domingo, 8 de junho de 2014

Metrô de São Paulo tem quatro linhas funcionando parcialmente no 4º dia de greve

As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operam parcialmente por causa de obras; linha 5-Lilás funciona normalmente hoje

Quatro linhas do Metrô funcionam parcialmente em São Paulo neste domingo (8) após os metroviários decidirem manter a greve em assembléia realizada no sábado (7). A paralisação entra em seu 4º dia.
Ontem: Sindicato dos Metroviários decide manter greve pelo quarto dia consecutivo
Futurapress
Usuários aguardam em frente a estação de Metrô fechada por causa da greve em São Paulo (7/06)

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A linha 4-Amarela está interditada em trecho das estações Paulista e Faria Lima por causa das obras de expansão nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire. Os usuários poderão recorrer a operação Paese, Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, nesse trecho, que coloca ônibus à disposição dos passageiros.
Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha continuam operando parcialmente. A linha 1-Azul opera entre o trecho Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde entre o trecho Ana Rosa e Clínicas e a linha 3-Vermelha das estações Bresser-Mooca a Marechal Deodoro. A linha 5-Lilás funciona normalmente desde as 4h45.
No domingo, às 10h, o Tribunal Regional do Trabalho, TRT, voltará a julgar a paralisação, marcada por ataques de ambos os lados - trabalhadores criticando intransigência de negociar do governo estadual paulista e vice-versa. Às 14h, nova assembleia na sede da categoria, no bairro do Tatuapé, zona leste, decidirá se a greve continuará na segunda-feira (9).
"A decisão foi unânime. Não teve voto contra nem abstenção", afirmou ao iG a assessoria da categoria.
Greve
Os mediadores propuseram então que, caso fosse dado aumento de 8,7%, a participação nos lucros e resultados (PLR) deveria ser dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. O Metrô também rechaçou essa possibilidade.
Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado na quinta (5), desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta (6), decidir pelo encerramento da greve.
Na quinta, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para esta sexta. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo (8), às 10h.
O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.
Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recurso público. Para tanto, seria necessário um processo legislativo.
Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.

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