domingo, 5 de março de 2017

Tijolaço questiona desinteresse do MP pela delação de Assad contra o PSDB

Jornalista Fernando Brito questiona por que as revelações do doleiro Adir Assad, de que repassou nada menos que R$ 100 milhões ao PSDB durante a gestão de José Serra no governo do estado de São Paulo não causam interesse da força-tarefa da Lava Jato em aprofundar o caso; "Assad, preso e condenado, quer fazer um acordo de delação premiada e fez vazar quanto e de quem recebeu e a quem repassou recursos das obras do Ridoanel e de outros contratos do Governo paulista", diz Brito; "Às vezes, as 'alongadas prisões' de Curitiba podem servir para que não se fale além do desejado".
Por Fernando Brito, do Tijolaço - No Estadão, ressurge a figura de Paulo Preto, Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa-SP, aquele companheiro “deixado à beira da estrada” por José Serra em 2010, que mergulhou no anonimato por sete anos, até que o doleiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada à Lava Jato no qual afirma ter repassado  e ale cerca de R$ 100 milhões, entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
Assad, preso e condenado, quer fazer um acordo de delação premiada e fez vazar quanto e de quem recebeu e a quem repassou recursos das obras do Ridoanel e de outros contratos do Governo paulista, diz o Estadão.
ppreto1Não é pouco dinheiro,os pagamentos somaram R$ 1,3 bilhão , provenientes, na maioria, da Andrade Gutierrez, UTC,Delta Engenharia, Serveng-Civilsan, Galvão Engenharia e Mendes Júnior, entre outras.
Mas a matéria do jornal paulista diz que os promotores não estão muito interessados no que Assad quer contar.
Delações premiadas, como a de executivos e ex-executivos da Odebrecht, e a negociação do empresário Fernando Cavendish, da Delta, citam o nome do operador. A tentativa de acordo é vista como a chance de Assad obter algum benefício no cumprimento da pena. Como a força-tarefa já detém uma série de informações sobre suas operações, Assad está atrás na corrida das negociações e enfrenta a resistência do Ministério Público Federal.
Assad, condenado na primeira instância, continua preso. Não é verdade que as “alongadas prisões” de Curitiba sirvam apenas para fazer falar.
Às vezes podem servir para que não se fale além do desejado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário