Sindicalistas têm realizado protestos contra legislação que torna regras trabalhistas mais flexíveis no país europeu
Proposta pela ministra do Trabalho, Myriam el-Khomri, a lei foi aprovada no plenário da Assembleia graças a um "voto de confiança" dos parlamentares. Entre as principais mudanças com a aprovação estão a flexibilização da legislação trabalhista nas demissões sem justa causa e no pagamento de horas extras – pela nova lei, elas poderiam passar a ser negociadas, como ocorre no Brasil, em vez de a empresa ter a obrigação de pagá-las mensalmente.
Um dos pontos mais questionados pelos sindicatos
franceses, no entanto, é a prioridade conferida na regra para os acordos
individuais feitos entre empregador e empregado em detrimento de
acertos coletivos das diferentes categorias. Para o presidente, no
entanto, a flexibilização "é muito importante para o nosso país e a lei
El Khomri contribuirá para isto, para que as empresas e os sindicatos
possam definir o nível que cada um terá no próprio futuro, mas no
respeito à lei".
Hollande aproveitou para pediu o fim dos atos
sindicalistas contra a mudança, os quais classificou como criminosos.
"Manifestar é um direito, destruir é um crime", acusou o presidente.
Segundo o líder político, desde o início dos protestos, foram mais de
mil presos, 60 condenações, além de um registro de 350 policiais
feridos. "Isso é inaceitável." Para esta semana, no entanto, estão
programadas dezenas de manifestações em diversas regiões da França. Hollande enfatizou que prefere ser lembrado como um presidente "que fez as reformas", incluindo aquelas consideradas impopulares, a ser para sempre chamado como o mandatário "que não fez nada". "É preciso tempo antes que elas deem frutos. Tento fazer aquilo que o país espera de um chefe de Estado", declarou.
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