sábado, 31 de dezembro de 2016

Código de hackers russos é achado em empresa de energia nos EUA

Malware atribuído a uma campanha de ataques cibernéticos russos foi encontrado em laptop de uma distribuidora no Estado de Vermont.

Um código associado a uma campanha russa de ataque cibernético foi encontrado em um laptop ligado a uma empresa de fornecimento de energia do Estado americano de Vermont. As informações foram divulgadas nesta na sexta-feira pela companhia, segundo a qual o computador não estava conectado à sua rede. “Tomamos ação imediata para isolar o laptop e alertamos autoridades federais sobre essa descoberta”, afirma o Departamento de Eletricidade de Burlington em comunicado publicado no site da empresa.
“Nossa equipe está trabalhando com autoridades federais para rastrear esse ‘malware’ e impedir que outras tentativas de invadir nossos sistemas sejam bem-sucedidas. Alertamos as autoridades do Estado e vamos apoiar totalmente as investigações”, diz a nota. O Departamento de Segurança Nacional avisou na quinta-feira as empresas públicas sobre um novo código de “malware” (nome dado a programas criados para infectar sistemas) usado na campanha russa de ataques cibernéticos.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Como o suicídio de funcionária exausta levou à renúncia do presidente de gigante japonesa

Japão registra 2 mil mortes por trabalho excessivo por ano; prática tem até nome no país: 'karoshi'.

O presidente da principal agência de publicidade do Japão anunciou sua renúncia ao cargo após o suicídio de uma funcionária que se dizia física e mentalmente exausta por causa do excesso de trabalho.
Tadashi Ishii liderava a Dentsu, uma gigante nipônica de publicidade, e assumiu a responsabilidade pela morte da jovem. Ele afirmou que vai tornar a renúncia efetiva na próxima reunião da diretoria da empresa, em janeiro.
Tadashi Ishii (no centro), presidente da maior agência de publicidade do Japão, a Dentsu, em uma entrevista coletiva em que anunciou que vai deixar o cargo  (Foto: STR /Jiji Press/AFP)
Matsuri Takahashi tinha 24 anos e trabalhava na companhia havia sete meses quando pulou da janela de um prédio onde morava - que era da própria Dentsu - na noite de Natal de 2015.
O caso veio à tona nesta semana, depois da decisão do Ministério do Trabalho japonês de processar a empresa pela morte dela.
O governo chegou a fazer uma investigação e uma varredura na Dentsu para obter informações sobre as práticas de trabalho. Foi determinado que a empresa descumpriu as leis trabalhistas e, portanto, tem responsabilidade legal pela morte da jovem.
Na última quarta-feira, a empresa admitiu que cerca de 100 trabalhadores ainda faziam cerca de 80 horas extras por mês.

Exausta

As mortes por excesso de trabalho são um problema tão grande no Japão que já existe até um termo para descrevê-las: "karoshi".
Antes de se matar, Takahashi deixou um bilhete para a mãe, no qual escreveu: "Você é a melhor mãe do mundo, mas por que tudo tem que ser tão difícil?".
Semanas antes da morte, ela escreveu uma mensagem nas redes sociais em que dizia: "Quero morrer". Em outra, alertava: "Estou física e mentalmente destroçada".
Contratada em abril do ano passado, a jovem chegava a fazer cerca de 105 horas extras por mês.
Além disso, a família acusou a empresa de obrigá-la a registrar menos horas do que de fato trabalhava. Em muitos casos, o registro mostra que ela trabalhou 69,9 horas por mês, perto do máximo de 70 horas permitidas, mas a cifra era bem maior.
Takahashi havia acabado de se formar na prestigiosa Universidade de Tóquio e expunha as condições duras de trabalho na sua conta no Twitter, onde detalhava jornadas de até 20 horas diárias.
A carga horária disparou em outubro de 2015, quando ela só chegava em casa por volta de 5h, depois de ter trabalhado dia e noite. Além disso, ela não teve nenhum dia de folga em sete meses.
Ao anunciar sua demissão, o presidente da Dentsu afirmou que jamais deveriam ser permitidas essas quantidades excessivas de trabalho.
"Lamento profundamente não ter prevenido a morte da nossa jovem funcionária por excesso de trabalho e ofereço minhas sinceras desculpas", disse Ishii.

Outros casos

A morte de Takahashi não foi a única por esse motivo no quadro de funcionários da Dentsu.
As autoridades concluíram que o falecimento de um jovem de 30 anos, ocorrido em 2013, também teria ocorrido pelo mesmo motivo.
Antes disso, o Ministério do Trabalho havia determinado uma mudança nas práticas de trabalho da Dentsu desde o suicídio de outro empregado, Ichiro Oshima, em 1991, também por causa de carga de trabalho excessiva.
A morte de Ichiro foi a primeira a ser oficialmente atribuída ao trabalho em excesso. Ele havia tirado apenas um dia de folga em 17 meses e só conseguia dormir uma média de duas horas por noite.
Mesmo assim, a empresa argumentou na Justiça em 1997 que o suicídio havia sido motivado por "problemas pessoais".

