sexta-feira, 31 de julho de 2015

EUA condenam assassinato de bebê palestino em ataque de colonos judeus

Os Estados Unidos condenaram nesta sexta-feira o assassinato de um bebê palestino em um ataque de supostos colonos judeus extremistas no norte da Cisjordânia e pediram a israelenses e palestinos para manterem a calma e evitar uma escalada de tensão após o "trágico" fato.
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis o impiedoso ataque terrorista da noite passada na cidade palestina de Duma", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, em comunicado.
No incêndio, provocado após o lançamento de coquetéis molotov a dois imóveis de Duma, o bebê Ali Dawabsheh, de 18 meses, morreu e seu pai, Saad, de 32 anos, sua mãe, Reham, de 27, e seu irmão Ahmad, de 4, ficaram gravemente feridos.
"Expressamos nossas mais profundas condolências à família Dawabsheh e também dedicamos nossas orações para uma recuperação rápida dos feridos. Os Estados Unidos comemoram a ordem do primeiro-ministro (israelense, Benjamin) Netanyahu para que as forças de segurança israelenses usem todos os meios a sua disposição para prender os assassinos e levá-los à Justiça", disse Toner.
Em uma ação pouco habitual, Netanyahu pediu ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, para transmitir suas condolências e começar a "lutar juntos contra o terrorismo".
Horas antes, Abbas denunciou a impunidade dos crimes israelenses contra seu povo e disse que o assassinato do bebê é um "crime de guerra" e será levado, junto a outros ataques, à Justiça internacional.
"Falando com franqueza, este crime foi cometido pelo governo israelense, porque impulsiona a colonização e a expande em todas as partes da Cisjordânia e de Jerusalém. Isto, claramente, encoraja esses colonos criminosos a fazer o que estão fazendo", acusou Abbas.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Governo de Mianmar dá indulto para quase 7 mil presos


Entre os beneficiados, estão 210 estrangeiros.
O presidente de Mianmar, Thein Sein, anunciou nesta quinta-feira (30) a concessão de um indulto para 6.966 prisioneiros no país por "motivos humanitários e com objetivo de uma reconciliação nacional". Entre os beneficiados, estão 210 estrangeiros.
A graça presidencial foi dada hoje para coincidir com uma festa religiosa budista e como forma de preceder as eleições gerais de novembro.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ministério da Justiça prorroga ações da Força Nacional em Alagoas

Ministério da Justiça prorrogou por 90 dias as ações da Força Nacional de Segurança Pública em Alagoas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (29) atendendo à solicitação do governador do estado, Renan Filho.
O objetivo da prorrogação é dar continuidade à Operação Jaraguá feita desde 2011, que tem como foco combater o crime por meio de policiamento ostensivo e de abordagens a suspeitos.
A Força Nacional, no entanto, começou a atuar no estado em 2008. Além de policiamento ostensivo, a tropa deu apoio a operações de transferências de presos e de combate ao tráfico de drogas. Atualmente, o efetivo também atua em ações de perícia, de defesa civil e na investigação de homicídios ocorridos em Maceió.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Tribunal líbio condena à morte filho de Kadhafi e outras oito pessoas

Um tribunal líbio hoje condenou à morte Seif al-Islam Kadhafi, filho do ex-presidente Muammar Kadhafi, além de outras oito pessoas, após um julgamento marcado pela violência e por divisões políticas.

O tribunal sediado em Trípoli, onde está no poder uma coligação de milícias islamitas, condenou à morte o último primeiro-ministro de Kadhafi, Baghdadi al-Mahmudi, e o ex-chefe dos serviços secretos, Abdallah Senoussi.
Os acusados foram julgados pelo papel que desempenharam na repressão da revolta que ocorreu antes do fim do regime de Kadhafi em 2011.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Ataque contra delegacia deixa 10 mortos na Índia

Um ataque de homens armados contra uma delegacia deixou dez mortos nesta segunda-feira (27/7) na Índia, perto da fronteira com o Paquistão.
Quatro policiais e três civis morreram no ataque contra a delegacia de Gurdaspur, no Estado de Punjab.
Além disso, três dos atacantes morreram no confronto com as forças de segurança que durou horas.
Antes de atacar a delegacia, os homens armados dispararam contra um ônibus e ameaçaram um motorista para roubar seu carro. Perto do local do tiroteio foram encontradas cinco bombas, em uma via férrea.
O ministro do Interior, Rajnath Singh, ordenou o reforço das medidas de segurança na fronteira com o Paquistão. Esse tipo de ataque é frequente na região vizinha da Caxemira, que foi dividida em 1947 entre Índia e Paquistão.

domingo, 26 de julho de 2015

Menina de 10 anos deixa 14 mortos em atentado na Nigéria

Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas neste domingo na Nigéria após o ataque suicida de uma menina de 10 anos em um mercado da cidade de Damaturu, capital do estado de Yobe.
A menina detonou seus explosivos na entrada do mercado, segundo relatou à Agência Efe uma testemunha do ataque, que conseguiu contar 14 corpos.
"A explosão foi tão forte que sacudiu os edifícios da região", disse à Efe Asabe Abukabar, que mora perto do mercado e cujo edifício foi afetado pela detonação.
ADVERTISEMENT
Os corpos e os feridos foram levados ao principal hospital da cidade, ao qual familiares das vítimas se dirigiram para reconhecer os corpos ou saber a gravidade de seus ferimentos.
Nos últimos meses, o grupo terrorista Boko Haram recorreu aos atentados em mercados, locais de culto e estações de ônibus para prosseguir sua campanha de terror no nordeste da Nigéria, onde procura implantar um califado islâmico.
O exército classifica estes locais de "alvos fáceis", que o grupo ataca para continuar matando após perder terreno perante o avanço dos militares nigerianos e da força multinacional de países vizinhos.
Desde o último dia 29 de maio, quando o novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, tomou posse de seu cargo, a milícia fundamentalista matou mais de 500 pessoas.
O estado de Yobe é, junto aos vizinhos Borno e Adamawa, um dos centros de atividade do Boko Haram na Nigéria, que estendeu seus atentados ao Chade e ao Camarões.
Em outro atentado, ocorrido em Camarões, 19 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas após a ação de outra suicida, dessa vez uma menina, em uma área de bares da cidade de Maroua, segundo informaram meios de comunicação desse país.

sábado, 25 de julho de 2015

Presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez são transferidos para penitenciária

Na manhã deste sábado (25), oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato foram transferidos para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Entre eles estão o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Eles estavam detidos na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
O delegado Igor Romário de Paula solicitou a transferência alegando que a carceragem não tinha espaço adequado para abrigar a todos os detidos.
O juiz Sérgio Moro argumentou: "de fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos. Por outro lado, a ala específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições do que as da carceragem da Polícia Federal."
>> MP denuncia presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez
>> STJ pede explicações a Moro sobre prisões
>> Justiça decreta nova prisão para Marcelo Odebrecht e mais 4
Os detidos transferidos foram os seguintes: Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.; Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht; César Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht; Elton Negrão de Azevedo Júnior, executivo da Andrade Gutierrez; João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht; Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht; Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez; Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Prefeitura de SP tem 72 horas para explicar redução de velocidade em marginais

