O superintendente da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina,
Fabrício Colombo, fez uma denúncia bombástica: acusou o governo de
Michel Temer de aparelhar o órgão, em troca de votos para a reforma da
Previdência; em razão disso, ele decidiu pedir demissão e gravou um
vídeo em que aponta o aparelhamento; "A gente já vinha sofrendo várias
pressões políticas. E isso não é algo que coaduna com o que eu imagino
como ideal para a sociedade. Eu acho que a polícia não pode estar
vinculada a nenhum tipo de política. Para mim, pela constituição,
polícia é órgão de Estado e não de governo", disse ele; antes de
Fabrício, o ex-presidente da Funai, Antônio Fernandes Toninho Costa,
também se demitiu, alegando não haver espaço para pessoas honestas no
governo Temer; confira o vídeo do policial demissionário no youtube.O superintendente da
Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, Fabrício Colombo, fez uma
denúncia bombástica: acusou o governo de Michel Temer de aparelhar o
órgão, em troca de votos para a reforma da Previdência.
Em razão disso, ele decidiu
pedir demissão e gravou um vídeo em que aponta o aparelhamento. "A
gente já vinha sofrendo várias pressões políticas. E isso não é algo
que coaduna com o que eu imagino como ideal para a sociedade. Eu acho
que a polícia não pode estar vinculada a nenhum tipo de política. Para
mim, pela constituição, polícia é órgão de Estado e não de governo",
disse ele.
Antes de Fabrício, o
ex-presidente da Funai, Antônio Fernandes Toninho Costa, também se
demitiu, alegando não haver espaço para pessoas honestas no governo
Temer (leia aqui).
Abaixo, reportagem do Diário Catarinense sobre o caso:
Superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina havia um ano, Fabrício Colombo pediu
exoneração do cargo número 1 da instituição no Estado. O policial
alegou descontentamento em função de mudanças nos cargos federais
orquestradas pelo Palácio do Planalto e que ocorreriam em troca de votos
para a aprovação da Reforma da Previdência.
Colombo deixa a função
principal da PRF e volta a ser inspetor. Quem assume de forma interina a
cadeira é Admar Luciano Filho. No entanto, a nomeação efetiva de um
chefe para a PRF está sendo negociada por autoridades catarinenses. A
exoneração do agora ex-superintendente foi publicada no Diário Oficial
da União desta sexta-feira.
Antes mesmo da divulgação
de trocas nas cadeiras da força policial rodoviária, Colombo afirmou que
chegou a receber convites de políticos para vincular o cargo de
superintendente a partidos que apoiam o atual governo federal.
— A gente já vinha sofrendo
várias pressões políticas. E isso não é algo que coaduna com o que eu
imagino como ideal para a sociedade. Eu acho que a polícia não pode
estar vinculada a nenhum tipo de política. Para mim, pela constituição,
polícia é órgão de Estado e não de governo — confirmou.
Além de Santa Catarina, a
mudança na superintendência da PRF já foi sinalizada em outros Estados.
No Rio Grande do Sul, o inspetor Pedro de Souza da Silva deixou o comando para
dar lugar a João Francisco Ribeiro de Oliveira, indicado por um
deputado do PMDB gaúcho. A alteração também aconteceu no Espírito Santo e
no Mato Grosso, segundo o ex-superintende em SC.
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