O presidente da Burkina Fasso, Blaise Compaoré, dissolveu o
governo e decretou estado de emergência em todo o território nacional,
após uma onda de manifestações tomar conta das principais cidades do
país. Por meio de um comunicado, o mandatário afirmou que iniciou consultas com a oposição para acabar com a crise política.
"Neste momento doloroso que está atravessando o nosso povo, quero dizer que compreendi a mensagem [dos protestos populares] e dissolvi o governo para criar as condições para uma nova perspectiva", declarou.
Compaoré
ainda fez um apelo para os líderes oposicionistas acalmarem os ânimos.
Nesta quinta-feira (30), manifestantes invadiram e saquearam o
Parlamento da nação africana, localizado na capital Uagadugu, para
evitar que fosse votada uma polêmica revisão constitucional que
permitiria ao presidente, no poder há 27 anos, prolongar o próprio
mandato.
Além disso, centenas de pessoas irromperam na sede da TV estatal RTB - situada na mesma cidade
-, embora não tenham conseguido acessar nenhum estúdio. "Compaoré é
como o ebola", gritaram alguns manifestantes em Uagadugu. Por conta dos
atos, o governo decidiu anular a deliberação do projeto que beneficiaria
o mandatário.
Dona
de um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos do
planeta, Burkina Fasso fica no Oeste da África, perto do deserto do
Saara, e tem uma economia baseada na agricultura.
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