A Prefeitura de São Paulo deverá explicar à Justiça, em um prazo de 72 horas, as reduções de velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê desde o último dia 20. A decisão expedida nesta quinta-feira (23) à noite é da 11ª Vara de Fazenda Pública, em resposta ao pedido de liminar feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo.
Nas pistas expressas das marginais, a velocidade máxima caiu de 90 quilômetros por hora (km/h) para 70 km/h e, nas pistas locais, a redução passou de 70 km/h para 50 km/h. Na ação, a OAB-SP traz vários argumentos contrários à medida, que poderia gerar “caos” no trânsito a partir do próximo mês, com o retorno das atividades escolares.
Para a OAB-SP, o trânsito lento vai aumentar a quantidade de ambulantes ilegais, que já atuavam mesmo antes da redução de velocidade, elevando os riscos de atropelamentos. Os motoristas também ficarão mais vulneráveis a assaltos e arrastões.
A Companhia de Engenharia de Tráfego informou, em nota, que é prerrogativa municipal a regulamentação das velocidades nas vias sob sua jurisdição. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quando o Poder Público instala a devida sinalização na via, pode determinar as velocidades que considerar compatíveis com as respectivas características técnicas do local. Onde não houver sinalização, estão estabelecidas velocidades máximas de acordo com o tipo de viário.
A companhia informou ainda que, após estudos feitos e divulgados anteriormente, decidiu diminuir as velocidades das marginais. Segundo a empresa, a medida foi tomada para reduzir o número de acidentes nas vias. (ABr)

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Suíça diz ter indícios de que Odebrecht usou contas para pagar propina

O Ministério Público da Suíça afirmou nesta quarta-feira (22) que encontrou indícios de que a Odebrecht usou contas bancárias no país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
"Empresas do grupo da Odebrecht são suspeitas de usar contas na Suíça para fazer pagamentos de propina para ex-diretores da Petrobras que também mantêm contas em bancos suíços", informou a procuradoria, após ser questionada sobre o assunto.
O órgão disse que abriu "numerosas investigações" sobre a Petrobras. "A Procuradoria confirma que uma de suas investigações é relacionada à Construtora Norberto Odebrecht, assim como empresas associadas e pessoas, e que essas conexões têm sido enviadas para o Brasil por meio de pedido de cooperação mútua".
O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, tem colaborado com as investigações conduzidas pelos procuradores da Operação Lava Jato. Pelo menos US$ 400 milhões já foram bloqueados na Suíça desde o início das investigações.
"Os resultados iniciais dessas investigações indicam que o sistema financeiro suíço foi seriamente afetado pelo escândalo", afirma a nota divulgada pelo Ministério Público da Suíça.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que passou a colaborar com as autoridades no ano passado, disse ter recebido mais de US$ 20 milhões em propina da Odebrecht na Suíça.
O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que também fez acordo para colaborar com as investigações, disse ter recebido US$ 97 milhões de fornecedores da Petrobras, entre eles a Odebrecht.
Barusco e Costa dizem que os pagamentos foram feitos por uma empresa registrada no Panamá, a Constructora Internacional Del Sur, e com a ajuda de um economista brasileiro que vive em Genebra, Bernardo Freiburghaus.
A Odebrecht disse várias vezes nos últimos meses que nunca pagou propina para facilitar seus negócios na Petrobras e afirma não ter relação com a empresa no Panamá e Freiburghaus.
Em nota divulgada nesta quarta, a empresa disse que entrará em contato com as autoridades suíças para buscar informações sobre as investigações em curso.
"A Odebrecht solicitará informações às autoridades suíças para entender o alcance das investigações e o motivo pelo qual está sendo inserida no contexto de apuração de irregularidades cometidas por executivos da Petrobras. A empresa só poderá se pronunciar após ter acesso às informações", diz a nota.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Homem de 20 anos foi autor de atentado no Sul da Turquia

Terrorista é integrante do Estado Islâmico.As autoridades turcas identificaram  um turco de 20 anos como o autor do atentado suicida que causou a morte de 32 pessoas e 100 ficaram de feridas na segunda-feira em Suruc (sul), anunciou nesta quarta-feira fonte oficial.
"Confirmamos com base em testes genéticos feitos de que o autor do ataque é um homem de 20 anos, oriundo de Adiyaman (Sudeste da Turquia), declarou um responsável turco que pediu o anonimato.
O homem integrou ao grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) há apenas dois meses, segundo imprensa turca.
De acordo com as autoridades turcas, o homem explodiu uma bomba na segunda-feira (20), ao meio-dia, nos jardins do centro cultural de Suruç, junto à fronteira com a SÍria.
Situada do outro lado da fronteira, esta cidade síria ficou destruída durante conflito em janeiro, pela vitória dos curdos sírios sobre o Estado Islâmico.
Após o atentado suicida, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, atribuiu o ataque ao movimento terrorista, que ocupa, há um ano, grandes zonas no Iraque e na Síria.
De acordo com a imprensa, as autoridades turcas estão investigando possíveis ligações entre o ataque em Suruc e o atentado que matou quatro pessoas e várias dezenas de feridos durante uma reunião pública do principal partido curdo da Turquia, em 5 de junho, em Diyarbakir (sudeste), dois dias antes das eleições legislativas.
O diário Hurriyet afirma, na edição de hoje, que o mecanismo do engenho explosivo era o mesmo usado nos dois ataques e os dois autores tinham aderido ao Estado Islâmico.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Apoio ao impeachment de Dilma Rousseff sobe para 62,8%, aponta CNT/MDA (PESQUISA)

Cresceu o apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT), em parceria com o instituto MDA, divulgada na manhã desta terça-feira (21). A alta foi de três pontos percentuais em relação a março deste ano, data da última pesquisa da entidade.
Se há quatro meses eram 59,7% o número dos que defendiam o impeachment de Dilma, em julho este valor subiu para 62,8% - ou seja, três em cada cinco brasileiros apoiam a queda da presidente. As ‘pedaladas fiscais’ (26,8%), a corrupção na Petrobras (25%) e irregularidades na campanha eleitoral (14,2%) seriam as principais justificativas.
O valor é um reflexo da avaliação positiva do governo federal, que está em 7,7%, de acordo com a pesquisa CNT/MDA. Já avaliação negativa do governo está em 70,9%.
No levantamento anterior realizado em março, 10,8% consideravam o governo Dilma ótimo ou bom, enquanto 64,8% tinham avaliação ruim ou péssima. De acordo com o levantamento divulgado nesta terça-feira, 20,5% consideram o governo regular, contra 23,6% em março.
Com relação ao desempenho pessoal de Dilma, houve crescimento na rejeição à atuação da presidente. A desaprovação atingiu 79,9% e a aprovação está em 15,3%. A avaliação negativa também é a mais alta desde 2001.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, o índice de aprovação pessoal de Dilma é o pior da série histórica dos levantamentos da CNT, que começaram em julho de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha 8% de avaliação positiva.
“Na avaliação da CNT, a conclusão final da pesquisa mostra uma elevação do pessimismo do brasileiro em consequência da alta do custo de vida, do aumento da inflação, do crescimento do desemprego e da forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em resolvê-la”, conclui a pesquisa.
O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, em 137 municípios de 25 Estados. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Preocupações com o futuro
A pesquisa ainda demonstrou que os brasileiros estão bastante pessimistas com o futuro. Metade dos entrevistados (50%) teme perder o emprego, enquanto 69,9% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. Já para 84,6% a presidente não está sabendo lidar com a crise e 61,5% não veem o ajuste fiscal como solução para a economia.
Falando na situação econômica, 75,9% acreditam que o custo de vida vai aumentar no País, o que fez a redução de despesas se tornar uma prioridade para 86,9% dos entrevistados. A pesquisa apontou ainda a expectativa de piora de serviços essenciais, como saúde (47,5%) e segurança pública (46,2%). A saúde deve ficar igual para 42,1%.
Dois em cada três enxergam culpa de Dilma na Lava Jato
Um total de 69,2% acredita na culpa de Dilma Rousseff quando o assunto é o escândalo da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Outros 65% veem culpa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram falar do tema, 40,4% consideram que o maior culpado na operação Lava Jato é o governo, seguido de partidos políticos (34,4%), diretores ou funcionários da empresa (14,2%), construtoras (3,5%).
Os entrevistados que estão a par da Lava Jato aprovam as prisões que estão sendo feitas (90,2%) e apoiam as delações premiadas (52,8%). Todavia, 67,1% não acreditam que os envolvidos serão punidos. A descrença se mantém quando o assunto é a corrupção, tida como um dos principais problemas do País para 53,4%.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Miro Teixeira: 'Seria útil se Cunha renunciasse'

Parlamentar descarta a possibilidade de impeachment de Dilma Rousseff.