Mais de 2 mil 'karoshis'

O caso de Takahashi reacendeu o debate sobre o karoshi e levou o governo a aprovar, nesta semana, um pacote de medidas destinadas a prevenir novas mortes.
A sociedade japonesa valoriza estilos de vida que incluem uma extrema dedicação à profissão. Dados oficiais apontam que mais de 2 mil pessoas se suicidam anualmente pelo estresse relacionado ao trabalho excessivo.
Mas a quantidade de mortes pode ser maior se considerados problemas de saúde, como falhas cardíacas ou acidentes vasculares cerebrais, também causados pela prática.
Um relatório apresentado pelo governo em outubro revelou que, em 22,7% das empresas analisadas, alguns empregados fazem mais de 80 horas extras todos os meses.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Ex-presidente argentina Cristina Kircher é acusada de associação ilícita

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner foi acusada nesta terça-feira de associação ilícita e fraude ao outorgar obras de infraestrutura por 2,20 bilhões de dólares a um empresário, em seu segundo processo deste ano.
"O juiz Julián Ercolini processou a ex-presidente por associação ilícita e administração fraudulenta. Ordenou um congelamento de bens de 10 bilhões de pesos (o equivalente a US$ 630 milhões). Investiga-se o direcionamento de obras públicas viárias ao grupo Austral", noticiou o site CIJ, do poder judiciário.
O caso de Kirchner se soma ao de outros líderes de centro-esquerda da região, como Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Kirchner reagiu no Twitter afirmando que "associação ilícita foi a figura penal criada pelos governos de fato e utilizada por todas as ditaduras para perseguir dirigentes opositores".
A ex-mandatária argentina havia apresentado recentemente um documento a Ercolini para pedir a anulação do processo e ressaltar que se trata de "uma manobra formidável de perseguição política" e "um enorme disparate".
Em 11 de novembro, uma corte de apelações tinha confirmado a acusação a Cristina Kirchner em outro caso pelo suposto prejuízo ao Estado com operações cambiais do Banco Central. O tribunal convalidou nesta causa um embargo no valor de 1 milhão de dólares.
Kirchner (2007-2015) é acusada de ter outorgado obras de infraestrutura em favor do empresário Lázaro Báez na província de Santa Cruz (Patagônia, sul). Ercolini também processou Báez e o ex-ministro de Planejamento Julio de Vido. Báez está detido desde abril.
"Não sou amiga, nem sócia comercial de Báez", declarou Cristina Kirchner em 31 de outubro ao sair do tribunal.
Ela afirma que o governo de Mauricio Macri influencia um grupo de juízes para acusá-la e distrair a atenção da sociedade dos graves problemas sociais e econômicos, entre eles uma recessão, com uma queda de 2,4% do PIB ao longo deste ano, segundo o instituto oficial Indec.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Brasileiros que tentavam entrar nos EUA estão desaparecidos

O Itamaraty está fazendo contatos nas Bahamas para tentar descobrir o paradeiro de um grupo de 19 brasileiros que tentava entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo mar; grupo está desaparecido desde o dia 6 de novembro; segundo relatos de familiares ao Ministério das Relações Exteriores, eles teriam deixado as Bahamas e tentado fazer uma travessia de barco em direção a Miami; entre os desaparecidos estariam Renato Soares, de Sardoá (MG)O Itamaraty está fazendo contatos nas Bahamas para tentar descobrir o paradeiro de um grupo de 19 brasileiros que tentava entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo mar. O grupo está desaparecido desde o dia 6 de novembro.
Segundo relatos de familiares ao Ministério das Relações Exteriores, eles teriam deixado as Bahamas e tentado fazer uma travessia de barco em direção a Miami. O Itamaraty ainda não tem a confirmação de que eles realmente embarcaram ou até se estariam presos nos Estados Unidos.
O ministério informou que está em contato com os familiares e as autoridades das Bahamas e dos Estados Unidos e que várias buscas foram feitas no mar pelas guardas costeiras dos dois países para ver se há vestígios de naufrágio ou se o barco estava à deriva.
Segundo o jornal "Diário do Rio Doce", entre os desaparecidos estão os brasileiros Márcio Pinheiro de Souza, natural de Sardoá, (MG); Renato Soares de Araújo, também de Sardoá (MG); Arlindo de Jesus Santos, de Rondon do Pará (PA); além de Bruno Oliveira Souza, Reginaldo Ferreira Martins, Diego e outros treze cujas identidades e procedência ainda são desconhecidas.
Em fevereiro, dez brasileiros foram presos em um resort nas Bahamas antes de tentarem ingressar ilegalmente nos Estados Unidos. Cinco deles haviam sido deportados dos Estados Unidos e estavam tentando voltar ao território americano.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Loja, comunidade e servidores do Steam saem do ar no mundo inteiro

A loja digital de games da Valve, o Steam, saiu do ar hoje durante a tarde no mundo inteiro. A queda do serviço provavelmente tem a ver com o início da promoção de fim de ano da loja, que aconteceu ontem e deixou diversos jogos interessantes a preços menores do que R$ 10.
Não foi só a loja, contudo, que saiu do ar. Os próprios servidores dos clientes do Steam também estão fora do ar. Portanto, se você quiser jogar algum jogo que comprou durante a promoção ontem, será necessário ligar o modo offline do cliente do Steam do seu computador.
O mais provável é que o serviço tenha sido derrubado por excesso de tráfego. Promoções como a que começou ontem (e que vai até o dia 2 de janeiro) são comuns na loja, e também é comum que elas provoquem tráfego suficiente para derrubar o site.
Por outro lado, como lembra o GameSpot, serviços como o Steam, a Playstation Network e o Xbox Live também já foram alvos de ataques DDoS. Ataques desse tipo conseguem desestabilizar serviços e sites usando redes de máquinas infectadas por malware para gerar sobrecarga nesses sites ou serviços. A Valve ainda não se pronunciou sobre a causa do apagão.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Santos, Grêmio e Atlético-MG são cabeças de chave de grupos

