quinta-feira, 14 de junho de 2012

A única fonte de água potável da Faixa de Gaza tem nível de contaminação dez vezes maior do que o normal, impossibilitando o consumo, denunciaram nesta quinta-feira duas ONGs que atuam no território palestino.
As organizações Save the Children e Ajuda Médica para os Palestinos disseram em relatório que a água, contaminada por fertilizantes e dejetos humanos, dobrou o número de crianças tratadas por diarreia nos últimos cinco anos.
Para os dois grupos, o bloqueio de Israel ao território (que controla a entrada de mercadorias, ajuda humanitária e fluxo de pessoas), que já dura cinco anos, dificulta a entrega de muitos equipamentos sanitários que poderiam ajudar na limpeza da água.
Na visão das ONGs as restrições devem ser abolidas de forma integral.
Entre os materiais identificados na água estão nitratos e outras substâncias.

Restrições

Nitratos são elementos normalmente encontrados em fezes e fertilizantes e podem causar diarreia, sobretudo em crianças.
O relatório diz ainda que o sistema de tratamento de esgoto em Gaza está "totalmente destruído".
"Como uma questão de prioridade urgente para o bem-estar e saúde das crianças de Gaza, Israel deve abolir o bloqueio de forma integral para permitir o livre movimento de entrada e saída de pessoas e mercadorias na Faixa de Gaza", diz o relatório.
O governo israelense diz que o bloqueio é necessário para impedir a entrada de armas pela costa do território, no Mar Mediterrâneo, e defende que nos últimos meses amenizou as restrições, permitindo a entrada de materiais para reconstruir a combalida infraestrutura em Gaza.
Em 2010 uma Clique flotilha organizada por ONGs turcas tentou burlar o bloqueio para entregar ajuda humanitária aos palestinos. Um dos navios foi interceptado por forças israelenses, que mataram nove ativistas.

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