No total, foram 2.036 mortes (crescimento de 12%) entre os meses de
janeiro e abril, incluindo, além de homicídio doloso, as decorrentes de
latrocínio (roubo seguido de morte) e de ações policiais.
De acordo com o ISP, também houve aumento de 23,7% no número de roubos e
assaltos a transeuntes (38.461 casos entre janeiro e abril deste ano),
assim como no número de roubos de automóveis, que subiu 19,7%.
Apenas em abril, foram contabilizadas 565 mortes violentas, com um
crescimento de 33,6% frente ao mesmo mês do ano passado - 471 homicídios
dolosos (38,9%), 6.797 roubos e assaltos na rua (22,4%) e 3.263 roubos
de veículos (21,3%).
O crescimento da violência no Rio de Janeiro pelo quarto mês seguido
foi lamentado pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano
Beltrame, que evitou atribuí-lo à crise financeira do Estado.
O governo do Rio de Janeiro admitiu recentemente passar por uma grave
crise financeira por conta da queda da arrecadação de impostos,
principalmente de royalties do petróleo, e pela recessão que o Brasil
enfrenta, foi obrigado a reduzir suas despesas em diferentes áreas.
Os cortes de despesas afetaram inclusive os extras que eram pagos aos
policiais por horas adicionais de trabalho e até a gasolina destinada
aos veículos policiais.
"Os índices não estão bons. Houve uma série de aumentos (de índices de
criminalidade), o que não é bom", afirmou Beltrame aos jornalistas.
O secretário admitiu que em parte esse aumento da violência foi pela
redução de horas extras trabalhadas pela polícia e pela diminuição da
vigilância policial, mas que não foi algo que pode ser atribuído
exclusivamente à crise.
"Esperamos reverter isso, mas não podemos culpar a crise. Temos que
buscar meios estratégicos para resolver isso (falta de recursos) e
oferecer tranquilidade à população", afirmou.
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