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou, na tarde desta quarta-feira, seu ranking de clubes atualizados. Com isso ficam definidos os potes para o sorteio dos grupos da Copa Libertadores de 2017, que acontecerá a partir das 22h (de Brasília), em Assunção, no Paraguai.
Foto: Getty Images
Melhores brasileiros do ranking, Atlético-MG, Grêmio e Santos aparecem no Pote 1, como cabeças de chave da competição. O Galo ocupa a 9ª colocação da lista, o Tricolor é o 12º e o Peixe é o 15º, de acordo com uma pontuação que leva em conta o desempenho das equipes em torneios sul-americanos.
Ainda no Pote 1, estão presentes equipes de tradição como River Plate, Nacional-URU, Peñarol, San Lorenzo e o atual campeão Atlético Nacional-COL. Campeão brasileiro e 25º do ranking da Conmebol, o Palmeiras aparece no Pote 2. O Flamengo (37º) está no Pote 3 e a Chapecoense, campeã da Copa Sul-Americana, no Pote 4.
Atlético-PR e Botafogo foram colocados no Pote 2 da fase prévia, podendo enfrentar clubes tradicionais como Olimpia-PAR, Colo Colo-CHI e Millonarios-COL logo de cara. As equipes que terão de disputar as preliminares aparecem no Pote 4 junto de equipes de pouca tradição no cenário continental.
Confira os potes do sorteio da Copa Libertadores da América 2017:
POTE 1
River Plate (ARG)
Atlético Nacional (COL)
Nacional (URU)
Peñarol (URU)
Atlético-MG
Grêmio
San Lorenzo (ARG)
Santos
POTE 2
Estudiantes (ARG)
Emelec (EQU)
Santa Fe (COL)
Libertad (PAR)
Palmeiras
Universidad Católica (CHI)
Guaraní (PAR)
Sporting Cristal (PER)
POTE 3
Flamengo
Barcelona (EQU)
Lanús (ARG)
Zamora (VEN)
Jorge Wilstermann (BOL)
Independiente Medellín (COL)
Godoy Cruz (ARG)
Melgar (PER)
POTE 4
Deportes Iquique (PER)
Sport Boys (BOL)
Chapecoense
Zulia (VEN)
GANHADOR SEGUNDA FASE1
GANHADOR SEGUNDA FASE2
GANHADOR SEGUNDA FASE3
GANHADOR SEGUNDA FASE4
PRIMEIRA FASE:
Pote 1
Independiente del Valle (EQU)
Deportivo Táchira (VEN)
Montevideo Wanderers (URU)
Pote 2
Universitario de Sucre (BOL)
Deportivo Capiatá (PAR)
Deportivo Municipal (PER)
SEGUNDA FASE:
Pote 1
Olimpia (PAR)
Colo-Colo (CHI)
The Strongest (BOL)
Universitario (PER)
Unión Española (CHI)
Junior Barranquilla (COL)
Millonarios (COL)
El Nacional (EQU)
Pote 2
Atlético-PR
Botafogo
Cerro (URU)
Carabobo (VEN)
Atlético Tucumán (ARG)
GANHADOR PRIMEIRA FASE 1
GANHADOR PRIMEIRA FASE 1
GANHADOR PRIMEIRA FASE 1

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Lula: Lava Jato virou perseguição contra candidatura em 2018

Por meio de nota do Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a nova ação contra ele, recebida pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 19; Lula negou que tenha recebido qualquer vantagem indevida, disse que a sede do instituto nunca foi outra a não ser o sobrado onde funciona até hoje, e afirma que a Lava Jata se transformou numa perseguição contra ele; "A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018. O ex-presidente continuará a se defender na Justiça", diz o ex-presidente na nota.O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta segunda-feira, 19, sobre a decisão do juiz Sérgio Moro, que aceitou nova ação do Ministério Público Federal (MPF) contra ele no âmbito da operação Lava Jato. Com a decisão, Lula passa a ser réu em cinco ações penais.
Por meio de nota do Instituto Lula, o ex-presidente negou que tenha recebido qualquer vantagem indevida e disse que a sede do instituto nunca foi outra a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET).
"A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018. O ex-presidente continuará a se defender na Justiça", diz o ex-presidente na nota.
Lula é acusado de dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em supostos desvios de contratos entre a Petrobras e a Odebrecht. Outras oito pessoas também foram denunciadas, entre elas o advogado de Lula, Roberto Teixeira, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, além de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht.
A defesa do ex-presidente também se manifestou sobre a nova ação. Para Cristiano Zanin Martins, o que se observa é a "ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde". "Não houve qualquer investigação isenta, mas uma sequência de fatos produzidos para sustentar a abertura de inúmeros procedimentos frívolos e sem materialidade contra Lula, com o único intuito de impedir o sucesso de suas atividades políticas", diz o advogado (leia mais).
Leia na íntegra a nota do Instuto Lula:
"Um apartamento alugado e um terreno que nunca foi do Instituto Lula - As novas invenções da Lava Jato Contra Lula
O Instituto Lula reafirma que nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET). O Instituto sempre recebeu doações legais, declaradas e dentro da lei. O ex-presidente Lula nunca solicitou vantagens indevidas e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois da presidência da República.
A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018. O ex-presidente continuará a se defender na Justiça."

