sábado, 25 de maio de 2013

Revolta nos subúrbios da capital da Suécia chega ao sexto dia

Vários carros foram quebrados, e marcha de extremistas foi impedida.
Incidentes provocam debate sobre a questão da integração dos imigrantes.

Vários veículos foram queimados, nesta sexta-feira (24), na sexta noite consecutiva de incidentes nos bairros carentes do subúrbio de Estocolmo, capital da Suécia, onde a tensão parece ter se reduzido em relação aos dias anteriores.
Um fotógrafo da AFP testemunhou um carro sendo incendiado antes da chegada dos bombeiros, no bairro de Tensta. Veículos também foram queimados em outros três bairros da capital sueca, de acordo com a agência local de notícias TT.
Os incidentes têm acontecido todas as noites há uma semana nos bairros mais pobres da periferia de Estocolmo, onde vivem muitos estrangeiros. Com o reforço policial, a intensidade dos eventos diminuiu.
Nesta sexta, um porta-voz declarou que a polícia "recebeu reforços de Goteborg e de Malmoe', segunda e terceira principais cidades suecas. O número de policiais enviados não foi informado.
Bombeiros apagam fogo em escola de subúrbio de Estocolmo, capital da Suécia, na madrugada deste sábado (25) (Foto: AFP)Bombeiros apagam fogo em escola de subúrbio de Estocolmo, capital da Suécia, na madrugada deste sábado (25) (Foto: AFP)
Na cidade de Orebro, 160 km ao oeste de Estocolmo, uma escola e alguns carros foram incendiados na noite desta sexta, informou a polícia, acrescentando que a calma teria voltado por volta da meia-noite (19h de Brasília).
Cerca de 200 extremistas de direita pretendiam circular pelos subúrbios, nesta sexta à noite, mas a forte presença policial evitou, aparentemente, uma escalada da violência.
O Ministério britânico das Relações Exteriores e a embaixada dos EUA em Estocolmo divulgaram comunicados, alertando seus cidadãos para que evitem determinadas áreas na capital sueca, em função dos conflitos.
Os recentes episódios violentos provocaram um debate no país sobre a integração dos imigrantes, que representam cerca de 15% da população e são o grupo mais atingido pelo desemprego no país.

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