domingo, 29 de novembro de 2015

Chuva deixa cidade de São Paulo em estado de atenção

A chuva intermitente na capital paulista hoje (29) à tarde deixou toda a cidade em estado de atenção para alagamentos desde 12h33. O estado de atenção é o segundo entre quatro níveis, acima do estado de observação e antes do nível de alerta e alerta máximo, que é considerado quando a chuva tem potencial para formação de alagamentos.
Embora não seja acompanhada de rajadas de vento, a chuva provocou queda de árvores em algumas áreas da cidade.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), há no momento seis pontos de alagamento na capital paulista, um deles intransitável, na Praça da Bandeira, na altura do número 500, na região central.
Segundo o CGE, a área de instabilidade está associada à passagem de uma frente fria. O tempo deve seguir instável pelas próximas horas, com possibilidade de descargas elétricas [raios] e formação de alagamentos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Supremo nega revogação da prisão de Edson Ribeiro, advogado de Cerveró

O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, negou no início da noite desta sexta-feira (27) o pedido de revogação da prisão de Edson Ribeiro, o ex-advogado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O ministro também determinou a transferência de Ribeiro para o presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro. O advogado foi preso pela manhã, ao desembarcar no aeroporto do Galeão, vindo dos Estados Unidos.
O defensor de Ribeiro, o advogado Carlo Huberth Luchioni disse nesta sexta-feira que o depoimento do seu cliente à Polícia Federal durou cerca de três horas, mas não deu maiores detalhes sobre o assunto. Ribeiro é um acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava-Jato.
O advogado Carlo Luchioni disse que foi pedida a prisão domiciliar e a revogação da prisão preventiva. "Ele alega inocência veementemente e diz que nunca traiu a confiança do cliente dele. Ele diz que houve uma estratégia de defesa mal interpretada", ressaltou Luchioni sobre o ex-advogado de Nestor Cerveró.
Carlo Huberth Luchione é advogado de Edson Ribeiro 
Carlo Huberth Luchione é advogado de Edson Ribeiro 
Edson Ribeiro chegou às 9h55 à sede da Polícia Federal (PF), na zona portuária do Rio. Ele chegou escoltado em dois veículos da PF e estava no banco traseiro do carro da frente.
O advogado desembarcou às 8h10, no Rio, em um voo da TAM. Edson Ribeiro defendia o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, e teve a prisão determinada quarta-feira (25) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro do STF Teori Zavascki havia autorizado a inclusão do nome do advogado na lista da Interpol, a polícia internacional.
Edson Ribeiro é investigado na operação que prendeu também o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Factual, e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira. De acordo com pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República, encaminhado ao STF, Edson Ribeiro participou das negociações em que o senador Delcídio do Amaral tentou impedir que Cerveró firmasse um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato.
Edson Ribeiro teve a prisão determinada na quarta-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal na operação que prendeu também o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Factual, e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.
<<Banqueiro André Esteves é transferido para Bangu 8
<<Depoimento de Delcídio à PF dura quase quatro horas
De acordo com pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), encaminhado ao STF, Edson Ribeiro participou das negociações em que o senador Delcídio do Amaral tentou impedir que Cerveró firmasse um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. Em um dos encontros - que foi gravado pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, em um hotel em Brasília - o senador prometeu pagar R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor para não ocorrer a delação premiada.
"O Senador Delcídio Amaral contou com o auxílio do advogado Edson Ribeiro, que, embora constituído por Nestor Cerveró, acabou por ser cooptado pelo congressista. O advogado Edson Ribeiro passou, efetivamente, a proteger os interesses do Senador Delcídio Amaral em sua interação profissional com Nestor Cerveró e Bernardo Cerveró, mesmo depois de tomada por Nestor Cerveró a decisão de oferecer colaboração premiada ao Ministério Público Federal. O advogado Edson Ribeiro recebeu do Senador Delcídio Amaral, a certa altura das tratativas, a promessa de pagamento dos honorários que convencionara com Nestor Cerveró, cujo valor era de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais)", diz o documento da PGR.
Segundo a PGR, o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Factual, arcaria com os custos para não ter seu nome mencionado no acordo de colaboração ou para o ex-diretor desistir. "Ao menos parte desses recursos seria dissimulada na forma de honorários advocatícios a serem convencionados em contrato de prestação de serviços de advocacia entre André Esteves e/ou pessoa jurídica por ele controlada com o advogado Edson Ribeiro." Esteves está preso na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Nestor Cerveró firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério público Federal no dia 18 de novembro deste ano.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ONU critica Brasil, Vale e BHP por resposta "inaceitável" a desastre de Mariana

