A pesquisa, elaborada pelo Datafolha, mostra que a popularidade de
Temer caiu notavelmente em comparação com julho, quando aqueles que
reprovavam sua gestão representavam 31% da população.
De zero a dez, os consultados pela pesquisa dão uma nota média ao desempenho do governo de Temer de 3,6 pontos.
Para 40% a gestão do atual presidente é pior que a de Dilma Rousseff,
que foi destituída de seu cargo no último dia 31 de agosto pelo Senado.
Além disso, 63% se mostra favorável a uma renúncia do presidente antes
que termine o ano para que sejam realizadas eleições diretas, enquanto
27 % dos entrevistados disse o contrário.
A porcentagem que prefere eleições antecipadas é parecida à divulgada
na pesquisa de julho (62%), quando Dilma estava afastada de seu cargo e
Temer ocupava a presidência de maneira interina desde 12 de maio.
A população considera Temer um presidente defensor dos setores mais
ricos (75%), falso (65%) e muito inteligente (63%), enquanto o 58% o vê
como desonesto, segundo o Datafolha.
No entanto, 34% considera regular a gestão de seu Executivo, enquanto só 10% se mostra satisfeito com o líder do PMDB.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de dezembro, antes da
revelação da delação premiada de um executivo de Odebrecht que cita
Temer e boa parte da cúpula do Legislativo de ter recebido repasses
ilegais da empresa.
Segundo o testemunho do ex-vice-presidente de Relações Institucionais
da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer pediu ao empresário Marcelo
Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do PMDB em 2014.
Por outro lado, a confiança na economia do país também piorou, pois
dois terços dos consultados esperam um aumento da inflação, proporção
parecida aos que esperam uma alta nos números de desemprego (67%).
Além disso, 41% acredita que a situação econômica vai piorar no futuro,
enquanto 28% aposta em uma melhora e 27% pensa que tudo seguirá igual.
O Brasil terminou 2015 com uma contração econômica de 3,8%, seu pior
resultado em 25 anos, e segundo as previsões se contrairá 3,4% este ano,
encadeando dois anos de crescimento negativo pela primeira vez desde a
década de 1930.
Em relação ao emprego, o país fechou o trimestre compreendido entre
agosto e outubro com 12 milhões de desempregados e uma taxa de
desemprego recorde de 11,8%.
A pesquisa foi realizada com 2.828 entrevistas com pessoas de 16 anos
ou mais em 174 municípios e, o segundo Datafolha, tem uma margem de erro
de dois pontos.
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