sexta-feira, 3 de abril de 2015

Rohani diz que acordo abrirá 'nova fase' com o mundo

No entanto, iraniano rebateu declaração de Obama sobre sanções.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou que os resultados positivos das negociações sobre o programa nuclear do país inaugurarão uma "nova fase nas relações com o mundo inteiro".   
A declaração foi dada em um discurso à nação nesta sexta-feira (3), um dia após Teerã e as potências mundiais estabelecerem as bases para um acordo que será assinado até 30 de junho. "É uma data que ficará para a história do Irã. As centrífugas têm de continuar girando, as pessoas, vivendo, e a economia precisa seguir em frente. Hoje estamos mais próximos desse objetivo", disse o mandatário.  
Pelo que foi acertado, o governo iraniano irá interromper o enriquecimento de urânio - com exceção da usina de Natanz -, abrir seu programa nuclear a controles internacionais e transformar a planta de Fordow em um centro de pesquisas.  
Por outro lado, quando for comprovado que o país está fazendo a sua parte, todas as sanções que estrangulam a sua economia serão retiradas, assim como resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.   
Apesar do clima de euforia em torno do acordo, Rohani aproveitou seu discurso para rebater a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de que as restrições financeiras impostas à nação persa foram determinantes para levá-la à negociar.  
"As sanções não foram feitas para obrigar o Irã a conversar, seu objetivo era fazer o Irã se render. Dizer que as sanções nos levaram à mesa não tem fundamento", ressaltou o mandatário. Ele ainda garantiu que irá cumprir os pactos do acordo, desde que "as outras partes" também o façam.
Israel
Como já era esperado, o governo israelense reagiu duramente ao compromisso assumido entre Irã e as potências mundiais. Em conversa com Obama, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o provável acordo pode "ameaçar a sobrevivência" de seu país.    Além disso, nesta sexta-feira, ele pediu que qualquer tratativa com a nação persa inclua um "não ambíguo" reconhecimento do direito de Israel de existir.

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