Foram lançados cinco morteiros, três na noite de segunda-feira e dois
nesta terça, sobre o munícipio de cerca de 10 mil habitantes, situado na
província de Gaziantep, a poucos metros da fronteira, sem causar
vítimas.
Inicialmente, as autoridades pediram aos moradores para que não
deixassem suas casas, mas após o impacto de um terceiro morteiro, por
volta das 12h30 de hoje (horário de Brasília) foi tomada a decisão de
evacuar a cidade, segundo a emissora "CNNTÜRK".
As autoridades locais enviaram vans para organizar a saída dos
habitantes e os funcionários deste município receberam dois dias de
licença.
Ao mesmo tempo, as unidades de artilharia turcas situadas na fronteira
responderam os ataques, bombardeando posições do EI em Yarabulus com
mísseis 'firtina'.
A opinião pública turca segue com apreensão os fatos na fronteira, dado
que ao sul de Yarabulus se desenvolvem combates entre o EI e as Forças
da Síria Democrática, uma aliança de milícias lideradas pela aliança
curdo-síria YPG, que avançam em direção ao norte, respaldadas pelos
Estados Unidos.
O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavusoglu, garantiu
hoje em entrevista coletiva que Ancara "apoia a operação em Yarabulus"
contra o EI.
"Segue nossa luta contra as organizações terroristas no interior e
exterior do país. Continua na Síria e Iraque. Continua contra o PKK (a
guerrilha curda da Turquia), o YPG e o EI", afirmou o ministro, de
acordo com o jornal "Hürriyet".
"Contribuímos em todos os aspectos para limpar tanto a Síria como o
Iraque do EI. Apoiamos as operações nas regiões mencionadas (no noroeste
da Síria). Daremos todo tipo de apoio tanto aos que avançam desde o
leste de Afrin em direção ao norte, como as operações que começarão
desde Yarabulus", garantiu.
A faixa entre o reduto curdo de Afrin e as regiões, também curdas, ao
leste de Yarabulus, é a última sob o domínio do EI que fazem fronteira
com a Turquia.
Ancara reiterou que não permitirá que as milícias YPG expulsem os
jihadistas desta faixa, dado que seria estabelecido uma região autônoma
sob controle curdo ao longo de quase toda a fronteira sírio-turca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário