terça-feira, 26 de setembro de 2017

Recibo apresentado por Lula tem data que não existe

Dias 31 de junho e de novembro aparecem em comprovantes juntados.

Um dos documentos anexados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua defesa chamou atenção por um erro.
Trata-se de um recibo para comprovar que a família do petista pagava aluguel ao engenheiro Glaucos da Costamarques referente a um apartamento vizinho ao dele, em São Bernardo do Campo.
Em um dos recibos, consta que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta no começo deste ano, pagou R$ 4.170, referente ao aluguel "vencido no dia 31 de junho de 2014". Ocorre que o mês de junho se encerra no dia 30.
Outro erro igual ocorre no recibo de novembro 2015, mês que também não tem 31 dias.
Esse é o mesmo processo em que o ex-presidente prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, no último dia 13.
Lula é acusado de ter usado um testa de ferro, que seria Glaucos, para adquirir o apartamento vizinho ao dele, com dinheiro de propina da Odebrecht.
Os aluguéis, segundo o engenheiro, não foram pagos de 2011 a 2015.
O R7 entrou em contato com a defesa do ex-presidente e aguarda um posicionamento sobre o erro no recibo apresentado.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Lula se preocupa com defesa de intervenção militar feita por general .

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou, nesta quinta-feira (21), ter preocupação com a defesa de intervenção militar no país feita pelo general Antonio Hamilton Martins Mourão. Em reunião com o comando nacional do PT, em São Paulo, Lula disse que a sociedade civil tem que "tomar as rédeas" para garantir a democracia. De acordo com rellatos de participantes do encontro com Lula, o ex-presidente disse que as declarações do general fogem ao processo democrático. Na sexta-feira (15), o general Mourão, que é secretário de Economia e Finanças do Exército, defendeu a intervenção militar se o Judiciário "não solucionar o problema político", em referência à corrupção. A declaração foi dada durante palestra em uma loja maçônica em Brasília. A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (SC), disse que o ex-presidente "ficou preocupado". "Lula disse que A sociedade civil tem que tomar as rédeas do processo e garantir a democracia. Ele ficou preocupado com a fala do Mourão", disse a jornalistas, depois do encontro de Lula com o Diretório Nacional do PT. "As instituições que nós temos precisam caminhar para garantir a democracia. Se há crise política, tem que ser resolvida institucionalmente, pelos meios normais", disse Gleisi. O encontro foi fechado e a imprensa não teve acesso às declarações do ex-presidente. Para a dirigente petista, o governo do presidente Michel Temer "não se manifestou como deveria". O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, decidiram não punir o general Mourão pelas declarações.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Jungmann pede explicações a comandante do Exército sobre fala de general