domingo, 18 de dezembro de 2016

Justiça do RJ suspende direitos políticos de Lindbergh por 4 anos

A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu por quatro anos os direitos políticos do senador Lindbergh Farias; ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do RJ por ter permitido o uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era prefeito de Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição; em nota, o senador informou que irá recorrer da sentença e disse que "a matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios" para o processo.A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu por quatro anos os direitos políticos do senador Luiz Lindbergh Farias Filho. A decisão é da juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, titular da 5ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do RJ por ter permitido o uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era prefeito de Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição.
As informações são do G1.
"Em nota, o senador informou que irá recorrer da sentença. Segundo o texto, "a matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios" para o processo.
Na época em que era prefeito, de acordo com o TJ, Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o logotipo criado para o seu governo impresso no material. Na sentença, a juíza também condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa no valor de R$ 480 mil.
Confira a nota de Lindbergh na íntegra:
"A Justiça de primeiro grau de Nova Iguaçu me condenou pela utilização de uma logomarca - um sol estilizado, com a inscrição "Prefeitura de Nova Iguaçu" - em embalagens de leite de um programa municipal, alegando que isso seria promoção pessoal.
Essa mesma matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios para incriminar-me. Estamos recorrendo dessa decisão para que a justiça seja feita e a verdade reestabelecida."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Após tiroteio em comboio, começa retirada de civis e de rebeldes de Aleppo

A operação de retirar milhares de civis e rebeldes do último reduto da oposição na cidade de Aleppo, na Síria, finalmente entrou em andamento nesta quinta-feira depois que ela foi interrompida por tiros em um comboio civil que matou uma pessoa e feriu outras quatro. No início da semana, as autoridades sírias deram a chance de rebeldes deixarem a cidade sem serem presos ou mortos.
O primeiro comboio de 20 ônibus e 13 ambulâncias carregando civis e feridos deixou o território controlado pela oposição na zona rural a oeste de Aleppo na tarde desta quinta-feira, disseram rebeldes e ativistas contra o governo.
Uma foto aérea publicada pela oposição de Aleppo mostrou uma longa linha de ônibus verdes, os mesmos ônibus que foram usados para transportar civis e rebeldes de muitas áreas em outras partes do país retomadas pelo regime sírio nos últimos meses. Uma linha mais curta de ambulâncias da Cruz Vermelha vagou ao longo de uma estrada coberta de pedregulhos.
Outros comboios civis eram esperados para esta quinta-feira. Ao todo, dezenas de milhares de civis e centenas de combatentes rebeldes serão transferidos pela operação. O ministro de Relações Exteriores da Turquia disse que era prematuro discutir quanto tempo demorariam as retiradas.
Ainda não está claro quem estava por trás do tiroteio que impediu a primeira tentativa do comboio de deixar Aleppo no início da quinta-feira, mas autoridades turcas responsabilizaram as milícias xiitas apoiadas pelo Irã pelo tiroteio. As equipes de resgate e rebeldes disseram que os franco-atiradores do regime sírio eram os responsáveis. A mídia estatal síria não comentou.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Lula é indiciado novamente pela PF; entenda todas as suspeitas contra o ex-presidente

Fora do governo há seis anos, desde que deixou de ser presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta inquéritos, denúncias e ações penais na Justiça.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Ele já foi alvo de quatro denúncias da Procuradoria-Geral da República e responde a três ações penais, sendo duas no Distrito Federal e uma na Lava Jato em Curitiba. Paralelamente, também é investigado pela Polícia Federal.
Na segunda, o petista foi novamente indiciado, desta vez ao lado da mulher, Marisa Letícia, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e de outras quatro pessoas. O indiciamento significa que a investigação policial, envolvendo a empreiteira Odebrecht, aponta indícios de que Lula cometeu crime - neste caso, corrupção passiva. Os demais citados são suspeitos de lavagem de dinheiro.
Apesar disso, segundo o último levantamento do Datafolha, ele lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições de 2018. Mas também tem a segunda maior rejeição (44%) entre todos os possíveis candidatos, atrás apenas do presidente Michel Temer (45%).
Confira as acusações e suspeitas contra o petista - ele nega ter cometido qualquer irregularidade.
Lula nega a prática de crimes e diz ser perseguido
Lula nega a prática de crimes e diz ser perseguido
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula / BBCBrasil.com

Ações Penais

- Obstrução da Justiça (Operação Lava Jato)
Em julho deste ano, Lula tornou-se réu acusado de tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e um dos delatores do esquema de corrupção envolvendo a estatal.
Além do ex-presidente, respondem ao mesmo processo outras cinco pessoas: o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Édson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai.
A denúncia foi oferecida pela Procuradoria da República no DF e aceita pelo juiz federal Ricardo Augusto Leite, de Brasília.
Na ocasião, foi a primeira vez que Lula se tornou réu na Lava Jato.
O que diz a defesa de Lula?
Advogados do ex-presidente dizem que ele "jamais interferiu ou tentou interferir em depoimentos relativos à Lava Jato".
Segundo eles, "a acusação se baseia exclusivamente em delação premiada de réu confesso e sem credibilidade (Delcídio Amaral), que fez acordo com o Ministério Público Federal para ser transferido para prisão domiciliar".
- Corrupção e lavagem de dinheiro (Operação Lava Jato)
Quase dois meses depois, em 19 de setembro, Lula voltou a tornar-se réu acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
A denúncia da força-tarefa do Ministério Público Federal foi aceita pelo juiz federal Sergio Moro.
Os procuradores afirmam que a empreiteira OAS pagou R$ 3,7 milhões de propina a Lula. A propina se deu por meio da reserva e reforma de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e pelo custeio do armazenamento de seus bens depois que o petista deixou a Presidência.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega ser proprietário do imóvel e que tenha recebido propina da OAS.
Advogados do ex-presidente dizem que ele é vítima de "um histórico de perseguição e violação às garantias fundamentais pelo juiz de Curitiba".
"Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma prova contra Lula, como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica, impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou", afirmaram na ocasião os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira.
- Tráfico de influência internacional (Operação Janus)
Em outubro, Lula tornou-se réu pela terceira vez acusados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa.
A denúncia foi oferecida pela Procuradoria da República no Distrito Federal e aceita pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília.
Lula é acusado de usar sua influência junto ao BNDES e a outros órgãos sediados em Brasília para favorecer a empreiteira Odebrecht em contratos e obras de engenharia em Angola.
Em contrapartida por ter sido contratada pelo governo angolano, a Odebrecht teria repassado cerca de R$ 30 milhões à empresa do sobrinho do ex-presidente, Taiguara Rodrigues.
O que diz a defesa de Lula?
Em depoimento à PF, Lula diz que "não chegou a tratar, em nenhum momento, nem quando era presidente ou depois, das relações comerciais vinculadas a Taiguara".
O procurador Deltan Dallagnol relacionou diretamente os esquemas do mensalão e do petrolão e disse que o esquema de corrupção supostamente regido pelo PT iria além dos dois casos
O procurador Deltan Dallagnol relacionou diretamente os esquemas do mensalão e do petrolão e disse que o esquema de corrupção supostamente regido pelo PT iria além dos dois casos
Foto: EPA / BBCBrasil.com