O deputado federal Miro Teixeira (Pros-RJ), em seu 11º mandato, diz que, assim como o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, que renunciou após denúncia de recebimento de propina, em 2005, Eduardo Cunha (PMDB) deve deixar o cargo: "Definida a responsabilidade penal, eu penso que ele (Cunha) deve ser afastado da Presidência da Câmara, em primeiro lugar. Mas seria útil se ele renunciasse", declarou em entrevista à Folha de S. Paulo nesta segunda-feira ( 20/7)
O parlamentar afirmou à Folha que não há possibilidade de impeachment de Dilma Rousseff: "A interrupção involuntária do mandato não acontecerá, porque a Dilma não tem na testa o estigma da desonestidade. Eu não gosto do governo da Dilma, penso que é uma frustração o que o Brasil está vivendo. Mas também não gosto do oportunismo, como isso é tratado, porque faz mal ao país".
>> Leia a reprodução da entrevista à 'Folha de S. Paulo' na íntegra aqui:
Segundo a entrevista, para Miro, "não há oposição. Hoje não existe nem oposição à Dilma nem à Presidência da Casa. E isso é muito ruim para o país. Uma boa oposição permite ao governo fazer um enfrentamento de ideias".
Ministro das Comunicações no primeiro mandato de Lula, ele afirmou ainda ter participado junto com o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), de uma reunião em janeiro de 2003, com mais duas pessoas do governo para discutir a maioria no Congresso. Segundo ele, venceu a posição "orçamentária", de comprar o apoio dos parlamentares.
"O que eu presumo, e tenho minhas razões para presumir... Janeiro de 2003 foi um mês de debates, de como fazer maioria no Congresso. Houve uma reunião em janeiro. Havia quem dissesse que a maioria poderia ser em torno de projetos. E havia quem dissesse que "aquele Congresso burguês" poderia ter uma maioria organizada por orçamentos. Essa tendência dos que quiseram organizar pelo orçamento foi vitoriosa".

domingo, 19 de julho de 2015

Reações de Cunha inflam o "fantasma" sobre o impeachment de Dilma

Para tirar de si o peso das acusações de cobrar propina do lobista Júlio Camargo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começou a inflar o fantasma do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um dia depois do depoimento de Camargo ser vazado, e horas depois de anunciar seu rompimento pessoal com o Governo, Cunha tirou da gaveta os pedidos de impeachment que ele mantinha parados, aparentemente, para usá-los em um momento oportuno. A bomba atômica, como foi batizada por Fernando Henrique Cardoso (“Impeachment é como bomba atômica: bom para dissuadir, não para usar”, segundo o ex-presidente), é um conjunto de 11 pareceres apresentados por diversos autores solicitando que a Câmara dê andamento a pedidos de impeachment da presidenta.
Segundo o siteCongresso em Foco, o deputado despachou esses protocolos – um deles solicitado pelo deputado Jair Bolsonaro – que já haviam sido apresentados, mas precisavam ser atualizados para poder tramitar no Congresso. O pedido de Bolsonaro, por exemplo, é de março. Cunha, porém, já mantinha sob análise um pedido do gênero feito pelo Movimento Brasil Livre, que ficará pronto em meados de agosto. Na noite de sexta, o deputado postou em sua página do Facebook uma foto que tirou com os integrantes do MBL quando estes lhe entregaram o pedido de impeachment
O argumento do MBL parar tirar a presidenta é a utilização indevida das manobras fiscais em seu primeiro mandato para fechar as contas públicas. Os gastos do Governo de 2014 estão sendo julgados pelo Tribunal de Contas da União, que vê indícios de sérias pedaladas, e pode elaborar um parecer técnico sugerindo ao Congresso que rejeite, ou não, as contas da presidenta. Um impeachment, no entanto, depende de erros cometidos durante a gestão em vigor, e não pode ser tratado a partir do Governo anterior. Somente uma vez as contas de um Governo foram rejeitadas por um tribunal, em 1937, na administração de Getúlio Vargas.
O tema é controverso e divide opiniões, pois, em tese, as chamadas pedaladas ocorreram durante o primeiro Governo Dilma e, caso as manobras sejam rejeitadas, não embasariam um pedido de impeachment. O TCU tem recebido a visita de diversos ministros e integrantes do Governo, incluindo Joaquim Levy, da Fazenda, para tentar convencer o tribunal que não houve má-fé, mas sim que a equipe econômica anterior se utilizou de expedientes já empregados no passado.
O temor é que um parecer desfavorável chegue a Cunha, que está com ‘sangue nos olhos’ e quer ver o circo pegar fogo. Se a sugestão do TCU for pelo rejeição, tudo leva a crer que ele vai estudar como nunca o regimento interno da Câmara para ver suas possibilidades de usar o pedido como boia de salvação para sua própria sobrevivência política. Já anunciou que a análise das contas é uma das prioridades assim que voltar do recesso do Congresso, em agosto.
Ao encampar o assunto que ganhou apoio de movimentos populares anti-PT, o deputado ganharia sobrevida política em meio ao furacão da Lava Jato que o atingiu em cheio na semana que passou. A análise em Brasília é de que hoje haveria mais de 240 deputados propensos a apoiar um pedido de impeachment de Dilma. Faltariam uns cem para ter maioria. “O apoio aumenta ou diminui dependendo do noticiário e da relação política com o governo”, segundo o portal Visão Nacional.
Até o momento, o noticiário não é o mais favorável a Cunha pela sua reação intempestiva que se seguiu ao depoimento de Camargo. O parlamentar procurou desqualificar o trabalho do Ministério Público e do juiz Sergio Moro, garantindo que haveria influência do Governo para o relato do lobista. A tese, porém, é muito frágil, uma vez que a suposta ingerência do Executivo rendeu zero resultado para os próprios petistas envolvidos na Lava Jato. Mas, ninguém se atreve a ter certezas diante de um quadro como o atual.
O Planalto soltou uma nota nesta sexta dizendo esperar que o rompimento anunciado por Cunha “não se reflita nas decisões e nas ações da Presidência da Câmara que devem ser pautados pela imparcialidade e pela impessoalidade”. Neste sábado, o deputado afirmou que “Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento político”. “O que existe é eu, como político e deputado, exercer a minha militância defendendo uma posição diferente da que defendia antes. Não tenho histórico de ajudar a implementar o caos na economia por pautas que coloquem em risco as contas públicas.”
Num momento de economia frágil, jogar propositadamente contra as medidas que ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso aparenta ser um jogo arriscado que pode se voltar contra ele. Manter Dilma acuada é manter também a recuperação da economia num fio da navalha, uma vez que a crise política alimenta a turbulência econômica.
Nesta sexta, nove governadores do Nordeste, dos quais três do PT, lançaram um manifesto de apoio à presidenta Dilma Rousseff. No documento, eles afirmam que consideram “incabível” a interrupção do mandato presidencial e defendem que o mandato de quatro anos determina um prazo para que os compromissos de campanha sejam cumpridos e os desafios, vencidos. Curiosamente, um dos nomes que assinam o manifesto é Renan Calheiros Filho, governador de Alagoas pelo PMDB, e filho do presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos quatro cavaleiros do PMDB - os outros são Cunha, o vice-presidente Michel Temer e o senador Eunício Oliveira.
O momento é visto com muita preocupação por todos os setores políticos. Neste sábado, o presidente do PSDB, Aécio Neves, disse, por meio de nota, que o partido acompanha com preocupação o agravamento do quadro político no país. “Continuaremos atentos ao nosso papel de defender as nossas instituições para que elas cumpram suas funções constitucionais. Todas as denúncias têm que ser investigadas, respeitado o amplo direito de defesa”, afirmou Neves. Como ele, o mundo político está escolhendo as palavras com cautela tentando ganhar tempo para enxergar melhor o espaço para tomar posições depois do terremoto Cunha.

