Duas bombas explodiram nesta segunda-feira (30) perto do Palácio
Presidencial no Cairo, causando a morte de um coronel da polícia e seis
feridos no aniversário das manifestações contra o ex-presidente Mohammed
Morsi. A explosão da primeira bomba feriu três garis, já a segunda
explosão matou o coronel da polícia. Três agentes que inspecionavam o
local ficaram feridos.
O coronel morto na explosão era Ahmed el
Ashmawi, que morreu enquanto estava tentado desarmar o explosivo. Uma
terceira bomba foi encontrada em um jardim ao lado de um prédio e foi
desarmada. Após o atentado de hoje o ministério egípcio do Interior
anunciou que a praça Tahrir, símbolo de todas as manifestações no Cairo,
foi fechada para o tráfego e o esquadrão antibombas inspecionou o local
para verificar a possível presença de explosivos, informou a televisão
de Estado.
O grupo jihadista Ajnad Masr, que reivindicou muitos
atentados realizados na capital do Egito nos últimos meses, tinha
advertido recentemente a presença de algumas bombas perto do palácio
presidencial, acrescentando que não as explodiu para evitar de matar
civis. Na semana passada cinco explosões em algumas estações do metrô,
de em um Tribunal e em um centro de telecomunicações mataram duas
pessoas e feriram outras seis. Os atentados aconteceram em resposta à
repressão dos islamitas no Egito, as autoridades judiciárias
recentemente confirmaram a condenação à pena de morte de 182 membros da
Irmandade Muçulmana, entre eles do líder do grupo islâmico, Mohamed
Badie.
A Irmandade Muçulmana foi colocada na ilegalidade pela
Justiça. Por sua vez, a "Coalizão anti-golpe, o movimento que apoia o
presidente deposto Mohamed Morsi, anunciou que em 3 de julho será o "dia
da cólera absoluta que marcará o início do fim do golpe de Estado".
"Explodirá o vulcão da cólera mantendo a paz ainda que a autodefesa
permaneça um direito legitimo", destaca um comunicado do grupo postado
no Facebook. O movimento se referiu ao primeiro aniversário da deposição
de Morsi por parte dos militares apoiados por um forte movimento
popular. Em 8 de junho Abdel Fattah al Sisi prestou juramento como novo
presidente do Egito, após ter sido eleito com quase 97% dos votos e
substituiu o presidente interino Adly Mansour, que ocupava o cargo desde
o golpe que derrubou Morsi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário