A decisão de dar à União Europeia o Prêmio Nobel da Paz teria sido unânime no painel de cinco integrantes – embora tenha sido uma grande surpresa.
Não só para analistas, que vinham especulando sobre as chances de blogueiros envolvidos na Primavera Árabe ou de grupos humanitários na Rússia.O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou estar orgulhoso, e que o prêmio reconhece o papel do bloco como o "maior pacificador na História".
O Nobel certamente não foi conquistado pela atuação da União Europeia no combate à atual crise na Zona do Euro.
Em vez disso, a comissão do Nobel preferiu destacar o papel da UE na promoção da paz ao longo das últimas seis décadas.
Concentrando-se no longo prazo, os integrantes ressaltaram a reconciliação entre as nações, após as duas guerras mundiais.
Fracasso diplomático
Também mencionaram a integração dos países do antigo bloco comunista e o papel da União no processo de estabilização dos Balcãs.No entanto, não se falou no fracasso da diplomacia de Bruxelas e de outros países, que pouco fizeram para evitar que as guerras eclodissem.
Para aqueles que veem na Comissão Europeia uma instituição não-democrática, burocrática e até corrupta, a escolha chega a ser irritante.
E vale lembrar que a escolha foi feita na Noruega, um país que historicamente se recusa a entrar para o bloco, preferindo manter a soberania.
No comunicado escrito em Oslo há até uma menção aos problemas que estão sendo criados pela atual crise econômica.
De fato, há poucos dias, manifestantes na Grécia receberam a líder alemã – em visita oficial – com saudações nazistas.
Com a crise da Zona do Euro, a União Europeia parece viver um dos seus momentos de maior divisão e fragilidade.
Os sucessos da UE são claros, e a comissão os deixou evidentes.
Mesmo assim, o momento para destacá-los parece bastante estranho.
isso é polêmico!
ResponderExcluirisso não é ruim
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