sábado, 18 de julho de 2015

Lula pede suspensão de inquérito no Ministério Público

Objetivo do processo é apurar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente para favorecer a Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na última sexta-feira (17) com pedido no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para suspender o inquérito aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) para investigá-lo por tráfico de influência.
 Foto:
A Defesa do ex-presidente Lula solicitou a suspensão do inquérito aberto pelo Ministério Público Federal para investigá-lo por tráfico de influência
Foto:
Segundo o processo de investigação aberto pelo procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, da Procuradoria da República no Distrito Federal, na quinta-feira (16), o objetivo é averiguar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Lula para favorecer a Construtora Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Os advogados do ex-presidente argumentam que Valtan Furtado teria interferido em apuração conduzida pela procuradora Mirella Aguiar, que está de férias. Ainda de acordo com o pedido de suspensão, é falso o argumento usado pelo procurador para pedir a instauração do processo: a iminência de esgotamento do prazo de tramitação.
De acordo com o pedido dos advogados, o procurador instaurou o processo investigatório criminal (PIC) contra o ex-presidente no último dia 8 – um dia antes de serem protocolados junto ao Ministério Público os esclarecimentos da defesa de Lula aos questionamentos da Notícia de Fato – portanto, desconsiderando o direito de ampla defesa, garantido pela Constituição. O prazo final para entrega da defesa do ex-presidente, conforme definição da procuradora titular, era 11 de julho. Já o prazo final para o processo de apuração preliminar como um todo, que antecede a decisão de abertura do PIC, era 18 de setembro.
Eles também dizem que Valtan Furtado não integra os órgãos do Ministério Público que poderiam se ocupar da investigação enquanto Mirella está em férias. De acordo com os advogados, houve “violação dos deveres funcionais” por parte do procurador.
Além da suspensão do processo, os advogados do ex-presidente também pedem a abertura de sindicância e processo administrativo disciplinar referente às atitudes de Furtado. “Vê-se, com isso, que houve verdadeiro atropelamento, desrespeito e tumulto ocasionado pelo procurador Valtan Furtado nas investigações preliminares em curso, no âmbito da ‘Notícia de Fato’, o que macula inexoravelmente a sua isenção funcional e, ipso facto, a própria idoneidade e higidez da investigação levada a efeito na ‘Notícia de Fato’”, diz o texto.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Incêndio florestal atinge área próxima a Atenas

Segundo autoridades, não há risco para moradores da capital.

Dois grandes incêndios florestais atingiram a Grécia nesta sexta-feira (17). O primeiro ocorre às portas de Atenas, no monte Ymette, e não deve causar problemas à população da capital. Cerca de 30 veículos e dois helicópteros do Corpo de Bombeiros estão tentando conter o problema.
Já o segundo, de maiores proporções, está ocorrendo em uma zona da Lacônia, no sul do monte Peloponeso, a 300 quilômetros  de Atenas. No segundo incidente, cerca de 100 pessoas ficaram presas em uma praia e estão sendo resgatadas pela Guarda Costeira do país. Na região, o incêndio já destruiu diversas casas e deixou a ilha de Cythera sem energia elétrica.
Os incêndios ambientais são comuns na Grécia durante o Verão e estão sendo acentuados pelas altíssimas temperaturas registradas na nação.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Espermatozoide de 50 milhões de anos é achado na Antártida

Especialistas descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártida. O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional.
 Foto: Biology Letters
Acredita-se que espermatozóide seja o mais antigo já encontrado
Foto: Biology Letters
Acredita-se que a descoberta, divulgada na publicação, seja 10 milhões de anos mais velha que o registro anterior. Cientistas dizem que o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal.
"Pode parecer que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos, mas, no final, a estrutura em si está fossilizada", disse o paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta.
"Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda."
"Mas, mesmo se a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais."
A descoberta foi feita por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur, enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártida. Segundo Bomfleur, ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter micro-organismos.
"Analisamos os casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos para ver se há alguma coisa dentro", diz. "Mas foi uma surpresa encontrar esperma."
A equipe quer, agora, analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que descobertas semelhantes podem ser feitas. "Acreditamos que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm registro fóssil", diz o artigo.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Bombardeamento do regime sírio faz 13 mortos

Um ataque aéreo perpetrado pelo regime de Damasco esta quarta-feira em Aleppo, norte da Síria, provocou a morte a 13 civis, incluindo sete crianças.
A notícia é avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que monitoriza o conflito civil no país.
Uma mulher e os seus três filhos, e ainda outra criança, foram mortos quando helicópteros lançaram uma bomba barril na povoação de Taduf», referiu a organização não-governamental.
No oeste da província, a ofensiva síria fez oito mortos, incluindo três crianças, na localidade de Daret Izza.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Justiça Eleitoral suspende depoimento de empreiteiro investigado na Lava Jato

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo suspendeu nesta terça-feira (14) de manhã o depoimento do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. A audiência foi suspensa para aguardar autorização do ministro Teori Zavascki, relator da ação da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O depoimento do empreiteiro ao TRE foi autorizado na quinta-feira (9) pelo ministro Celso de Mello, do STF. Ricardo Pessoa seria ouvido na ação de investigação eleitoral proposta pelo PSDB contra a coligação da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014.
A autorização para o depoimento foi solicitada pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes. Ricardo Pessoa assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), órgão responsável pelas investigações da Lava Jato.
Segundo o MPF, Pessoa é um dos líderes do cartel de empreiteiras que pagava propina para fraudar licitações e obter contratos superfaturados na Petrobras. Desde abril, ele cumpre prisão domiciliar.
De acordo com reportagens divulgadas pela imprensa, o empreiteiro citou 18 pessoas que receberam recursos de sua empresa. O depoimento de Ricardo Pessoa foi autorizado em junho pelo ministro João Otávio de Noronha, do TSE.
O empreiteiro chegou à sede do TRE paulista por volta das 9h e deixou o prédio na Bela Vista, região central da capital paulista, por volta das 11h50. O depoimento seria acompanhado pelo juiz auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral Nicolau Lupianhes Neto, pelo procurador Luis Carlos dos Santos Gonçalves, que representa a Procuradoria Geral da República, e por oito advogados, três do PSDB, três do PT e dois do empresário.
De acordo com o advogado do PSDB e da coligação Muda Brasil, José Eduardo Alckmin, processo é assim mesmo. "O importante é que os atos sejam praticados de acordo com a lei, de modo que se atinja o resultado que queremos. Haverá o encaminhamento de um ofício para o relator e, tão logo seja possível, certamente ele examinará".
Os advogados do PT saíram do prédio sem dar declarações. Segundo eles, o processo corre em segredo de Justiça.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Estado Islâmico executa homem à pedrada por adultério