Militar sugeriu intervenção caso o Judiciário não resolva o 'problema político'.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, pediu explicações ao comandante do Exército após um general da ativa ter sugerido a intervenção militar caso o Judiciário não consiga resolver "o problema político". Em nota, o ministro afirma que foram discutidas "medidas cabíveis a serem tomadas" em relação ao general Antonio Hamilton Mourão, secretário de Finanças do Exército.
"Reitera o ministro da Defesa que as Forças Armadas estão plenamente subordinadas aos princípios constitucionais e democráticos. Há um clima de absoluta tranquilidade e observância aos princípios de disciplina e hierarquia", diz a nota.
O general Antonio Hamilton Mourão participou de um evento da maçonaria em Brasília na sexta-feira (15) e, depois de uma palestra de 50 minutos, sugeriu que uma saída para os problemas da política no país seria uma intervenção militar. A declaração foi feita em resposta ao questionamento de um dos presentes, sobre a possibilidade de intervenção no momento em que Michel Temer é denunciado pela segunda vez.
“[...] ou as instituições solucionam o problema político retirando da vida pública o elementos envolvido em todos os ilícitos ou então nós teremos que impor uma solução", destacou o general, que é secretário de economia e finanças da Força.
"Os Poderes terão que buscar uma solução. Se não conseguirem, temos que impor uma solução. E essa imposição não será fácil. Ela trará problemas. Pode ter certeza", completou Mourão. O vídeo com a declaração foi compartilhado nas redes sociais.
O PT publicou uma nota oficial criticando a declaração do general, destacando que o posicionamento "fere frontalmente a Constituição e ameaça seriamente a democracia". A nota acrescenta que o general foi afastado do Comando Militar do Sul, em 2015, por ter manifestado ideias a favor de uma ação militar na política.
"A nova transgressão requereria imediatas providências por parte do Comando-Geral do Exército e do Ministério da Defesa, para ratificar o compromisso das Forças Armadas com a Constituição e impedir que fatos como estes se repitam", diz a nota, assinada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann.
A palestra de sexta-feira foi promovida por uma loja maçônica de Brasília e acompanhada por integrantes do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, entre outros.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização não governamental, também em nota, disse que vê com "preocupação e estranheza" a sugestão do general. "Esta declaração é muito grave e ganha conotação oficial na medida em que o General estava fardado e, por isso, representando formalmente o Comando da força terrestre. Ela é ainda mais grave por ter sido emitida pelo Secretário de Economia e Finanças, responsável pelo gerenciamento de recursos da Força e, portanto, soar como chantagem aos Poderes constituídos em um momento de restrição orçamentária."
O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, informou por meio de nota à imprensa que o Exército reafirma constantemente seu compromisso de pautar as ações na legalidade, estabilidade e legitimidade.
Ao jornal Estado de S. Paulo, Mourão alegou que "não está insuflando nada" e que "não defendeu, apenas respondeu a uma pergunta". Disse ainda que "não é uma tomada de poder. "Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente. Vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o país consiga andar e não como estamos."

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Coreia do Norte dispara míssil sobre Japão e aumenta tensões

A Coreia do Norte disparou um míssil na sexta-feira (horário local) que ultrapassou o norte do Japão, Hokkaido, e caiu no Oceano Pacífico, disseram autoridades sul-coreanas e japonesas, aumentando ainda mais as tensões após o recente teste de Pyongyang de uma poderosa bomba nuclear.
Secretário de gabinete japonês Yoshihide Suga concede entrevista em Tóquio
 14/9/2017   Kyodo/via REUTERS
Secretário de gabinete japonês Yoshihide Suga concede entrevista em Tóquio 14/9/2017 Kyodo/via REUTERS
Foto: Reuters
O míssil voou sobre o Japão, aterrissando no Pacífico cerca de 2.000 km a leste de Hokkaido, afirmou o secretário de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, a repórteres.
"Essas provocações repetidas por parte da Coreia do Norte são inadmissíveis e nós protestamos nas palavras mais fortes", disse Suga.
O míssil não identificado atingiu uma altitude de cerca de 770 km e voou 3.700 km, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul - o suficiente para chegar ao território dos EUA no Pacífico, Guam.
No mês passado, a Coreia do Norte disparou um míssil de área semelhante perto da capital, Pyongyang, que também voou sobre Hokkaido para o oceano.
A Coreia do Sul disse ter disparado um teste de míssil no mar para coincidir com o lançamento da Coreia do Norte. Os governos sul-coreano e japonês convocaram uma reunião urgente de seus conselhos de segurança.
O lançamento norte-coreano ocorre um dia após a Coreia do Norte ameaçar afundar o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e escuridão" por apoiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs novas sanções contra o teste nuclear de 3 de setembro, o mais poderoso até agora.
A Coreia do Norte acusa os EUA, que tem 28.500 soldados na Coreia do Sul, de planejarem invadir e ameaçar regularmente destruí-la e a seus aliados asiáticos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que a Coreia do Norte nunca terá permissão de ameaçar o país com um míssil nuclear, mas também pediu à China que faça mais para controlar seu vizinho. A China, por sua vez, defende uma resposta internacional ao problema.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Pressão familiar e fortuna influenciaram Palocci a depor, diz jornal

Considerado como estrategista por membros do Partido dos Trabalhadores, o ex-ministro disparou contra amigos da legenda para alcançar o tão sonhado acordo de delação premiada para conseguir a liberdade que tanto almeja.