Denúncias

- Tráfico de influência (Operação Zelotes)
Na semana passada, Lula foi denunciado à Justiça pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As acusações envolvem "negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627".
A denúncia, que foi oferecida pela Procuradoria da República no DF, ainda não foi aceita pela Justiça.
Segundo os procuradores, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015 quando Lula, já na condição de ex-presidente, "integrou um esquema que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA (M&M)".
Em troca, o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, donos da M&M, teria repassado ao filho mais novo de Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, pouco mais de R$ 2,5 milhões.
A Operação Zelotes apura um esquema de compra e venda de Medidas Provisórias e sonegação de impostos.
O que diz a defesa de Lula?
Advogados do ex-presidente classificaram a denúncia como "fruto de um novo devaneio de alguns membros do Ministério Público que usam das leis e dos procedimentos jurídicos como forma de perseguir Lula e prejudicar sua atuação política".
"Nem o ex-presidente Lula nem seu filho participaram ou tiveram conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos aviões caças da empresa sueca SAAB, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais relativos à Medida Provisória nº 627/2013, convertida na Lei nº 12.973/2014", afirmaram em nota os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira.
"Luis Claudio recebeu da Marcondes & Mautoni remuneração por trabalhos efetivamente realizados e que viabilizaram a realização de campeonatos de futebol americano no Brasil", acrescentaram.

Indiciamentos/Inquéritos/Investigações

O ex-presidente também é alvo de inquéritos (investigações em curso) e indiciamentos (quando o inquérito aponta indícios de crimes).
- Corrupção e lavagem de dinheiro (Lava Jato)
Na noite de segunda-feira, Lula foi indiciado sob a suspeita de crime de corrupção passiva na Lava Jato. Segundo a polícia, ele teria recebido propina da empreiteira Odebrecht por intermédio do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
De acordo com a investigação, o dinheiro foi para comprar um terreno, que seria usado para a construção de uma sede do Instituto Lula, e um apartamento em frente ao que mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes, mas o delegado responsável pelo caso, Márcio Adriano Anselmo, considerou que deveria unir as duas investigações por se tratarem de "fatos correlatos".
O apartamento foi comprado por Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e já condenado na Lava Jato, e depois alugado ao petista por um contrato no nome de sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
A polícia ressalva, contudo, que nunca houve qualquer pagamento por parte do ex-presidente, que utiliza o imóvel pelo menos desde 2003.
Investigadores afirmam que a operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do apartamento, que seria Lula.
O ex-presidente também é investigado sob a suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma de um sítio em Atibaia (SP), frequentado por ele e por sua família; nos pagamentos para a LILS - empresas de palestras do petista - e nas doações para o Instituto Lula, além da instalação de uma antena telefônica da Oi próxima ao sítio.
O sítio está no nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos da família e sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, outro filho de Lula. O local foi reformado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. A reforma teria sido realizada, segundo as investigações, para abrigar o acervo do petista.
- O que diz a defesa de Lula?
A defesa de Lula informou que o ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu. Além disso, acrescentou que o Instituto Lula funciona no mesmo local há anos e que o petista nunca foi proprietário do terreno em questão.
Segundo os advogados do ex-presidente, a transação seria um "delírio acusatório".
Lula também nega as outras acusações. Diz, por exemplo, que não é dono do sítio de Atibaia e que Bumlai se ofereceu para reformá-lo.
Já em relação aos valores referentes às palestras e as doações, a defesa do petista afirma que "foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos". Também negou que os pagamentos tenham qualquer relação com os contratos da Petrobras.
A Oi afirma que a antena foi instalada "para atender ao bairro todo e que eventuais problemas de sinal podem ser relatados à companhia".
- Formação de quadrilha (Lava Jato)
Ainda na Lava Jato, o ex-presidente foi apontado pelos investigadores como comandante da uma quadrilha responsável pelo esquema de corrupção na Petrobras envolvendo políticos de partidos como PT, PMDB e PP entre 2003 e 2014. No total, mais de 40 nomes são investigados.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega qualquer envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Em diversas ocasiões, afirmou ser perseguido e ter seus direitos violados pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Sergio Moro.
"Os procuradores da operação Lava Jato iludem a sociedade brasileira ao afirmar que têm provas para incriminar o ex-presidente Lula", disse em uma das notas divulgadas sobre o assunto neste ano.
- Tráfico de influência internacional
Lula também é investigado por suspeita de tráfico de influência internacional.
Ele teria atuado junto ao BNDES para ajudar a empreiteira Odebrecht a obter contratos na América Latina e na África com recursos do banco público, afirmam os investigadores. O caso ainda está sendo apurado.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega o tráfico de influência e afirmou que "jamais interferiu na autonomia do BNDES e nas decisões do banco sobre as concessões de empréstimos".
"Presidente e ex-presidentes do mundo inteiro defendem as empresas de seus países no exterior", afirmou em nota divulgada pelo Instituto Lula.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Pesquisa indica forte queda da popularidade do governo Temer

