Nesta quinta-feira, o jornal "Folha de S.Paulo" revelou que o ex-presidente da empreiteira disse, em delação, que realizou doações para as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta
quinta-feira (7) um pacto pelo entendimento nacional para superar as
crises política e econômica. “O Brasil hoje precisa de um grande pacto. O
Brasil já superou momentos difíceis fazendo pactos, mas nenhum pacto ou
entendimento prosperará se não tiver como premissa o respeito à
legalidade e à democracia”, disse a petista.
A presidente
discursou para uma plateia de mulheres representantes de movimentos
sociais e sindicais, como as marchas das Margaridas, Mundial das
Mulheres e das Mulheres Negras e a Central Única dos Trabalhadores
(CUT), que foram ao Palácio do Planalto para apoiar o mandato de Dilma.
Em
meio a gritos de "Dilma fica, Cunha sai", a presidente criticou a
publicação "Isto É". A edição mais recente da revista trouxe uma
reportagem de capa sobre possíveis descontroles emocionais da petista. A
presidente lamentou a misoginia e previu que os próximos dias serão
difíceis por conta de “vazamentos seletivos” na imprensa.
“São vazamentos seletivos e oportunistas. Eu já
determinei ao senhor ministro da Justiça a apuração e responsabilidade
por vazamentos recentes. Passou de todos os limites a seleção muito
clara de vazamentos em nosso País.” disse.
Nesta
quinta-feira (7), o jornal "Folha de S.Paulo" trouxe uma reportagem
afirmando que o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de
Azevedo disse, em delação premiada, que a empreiteira realizou doações
para as campanhas eleitorais de Dilma de 2010 e 2014 com recursos de
propinas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico. O
PT nega as acusações.
“Quero um entendimento nacional porque
governo para todos os 204 milhões de cidadãs e cidadãos. Portanto, a
intolerância e o ódio não servem a um governo responsável. Desde que
assumi o segundo mandato, busco, busquei e buscarei consensos capazes de
nos fazer superar toda e qualquer crise”, acrescentou.Segundo Dilma, existem algumas condições para esse pacto ser alcançado: o respeito ao resultado das urnas, o fim das pautas-bomba no Congresso Nacional, que aumentam os gastos públicos, a unidade pela aprovação de reformas, a retomada do crescimento econômico, a preservação dos direitos conquistados pelos trabalhadores e “a necessária, imprescindível e urgente reforma política”.
Na cerimônia, que durou mais de mais duas horas, as feministas gritaram palavras de ordem como “no meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher”, “somos todas Dilma” e “não vai ter golpe e vai ter luta”.
Nas últimas duas semanas, Dilma recebeu o apoio de
juristas, intelectuais, artistas e de representantes de movimentos
sociais em defesa de seu mandato no Planalto.
Nessa quarta-feira
(6), o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do pedido de
afastamento de Dilma na Comissão Especial do Impeachment, apresentou
parecer favorável ao afastamento da presidente.
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