quarta-feira, 29 de abril de 2015

Líder da Coreia do Norte ordenou 15 execuções este ano, diz agência de espionagem do Sul

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou a execução de 15 altos funcionários este ano como punição por desafiarem sua autoridade, afirmou a agência de espionagem da Coreia do Sul em uma reunião a portas fechadas no Parlamento nesta quarta-feira.
Um vice-ministro para as florestas foi uma das autoridades executadas, por reclamar sobre uma política de Estado, disse o parlamentar sul-coreano Shin Kyung-min, membro do comitê de inteligência do Parlamento, citando como fonte um funcionário do Serviço Nacional de Inteligência não identificado.
"Desculpas ou raciocínio não funcionam para Kim Jong Un, e seu estilo de governo é o de passar por cima de tudo. Se há qualquer objeção, ele toma isso como um desafio à autoridade e recorre à execução como uma vitrine", disse Shin.
"Há a informação de que nos quatro meses deste ano 15 altos funcionários foram executados", afirmou Shin, referindo-se a declarações do oficial de inteligência.
Em 2013, Kim expurgou e mandou executar seu tio, Jang Song Thaek, antes considerado o segundo homem mais poderoso no círculo de poder da Coreia do Norte, acusando-o de corrupção e de cometer crimes prejudiciais à economia, como também um grupo de funcionários próximos a ele.
Desde que assumiu o poder Kim também tem trocado repetidamente os assessores próximos e altos funcionários.
De acordo com a agência de espionagem da Coreia do Sul, Kim tem agendada uma viagem a Moscou este mês para participar de um evento que marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, apesar de não haver confirmação independente do plano, acrescentou Shin, após o briefing da agência de espionagem.
Segundo Shin, a Coreia do Norte não reservou um hotel em Moscou para a estadia de Kim, mas a embaixada do país está equipada para acomodar seu líder. A visita seria a primeira viagem ao exterior de Kim desde que assumiu o poder em 2011, após a morte do pai.
A Rússia informou que Kim irá assistir à cerimônia que marca o 70º aniversário do fim da guerra na Europa em 9 de maio, embora as autoridades em Seul venham alertando que não houve confirmação oficial da Coreia do Norte.
Alguns analistas questionaram se Kim, que se acredita esteja com 30 e poucos anos, escolheria para sua primeira visita no exterior um evento onde iria dividir o palco com vários líderes e teria menos controle sobre os desdobramentos da cerimônia do que em uma reunião de cúpula bilateral.
A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, decidiu não comparecer ao evento.

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