Em comunicado, órgão pede a governo e empresas providências
imediatas.
A Organização das Nações Unidas criticou duramente o governo brasileiro, a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP pelo que considerou uma resposta "inaceitável" à tragédia de Mariana.
E em comunicado divulgado nesta quarta-feira, e que traz falas do relator especial para assuntos de Direitos Humanos e Meio Ambiente, John Knox, e do relator para Direitos Humanos e Substâncias Tóxicas, Baskut Tuncak, a ONU criticou a demora de três semanas para a divulgação de informações sobre os riscos gerados pelos bilhões de litros de lama vazados no Rio Doce pelo rompimento da barragem, no último dia 5.
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"As providências tomadas pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP para prevenir danos foram claramente insuficientes. As empresas e o governo deveriam estar fazendo tudo que podem para prevenir mais problemas, o que inclui a exposição a metais pesados e substâncias tóxicas. Este não é o momento para posturas defensivas", disseram os especialistas no comunicado.
Em entrevistas, a presidente Dilma Rousseff tem negado negligência no caso. A Samarco, por sua vez, tem afirmado que suas operações eram regulares, licenciadas e monitoradas dentro dos melhores padrões de monitoramento de barragens.
A ONU menciona a contradição nas informações divulgadas sobre o desastre, em especial a insistência da Samarco, joint venture formada por Vale e BHP para explorar minérios na região, de que a lama não continha substâncias tóxicas. E descreve com detalhes o desastre ecológico provocado pelo vazamento, incluindo a chegada da lama ao mar.
"As autoridades brasileiras precisam discutir se a legislação para a atividade mineradora é consistente com os padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à informação. O Estado tem a obrigação de gerar, atualizar e disseminar informações sobre o impacto ambiental e presença de substâncias nocivas, ao passo que empresas têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos", afirmou Tuncak.
Os dois especialistas classificaram a tragédia como mais um exemplo de negligência de empresas em proteger os direitos humanos e traçam um quadro desolador pós-desastre para as comunidades afetadas.
"Poderemos jamais ter um remédio eficaz para as vítimas, cujos parentes ou ganha-pão podem estar debaixo dessa onda de lixo tóxico, e nem para o meio ambiente, que sofreu danos irreparáveis. Empresas trabalhando com atividades envolvendo o uso de material de risco precisam ter a prevenção de acidentes no centro de seu modelo de negócios."

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Material explosivo suspeito é encontrado ao sul de Paris


Um objeto que se acredita ser um cinturão de explosivos foi encontrado nesta segunda-feira em uma cidade ao sul de Paris, perto de onde um telefone usado pelo criminoso suspeito Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques contra a capital francesa, disse à Reuters uma fonte próxima à investigação.
Abdeslam, cujo irmão se explodiu nos atentados, está foragido desde a série de ataques que matou 130 pessoas em Paris em 13 de novembro e se tornou foco de uma caçada multinacional.
Investigadores franceses inicialmente acreditavam que Abdeslam estava em um carro preto Seat Leon usado no tiroteio contra restaurantes e cafés nos distritos 10 e 11 da capital.
Uma fonte próxima à investigação disse, no entanto, que o telefone celular de Abdeslam foi detectado após os ataques no 18º distrito de Paris, na zona norte, perto de um carro Renault Clio abandonado que ele tinha alugado.
A fonte afirmou que agora existia uma "forte suspeita" de que Abdeslam estava dirigindo o Clio em vez do Seat.
Além disso, quando o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques, o grupo disse que tinha como alvos o estádio Stade de France, a casa de shows Bataclan, os distritos 10 e 11, bem como o 18º distrito.
Como não houve explosões ou tiroteios no 18º distrito, os investigadores estão agora se perguntando se o ataque falhou ou foi abortado, disse a fonte.
O telefone de Abdeslam foi detectado, mais tarde, em 13 de novembro por uma torre de telefonia móvel em Chatillon, ao sul de Paris, perto de Montrouge, onde o cinto de explosivos suspeito foi descartado.
Mas a fonte disse que era muito cedo para dizer se o objeto tinha estado em contato com Abdeslam.
"A tese de que ele abandonou (o ataque) está apenas vindo de pessoas que o levaram de volta (à Bélgica). Mas não sabemos por quê. Talvez ele teve um problema técnico com o seu cinto de explosivos, por exemplo", disse uma fonte policial.

