Autoridades confirmam prisão de três homens em Manchester. Imprensa
britânica divulga informações que indicam que Salman Abedi, o principal
suspeito, não agiu sozinho. Ele teria se radicalizado na Síria.A polícia
britânica prendeu mais três homens suspeitos de ligações com o ataque
suicida que matou 22 pessoas na saída de um show da cantora americana
Ariana Grande, em Manchester. Eles foram detidos no sul da cidade
inglesa, nesta quarta-feira (24/05), anunciou a polícia, que segue
tentando determinar se o suposto autor do atentado, Salman Abedi, agiu
sozinho ou fazia parte de uma rede.
Leia mais: O que se sabe sobre o atentado em Manchester
A ministra do Interior, Amber Rudd, disse ser provável que Abedi não
tenha agido sozinho e que ela conhecido das autoridades de segurança.
Frank Gardner, jornalista especialista em segurança da emissora
britânica BBC, divulgou informações de que Abedi teria sido apenas uma
"mula", ou seja, ele teria vestido explosivos construídos por outra
pessoa.
Além disso, o repórter Dan Johnson, da BBC, confirmou que o homem de 23
anos preso na terça-feira em Chorlton, no sul de Manchester, é irmão de
Abedi.
Abedi nasceu em Manchester e tinha origem libanesa. Seus pais seriam
refugiados que fugiram do regime de Muammar Kadafi, segundo relatos da
imprensa britânica. Ele teria ao menos três irmãos. O jovem de 22 anos
vivia em Manchester numa das duas residências que foram alvo de uma
operação policial nesta terça-feira.
Segundo o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, Abedi teria
passado pela Síria, onde se radicalizou. "É um cidadão de nacionalidade
britânica, de origem líbia, mas que cresceu no Reino Unido e que, de
repente, depois de uma viagem à Líbia e provavelmente à Síria, se
radicalizou e decidiu cometer este atentado", disse com base em
informações fornecidas por investigadores britânicos.
O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista "Estado Islâmico"
(EI). Trata-se do ataque mais mortal no Reino Unido desde o 7 de julho
de 2005, quando homens-bomba mataram 52 pessoas no transporte público de
Londres.
A polícia britânica divulgou também estar "confiante" de que as
autoridades já identificaram todas as 22 pessoas que morreram no
atentado e entraram em contato com todas as famílias. Somente depois de
completar o trabalho forense, que pode levar até cinco dias, a polícia
divulgará formalmente a lista de mortos.
Nesta terça-feira, o Reino Unido elevou seu nível de alerta para
"crítico", o máximo em uma escala de cinco. Soldados foram alocados para
tarefas de segurança.
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