domingo, 28 de junho de 2015

Suspeito de atentado da França confessa ter decapitado chefe

Yassin Salhi, de 35 anos, suspeito de decapitar um empresário antes de cometer um atentado na região de Lyon (centro-leste da França) na última sexta-feira (26/6), admitiu o assassinato, informou neste domingo (28/6).
Salhi, preso no local do ataque, uma fábrica de produtos químicos, começou a falar com os investigadores na noite deste sábado após ter permanecido em silêncio desde sua prisão.
Ele também teria enviado um "selfie" junto à cabeça de sua vítima, Hervé Cornara, de 54 anos, por meio do aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp a um número de telefone norte-americano.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, garantiu neste domingo que o país está  "sob uma grande ameaça terrorista" e que o combate ao jihadismo "será grande".
Salhi foi rendido por um bombeiro na sexta-feira quando abria botijões de acetona na fábrica química. Antes disso, ele teria pendurado a cabeça de seu chefe na empresa em que trabalhava em um muro. O suspeito ainda bateu seu veículo contra um armazém onde havia botijões de gás, o que provocou uma grande explosão.
Os investigadores franceses estudam uma possível conexão com a Síria. De acordo com os últimos dados disponíveis, pelo menos 473 pessoas que deixaram a França estão nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
A prisão provisória de Yassin Salhi foi prorrogada, assim como a de sua mulher e de sua irmã, também detidas na sexta-feira. Em casos envolvendo acusações de terrorismo, esse tipo de detenção pode ser estendida por até 96 horas.
Entre 2006 e 2008, Yassin Salhi foi fichado pelos serviços de Inteligência como um dos indivíduos que representariam uma ameaça potencial à segurança do Estado, disse François Molins, confirmando as declarações do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Salhi voltou a ser monitorado pela Inteligência francesa entre 2011 e 2014 por seus vínculos com o movimento salafista de Lyon.

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