O grupo extremista Estado Islâmico apedrejou até à morte, em público, um homem acusado de adultério, na cidade síria de Al-Bukamal.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que cita ativistas naquela zona de fronteira com o Iraque, precisou que a vítima foi apedrejada numa antiga igreja próxima da praça de Al-Faiha, em pleno centro da cidade, perante uma multidão em que se incluíam menores de idade.
Por enquanto, desconhece-se o paradeiro da mulher com quem supostamente o homem cometeu adultério.
O Estado Islâmico (EI), de tendência extremista sunita, aplica uma versão literal da "sharia" ou lei islâmica nas áreas que controla na Síria e no Iraque, onde impôs normas severas e castiga quem desobedeça às suas ordens.
No mês passado, uma mulher foi lapidada pelos jiadistas no mesmo local de Al-Bukamal, situada na província de Deir al-Zur, no nordeste do país, por presumível adultério.
O EI proclamou há um ano um califado em solo sírio e iraquiano, onde conquistou grandes parcelas de território e governa cidades e províncias.

domingo, 12 de julho de 2015

Ibope atesta 'volume morto' do lulismo

Se disputasse hoje uma eleição presidencial contra o tucano Aécio Neves, Luiz Inácio Lula da Silva venceria apenas no eleitorado de menor renda e escolaridade, e em algumas das áreas geográficas que tradicionalmente votam no PT. O lulismo, além de menor, está menos diverso: em quase duas décadas, este é o momento em que o apoio ao ex-presidente mais se concentra na população mais pobre.
Os dados são de pesquisa Ibope, realizada na segunda quinzena de junho, que mostra que Lula seria derrotado por 48% a 33% em eventual 2º turno com Aécio - em votos válidos, sem contar os indecisos e os que não optariam por nenhum dos dois, o resultado seria 59% a 41%. Se o adversário fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, haveria empate técnico: 40% para o tucano e 39% para o petista - ou 51% a 49%, em votos válidos.
Na segmentação do eleitorado por sexo, idade e tamanho do município, Aécio venceria em todas as faixas. Na divisão por renda e escolaridade, Lula ficaria à frente, de forma isolada, apenas entre os eleitores que ganham até um salário mínimo e que têm até quatro anos de estudo. A geografia do voto mostra que o petista ganharia apenas na Região Nordeste.
É como se a pesquisa desse sentido numérico à citação de Lula, feita durante encontro com líderes religiosos, em junho, de que ele e o governo estão no "volume morto" - uma referência à reserva técnica de água que só é consumida em situações de crise.
O levantamento do Ibope mostra um refluxo do apoio ao petista mesmo no eleitorado de baixa renda: Aécio ganharia de Lula até entre os que ganham de um a dois salários mínimos (53% a 47% dos votos válidos). A vantagem do tucano aumenta à medida que cresce a renda, até chegar a 72% a 28% na faixa dos que ganham mais de cinco salários.
A popularidade de Lula chega ao fundo do poço em um momento em que se combinam os estragos econômicos provocados pela alta da inflação e do desemprego e as turbulências políticas decorrentes da Operação Lava Jato, que investiga corrupção e desvios em torno de obras contratadas pela Petrobras.
Essa combinação é o que o cientista político Marcus Melo, da Universidade Federal de Pernambuco, costuma chamar de "tempestade perfeita". "No Brasil, o choque informacional representado pelo escândalo do petrolão potencializou brutalmente o efeito da derrocada da economia. A experiência cotidiana da população quanto à péssima qualidade dos serviços, por exemplo, aumenta a credibilidade da informação recebida sobre corrupção."
O encolhimento da base lulista fica ainda mais evidente quando se analisa sua distribuição geográfica. No conjunto de municípios que a pesquisa do Ibope classifica como "pró-PT" - aqueles em que o partido venceu no 2º turno das três mais recentes eleições presidenciais -, Dilma colheu quase dois terços dos votos válidos em 2014. Agora, uma hipotética candidatura de Lula teria 52% nessas mesmas cidades, ante 48% para Aécio - o que configura um empate técnico.
Nas cidades consideradas volúveis, onde o PT foi derrotado em uma ou duas das três mais recentes eleições, Lula sofreria hoje uma derrota significativa para o ex-governador de Minas Gerais: 63% a 37%. Nas áreas anti-PT, onde o partido perdeu em 2006, 2010 e 2014, o tucano teria vantagem de 72% a 28%, segundo a pesquisa.
Nem no berço do PT a situação de Lula é confortável. Na conversa em que se referiu ao "volume morto", ele fez críticas à presidente Dilma Rousseff e citou pesquisa, feita a pedido do PT, que mostrava 75% de rejeição ao governo em São Bernardo do Campo e Santo André, segundo reportagem do jornal O Globo.
Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope, observa que, em 2002, Lula teve votação bastante homogênea em diferentes segmentos sociais e regiões do País. Foi em 2006 que o eleitorado lulista se concentrou nas classes e regiões mais pobres. Essa clivagem se repetiu nas vitórias de Dilma, em 2010 e 2014.
Tanto em 2002 quanto em 2006, Lula venceu com cerca de 61% dos votos válidos, 20 pontos porcentuais a mais do que os obtidos na pesquisa Ibope, se descontados os indecisos e os eleitores que anulariam ou votariam em branco. "É preciso levar em conta que o número de indecisos, hoje, é muito maior do que seria se, de fato, estivéssemos perto de uma eleição", alerta a diretora do Ibope. "É fato que a base de Lula diminuiu, mas não se pode dizer que ele esteja morto, em termos políticos."
O Ibope ouviu 2.002 eleitores em todo o País. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 11 de julho de 2015

STF não vai suspender andamento da PEC sobre a redução da maioridade penal

A decisão foi divulgada esta manhã; o pedido foi protocolado por 14 partidos após manobra de Cunha 'ferir a Constituição'

O STF, Supremo Tribunal Federa, não vai conceder liminar para suspender o andamento da PEC, Proposta de Emenda à Constituição, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crime grave, divulgou o órgão na manhã deste sábado (11).
Dia 9: Eduardo Cunha recusa adiamento e tenta encerrar votação da reforma política
Eduardo Cunha e deputados comemoram aprovação da proposta que reduz a maioridade penal para crimes hediondos (2/07)
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Eduardo Cunha e deputados comemoram aprovação da proposta que reduz a maioridade penal para crimes hediondos (2/07)
A decisão, votada na noite de sexta (10), se refere a pedido protocolado por um grupo de 102 deputados federais do PT, PMDB, PSDB, PDT, DEM, PSB, PC do B, PSOL, PPS, PV, PROS, PTC, PR e PSC, que tantavam anular a votação da proposta em primeiro turno. Agora a medida está em andamento na Câmara dos Deputados e será julgada pelo plenário do Supremo sem data definida.
Os deputados argumentaram que a manobra que viabilizou a votação feriu o processo legislativo porque a Constituição proíbe que uma matéria rejeitada seja novamente votada no mesmo ano. Celso de Mello, ministro do STF que tomou essa decisão, não se pronunciou sobre o assunto.
O plenário da Câmara rejeitou a redução da maioridade penal para diversos tipos de crimes, entre eles tráfico de drogas. Um dia depois, aprovou texto que abrangia somente crimes hediondos, como estupro, e lesão corporal seguida de morte.Ao falar sobre o assunto na sexta, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, negou ilegalidade na votação e disse que a ação promovida pelos 102 parlamentares "serve apenas para satisfazer interesses políticos derrotados" na votação do plenário.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ataque a dois hotéis de Mogadíscio causam sete mortos