sábado, 21 de novembro de 2015

Estado Islâmico ameaça realizar novos atentados na França

Em um vídeo divulgado na internet, o grupo extremista Estado Islâmico voltou neste sábado (21) a ameaçar a Europa, especialmente a França, com a realização de novos atentados, como os que ocorreram em 13 de novembro, em Paris, e que custaram a vida de 130 pessoas, além de mais de 350 feridos.
O vídeo mostra uma cena em que a Torre Eiffel, um dos maiores símbolos franceses, aparece caída, de acordo com informações de um grupo de monitoramento de ameaças terroristas intitulado Site.
Na gravação, aparecem dois extremistas do Estado Islâmico, aparentemente de origem francesa, na província síria de Alepo, um dos redutos do grupo, elogiando os ataques a Paris e incitando os muçulmanos da França e do mundo inteiro a praticar atos semelhantes.
Na gravação, aparecem dois extremistas na província síria de Alepo elogiando os ataques
Na gravação, aparecem dois extremistas na província síria de Alepo elogiando os ataques
Nos ataques de 13 de novembro, em pontos diferentes de Paris, os extremistas abriram fogo com fuzis, detonaram bombas perto do estádio onde a seleção francesa de futebol jogava com a Alemanha e fizeram reféns numa sala de concertos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Homens armados invadem hotel no Mali e fazem mais de 100 reféns

De 170 reféns, entre hóspedes e funcionários, 80 já foram liberados; ataque em Bakamo deixou até agora três mortos

Hotel Radisson Blu na capital do Mali, em Bamako, sofreu ataque na manhã desta sexta-feira (20)
Divulgação/Radisson Blu Hotel
Hotel Radisson Blu na capital do Mali, em Bamako, sofreu ataque na manhã desta sexta-feira (20)
Homens armados invadiram um hotel na capital do Mali, Bamako, na manhã dessa sexta-feira (20), e teriam feito um grande número de reféns, de acordo com informações preliminares de testemunhas e forças de segurança.
Cerca de 140 hóspedes e 30 funcionários ficaram sob a mira de armas, segundo a agência de notícias AFP. O ataque teria ocorrido às 7h (horário local), quando um grupo de homens invadiu o complexo, gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe). 
Tropas do Máli e da França, que desde 2013 tem presença militar no país africano para auxiliar no combate a extremistas islâmicos, cercaram o hotel. Segundo a AFP, uma operação de libertação já teria resultado na morte de três reféns. Horas depois, a TV estatal do Máli informou que 80 reféns teriam sido libertados.
Localizado em um bairro da cidade em que fica o setor diplomático, o Radisson Blu é um endereço popular para trabalhadores estrangeiros no Mali, em que operam muitas empresas multinacionais mineradoras – o país é o terceiro maior produtor de ouro do mundo.
A embaixada dos Estados Unidos em Bamako emitiu comunicado aconselhando cidadãos do país a "buscar abrigo". Segundo a agência Reuters, que citou fontes locais, alguns reféns teriam sido liberados, inclusive os que fossem capazes de recitar versos do Corão, o livro sagrado muçulmano. Nenhum grupo ainda reivindicou a autoria do ataque.
Ex-colônia francesa, o Mali tem sido palco de revoltas de grupos extremistas islâmicos ligados a um braço do Al-Qaeda na África. Algumas das principais cidades do país foram tomadas por militantes em 2012. No ano seguinte, a pedido do governo do país e com o aval da ONU, tropas francesas intervieram no conflito, com bombardeios a posições rebeldes.
Em março do ano passado, um grupo islamista assumiu a autoria de um ataque a um restaurante popular entre estrangeiros em Bamako, em que cinco pessoas morreram.
*Esta história será atualizada assim que surgirem novas informações.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Paulinho entra em ação para salvar o amigo Cunha

Deputado Paulinho da Força (SD-SP), que assumiu recentemente no Conselho de Ética com objetivo único de defender o presidente da Câmara do processo de cassação, declarou nesta tarde que na próxima quinta-feira 19 pedirá vista do parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que recomendou a continuidade da ação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ); "Sou um dos que vai pedir vista", afirmou; motivo é o fato de Pinato ter entregue o parecer antes de Cunha ter apresentado sua defesa; esta, porém, já foi adiada duas vezes; em entrevista recente ao Jornal Nacional, Paulinho admitiu que fará de tudo para manter Cunha no cargo exclusivamente para derrubar a presidente Dilma Rousseff.