Mais da metade dos brasileiros (51%) considera ruim ou péssima a gestão do presidente Michel Temer, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo, que destaca também uma queda na confiança econômica do país.
A pesquisa, elaborada pelo Datafolha, mostra que a popularidade de Temer caiu notavelmente em comparação com julho, quando aqueles que reprovavam sua gestão representavam 31% da população.
De zero a dez, os consultados pela pesquisa dão uma nota média ao desempenho do governo de Temer de 3,6 pontos.
Para 40% a gestão do atual presidente é pior que a de Dilma Rousseff, que foi destituída de seu cargo no último dia 31 de agosto pelo Senado.
Além disso, 63% se mostra favorável a uma renúncia do presidente antes que termine o ano para que sejam realizadas eleições diretas, enquanto 27 % dos entrevistados disse o contrário.
A porcentagem que prefere eleições antecipadas é parecida à divulgada na pesquisa de julho (62%), quando Dilma estava afastada de seu cargo e Temer ocupava a presidência de maneira interina desde 12 de maio.
A população considera Temer um presidente defensor dos setores mais ricos (75%), falso (65%) e muito inteligente (63%), enquanto o 58% o vê como desonesto, segundo o Datafolha.
No entanto, 34% considera regular a gestão de seu Executivo, enquanto só 10% se mostra satisfeito com o líder do PMDB.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de dezembro, antes da revelação da delação premiada de um executivo de Odebrecht que cita Temer e boa parte da cúpula do Legislativo de ter recebido repasses ilegais da empresa.
Segundo o testemunho do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer pediu ao empresário Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do PMDB em 2014.
Por outro lado, a confiança na economia do país também piorou, pois dois terços dos consultados esperam um aumento da inflação, proporção parecida aos que esperam uma alta nos números de desemprego (67%).
Além disso, 41% acredita que a situação econômica vai piorar no futuro, enquanto 28% aposta em uma melhora e 27% pensa que tudo seguirá igual.
O Brasil terminou 2015 com uma contração econômica de 3,8%, seu pior resultado em 25 anos, e segundo as previsões se contrairá 3,4% este ano, encadeando dois anos de crescimento negativo pela primeira vez desde a década de 1930.
Em relação ao emprego, o país fechou o trimestre compreendido entre agosto e outubro com 12 milhões de desempregados e uma taxa de desemprego recorde de 11,8%.
A pesquisa foi realizada com 2.828 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais em 174 municípios e, o segundo Datafolha, tem uma margem de erro de dois pontos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Tribunal tem seis meses para decidir sobre impeachment da presidente da Coreia

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, sofreu nesta sexta-feira um impeachment, após os legisladores do país votarem pela saída dela do cargo. Agora, o Tribunal Constitucional terá prazo de seis meses para decidir se Park deve ou não ser removida definitivamente do posto. Caso pelo menos seis dos nove magistrados da corte decidirem pela saída, o mandato dela acabou, mas se menos de seis votarem contra ela Park voltará para concluir seu mandato, previsto para terminar em fevereiro de 2018.
Park, de 64 anos, sofreu o impeachment por 234 votos a 56 na Assembleia Nacional, que tem 300 membros. O resultado foi mais que os dois terços necessários para afastá-la. Vários legisladores do próprio partido da presidente votaram contra ela. A política é acusada em um caso de influência indevida em seu governo que envolve uma amiga. Promotores acusam Park de compartilhar documentos confidenciais com a amiga de longa data, além de ajudar que ela conseguisse pressionar empresas como a Samsung e a Hyundai para obter vultosas doações.
O caso levou milhões de sul-coreanos às ruas nos últimos seis meses para protestar contra a líder. O presidente interino do país será agora Hwang Kyo-ahn, um burocrata discreto que foi ministro da Justiça e ocupava agora o posto de primeiro-ministro, em grande medida cerimonial no país. Hwang chegou a ser demitido por Park no mês passado, enquanto o escândalo se aprofundava, mas uma disputa com líderes da oposição sobre o nome para substituí-lo resultou em impasse, o que levou à volta dele ao posto.
Hwang pediu que os militares sul-coreanos fiquem em alerta, diante de elevados riscos de uma provocação da Coreia do Norte. Nas ruas de Seul, o voto do Legislativo pelo impeachment foi comemorado. Mais de 10 mil pessoas estavam diante da Assembleia Nacional e celebraram o afastamento da presidente.
O ministro das Finanças sul-coreano, Yoo Il-ho, convocou uma reunião de emergência com outros ministros para discutir o impacto do impeachment para a economia. A maioria dos analistas avalia que esse impacto deve ser limitado. Fonte: Dow Jones Newswires.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Presidente eleito se vangloria de efeito Trump sobre economia americana