Pelo menos sete pessoas morreram num ataque do grupo jiadista somali Al-Shabab a dois hotéis em Mogadíscio, na Somália.
"A tentativa de assalto ao Hotel Wehelie foi frustrada. A situação encontra-se sob controlo", assegurou a noticiou a Agência Nacional de Informações e Segurança da Somália (NISA) na sua conta da rede social Twitter.
Fontes policiais citadas pela agência espanhola Efe confirmaram que foram sete os mortos no ataque àquele hotel, embora não tenham descartado que o número de vítimas mortais possa aumentar.
Grupos de homens armados atacaram este e outro hotel popular da capital somali, onde também dispararam sobre a base da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), indicaram fontes de segurança.
A agência somali atribui estes novos ataques ao grupo extremista islâmico Al-Shabab que intensificou a sua campanha de terror durante o Ramadão.
As forças somalis puseram igualmente fim ao ataque ao segundo hotel, o Siyad, muito próximo também do palácio presidencial, segundo a NISA, que precisou que as únicas vítimas aí registadas pertenciam às fileiras jiadistas.
O porta-voz da Al-Shabab, Abu Muscab, reivindicou o ataque: "Os nossos mujahidines entraram nos hotéis Wehelie e Siyad ao mesmo tempo e mataram um grande número de polícias e deputados" - uma declaração que fontes oficiais ainda não confirmaram.
Os três ataques ocorreram num curto intervalo de tempo, esta tarde, imediatamente após o fim do dia de jejum do Ramadão.
A base da AMISOM, situada no norte da capital somali, foi também atacada, tendo presumíveis terroristas lançado morteiros.
O grupo extremista Al-Shabab, que se juntou formalmente à al-Qaeda em 2012, está a lutar pela instauração de um Estado Islâmico de doutrina wahabi na Somália.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Tornado em Veneza mata um e deixa dezenas de feridos

Governador decretou 'estado de crise' na região.Um tornado atingiu a região de Veneza nesta quarta-feira (08) causando a morte de uma pessoa e deixando, ao menos, 72 feridos. Segundo informações médicas, a vítima fatal do mau tempo é um homem de 63 anos que morava em Riviera del Brenta. Entre os feridos, duas pessoas estão em estado gravíssimo e outras 19 em estado grave. Mais de 150 moradores da região precisaram passar a noite fora de casa por riscos de desabamento das residências.    O governador, Luca Zaia, decretou estado de crise para as áreas atingidas pelo tornado. Porém, ainda hoje (09), é esperado que o governo local peça que o governo decrete "estado de calamidade".    "O primeiro-ministro Matteo Renzi prometeu o apoio do governo, assegurando que haverá fundos", disse Zaia. Ele ainda informou que o premier já telefonou para o governo local para ser informado sobre a situação. Além de causar vítimas, a passagem do tornado destruiu ou danificou ou danificou vilas históricas em Riviera del Brenta, entre Dolo e Mira.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Lula entra com queixa-crime contra senador Ronaldo Caiado no STF

Ex-presidente pede condenação do parlamentar por calúnia, injúria e difamação.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta quarta-feira (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) com uma queixa-crime contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).  Lula pede a condenação do parlamentar pelos crime de calúnia, injúria e difamação, por supostas ofensas publicadas, em fevereiro, na rede social Facebook.
Na ocasião, entre as frases publicadas, Caiado disse que “Lula tem postura de bandido. E bandido frouxo! Igual à época que instigava metalúrgicos a protestar e ia dormir na sala do delegado Tuma!”.
Os advogados de Lula alegaram que utilizar o termo "bandido" para se referir a um ex-presidente é incompatível com a função de senador da República e com o decoro parlamentar. Após ser informado que o ex-presidente Lula protocolou a queixa-crime, o senador voltou a se pronunciar pelas redes sociais.
“Essa situação ocorreu no mês de fevereiro, quando Lula se sentia o todo poderoso, quando ninguém tinha coragem de contestá-lo. Em discurso no Rio, em fevereiro, Lula se viu no direito de ameaçar a população brasileira insatisfeita que protestava contra Dilma Rousseff. Lula na época convocou o exército do Stédile, o MST, caso os movimentos contra o governo fossem para as ruas”, explicou Caiado.

terça-feira, 7 de julho de 2015

"Não vou cair", diz Dilma em entrevista a jornal

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (7) que não teme possíveis pedidos de impeachment por partidos de oposição e descartou qualquer possibilidade de renúncia. “Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Mas não tenho nenhuma [culpa]. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político”, disse a presidente em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Para Dilma, que inicia hoje viagem à Europa, as tentativas de interrupção do seu mandato são “luta política” e “um tanto quanto golpista”. “Não vou cair. Não vou, não vou. Isso é moleza, isso é luta política. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam”, disse a presidenta ao ser perguntada sobre um eventual pedido de impeachment.
Na entrevista ao jornal, Dilma lembrou dos boatos de que teria tentado suicídio por causa de pressão que vem sofrendo. “Outro dia postaram que eu tinha tentado suicídio, que estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil vezes pior ser presa e torturada. Vivemos numa democracia. Não dá para achar que isso aqui seja uma tortura. Não é. É uma luta para construir um país. Não quis me suicidar na hora em que eles estavam querendo me matar. A troco de quê vou querer me suicidar agora? É absolutamente desproporcional. Não é da minha vida”, afirmou.
Sobre a possibilidade de não terminar o mandato, Dilma ressaltou serem necessárias provas para pedir a interrupção do mandato de um presidente. “Isso [não terminar o mandato] do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real”, acrescentou.
Perguntada sobre as prisões dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez em meio à Operação Lava Jato, Dilma disse considerá-las “estranhas” e voltou a fazer críticas sobre a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. “Não costumo analisar ação do Judiciário. Agora, acho estranha [o pedido de prisão]."
Em relação às críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua gestão, Dilma voltou a negar atrito com seu antecessor. “Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula tem direito de falar o que quiser.”
Ao ser perguntada sobre o julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a presidenta voltou a negar irregularidades no atraso do repasse de recursos do Tesouro para os bancos públicos quitarem gastos com programas sociais ao longo do ano passado. “O governo dará uma resposta circunstanciada, item a item, para o TCU. Não acho que houve o que nos acusam. Aliás, é interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes antes de nós.”

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Região Sul terá semana com frio e chuva

A semana na Região Sul do país inicia com frio, tempo nublado e há previsão de chuvas para os próximos dias. As temperaturas devem permanecer baixas, mas a expectativa é que o frio diminua em relação ao fim de semana quando chegou a ser registrada temperatura negativa na região. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A expectativa para esta semana é elevação das temperaturas durante as madrugadas e não há previsão de geada, de acordo com o Inmet. No fim de semana, o município catarinense de São Joaquim registrou 3 graus Celsius (ºC) negativos.
Para hoje (6), o esperado é que haja pancadas de chuvas e trovoadas isoladas no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Durante a madrugada, houve geada em São Joaquim (SC) e a temperatura foi 13,8°C. A temperatura mínima registrada na madrugada na Região Sul foi 1,2°C em São José dos Ausentes (RS), com ventos fortes.
Em São Joaquim (SC), até a quinta-feira (9), há previsão de chuva e mínimas entre 7°C e 11°C. Em municípios, como Vacaria e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul, a mínima registrada pode chegar a 8°C na semana durante a madrugada, com tempo chuvoso. No município de São Mateus do Sul (PR), a semana começa com possibilidade de mínima de 5°C e, a partir de amanhã (7), sobe para 14°C e se mantém estável nesse patamar nos próximos dias.