247 - O deputado Paulinho da Força (SD-SP) anunciou nesta tarde seu próximo passo para salvar o amigo Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, da cassação. Ele pretende apresentar na próxima quinta-feira 19 um pedido de vista do parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética. O relatório recomenda a continuidade da ação contra Cunha.
"Sou um dos que vai pedir vista", afirmou. O motivo, segundo ele, é o fato de Pinato ter entregue o parecer antes de Cunha ter apresentado sua defesa ao Conselho de Ética. A entrega da defesa, porém, já foi adiada duas vezes. "Não dá para você condenar alguém ou não condenar sem conhecer os dois lados", ressaltou.
"Este erro que o relator cometeu pode complicar a continuidade da votação no Conselho de Ética. Acho que o relator cometeu uma falha grave de condenar alguém antes de conhecer a defesa do acusado. Portanto, acho que isso é grave e o Conselho de Ética vai analisar isso", explicou, ainda, o presidente do Solidariedade.
Paulinho assumiu recentemente como o mais novo integrante do colegiado, com o objetivo único de tentar salvar Cunha. Ele entrou no lugar do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que renunciou à vaga. Em entrevista recente ao Jornal Nacional, Paulinho admitiu, sem um pingo de vergonha, que mantém o apoio a Cunha, apesar de todas as evidências de corrupção, porque "nós do Solidariedade estamos convencidos de que só tem um jeito de fazer o impeachment da Dilma, que é segurar o Eduardo Cunha".
No Conselho de Ética, Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido à CPI da Petrobras em março deste ano, quando negou ser dono de contas secretas na Suíça, o que o Ministério Público daquele país mostrou não ser verdade.
Autoridades suíças enviaram para o Brasil cópias de documentos e até da assinatura de Cunha vinculadas à aberta de contas no país, por onde teriam passado milhões de dólares em propina, recebidas pelo esquema investigado na Operação Lava Jato.

domingo, 15 de novembro de 2015

Ato na Esplanada pede impeachment de Dilma e regime militar

Vestidas de verde e amarelo, cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, realizaram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, neste feriado da Proclamação da República.
O ato foi organizado por movimentos contrários ao governo de Dilma Rousseff, como Brasil Livre, Avança Brasil e Revoltados Online. Pessoas de outros estados chegaram, de ônibus, para participar do movimento, que começou logo cedo neste domingo e pede o impeachment da presidente e a intervenção militar.
O integrante do Movimento Vem Pra Rua, Julio Lins, 18 anos, está acampado no gramado do Congresso há cerca de um mês. Julio conta que o Vem pra Rua não organizou o ato deste domingo, mas concorda com algumas reivindicações.
"O intuito do acampamento é o impeachment, mas ele não se limita a isso. Então, nós, no acampamento, estamos atentos, essa é a principal definição, atentos ao que se passa no Congresso Nacional, tentando e buscando pautar o Congresso Nacional, com as vozes das ruas, com a vontade popular. O acampamento nos dá uma certa aproximação com os parlamentares de oposição e também permite que nós façamos uma pressão constante."
A bombeira civil Maria do Socorro Barbosa é moradora de Brasília e declara que quer a troca do governo atual por um governo comandado por militares. "Hoje em dia eu acredito no país. Ele cresceu muito, a cabeça do militarismo. Hoje, como se diz, está mais patriota, mais aberta, não está aquele regime militar que eu vivi anos atrás. Eu tenho 51 anos, eu era criança ainda, eu vou te falar, eu acho que o mundo evoluiu."
Um carro de som foi utilizado por lideranças dos  grupos que usavam os microfones para falar sobre impeachment e defender a volta do regime militar. No início da tarde, algumas pessoas furaram o bloqueio da polícia e entraram no espelho d'água do Congresso.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

É preciso aguentar mais três anos sem golpe institucional, diz Lewandowski

Presidente do STF alerta que preço seria "uma volta ao passado tenebroso"

