O príncipe William e sua mulher, Kate, têm,
silenciosamente, feito planos para que o futuro rei - o bebê real,
nascido nesta segunda-feira - receba uma educação mais moderna.
Os pais e avós do bebê terão mais influência do
que as babás, e tanto William quanto Kate vão balancear funções reais
com muito tempo dedicado à família, explica a especialista da BBC para
assuntos reais, Carolyn Harris.Mas quão diferente essa educação será em relação aos herdeiros anteriores do trono britânico?
BABÁ REAL
Palácio de Kensington, apartamento 1a
Antiga residência da princesa Margaret, com 20 quartos
No momento, está sendo reformado para abrigar o Duque e a Duquesa de Cambridge e seu bebê
A rainha Vitória cresceu no Palácio de Kensington e lá educou seus filhos
Charles e Diana também educaram seus filhos, William e Harry, no palácio
No momento, está sendo reformado para abrigar o Duque e a Duquesa de Cambridge e seu bebê
A rainha Vitória cresceu no Palácio de Kensington e lá educou seus filhos
Charles e Diana também educaram seus filhos, William e Harry, no palácio
A vaga, preenchida em maio por Antonella Fresolone, ex-empregada da rainha, envolve uma ampla gama de responsabilidades, incluindo cuidar da lavanderia, polir prataria e levar o cachorro para passear, além de cuidar de crianças - função que era desempenhada por vários empregados quando o príncipe Charles (ou mesmo seu filho, William) eram crianças.
A transformação do cargo da babá real ─ ou ama-seca, como se dizia antigamente ─, que de chefe do berçário passa a funcionária em meio período, representa uma ruptura com a tradição.
E ela reflete as visões do Duque e Duquesa de Cambridge em relação a uma questão importante no século 21: como equilibrar o trabalho e a vida pessoal.
Autoridade
As credenciais e os deveres requeridos de uma babá real britânica mudaram bastante ao longo dos séculos. O rei Carlos 1º (que reinou entre 1625 e 1649) substituiu a primeira governanta de seu primogênito, a Condessa de Roxburgh, quando o público protestante demonstrou desagrado com a ideia de uma católica educando o futuro Carlos 2º.O grau de autoridade exercido pelas babás reais nos séculos 19 e 20 foi positivo para algumas crianças, mas teve efeitos desastrosos para outras. Em 2010, o filme O Discurso do Rei retratou os casos dos príncipes Edward e George, que sofreram abusos por uma de suas primeiras babás.
Tanto Charles quanto William, no entanto, eram bastante próximos de suas babás e elas lhes trouxeram estabilidade e conforto em tempos difíceis.
Quando William e Harry nasceram, o papel tradicional da babá real tinha se tornado incompatível com o estilo mais participativo de seus pais, Charles e Diana.
Em comparação à abordagem mais formal seguida pela rainha Elizabeth 2ª e seu marido, o príncipe Philip, tanto Charles como Diana abraçavam os filhos em público e os levavam, ainda pequenos, a turnês reais no exterior.
Depois da separação de Charles e Diana, em 1992, Charles contratou uma babá pouco convencional, Tiggy Legge-Bourke, para ajudar a cuidar dos meninos. Em vez de mandar, a jovem Legge-Bourke agia como uma espécie de irmã mais velha e amiga dos príncipes, acompanhando-os em saídas com o pai.
Avós
O cargo de governanta e babá criado por William e Kate dá continuidade a esse processo de inovação.Acredita-se, também, que os avós do bebê terão mais influência sobre sua educação do que qualquer babá. Segundo relatos, Kate teria a intenção de passar as primeiras semanas após o nascimento do bebê na casa dos seus pais, Michael e Carole Middleton.
Babás Reais
Tiggy Legge-Bourke: Babá de Harry e William. Seu filho, Tom, foi pajem no casamento de William e Kate.
Marion "Crawfie" Crawford: Governanta das princesas Elizabeth e Margaret. Escreveu um livro sobre sua carreira, The Little Princesses (1950) e por isso foi excluída pela família real.
Charlotte "Lalla" Bill: Babá dos filhos de George Quinto e da rainha Mary, cuidou do filho mais novo do casal, o príncipe John, que tinha problemas de saúde, até ele morrer, em 1919. O relacionamento dos dois é retratado em um filme para a televisão, The Lost Prince.
Marion "Crawfie" Crawford: Governanta das princesas Elizabeth e Margaret. Escreveu um livro sobre sua carreira, The Little Princesses (1950) e por isso foi excluída pela família real.
Charlotte "Lalla" Bill: Babá dos filhos de George Quinto e da rainha Mary, cuidou do filho mais novo do casal, o príncipe John, que tinha problemas de saúde, até ele morrer, em 1919. O relacionamento dos dois é retratado em um filme para a televisão, The Lost Prince.
Há inúmeros sinais de que William e Kate pretendem seguir a ala menos tradicionalista da família real. Charles foi o primeiro pai da família a estar presente na sala de parto desde o marido da rainha Vitória, o príncipe Albert. E William fez o mesmo: nota oficial divulgada nesta segunda-feira informa que o príncipe acompanhou o parto do filho.
Outra questão importante é a amamentação. Nos séculos 18 e 19, mães da família real causaram polêmica ao decidir amamentar seus bebês. Quando a rainha Vitória soube que suas filhas estavam amamentando seus bebês, deu a uma de suas vacas, em tom de crítica e deboche, o nome de Princesa Alice.
A decisão de Diana de amamentar os filhos recebeu elogios do público, e Kate também deverá ser aplaudida por modernizar a figura da mãe na família real.
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