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vangloriou-se nesta terça-feira durante um comício do efeito que a sua vitória à Casa Branca teve sobre a economia, após o anúncio surpresa de um enorme investimento vindo da Ásia.
"Vocês viram o que acontece há duas semanas, e, no entanto, nem estamos ainda no escritório!", declarou Donald Trump a milhares de simpatizantes em um grande salão em Fayetteville, Carolina do Norte, a segunda etapa de sua turnê de agradecimento iniciada na semana passada.
O republicano de 70 anos foi eleito há exatamente quatro semanas.
Horas antes, Trump anunciou que o CEO da gigante de telecomunicações japonesa Softbank, Masayoshi Son, havia concordado em investir 50 bilhões de dólares nos Estados Unidos, com 50.000 postos de trabalho, de acordo com ele, no setor de alta tecnologia.
O bilionário japonês esteve na Trump Tower para este anúncio ainda pouco claro. Foxconn, subcontratada taiwanesa da Apple é, aparentemente, um co-investidor, segundo uma folha de papel exibida pelo japonês, que em uma entrevista ao Wall Street Journal explicou que o dinheiro viria de um fundo de tecnologia criado em conjunto com o fundo soberano saudita.
Apesar da falta de detalhes, as ações do SoftBank Group cresceram 5% na abertura da Bolsa de Tóquio nesta quarta-feira.
De toda forma, os apoiadores do republicano viram neste anúncio um primeiro resultado do método Trump.
Como durante a campanha eleitoral, o 45º presidente dos Estados Unidos, que substituirá Barack Obama em 20 de janeiro, saboreou a adulação de seus partidários, vestidos com camisas e bonés com seu nome. No entanto, milhares de cadeiras estavam vazias e o ambiente estava menos agitado que em agosto.
"Venceremos o inimigo sobre o emprego", declarou Donald Trump em um discurso de 36 minutos, após denunciar mais uma vez a política comercial da China e a deslocalização industrial.
'Cachorro louco'
O comício em Fayetteville, perto da base militar de Fort Bragg, também foi uma oportunidade para o presidente eleito de apresentar o general James Mattis, apelidado de "cachorro louco", e a quem confiará o departamento de Defesa.
Mas o Congresso deverá votar antes uma dispensa da lei que proíbe os militares de liderar o Pentágono nos sete anos após a aposentadoria, uma vez que o general Mattis aposentou seu uniforme em 2013, e os democratas se recusam a fazer uma exceção.
"Oh, se não receber a dispensa, haverá um monte de pessoas infelizes", ameaçou Donald Trump.
Mas, enquanto prometeu um impulso extraordinário nos gastos militares, adotou uma postura menos intervencionista, citando a necessidade de "forjar novas amizades", num possível aceno para Moscou.
"Este ciclo destrutivo de intervenções e caos deve finalmente acabar", lançou depois de lamentar o custo das intervenções dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Trump continua sendo Trump
Desde sua eleição, Donald Trump anunciou que convenceu a fabricante americano Carrier de desistir de realocar uma de suas fábricas para o México, e na terça-feira ameaçou a Boeing de cancelar o pedido de novos aviões presidenciais Air Force One, considerados muito caros.
Seus partidários aplaudem, felizes de que seu candidato encarnou o lado de presidente sem negar seu lado iconoclasta.
"Ele pode ser um grande líder, já provou durante a semana", comemorou Maria Moore, de 37 anos, uma dona de casa.
Após Carrier, "hoje foi o banco chinês Sunbank, 50.000 empregos, isso é ótimo", elogiou Joann Chylinski, confundindo alguns detalhes.
Mas a algumas dezenas de quilômetros, na Carolina do Norte, esta turnê de agradecimento não parece agradar a todos.
"É para amaciar seu ego", lamentou um bancário aposentado, Steve Plummer, em Lillington. "Ele finge querer unir o país", disse o irritado democrata. "É uma pena, porque ele é a causa de divisões".
Donald Trump não mudou seus hábitos de comunicação, e continua a tuitar ativamente. E, em muitos casos, continua a cultivar certa ambiguidade, recusando-se a revelar as suas cartas antes de as negociações com o Congresso e futuros parceiros internacionais.
"O cenário do que fazemos ainda não está escrito", disse ele pouco antes do final da reunião.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Câmara deve votar projeto que barra Uber e dá exclusividade a taxistas no transporte de passageiros