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, chamou a atenção para os perigos de um "golpe institucional" no país, durante palestra em uma faculdade de São Paulo. Para ele, é preciso que o país tenha "paciência" nos próximos três anos, ou seja, até as próximas eleições, para não embarcar em um golpe que colocaria as instituições democráticas em risco.
"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou o presidente do STF, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo.
"Estes três anos [após o 'golpe institucional'] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros", completou.
Lewandowski também destacou na ocasião que a crise do país tem maiores motivações políticas do que econômicas. "O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo", salientou.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Chega à Câmara MP que aumenta punição para bloqueio de rodovias

Tramita na Câmara dos Deputados a Medida Provisória 699/15, que aumenta a punição para quem utilizar veículos para bloquear vias públicas. Essa MP é uma reação do governo ao movimento dos caminhoneiros, que bloqueia rodovias em diversos estados.
Atualmente, o Código de Trânsito (Lei nº 9.503/97) prevê multa de R$ 1.915 e apreensão do veículo. A MP aumenta a multa para R$ 5.746 e apreensão do veículo. Essa multa será dobrada em caso de reincidência no período de 12 meses.
Os organizadores de manifestações com bloqueio poderão ser multados em R$ 19.154 (dez vezes o valor da multa para veículo). O motorista que utilizar veículos para bloquear vias também poderá ter a habilitação suspensa por um ano, além de ficar proibido de receber incentivo creditício por dez anos para aquisição de veículos.
Conforme a MP, os serviços de recolhimento, depósito e guarda de veículo poderão ser executados por ente público ou por particular contratado. Os custos são de responsabilidade do proprietário do veículo.
No caso de o proprietário do veículo recolhido comprovar, administrativamente ou judicialmente, que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de retenção em depósito, o ente público será obrigado a devolver as quantias pagas segundo os mesmos critérios da devolução de multas indevidas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ministro diz que greve dos caminhoneiros busca desgaste politico do governo

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse hoje (9) que os caminhoneiros em greve não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem como objetivo o desgaste político do governo.
Segundo ele, o governo da presidenta Dilma Rousseff respeita as manifestações e está aberto ao diálogo, mas não recebeu uma pauta para negociação. A greve dos caminhoneiros começou hoje de manhã em alguns estados.
“No nosso entender, essa é uma greve que atinge pontualmente algumas regiões do país e, infelizmente, um movimento que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político do governo. Se tivermos uma pauta de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira”, disse Edinho Silva em entrevista no Palácio do Planalto.
O ministro  participou de manhã da reunião semanal de coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff e os líderes do governo no Congresso Nacional. Ele informou que o assunto não foi discutido no encontro, que teve como tema principal a necessidade de aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso.
De acordo com Edinho Silva, a greve não busca melhorias para a categoria. Ele disse esperar que os caminhoneiros coloquem em primeiro lugar os interesses da sociedade, que é prejudicada com a paralisação. “Você não pode apresentar uma pauta onde o centro seja o desgaste do governo. Uma greve geralmente vem com questões econômicas, sociais, geralmente ela é propositiva. Mesmo quando  trata de questões políticas, é propositiva. Nunca vi uma greve onde o único objetivo é gerar desgaste ao governo. Penso que é uma paralisação que, portanto, que não busca melhorias para a categoria".  Esperamos que aqueles que estão envolvidos nessa mobilização possam colocar acima de qualquer outra questão o interesse da sociedade”.

sábado, 7 de novembro de 2015

Mesmo sem ser tóxica, lama de barragem em Mariana deve prejudicar ecossistema por anos

O equivalente a quase 25 mil piscinas olímpicas de lama foi despejado nas redondezas próximas à barragem que se rompeu na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
A mineradora Semarco (responsável pelo local) garantiu que não há nada tóxico nos 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro liberados durante o acidente.
Mas especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmaram que, apesar de o material não apresentar riscos à saúde humana, ele trará danos ambientais que podem se estender por anos.
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“Comparado ao mercúrio, por exemplo, esse rejeito não é tóxico, já que é formado basicamente por sílica. Ninguém vai desenvolver câncer, nada disso. O risco não é para ao ser humano, mas para o meio ambiente", disse o professor de geologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Cleuber Moraes Brito, que é consultor na área de meio ambiente e mineração.
"Essa lama avermelhada deve causar danos em todo o ecossistema da região, impactando por anos seus rios, fauna, solo e até os moradores, no sentido de que o trabalho deles, como a agricultura, pode se tornar impraticável."

