Uma britânica que cresceu até os 1,96m devido a um tumor não diagnosticado na glândula pituitária será indenizada em 1,2 milhão de libras (cerca de R$ 3,8 milhões) pelo NHS, o serviço público de saúde da Grã-Bretanha.
Kate Woodward, hoje com 20 anos, teve um crescimento anormal desde a infância e, aos 11 anos, já tinha chegado aos 1,75m. Ela afirmou que a altura fez com que ela sempre fosse vista como uma "aberração".Os advogados da jovem diziam que os médicos do serviço público de saúde deixaram de detectar o tumor, apesar de constantes atendimentos à paciente entre 2001 e 2005.
Sem tratamento, a doença acabou causando problemas nas costas, joelhos e dentes de Kate, o que, segundo a britânica, arruinou os seus planos de seguir a carreira de atriz.
"Minha avaliação é de que a vida da autora da ação foi, sem dúvida, muito afetada e sempre será muito diferente do que ela esperava. Isto vai resultar em uma indenização considerável", disse o juiz do caso na Alta Corte de Londres, Stuart Baker.
Segundo Baker, Woodward, que pesa cerca de 150 quilos, não pode fazer muitas das atividades que a maioria das jovens realiza, não consegue encontrar roupas em lojas normais e ainda sofre com os comentários cruéis de terceiros sobre sua condição.
'Vida arruinada'
Woodward entrou com processo e pediu indenização pela dor e sofrimento que passou e também pelas despesas médicas e o dinheiro gasto para fazer roupas sob encomenda, pois, devido ao seu crescimento anormal, ela não consegue encontrar roupas em lojas comuns.Em um depoimento no tribunal durante as audiências do processo, a jovem disse que tinha o desejo de ser atriz desde os 5 anos de idade e que chegou a ganhar prêmios na Academia de Música e Artes Dramáticas de Londres.
"Eu estava crescendo e, efetivamente, ficando mais feia, até o ponto em que você não pode mais se tornar uma atriz", disse.
Woodward agora quer ser roteirista, mas os problemas de saúde estão atrapalhando seus estudos na universidade.
"Ela é muito consciente em relação à altura e sente que isto a deixou marcada como uma aberração", disse o advogado de Woodward, Stephen Grimes, durante o julgamento.
A jovem começou a crescer de forma anormal a partir dos 8 anos de idade e recebeu tratamento em pelo menos dois hospitais na cidade de Leeds.
Os médicos só descobriram o tumor em 2005. Desde então, a maior parte do tumor foi removida, mas a jovem já sofria com crescimento excessivo e problemas nos ossos.
Parte do tumor não pode ser removida. Ela continua recebendo hormônios e, recentemente, teve problemas na vesícula.
Segundo Grimes, a vida de Woodward foi, de certa forma, "arruinada".
"(A vida de Woodward) não foi completamente arruinada, não na mesma categoria de uma tetraplégica com dano cerebral, mas a vida dela foi afetada de forma trágica de várias maneiras", afirmou o advogado.
que problema e esse?
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