A Câmara dos Deputados deve votar na próxima terça-feira (06) o projeto de Lei PL 5587/16, que poderá barrar o Uber e assegurar aos taxistas exclusividade no transporte individual de passageiros em todo o país. Se aprovado, o texto torna ilegais todos os serviços prestados por motoristas privados mediante aplicativos digitais, como o Uber, sujeitando o infrator a penalidades e medidas administrativas previstas no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). A empresa se posicionou e diz que a intenção dos parlamentares é “retirar o seu direito de escolher como se movimentar pelas cidades”.
Leia mais:
Para ter um diferencial, motorista de uber cuiabano oferece Wi-Fi aos passageiros
O projeto, que foi proposto por seis deputados, altera a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12) e a lei que regulamenta a profissão de motorista profissional no País (Lei 13.103/15). Uma das mudanças proíbe que veículos particulares descaracterizados sejam usados para obter remuneração ou vantagem econômica por meio da oferta de serviços de transporte de passageiros.
Com isto, o transporte individual remunerado, inclusive quando intermediado por plataformas digitais, só poderá ser oferecido em veículos que tenham caixa luminosa externa com a palavra "táxi". Além disto, o PL prevê ainda que a exploração do transporte remunerado individual de passageiros em veículos com capacidade de até sete passageiros é atividade privativa do taxista, mesmo quando a conexão entre usuários e motoristas ocorrer por meio de plataformas digitais.
As medidas atingem diretamente prestadores de serviços de transporte alternativos, como o Uber, que se baseiam na interação entre motoristas privados e passageiros por meio de aplicativos digitais e na livre concorrência. Os autores do projeto argumentam que ele servirá para corrigir a legislação vigente para “sepultar dúvidas e preservar a regulamentação dos serviços de transporte público individual de passageiros nos municípios”.
São autores do projeto: deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Renata Abreu (PTN-SP), Laudivio Carvalho (SD-MG) e Rôney Nemer (PP-DF).
Uber
Para a empresa, o objetivo dos parlamentares é “retirar o seu direito de escolher como se movimentar pelas cidades”. Em seu site, o Uber pede que os usuários do serviço ajudem a impedir que esta decisão seja tomada. “Diversos municípios já tentaram, sem sucesso, proibir a inovação. Agora a Câmara dos Deputados quer fazer o mesmo com o País. Cidades como São Paulo (SP), Vitória (ES) e Brasília (DF) já passaram regulamentações modernas que abraçam o uso da tecnologia para o bem das pessoas e das cidades”, argumenta a empresa.
“Leis proibitivas que defendem o interesse de uma categoria corroboram para que atos violentos, como os vistos no Rio de Janeiro no dia 29/11, se repitam. Um debate amplo e democrático deve levar em conta o direito de escolha dos 200 milhões de brasileiros”, diz trecho do texto postado no site da empresa.
A Uber foi fundada em 2010 e está presente em 70 países e mais de 480 cidades. Só no Brasil, são mais de 50 mil motoristas cadastrados no serviço. Além disto, são mais de quatro milhões de usuários ativos no país que utilizam o aplicativo. No mundo, a média é de cinco milhões de viagens por dia. Em novembro deste ano, a empresa expandiu seus serviços para Cuiabá, São José dos Campos (SP), Teresina (PI) e Juiz de Fora (MG).
Após Obama ir a Hiroshima, primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, será a primeira autoridade japonesa a visitar base militar dos EUA atacada em 1941Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-12-05/pearl-harbor-obama-shinzo-abe.html
Após Obama ir a Hiroshima, primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, será a primeira autoridade japonesa a visitar base militar dos EUA atacada em 1941Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-12-05/pearl-harbor-obama-shinzo-abe.html
Após Obama ir a Hiroshima, primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, será a primeira autoridade japonesa a visitar base militar dos EUA atacada em 1941Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-12-05/pearl-harbor-obama-shinzo-abe.html
Após Obama ir a Hiroshima, primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, será a primeira autoridade japonesa a visitar base militar dos EUA atacada em 1941Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-12-05/pearl-harbor-obama-shinzo-abe.html

sábado, 3 de dezembro de 2016

Nove mortos e 25 desaparecidos em incêndio durante festa na Califórnia

Ao menos 9 pessoas morreram e outras 15 estavam desaparecidas após um grande incêndio em uma festa de música eletrônica em Oakland, Califórnia (oeste dos Estados Unidos), segundo a imprensa.
De acordo com os bombeiros, citados pelo jornal "The San Jose Mercury News", 70 pessoas estavam na festa, na qual se apresentava o grupo Golden Donna.
O incêndio começou por volta das 23h30 locais desta sexta-feira, e foi controlado na manhã de sábado, por equipes que vasculharam os escombros em busca de vítimas, segundo os bombeiros.
"Ainda temos que fazer uma busca mais completa no imóvel e não sabemos o número potencial de vítimas", disse ao jornal "East Bay" a chefe do corpo de bombeiros, Teresa Deloach-Reed.
A estrutura, de dois andares, foi planejada para abrigar 50 pessoas.
Nas redes sociais, amigos e parentes buscavam por notícias de entes queridos.
A imprensa exibiu imagens de chamas saindo de um prédio de aparência industrial. A construção abrigava um coletivo de artistas, segundo os bombeiros. Quando entraram para combater o fogo, tiveram o trabalho dificultado por móveis e objetos artísticos, "como um labirinto", disse Teresa.
Nenhum detector de fumaça parece ter sido ativado durante o incêndio. Segundo a chefe dos bombeiros, continua-se averiguando se o prédio era habitado permanentemente.
Oakland é uma cidade de 420 mil habitantes situada diante de San Francisco, do outro lado da baía de mesmo nome.
Apesar de já ter tido fama de cidade insegura, hoje atrai setores em busca de aluguéis mais baratos do que em San Francisco.
Em 20 de fevereiro de 2003, um incêndio causado por fogos de artifício em uma boate de West Warwick, nordeste dos EUA, causou a morte de 100 pessoas.
O incêndio mais trágico em nível nacional durante um espetáculo remonta a 1903, quando 602 pessoas morreram no Iroquois Theater de Chicago, segundo a National Fire Protection Association.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Domador atacado por leão durante espetáculo de circo no Egito

Um domador foi atacado por um leão durante um espetáculo num circo em Alexandria, no Egito.
Um vídeo filmado por um espetador mostra o momento em que um leão atacou o domador, durante um espetáculo para estudantes, na "Aldeia dos Leões" de Alexandria, no Egito.
A vítima, Shaheen Islam, de 35 anos, foi atacada de surpresa por um dos leões que estavam na jaula. A data do incidente não foi especificada, mas o vídeo foi hoje divulgado.
Apenas com um pau na mão, foi incapaz de se defender do ataque, perante espetadores horrorizados. Colegas de Shaheen Islam apressaram-se a tentar afastar o leão, mas quando conseguiram já os ferimentos sustidos pela vítima eram muito graves.
Islam foi enviado para o hospital Andalusian Salam, em Alexandria, onde viria a morrer, vítima de múltiplos ferimentos, na cabeça, peito e abdómen.
O irmão de Islam, citado pela pelo canal de televisão "Al Arabiya", diz que a vítima tinha 10 anos de experiência a trabalhar com leões, mas que terá sido apanhado de surpresa pelo animal, que era novo no circo.