domingo, 5 de julho de 2015

Mudança na exploração do pré-sal movimentará o Senado nesta semana

O projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que trata de mudanças na participação da Petrobras no modelo de exploração do pré-sal deve provocar debates acalorados no plenário do Senado nesta semana. A matéria está pautada em regime de urgência, mas não há acordo para que ela seja votada.
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) propôs um requerimento para a criação de uma comissão especial para discutir o assunto. O documento propõe que o projeto seja debatido durante três meses na comissão, quando os senadores terão condições de apresentar emendas e modificar o texto se desejarem.
O requerimento deverá ser protocolado na Mesa Diretora na próxima semana com a assinatura dos líderes dos partidos mais numerosos, como o do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), do PMDB, Eunício Oliveira (CE), e do PSB, Lídice da Mata (BA).
“Nós vamos criar todo tipo de obstáculo para impedir que isso [a aprovação dos projetos] aconteça. Nós poderíamos até discutir uma alternativa, se tivéssemos mais tempo para discutir o assunto”, disse o líder do PT, Humberto Costa (PE).
Segundo ele, o governo trabalha contra qualquer proposta de mudança na prerrogativa da Petrobras de ser operadora dos poços do pré-sal e no modelo de partilha aprovado no novo marco regulatório do petróleo.
Outro projeto colocado junto ao de Serra determina um percentual mínimo a ser destinado à União na partilha do óleo resultante do pré-sal. “A não ser que a presidenta Dilma tenha mudado radicalmente de opinião, porque na última vez que eu a encontrei, ela disse que não tinha a menor possibilidade de isso ser votado agora com a anuência do governo”, disse Humberto Costa.
Líder do partido de Serra, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) admite que será difícil que os projetos sejam votados na próxima semana. Na opinião dele, assuntos complexos como esse geralmente requerem mais debate e não deverá ser diferente com os dois projetos sobre o pré-sal. “É razoável que se tenha uma discussão maior sobre isso, desde que não seja uma manobra procrastinatória”, disse.
Além da resistência dos partidos governistas em votar o projeto, outros fatores devem contribuir para o adiamento da discussão sobre mudanças modelo de exploração do pré-sal. Duas medidas provisórias trancam a pauta do Senado e devem obrigatoriamente serem votadas antes de qualquer outra matéria.
Uma delas trata da política de reajuste do salário mínimo, na qual foi incluída emenda na Câmara dos Deputados estendendo os reajustes do mínimo aos aposentados. O líder do governo adiantou que a emenda não pode ser mantida pelos senadores, porque causaria forte impacto nas contas da Previdência.
Outro projeto na pauta do Senado é o que trata do reajuste para os servidores do Ministério Público Federal idêntico ao aprovado na última terça-feira (30) para os servidores do Judiciário – em média 59% de aumento nos salários.
Os sindicatos da categoria prometem fazer pressão no Senado, mas o governo é contra e tenta negociar uma contraproposta antes da votação. Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não há chance de a proposta ser retirada de pauta por ele e, caso não haja acordo do governo com os servidores, a matéria será votada.
Outro tema que promete movimentar o Senado nesta semana é a reforma política. A comissão criada para analisar as proposições sobre esse assunto enviou um projeto de lei ao plenário tratando de mudanças nas coligações partidárias.
Esta semana a comissão vai analisar mais quatro propostas que tratam de cláusula de barreira para partidos pequenos e hipóteses para novas eleições em casos de cassação de registros e perda de mandato.
Há ainda a expectativa de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar denúncias de corrupção e irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na última semana o presidente Renan Calheiros intimou os partidos políticos a fazerem as indicações dos 11 membros que irão compor a CPI e, se isso não ocorrer, pode ele próprio fazer a indicação por ofício.

sábado, 4 de julho de 2015

Varoufakis acusa credores da Grécia de 'terrorismo'

Segundo o ministro das Finanças, Europa "não ama a democracia".

Na véspera do referendo que pode definir o futuro da Grécia na zona do euro, o ministro das Finanças do país, Yanis Varoufakis, disse que o que os credores estão fazendo com Atenas tem apenas um nome: terrorismo.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo", durante a qual ele também afirmou que, em caso de vitória do "não" na consulta popular deste domingo (5), o premier Alexis Tsipras irá a Bruxelas no dia seguinte para assinar um acordo melhor do que o que foi proposto.
"Na minha primeira reunião do Eurogrupo [fórum dos ministros de Finanças da eurozona], o presidente Jeroen Dijsselbloem tinha me dito claramente que só tínhamos duas opções: ou assinar o acordo que o governo precedente tinha aceitado ou enfrentar o fim do programa de ajudas. Eu lhe perguntei se ele estava me ameaçando com a 'Grexit' já na nossa primeira reunião", contou Varoufakis.
Até o início desta semana, Atenas negociava com seus credores a liberação de um pacote de auxílio financeiro de mais de 7 bilhões de euros. Entre outras coisas, esse dinheiro seria usado para pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) - uma das partes envolvidas nas tratativas - que venceu na última terça-feira (30), colocando a nação em situação de default.
No entanto, as conversas foram interrompidas após Tsipras convocar o referendo deste domingo, que decidirá se o governo deve aceitar ou não as exigências da Europa e do FMI para ter acesso ao resgate.
Para liberar os recursos, os credores cobram um amplo plano de reformas, incluindo aumento de impostos e revisão de aposentadorias. Já o primeiro-ministro pede uma reestruturação da dívida do país, considerada "impagável" por ele.
"Essa Europa não ama a democracia. Se tivessem nos concedido uma pequena extensão do programa de ajudas, faríamos o referendo com os bancos abertos, mas nos obrigaram a fechá-los. E por que fizeram isso? Para provocar medo nas pessoas. Esse fenômeno se chama terrorismo, mas eu acredito que o medo não vai vencer", disse Varoufakis.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ministros e ONU Mulheres repudiam ofensas sexistas a Dilma

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, recebe hoje (3) o diretor de Relações Governamentais do site de vendas Mercado Livre, Murilo Laranjeira. Ele pediu ontem (2) para falar com a ministra depois que adesivos com ofensas de cunho sexual à presidente Dilma Rousseff foram expostos à venda no site.
Segundo Eleonora Menicucci, o material foi produzido em Recife e foram vendidas cinco unidades, cada uma custava R$ 38,90. “Eu vou ouvir, mas comunicarei a ele que do ponto de vista civil e penal ele também será responsabilizado”, disse a ministra, que fez representação ao Ministério Público Federal, à Advocacia-Geral da União e ao Ministério da Justiça pedindo investigação e punição para os responsáveis. O Mercado Livre é uma espécie de vitrine para vendedores independentes comercializarem seus produtos. Os adesivos foram retirados do site.
Durante a entrega da pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas, Menicucci, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, repudiaram a ofensa e disseram que a consideram uma violência de caráter machista contra todas as mulheres.
A ONU Mulheres emitiu nota de repúdio aos “ataques sexistas” a Dilma, e diz que se trata de violência política sem precedentes. A nota ressalta que “é ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidenta da República, Dilma Rousseff, retratada em adesivos para automóveis, como "expressão de misoginia ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas e interpelação dos direitos humanos de mulheres e meninas”.
A entidade defende que nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência contra as mulheres – prática patriarcal e sexista que invalida a dignidade humana.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Balsa é golpeada por ondas e vira com 170 pessoas nas Filipinas; ao menos 36 mortos

O naufrágio de uma balsa com mais de 170 pessoas a bordo deixou, pelo menos, 36 mortos nas Filipinas, nesta quinta-feira (2/6). A embarcação “Kim-Nirvana” tombou em uma área de turbulência, nas proximidades do Porto de Ormoc, quando seguia em direção a ilha Camotes, na província central de Cebu.