Solo alterado

Os danos ao meio ambiente no entorno da barragem podem ser, a grosso modo, químicos ou de ordem física.
O primeiro diz respeito à desestruturação química do solo, não só pelo ferro, mas também por outros metais secundários descartados durante o processo de mineração.
Segundo Cleuber, esse solo recebe uma incorporação química anormal, já que o resíduo tem excesso de ferro, que pode alterar o pH da terra.
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Já o impacto físico dos rompimentos dizem respeito à quantidade de lama - e não à composição.
"O problema não é o material em si, mas o fato de a lama ter coberto a região, soterrando a vegetação", diz Mauricio Ehrlich, professor de geotecnia da COPPE, da UFRJ.
"Esse resíduo é pobre em material orgânico, ou seja, não favorece o crescimento de vegetação. Assim, o que acontece é que essa lama vai começar a secar lentamente, criando uma capa ressecada por cima do solo, dificultando a penetração de água. E, por baixo, esse solo segue mole."
Maurício afirma ainda que, além do solo infértil, outro impacto ambiental está relacionado aos rios da região. Com o vazamento, os sedimentos vão sendo arrastados e se depositando nos trechos onde a corrente é mais fraca.
Isso prejudica a calha dos rios, que podem ser assoreados, ficarem mais rasos ou até terem seus cursos desviados.
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Outro risco é o de que muitas nascentes sejam soterradas.
Esse impacto nos recursos hídricos também afeta sua fauna, especialmente peixes e microrganismos que compõem a cadeia alimentar nos rios.
"Mudança no perfil do solo, impacto nos recursos hídricos, na fauna. Quanto tempo a natureza vai demorar para assimilar tudo isso?", questiona o geólogo da UEL.
Segundo ele, apesar de ainda ser cedo demais para se ter essa resposta, é possível dizer que um programa para resgatar a área degradada em Mariana dure cerca de 5 a 10 anos.
Os especialistas salientam que é preciso fazer um levantamento do impacto, sendo que uma das primeiras medidas reais será retirar a lama o quanto antes, especialmente por meio de escavação.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Dois presos provisórios da Zelotes vão à CPI do Carf, mas só um fala

A CPI que investiga irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), apontadas pela Operação Zelotes, da Polícia Federal, só conseguiu colher, nesta quinta-feira (5), o depoimento de um dos dois investigados convocados a prestar esclarecimentos. O silêncio foi a opção do advogado Eduardo Gonçalves Valadão, que foi sócio de escritório de advocacia de José Ricardo da Silva, um dos ex-conselheiros do órgão implicados na apuração sobre a venda de sentenças para favorecer empresas.
"Respeito o trabalho dessa Casa, mas já existe uma ação judicial sobre os fatos e prefiro me defender perante a Justiça, usando esse direito que me é garantido", afirmou.
Chamado a falar logo em seguida, Halysson Carvalho Silva, assim como Valadão, encontra-se em prisão provisória, em Brasília. Residente no Piauí, ele responde por suspeita de extorsão contra o empresário Eduardo Souza Ramos, representante da Mitsubishi Motors no Brasil, para obter US$ 1,5 milhão.
Halysson Silva negou envolvimento com pessoas e fatos investigados pela Operação Zelotes, a operação deflagrada pela Polícia Federal sobre o Carf. A suspeita é de que, por meio de intermediários, conselheiros do Carf cobravam propina para anular autuações fiscais ou reduzir o valor dos tributos devidos. Agora, a PF investiga a participação de duas das consultorias mais atuantes no Carf também em negociações para aprovar medidas provisórias favorecendo empresas automobilísticas, mediante pagamento de propinas, inclusive parlamentares.
As duas empresas são as SGR Consultoria Empresarial e a Marcondes & Mautoni Empreendimentos, que têm em seus quadros José Ricardo da Silva e Mauro Marcondes Machado, parceiros do lobista Alexandre Paes dos Santos, que também está preso. Os senadores confrontaram Halysson Silva com mensagens que partiram de endereços de e-mails supostamente seus, dirigidos a esses investigados, sobre viagens a São Paulo e até sobre acertos de valores a serem cobrados de empresários.
"Coloco-me à disposição da comissão, mas está havendo algum engano. Meu advogado diz que estou preso por extorsão, mas não tenho nada a ver com isso", afirmou.
De todos os citados, Hallyson Silva confirmou que esteve apenas com Mauro Marcondes, por duas vezes, em São Paulo. Sobre o motivo do encontro, ele disse que não se lembrava. Halysson foi também indagado sobre mensagem destinada a Alexandre Paes dos Santos por Raimundo Lima, que integra seu círculo de amigos no Piauí e participou de sua campanha a deputado nas últimas eleições. Afirmou que sequer conhecia Lima pelo nome próprio, mas apenas pelo apelido de “Júnior Piranha”, e mais uma vez disse não ter como explicar o fato.
O depoente também não acreditar que amigos seus estejam envolvidos com os acusados e possam ter usado seus e-mails em para atividades relacionadas ao esquema criminoso. Antes, a hipótese foi levantada pelo advogado que o acompanhou Hallyson na audiência.
Os questionamentos ao depoente foram feitos pelo presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a relatora, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Nenhum se mostrou totalmente convencido com as explicações apresentadas por Hallyson Silva.
"Ou o senhor é muito esperto ou estão lhe confundido com outra pessoa", observou Vanessa Grazziotin.
Ataídes Oliveira lembrou ao depoente que, caso estivesse tentando proteger terceiros, ele poderia estar se complicando. Para Randolfe, as palavras de Hallyson não pareciam “corresponder aos fatos”. Observou que a tendência é que sua prisão temporária seja prorrogada. Porém, se decidisse por colaborar, ainda que fosse com a PF ou o Ministério Público, poderia contar com vantagens legais.
Logo no início do depoimento, Hallyson Silva informou que já trabalhou com promoção de shows e outros eventos. Agora, é sócio de pequena distribuidora de bebidas em Teresina. Ele teve ainda uma passagem por Brasília, quando atuou como comissionado no gabinete de Frank Aguiar, no período em que o cantou exerceu mandato de deputado federal.
Agora em 2015, por poucos meses, ocupou cargo comissionado na Fundação Cultural Piauí, indicado pelo então deputado estadual Francis Lopes (PRP), também cantor. No passado, chegou a ser empregado e, depois, sócio de empresa que forneceu mobiliário e equipamentos aos Correios. Sem receber pagamento, retirou da agência um ar condicionado, o que motivou a estatal a mover contra ele ação por apropriação indébita. Não há condenação final no caso, que está em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Bandido é morto dentro de hospital durante assalto no RS

