamos ajustando. É uma regulamentação complexa e tem muito a ver com a dosimetria das penas”, disse.
Ao comentar com jornalistas os casos de corrupção envolvendo a Petrobras, Simão defendeu a necessidade de órgãos e empresas dos setor público criarem estruturas de governança voltadas para a prevenção da prática. “É um trabalho de médio prazo, e eu tenho certeza que tem muito a se fazer do ponto de vista da governança e de ampliação do controle das empresas. Existem medidas no campo legal, mas também no campo operacional, medidas de controle, de investimento em estruturas e tecnologia, de troca de informações com a CGU e com os demais órgãos de controle que vão trazer mais transparência”, afirmou.
Ao tratar da possibilidade de restrição orçamentária, em razão das medidas de austeridade que o governo anunciou, Simão disse que pretende “fazer mais com menos”. “Nós vamos enfrentar um período de ajuste, e todo o governo tem que contribuir. Eu acredito que é possível evoluirmos e ter critérios de atuação que utilizem a tecnologia e facilitem nosso trabalho”, destacou Simão. Ele acrescentou que em hipótese alguma haverá retrocesso no alcance da atuação da CGU em 2015.
Tanto Simão quanto Hage citaram o Portal da Transparência como exemplo de uso das tecnologias de informação para auxiliar o controle das contas públicas. Simão, particularmente, disse que irá intensificar o uso das tecnologias de informação para incrementar a atuação da CGU. O novo ministro é auditor de carreira da Receita Federal e exercia, desde o início de fevereiro deste ano, o cargo de secretário executivo da Casa Civil.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Mais um navio com imigrantes é resgatado pela Itália

A Guarda Costeira italiana informou nesta sexta-feira (02) que assumiu o controle de mais um navio abandonado pela tripulação em alto mar. Segundo as autoridades, 450 imigrantes estavam a bordo do barco que tem bandeira de Serra Leoa.
Em entrevista à Sky, o comandante Filippo Marini afirmou que seis agentes militares estão guiando o navio até Crotone. Eles subiram a bordo após a Guarda Costeira ter sido avisada, por um dos imigrantes, que os tripulantes haviam abandonado o controle do cargueiro.
Identificado como "Ezadeen", ele foi avistado na noite de ontem (01) na costa italiana. Um patrulheiro islandês, o "Tyr", que atua na operação da União Europeia para o controle das fronteiras marítimas, tentou acompanhar a embarcação, mas o mau tempo não permitiu. Além dos seis tripulantes, o Tyr também enviou três médicos para avaliar a situação das pessoas a bordo. Muitas mulheres e crianças estão entre os imigrantes, sendo que a maioria deles veio da Síria. Suspeita-se que o transporte era dirigido por um grupo de traficantes de seres humanos.
No dia 31 de dezembro, a Guarda Costeira realizou operação semelhante e resgatou um navio com mais de 900 clandestinos a bordo. Também neste caso, o barco havia sido deixado à deriva.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Sete policiais ficam feridos após ataque a base no litoral de São Paulo

Ao menos sete policiais militares ficaram feridos no início da madrugada desta quinta-feira (1º) após serem encurralados por uma multidão na festa de Réveillon que acontecia na Avenida da Praia em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo. Por volta de 1h30 os cerca de 20 soldados que estavam em uma base móvel localizada em posto de combustível foram cercados e atacados por dezenas de pessoas, que atiraram pedras e garrafas.
Segundo a Polícia Militar, sete PMs foram atingidos e outras pessoas também tiveram ferimentos, mas a corporação não soube informar o número delas. Vários pedidos de socorro foram feitos pelos policiais encurralados via rádio a outras viaturas que estavam na região central da cidade. Mas, devido à quantidade de carros e pessoas que estavam na avenida para ver a queima de fogos, o reforço conseguiu chegar apenas 30 minutos depois.
Com a chegada das viaturas, muitos policiais fugiram a pé pelas ruas centrais, e com rádios em mãos pediram socorro para serem resgatados. Os sete policiais foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com ferimentos leves. Segundo a PM, cinco pessoas foram detidas. Elas seriam responsáveis pela confusão e por atirar garrafas nos policiais. Foram ouvidas e liberadas.
Outras ocorrências
Na mesma avenida, por volta das 3h30, vários clientes de um quiosque foram agredidos, sem motivo aparente, por um grupo de pessoas que invadiu o estabelecimento. Alguns clientes ficaram feridos e um senhor precisou ser socorrido à UPA para atendimento, com cortes no rosto.
A Polícia Militar registrou durante o Réveillon diversas ocorrências no litoral norte envolvendo assaltos à mão armada a turistas, um sequestro relâmpago em Caraguatatuba, roubo e furto de veículos e agressões.
Turistas que estavam acampados em um camping no bairro de Ubatumirim, em Ubatuba, foram surpreendidos por seis pessoas que realizaram um assalto. Os bandidos fugiram levando dinheiro, celulares, notebooks e outros pertences dos turistas. Havia 17 hóspedes no local.
Um dos celulares roubados tinha rastreador, o que possibilitou que a Polícia Militar pudesse localizar o bando. Quatro homens e duas mulheres foram presos em flagrante. Elas eram casadas com dois dos bandidos. Todos eles tinham passagens pela polícia por roubo e furto, cometidos no litoral norte. Os pertences foram recuperados e com o bando a polícia apreendeu uma arma.

Papa pede união contra escravidão e tráfico de pessoas


O papa Francisco pediu às pessoas de todas as religiões e culturas para se unirem na luta contra a escravidão moderna e o tráfico humano, dizendo na sua primeira missa de 2015 que todos têm o direito dado por Deus de serem livres.
A celebração na Basílica de São Pedro marca o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica Romana. O tema deste ano é "Não mais escravos, mas irmãos e irmãs".
"Todos nós somos chamados (por Deus) para sermos livres, todos somos chamados para sermos filhos e filhas, e cada um, de acordo com as suas responsabilidades, é chamado para combater as formas modernas de escravidão. Todas as pessoas, culturas e religiões, vamos juntar forças", disse o papa.
O papa fez da defesa de migrantes e trabalhadores uma questão central de seu papado. O segundo índice de escravidão global, divulgado em novembro pela organização australiana Walk Free Foundation, estimou que quase 36 milhões de pessoas vivem como escravos, são vítimas do tráfico para a prostituição, forçadas ao trabalho manual ou nasceram em regime de servidão.
Depois da missa, o papa fez o seu tradicional discurso de Ano Novo para dezenas de milhares de pessoas.
"A paz é sempre possível, mas nós temos que buscá-la. Vamos rezar pela paz", disse ele para a multidão.