As
eleições desta quinta-feira no Reino Unido poderão representar um
autêntico terramoto político na Escócia: os nacionalistas do Scottish
National Party (SNP) preparam-se para apagar o Partido Trabalhista do
mapa político regional e poderão tornar-se na chave da próxima
legislatura britânica.
EPA
Reino Unido vais escolher inquilino do número 10 de Downing Street
"Muitos
escoceses votam no SNP mais por serem socialistas do que que
independentistas". A convicção é de Rufus Graham, ator escocês residente
em Londres e simpatizante dos trabalhistas. É, no entanto, um dos
muitos escoceses que se sentem abandonados pelo partido liderado por Ed
Miliband: "o Labour já não é social-democrata, agora é um partido
orientado para o mercado. Perdeu o contacto com a classe trabalhadora e
deixou de defender o Estado social".
Desencanto com Miliband
O desencanto dos escoceses com os trabalhistas é tal que o partido poderá ser praticamente esmagado pelo SNP nas eleições: se em 2010 o partido nacionalista escocês elegeu apenas seis dos 59 representantes em Westminster, este ano a formação poderá conquistar a totalidade dos lugares.
"A Escócia é uma nação que defende mais a igualdade", argumenta Graham. "Os ingleses não nos entendem. Tratam-nos como se fôssemos uma antiga colónia". Por outro lado, "os escoceses também não perdoaram a Ed Miliband a fotografia que tirou junto a David Cameron e a Nick Clegg para defender o "Não" no referendo à independência da Escócia", explica o ator. "Muitos escoceses sentiram-se traídos e disseram: nunca mais votarei nos trabalhistas". Apesar de, a nível estatal, a formação escocesa ter pouco mais de 4%, o sistema eleitoral britânico (que elege apenas um deputado por cada círculo eleitoral) permite que o partido liderado por Nicola Sturgeon se converta no terceiro partido com maior representação parlamentar.
Embora o líder trabalhista, Ed Miliband, já tenha rejeitado fazer qualquer coligação com o partido que se prepara para lhe roubar todos os deputados escoceses, o SNP poderá vir a ter um papel-chave na próxima legislatura britânica. Tendo em conta que trabalhistas e conservadores se encontram em empate técnico nas sondagens e dificilmente terão maioria para governar, as eleições poderão resultar num governo trabalhista minoritário apoiado pelo SNP.
O desencanto dos escoceses com os trabalhistas é tal que o partido poderá ser praticamente esmagado pelo SNP nas eleições: se em 2010 o partido nacionalista escocês elegeu apenas seis dos 59 representantes em Westminster, este ano a formação poderá conquistar a totalidade dos lugares.
"A Escócia é uma nação que defende mais a igualdade", argumenta Graham. "Os ingleses não nos entendem. Tratam-nos como se fôssemos uma antiga colónia". Por outro lado, "os escoceses também não perdoaram a Ed Miliband a fotografia que tirou junto a David Cameron e a Nick Clegg para defender o "Não" no referendo à independência da Escócia", explica o ator. "Muitos escoceses sentiram-se traídos e disseram: nunca mais votarei nos trabalhistas". Apesar de, a nível estatal, a formação escocesa ter pouco mais de 4%, o sistema eleitoral britânico (que elege apenas um deputado por cada círculo eleitoral) permite que o partido liderado por Nicola Sturgeon se converta no terceiro partido com maior representação parlamentar.
Embora o líder trabalhista, Ed Miliband, já tenha rejeitado fazer qualquer coligação com o partido que se prepara para lhe roubar todos os deputados escoceses, o SNP poderá vir a ter um papel-chave na próxima legislatura britânica. Tendo em conta que trabalhistas e conservadores se encontram em empate técnico nas sondagens e dificilmente terão maioria para governar, as eleições poderão resultar num governo trabalhista minoritário apoiado pelo SNP.
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