Balsa naufraga no mar das Filipinas
Balsa naufraga no mar das Filipinas
O resgate dos sobreviventes foi feito por equipes da Capatania dos Portos, com a ajuda de sete barcos. De acordo com a imprensa internacional, o barco foi atingido por ondas gigantes e naufragou. A agência de notícias Reuters informa que a balsa transportava 189 pessoas, sendo 173 passageiros e 16 tripulantes. A agência destaca ainda que 118 sobreviveram e mais de 30 pessoas ainda estão desaparecidas. Já segundo a agência Efe, o número de mortes chega a 36 e 21 desaparecidos.
A população das Filipinas, que tem mais de 7.100 ilhas, usa as embarcações como principal meio de transporte. Segundo as informações dos veículos de comunicação do país, as inspeções nas balsas acontecem de forma irregular e os acidentes marítimos são frequentes, em alguns casos registrando centenas de mortes.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Operação Vícios investiga fraude em contratos de controle de bebidas

Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.

Na manhã desta quarta-feira (1º), a Polícia Federal, em conjunto com a Casa da Moeda e a Corregedoria – Geral do Ministério da Fazenda deflagrou a Operação Vícios, que tem como objetivo investigar fraudes em contratos referentes à implantação do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), que compete à Casa da Moeda. Desde o ano de 2008, quando o esquema teve início, o faturamento referente a esses contratos já ultrapassou a casa dos R$6 bilhões. Existem rumores de que duas multinacionais estariam envolvidas no esquema, sendo uma brasileira.
Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Além dos mandados, a Justiça determinou também a apreensão dos bens dos principais investigados, e a quebra dos sigilos fiscais e bancários. A investigação também conta com o auxílio do Ministério Público Federal.
De acordo com a Polícia Federal, nos últimos seis anos, o faturamento referente a essa contratação ultrapassou R$6 bilhões. Segundo apontam os indícios, houve pagamento de aproximadamente R$100 milhões em propina para servidores da Receita Federal e para empregados da Casa da Moeda.
O sistema de controle teve inicio em 2008 por meio de contrato firmado por inexigibilidade de licitação, sob suspeita de direcionamento par auma empresa. Há indícios também de que a licitação mais recente, feita entre os anos de 2014 e 2015, também foi fraudada para beneficiar a mesma empresa de antes.
Também está sob investigação da Polícia Federal se a contratação de controle na produção de cigarros também seria objeto de fraude.
Através de nota, a Casa da Moeda informou que todos os envolvidos no caso serão exonerados do cargo, e caso seja comprovada a participação, serão demitidos.
Veja a íntegra da nota divulgada pela Casa da Moeda
O atual presidente da Casa da Moeda (CMB), Francisco Franco, assumiu a empresa em 2012. Ao tomar ciência dos principais assuntos, identificou uma suspeita de irregularidade na forma de contratação da prestação de serviço do Sistema de Controle da Produção de Bebidas (Sicobe). O presidente acionou os controles internos da empresa, entre eles, a Auditoria da CMB e, em paralelo, encaminhou o caso à Polícia Federal, órgão responsável por investigar possíveis desvios em empresas federais. 
Desde que a Polícia Federal foi acionada, há dois anos, a direção da Casa da Moeda tem colaborado com as investigações. A direção ressalta ainda que todos os empregados envolvidos no caso serão exonerados dos cargos e, se comprovada na Justiça a sua participação, serão demitidos. 
Em atendimento à uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) para prospectar novos fornecedores, a Casa da Moeda do Brasil realizou em 2012 um chamamento público para o Sicobe.                                
O serviço, complexo tanto do ponto de vista tecnológico quanto logístico, é prestado à Receita Federal do Brasil, conforme determina a lei 10833/2003 e o projeto de lei de conversão nº 15/2014 da Medida Provisória nº 651, no controle de bebidas (Sicobe) e de cigarros (Scorpios).
O chamamento público atraiu empresas brasileiras e estrangeiras, e verificou quais eram aptas a participar de um futuro certame.
Durante o procedimento de avaliação das tecnologias foram classificadas três empresas (Arjo Wiggins, SICPA e Valid) capazes de atender aos requisitos técnicos e legais do Sicobe. A partir da experiência acumulada com o chamamento público, a CMB considerou oportuno lançar, em 2013, um edital de concorrência internacional para o Sicobe, com o objetivo de estimular a competitividade e proporcionar a todas as empresas interessadas a oportunidade de apresentarem suas soluções tecnológicas. 
A edição final do edital só foi publicada após as audiências públicas, onde todos os concorrentes puderam dar suas opiniões, sugestões e tirar dúvidas. Além das três empresas que participaram do chamamento público, a De La Rue também foi considerada habilitada a participar do certame. 
Ultrapassadas as várias fases do processo licitatório, em que sempre foram respeitados os prazos recursais e os princípios da transparência, publicidade e legalidade, restaram duas empresas (SICPA e Valid) pré-qualificadas para a realização dos testes práticos, etapa mais importante de todo o procedimento.
Os testes práticos aconteceram em duas linhas de produção da Ambev, no Rio Grande de Sul, e foram analisados por uma comissão técnica formada por representantes da Casa da Moeda do Brasil e um auditor da Receita Federal. As licitantes foram avaliadas sobre sua aptidão em cumprir a especificação técnica do Anexo I, bem como a instrução Normativa RFB nº 869/2008.
Todos os critérios de avaliação e aprovação constavam de maneira clara e objetiva no edital de pré-qualificação, e os testes práticos foram documentados por meio de filmagens e de fotos.
A solução da Valid foi reprovada, tendo recebido "inapto" nos critérios de avaliação "Qualidade de Identificação de Marcas", "Qualidade da Contagem da Produção", "Qualidade da Codificação de Segurança", 'Tecnologia da Informação" e "Especificações do Anexo I" (subitem II.II.iv).
Passados todos os prazos para recursos, manteve-se a aprovação nos testes apenas da Sicpa, atual prestadora do serviço, para a próxima fase de apresentação da proposta de preço. No entanto, uma única empresa configura falta de competitividade. E uma das finalidades da licitação é a obtenção da melhor proposta, com mais vantagens e prestações menos onerosas para a Administração, garantindo a participação do maior número de competidores possíveis.
Como a continuidade e segurança do serviço está assegurada, pois o contrato atual tem vigência até dezembro de 2016, e o artigo 49 da Lei de Licitações e Contratos Administrativos prevê a possibilidade de revogação do procedimento licitatório em caso de interesse público, o presidente da Casa da Moeda (CMB), Francisco Franco, decidiu pela revogação da licitação na modalidade Concorrência Internacional nº 0001/2014.
Ressalte-se, ainda, que, devido à relevância do tema, a CMB solicitou o auxílio da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda – SEAE, no próximo processo licitatório. A SEAE já finalizou a nota técnica e em breve será lançado um novo edital, a fim de que seja possível estabelecer um ambiente competitivo mais adequado e isonomico.
Esta mensagem da Casa da Moeda do Brasil, Empresa Pública Federal subordinada ao Ministério da Fazenda, é enviada exclusivamente ao seu destinatário e pode conter informações confidenciais, protegidas por sigilo profissional. Sua utilização desautorizada é ilegal e sujeita o infrator às penas da lei. Se você a recebeu indevidamente, queira, por gentileza, reenviá-la ao emitente, informando o equívoco.