O ex-ministro Antonio Palocci disparou contra o ex-presidente Lula em depoimento na operação Lava Jato. Segundo o jornal "O Globo", dois fatores foram fundamentais para a delação do médio de 56 anos: a pressão familiar e o grande patrimônio acumulado nos últimos anos.
Durante o depoimento, Palocci admitiu ao juiz Sergio Moro que Lula acompanhou de perto o andamento das operações de propina que resultaram na compra do imóvel onde fica o  Instituto Lula. Petistas analisaram o depoimento como "lamentável" e feito por "desespero".
Considerado como estrategista por membros do Partido dos Trabalhadores, o ex-ministro disparou contra amigos da legenda para alcançar o tão sonhado acordo de delação premiada para conseguir a liberdade que tanto almeja.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Anulação do acordo da JBS pode levar à prisão de Joesley

Criminalistas que acompanham a Lava Jato avaliam que a consequência mais drástica da anulação do acordo da JBS deve ser a prisão do empresário Joesley Batista, assim como do lobista Ricardo Saud, que teriam omitido informações relevantes nas primeiras acusações que fizeram; a procuradora Silvana Battini, que é também professora da FGV, lembra que a liberdade dada aos delatores foi parte do acordo; numa conversa, os dois tratam de como poderiam cooptar o Ministério Público.Criminalistas que acompanham a Lava Jato avaliam que a consequência mais drástica da anulação do acordo da JBS deve ser a prisão do empresário Joesley Batista, assim como do lobista Ricardo Saud, que teriam omitido informações relevantes nas primeiras acusações que fizeram.
Em entrevista ao Globo, a procuradora Silvana Battini, que é também professora da FGV, lembra que a liberdade dada aos delatores foi parte do acordo.
Numa conversa, os dois tratam de como poderiam cooptar o Ministério Público.
Leia, abaixo, reportagem de Ricardo Brito, da Reuters, sobre a possível anulação do acordo:
BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de uma investigação para apurar indícios da prática de crimes omitidos por delatores da J&F em um áudio entregue pelo grupo ao Ministério Público, o que poderá levar à rescisão dos benefícios concedidos, mas destacou que as provas apresentadas por eles até o momento continuam válidas.
“Determinei hoje a abertura de investigação para apurar indícios de omissão de informações sobre a participação em crimes”, disse Janot nesta segunda-feira. “São áudios com conteúdo gravíssimo que foram obtidos pelo MPF na semana passada. A análise revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à PGR e ao STF.”
A gravação de quatro horas fazia parte dos documentos entregues pelo grupo na quinta-feira passada referente ao prazo inicial de complementação da delação da J&F, controladora da JBS, que se encerrava naquele dia.
Segundo Janot, os áudios trazem indícios de condutas criminosas atribuídas ao ex-procurador da República Marcelo Miller --que era um auxiliar direto dele e que posteriormente foi trabalhar em um escritório de advocacia que trabalhava para a JBS. Essa movimentação de Miller foi alvo de fortes críticas do presidente Michel Temer e de aliados do chefe do Executivo.
O procurador-geral também disse que as conversas citam autoridades da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal. Ele disse que iria submeter a conversa ao ministro do STF Edson Fachin, relator do caso na Corte, a fim de avaliar qual o melhor procedimento a ser adotado.
A descoberta do áudio, segundo o chefe do Ministério Público Federal, se deu no domingo pela manhã, quando uma procuradora da Força Tarefa da Lava Jato no Supremo percebeu que a conversa não tinha ligação com a complementação dos anexos apresentados. Após ouvir a gravação, ela classificou-a de “absolutamente exótica”.
“Os indícios são gravíssimos, gravíssimos, as insinuações são muito graves”, afirmou.
Durante a fala e a coletiva, Janot indicou que os benefícios dos delatores do grupo poderão ser anulados. Sete executivos da JBS conseguiram o direito à imunidade penal no acordo homologado em maio. A investigação envolve três deles --Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis--, segundo documento que instaura a investigação.
Ele, contudo, fez questão de frisar que a revisão dos acordos não invalida as provas produzidas na colaboração até o momento.
“Não se pode ludibriar impunemente o Ministério Público e o Poder Judiciário. A provável rescisão de um acordo de colaboração premiada, se ocorrida pelo colaborador, não invalida nenhuma prova. Todas as provas continuam hígidas e válidas”, destacou ele.
Janot disse que pretende chamar os colaboradores do grupo para se manifestarem ainda esta semana. Ele afirmou que eles terão direito a uma “ampla defesa” para esclarecer se tudo não passou de uma “confusão”.
Em comunicado, a defesa dos executivos da J&F afirmou que houve “interpretação precipitada” da gravação entregue à procuradoria-Geral da República e que o assunto será esclarecido assim que o material for melhor examinado.
“O diálogo em questão é composto de meras elucubrações, sem qualquer respaldo fático”, diz trecho do comunicado da J&F.
TEMER
A menos de duas semanas de deixar o cargo, o procurador-geral destacou que o caso envolvendo o áudio em nada vai “inviabilizar” a apresentação de novas denúncias que poderão ser oferecidas por ele. “Não deixo de praticar ato de ofício até o dia 17 de setembro”, salientou ele.
Janot deverá usar a colaboração de Joesley Batista, da JBS, como uma das bases para uma nova denúncia contra Temer. Ele também deverá robustecê-la com a delação de Lúcio Funaro, já encaminhada ao Supremo e pendente apenas de homologação por Fachin.
Temer, em visita à China, reagiu com “serenidade” ao anúncio de Janot, enquanto o Palácio do Planalto comemorou o que já pode ser contado como um ganho político para o governo.
“Com a serenidade de sempre, não houve uma alteração sequer”, disse Temer a jornalistas, em Xiamen, onde participa de cúpula do Brics, ao ser perguntado sobre como recebeu a notícia.
“Eu não falo sobre isso”, disse o presidente. “Tenho que ter a maior serenidade, como sempre tive. Respeito todas as decisões que forem tomadas pela Justiça, pela Câmara dos Deputados, pela Procuradoria-Geral da República. Eu tenho que respeitá-las mas não posso falar uma palavra sobre isso.”