Os pacientes do hospital Divina Providência, em Porto Alegre, passaram por momentos de pavor nesta manhã. Por volta das 7h, três assaltantes armados invadiram o local por um acesso secundário e renderam funcionários, anunciando um assalto. Ao tentarem roubar um cofre supostamente mantido no interior do hospital, os bandidos atacaram uma cafeteria que fica no andar térreo, chamando a atenção da segurança do prédio.
No momento em que os bandidos foram surpreendidos pelos seguranças da casa de saúde, houve troca de tiros. Na tentativa de fuga, eles revidaram contra os guardas, mas acabaram atingidos. Um dos bandidos morreu na hora, e os outros dois foram presos. Ainda na tentativa de fugir do local, os bandidos feridos colidiram o carro contra uma mureta do pátio do hospital.
Conforme Sérgio Albuquerque Frederes, diretor de relacionamentos institucionais do Divina Providência, o local conta com reforçado sistema de segurança, o que permitiu a ação rápida dos guardas. O hospital seguiu com os atendimentos de rotina e previamente agendados sem alterações. Nada foi levado.

domingo, 1 de novembro de 2015

Papa Francisco pede paz na República Centro-Africana

O papa Francisco expressou neste domingo (1°) sua preocupação com os confrontos registrados na República Centro-Africana (RCA), para onde ele viaja no final do mês, durante uma viagem pela África.   
"Os dolorosos episódios destes últimos dias intensificaram a delicada situação da RCA", disse, durante o Angelus do primeiro domingo de novembro, quando é realizada a festa de Todos os Santos.   
"Peço que as partes envolvidas deem fim a este ciclo de violências. Estou espiritualmente próximo dos padres da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Bangui, que acolhem muitos refugiados", completou.
A RCA passa por um conflito humanitário que já causou o deslocamento de quase 1 milhão de pessoas. Atualmente, tropas francesas estão no país.
Viagens 
Entre os dias 25 e 30 de novembro, a agenda papal inclui passagens por Quênia, Uganda e RCA. Em 2015, o religioso já visitou Cuba, Estados Unidos, Equador, Bolívia, Paraguai, Bósnia e Herzegovina, Sri Lanka e Filipinas.