segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleição na Venezuela foi "uma lição para o mundo", diz Unasul

O chefe da missão de acompanhamento eleitoral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), Carlos Álvarez, disse nesta segunda-feira que a Venezuela deu uma "demonstração exemplar" e "uma lição para o mundo" com as eleições de domingo, em que o presidente Hugo Chávez foi reeleito.
"A Venezuela deu uma demonstração exemplar, deu uma lição ao mundo e isso era muito importante porque havia setores (...) da comunidade internacional que colocavam dúvidas ou questionamentos ao funcionamento da democracia real venezuelana" e duvidavam "sobre como se ganhava as eleições na Venezuela", disse em coletiva de imprensa Álvarez, de nacionalidade argentina. "Três pontos aconteceram como nós previmos: o processo foi de excelência e o Conselho (Nacional Eleitoral, CNE) demonstrou um trabalho extraordinário; os partidos e os candidatos reconheceram os resultados; e nós acumulamos uma experiência transcendental", acrescentou.
Álvarez liderou uma missão de cerca de 40 técnicos de países membros da Unasul, como Argentina, Bolívia ou Peru, que acompanhou as eleições e deixará o país na quarta-feira, depois de apresentar um relatório ao CNE. Esta foi a primeira missão eleitoral da Unasul e seu objetivo estava limitado a fazer recomendações gerais sobre o desenvolvimento das eleições. "É impressionante um país que, tendo o voto optativo, tenha uma participação de 81% da população", disse Álvarez. "O que aconteceu jogou por terra absolutamente os mal intencionados que queriam criar suspeitas sobre o funcionamento do sistema eleitoral venezuelano".
O brasileiro Iván Tamallo, acompanhante do Mercosul, disse que ficou "muito impressionado com a segurança e confiabilidade do sistema venezuelano", destacando que o processo de votação foi "muito tranquilo". Chávez, de 58 anos e desde 1999 no poder, foi reeleito pela terceira vez com quase 55% dos votos para governar, por mais seis anos, a Venezuela, país com as maiores reservas de petróleo mundiais. Seu adversário, o opositor Henrique Capriles Radonski, que obteve 44,39% dos votos, aceitou a derrota minutos depois do anúncio dos resultados.

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