sábado, 2 de setembro de 2017

Frankfurt inicia preparação para desativar bomba da 2ª Guerra Mundial

As autoridades alemãs iniciaram hoje (2) as operações prévias à evacuação amanhã (3) de cerca de 60 mil pessoas em Frankfurt, onde ocorrerá a desativação de uma enorme bomba da 2ª Guerra Mundial. As informações são da agência EFE.
Equipes de proteção civil já começaram a levar, para outra clínica, pacientes e bebês que estavam internados em um hospital de Frankfurt, dentro da área afetada pela operação, a maior da história moderna da Alemanha.
A evacuação do resto da população da cidade começará às 6h da manhã deste domingo e obrigará cerca de 60 mil pessoas a deixar suas casas e ir para uma zona de segurança.
A bomba de Frankfurt foi achada em 29 de agosto, durante trabalhos de construção no bairro de Westend. Os bombeiros, a polícia de Frankfurt e o escritório da ordem pública participarão dos trabalhos de evacuação. A bomba achada, que será desativada amanhã, é uma mina aérea HC 4000, com 1,4 tonelada de explosivo.
Além disso, será realizada amanhã outra operação similar, ainda que de menores dimensões, na cidade de Coblenza, que afetará aproximadamente 20 mil cidadãos.
Mais de 70 anos após o fim da 2ª Guerra Mundial, continuam sendo localizadas a cada ano na Alemanha cerca de 2 mil toneladas de bombas sem explodir.
No começo desta semana, a desativação de uma bomba em Berlim obrigou a fechar o aeroporto de Tegel durante várias horas. Mais de 20 voos foram desviados e os passageiros afetados acabaram nas instalações do futuro aeroporto internacional da capital alemã, que ainda não inaugurou.