sábado, 11 de outubro de 2014

Dilma critica 'vazamentos eleitoreiros'; Aécio ganha apoio da família de Campos

Os candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), fizeram campanha neste sábado (11), visando o segundo turno das eleições. Dilma esteve em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde criticou o vazamento "seletivo" dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Yousseff. "Vazamentos seletivos durante campanha eleitoral têm uma característica eleitoreira", afirmou. Já Aécio apresentou, no Recife, uma carta com compromissos para a área social. Entre as promessas está a adoção de uma política ambiental sustentável, a priorização do ensino integral no país e o reajuste da tabela do SUS, além do compromisso de que irá trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o fim da reeleição para cargos executivos. Ele também ganhou o apoio formal da família do ex-governador Eduardo Campos, candidato à Presidência morto durante a campanha, e que tinha Marina Silva como sua vice.
Em Belo Horizonte, Dilma criticou o vazamento de informações sobre a investigação de denúncias envolvendo a Petrobras. "Quero saber todos os envolvidos e não quero vazamentos seletivos. Vazamentos seletivos durante campanha eleitoral têm uma característica eleitoreira", acrescentando que não é a Polícia Federal que faz vazamentos do caso. "Acho que é claro que não foi a Polícia Federal que está fazendo vazamentos. Inclusive queria dizer até o seguinte: tem que ter muito cuidado com alguns vazamentos, porque, dependendo de como você o faça, você compromete as provas, e, portanto, a punição."
"Se é verdade que o Ministério Público, no uso de suas atribuições legais, recorreu à delação premiada, se é verdade que a delação premiada foi assinada, ela só vai ser assinada e reconhecida se as pessoas que denunciam mostrarem provas. Então a deleção premiada tem provas, que é crucial para qualquer investigação", declarou.
Dilma destacou que pediu informações sobre as investigações à Justiça e ao Ministério Público, mas teve o pedido negado devido ao sigilo. “Não posso condenar ninguém sem provas. Não farei. Não tomarei esse tipo de medida demagógica pré-eleitoral. Demito quem tem culpa, não posso demitir quem não tem. Acho que qualquer denúncia tem de ser apurada, doa a quem doer. Apure-se tudo e sempre. Ninguém está livre de ser investigado, ao contrário do que acontecia ontem quando se engavetava ou não se investigava", afirmou a presidente.
Aécio Neves
O candidato do PSDB ganhou neste sábado o apoio formal da família de Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto, num desastre aéreo. Ele conquistou ainda adesões do governador eleito Paulo Câmara, do prefeito Geraldo Júlio e do senador eleito Fernando Bezerra Coelho, todos do PSB.
“Eu me sinto, a partir deste instante, responsável dentre tantas expectativas que a mudança gera na sociedade brasileira, para levar a cada canto deste país, no limite das minhas forças, o legado e os sonhos de Eduardo Campos, governador dos pernambucanos e símbolo da boa política”, disse Aécio.
Renata Campos, a viúva de Eduardo, não participou do encontro, mas seu filho mais velho, João, leu uma carta escrita por ela.
O tucano apresentou ainda uma carta com compromissos para a área social. Em meio à divulgação, Aécio não afirmou que os compromissos que ele estava apresentando seriam uma resposta às reivindicações da candidata do PSB, que saiu derrotada da corrida presidencial. Contudo, o candidato afirmou que parte das propostas foram inspiradas nas sugestões divulgadas pela Rede Sustentabilidade, de Marina. A ex-senadora impôs condições para dar seu apoio no segundo turno ao tucano.
"Que as contribuições que eu recebo e projetos, em especial os do PSB, possam passar a caminhar conosco a partir de agora como se nossos compromissos fossem. Passo nesse instante a ler o documento que busca inspiração inclusive em propostas discutidas e divulgadas pela Rede, da candidata Marina", disse Aécio.

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