quinta-feira, 7 de março de 2013

Morre a 241ª vítima da tragédia em Santa Maria

Paciente de 23 anos que morreu nesta quinta-feira era última vítima que ainda recebia ventilação mecânica; outras quinze pessoas permanecem internadas

Mais uma vítima do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, morreu na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre, elevando para 241 o total de mortos na tragédia.
Driele Pedroso Lucas, de 23 anos, era a última paciente internada em estado grave e que contava com o auxílio de ventilação mecânica para respirar. Ela estava internada no Hospital Mãe de Deus desde o dia 27 de janeiro. Outros quinze sobreviventes permanecem internados em hospitais do Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde. A irmã de Driele, Ritiele Pedroso Lucas, de 19 anos, caloura do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é uma das pacientes ainda internadas. Ela segue no mesmo hospital em que sua irmã estava internada e seu estado é estável.
No sábado, outra vítima do incêndio, Pedro Falcão Pinheiro, de 25 anos, morreu em Porto Alegre
Cadastro - O Ministério da Saúde começou na segunda-feira a cadastrar sobreviventes da tragédia de Santa Maria. O objetivo é realizar um acompanhamento das pessoas que tiveram contato com os gases tóxicos produzidos pelo incêndio da boate e que venham a necessitar de apoio médico ou psicossocial. O cadastro pode ser feito no site do ministério ou por meio do telefone da ouvidoria do SUS (136). Segundo o ministério, até mesmo parentes das vítimas podem se inscrever caso necessitem de atendimento psicológico. Até a tarde de quarta-feira, 183 pessoas, a maioria de Santa Maria, haviam se inscrito.
As informações recebidas pelo Ministério da Saúde serão encaminhadas para a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, que deve entrar em contato com os cadastrados para realizar agendamento de consultas médicas. A maioria delas deve ser concentrada no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).
Incêndio - A tragédia da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. O fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa, utilizar um sinalizador durante um show. A faísca atingiu a espuma que revestia o teto para o isolamento acústico do local, que entrou em combustão e passou a produzir uma fumaça tóxica. A Polícia Civil gaúcha já apurou que o sinalizador utilizado era inadequado para ambientes internos e a espuma era altamente inflamável. O fogo e a fumaça provocaram 234 mortes no local, a maioria por asfixia – outras sete pessoas morreram enquanto estavam internadas em hospitais.

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