quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Nestor Cerveró presta depoimento de três horas e meia na PF

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró prestou, nesta quinta-feira (15), depoimento de cerca de três horas e meia de duração à Polícia Federal (PF), em Curitiba. Na saída, seu advogado Beno Brandão afirmou que o depoimento foi tranquilo e que seu cliente respondeu às perguntas. Havia a expectativa de Cerveró falasse sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, mas segundo o advogado nada sobre o assunto foi perguntado nesta quinta-feira.
Cerveró foi detido na madrugada de quarta-feira (14), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e levado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O ex-diretor da Petrobras voltava de uma viagem a Londres quando foi detido pela PF. Ele foi preso preventivamente a pedido do Ministério Público Federal. Por meio de nota, o MPF informou que foi cumprido um mandado de prisão preventiva, já que "há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça". Ele é réu em processo originado na Operação Lava Jato, da PF, por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro entre 2006 e 2012.
Na avaliação do MPF, a custódia cautelar foi necessária para “resguardar a ordem pública e econômica e para evitar a continuidade dos crimes que vinham sendo praticados pelo ex-dirigente.
Nestor Cerveró foi denunciado pelo MPF em dezembro, por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, quando passou a réu no processo da Operação Lava Jato, juntamente com o doleiro Alberto Youssef,  com Fernando Antonio Falcão Soares, que seria o operador do PMDB no esquema, além de empresários de várias empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
Ex-diretor da Área  Internacional da Petrobras, Cerveró foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada, como um dos principais beneficiados no esquema de propina que envolveu a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos – negócio que teria gerado prejuízos de US$ 792 milhões à estatal.

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